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A formação da China

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Lá pelo ano 3000 a.C., aproximadamente , os habitantes da região descobriram a técnica de fabricar bronze e estanho. Por volta de 2200 a.C., um líder chamado Yü, o Grande, conseguiu unificar os reinos e proclamou-se rei. Começava assim a história da primeira dinastia chinesa, a dinastia Xia.
Os reis dessa dinastia governaram até 1600 a.C aproximadamente quando foram afastados do poder por outro grupo, os Shang. A partir de então, sucederam-se várias dinastias e a China novamente dividiu-se em vários reinos. Em 221 a.C., depois de um longo período de lutas, o governante de um desses reinos Ying Zheng, venceu as forças dos outros reinos em 210 a.C., porém, o império entrou em crise. Quatro anos depois, em 206 a.C., outro líder assumiu o poder e deu início a dinastia Han.

A escrita chinesa

Na escrita chinesa antiga não há palavras formadas por letras e sílabas representando sons. Os textos chineses antigos eram compostos de desenhos que representavam idéias, chamados de ideogramas. Atualmente existem mais de 50 mil ideogramas na escrita chinesa. Muitos deles foram criados há mais de 5 mil anos e sofreram alterações ao longo do tempo.
Uma característica importante do idioma chinês é a comparação e associação de idéias, originando novos ideogramas. Ex. o ideograma que significa 'hoje', junto ao ideograma que representa 'coração', dá origem a um ideograma que quer dizer 'saudade'. Para os chineses, saudade é 'o que está no coração hoje' - como todo dia é um hoje, então a saudade é a presença constante de algo no coração. O ideograma que representa 'morte', junto ao que significa 'coração', compõe um ideograma que significa 'esquecer'. Para os chineses, o esquecimento está ligado à idéia de um coração morto para uma determinada lembrança.


ideogramas antigos
  • na primeira linha do quadro  consta a palavra dance em inglês e seus ideogramas que significam dança

  • na segunda linha consta a palavra woman em inglês e seus ideogramas que significam mulher

  • na terceira linha a palavra gate que em inglês significa luta e seus ideogramas

  • na quarta linha a palavra mother em inglês significa mãe e seus ideogramas





Artes Marciais
As artes marciais, chamadas em chinês de wu shu, existem há mais de 3 mil anos. São utilizadas ainda hoje como exercícios de concentração, defesa pessoal e treinamento militar.
Algumas dessas artes marciais foram criadas e ensinadas em mosteiros por monges que dedicavam boa parte da vida a pratica-las. Com o tempo, os monges passaram a ensina-las a outras pessoas, ampliando ainda mais os estilos de wu shu. A arte marcial chinesa mais praticada hoje no mundo é conhecida como kung fu.



Wu Shu - arte marcial chinesa


A medicina tradicional chinesa

Na medicina tradicional chinesa, os médicos cuidam da saúde, e não das doenças dos pacientes. Em alguns momentos da história da China , os médicos eram punidos quando seus pacientes adoeciam.
Os médicos chineses que seguem a tradição não se especializam em partes do corpo humano, como ocorre no Brasil. Aqui existem, oftalmologistas, médicos que tratam dos problemas nos olhos, cardiologistas que tratam do coração, e assim por diante. A medicina chinesa tradicional entende o corpo como um todo que não deve ser dividido. Assim, uma dor numa parte do corpo, pode ser resultado de problemas em outra parte.
Os médicos chineses se especializam em métodos de manutenção da saúde e de controle das doenças, que atuam para equilibrar a energia mais conhecida no Brasil,é a acupuntura um tratamento que envolve a introdução de agulhas de metal m pontos específicos do corpo para realizar equilíbrio de energia.
Além da acupuntura, os médicos chineses também tratam seus pacientes com chás feitos à base de ervas e com ventosas



prática da acupuntura - medicina tradicional chinesa



paciente chines recebe ventosas de bambu para tratamento de problemas sanguíneos
medicina tradicional chinesa







China - cronologia

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  •   30 000   a.C Grupos humanos chegam ao território hoje conhecido como China.
  •   5000     a.C Tem início a prática da agricultura na região da China atual. Surgem as primeiras aldeias.
  •   2200     a.C Os pequenos reinados surgidos ao longo de séculos são unificados pelo líder Yü, o Grande.
  •    551      a.C  Nasce o filósofo Kung Futsé (Confúcio)
  •   500      a.C  O poder do rei se enfraquece. Surgem diversos reinos no território antes unificado.
  •    221      a.C  A China é reunificada sob a liderança de Ying Zheng, que se proclama imperador.
  •   210      a.C  Morre Ying Zheng. O império chinês entra em crise.
  •    206      a.C Tem início a dinastia Han.

Tudo a respeito da China é impressionante: sua população atual é a maior do mundo; em 2002 eram cerca de 1 bilhão, duzentos e noventa e quatro milhões de habitantes. Seu território é enorme, ocupando uma área quase do tamanho da Europa, e a civilização chinesa é uma das mais antigas do mundo.

A presença de grupos humanos na China é bastante remota. Há muito tempo, suas terras foram sendo habitadas por bandos de caçadores e coletores. Pouco a pouco esses grupos foram se fixando e, por volta de 6000 a.C., já praticavam a agricultura e a criação de animais, como porcos, bois, carneiros e cabras, ao longo das margens do rio Amarelo (Huang Ho).

CARDOSO,Oldimar. coleção Tudo é História. ensino fundamental. BOULOS JUNIOR, Alfredo. História Sociedade & Cidadania – ensino fundamental

descobrindo a américa antiga – informações complementares

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Teotihuacán ou Tollan. Maior cidade construída no continente americano antes da chegada dos europeus, localizada a 40 km da atual cidade do México. Seu nome , que significa “cidade dos deuses em nahuatl ( a lingua dos astecas), também é utilizado para designar a sociedade que construiu. Ao longo de sua história, foi habitada por vários povos, como os mixtecas e maias.
Caral:- A mais antiga cidade já encontrada no continente americano, localizada a 200km da atual cidade de Lima, capital do Peru. Foi descoberta em 1905, mas somente na década de 1990 testes de radioatividade realizados em rochas locais indicaram que Caral poderia remontar ao século XXVII a.C. As pirâmides ali  construídas são tão antigas quanto as de Guizé, no Egito ( pirâmides de Guizé datam de XXVI a.C)
Chavín de Huantar:- Cidade construída no século IX a.C., localizada a 250km da atual cidade de Lima no Peru. Foi habitada pela sociedade Chavín, que construiu dois templos principais, monumentos de pedra e diversas esculturas de animais.
Villahermosa:- No fim dos anos 1970, o sítio arqueológico de La Venta foi praticamente destruído por causa da extração de petróleo. Algumas das esculturas do sítio de La Venta foram então transferidas para o parque La Venta localizado na região de Villahermosa.
Science. Revista científica fundada em 1880 pelo jornalista americano (EUA) John Michaels. Em 1990 passou a ser a revista oficial da American for the Advancement Science (AAAS), Sociedade Americana para o Progresso da Ciência. Assim como a revista Nature Science publica artigos de cientistas das mais diversas áreas de conhecimento submetidas ao critério de peer review ( revisão por par, isto é, feita por cientista de igual condição profissional).
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A escrita olmeca: a mais antiga da América

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Reprodução do desenho do selo olmeca encontrado no sítio de San Andrés
Um grande achado acaba de retirar dos zapotecas o reconhecimento pela invenção da escrita no continente americano. A equipe da antropóloga Mary Pohl, da Universidade Estadual da Flórida (EUA), descobriu inscrições gravadas em pedra, datadas de 650a.C., no sítio arqueológico de San Andrés, na costa do golfo  do México. O artigo que relata a descoberta, publicado na revista Science, atribuiu aos olmecas - civilização pré colombiana que viveu entre 1300 a.C  e 400 a.C. - o uso pioneiro nas Américas de um sistema  formal de escrita e de calendário.
Os olmecas foram a primeira civilização na Mesoamérica, os primeiros  a ter uma arquitetura monumental e grandes centros urbanos, segundo a antropóloga Mary Pohl. "Seria  estranho que eles também não tivessem usado a escrita. Mas até aqui não tínhamos provas".
Foi por acaso, em meio a restos encontrados num sítio olmeca, que os pesquisadores encontraram objetos com inscrições que confirmaram sua suspeita: um selo cilíndrico de cerâmica de sete centímetros de comprimento e fragmentos de uma placa de pedra verde.
Na inscrição do selo, um pássaro aparece como marcador de discurso: os sinais que saem de seu bico são palavras, não um desenho. Para desvendar seu significado os pesquisadores fizeram associações dos pictogramas olmecas com hieróglifos maias posteriores e descobriram  que o primeiro texto conhecido do continente americano se resume a um nome: Rei 3 Ajaw . A palavra 3 Ajaw refere-se ao terceiro dia do 'mês' ajaw, uma das subdivisões  do 'ano'  no calendário de  260 dias adotado pelos olmecas. Seu uso segue a prática mesoamericana de adotar a data de nascimento como nome e representa a primeira evidência documentada de calendário.
Selo cilíndrico de cerâmica onde está gravada a assinatura do rei "3 Ajaw".
No selo está gravado o desenho do pássaro reproduzido na imagem anterior.

         

A arte dos olmecas

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No século XV, quando os espanhóis chegaram à América, a sociedade Olmeca tinha desaparecido havia séculos. Nessa época, a palavra olmeca era utilizada para nomear os habitantes do local onde foram encontrados os vestígios dessa população antiga.
Não se sabe exatamente qual era a relação entre olmecas do século XV e a sociedade surgida por volta de XV a.C., que chamamos hoje olmecas. Sabe-se apenas que, em nahuatl, a língua dos astecas, a palavra olmeca significa "habitantes da terra da borracha".
Abaixo Esculturas Olmecas localizadas em Villahermosa, México.
Cabeça Olmeca

Miniatura Olmeca


No fim dos anos 1970, o sítio arqueológico de La venta foi praticamente destruído por causa da extração de petróleo. Algumas esculturas do sítio de La Venta foram então transferidas para o Parque La Venta localizado na região de Villahermosa.

ruínas de Chavín de Huantar, situadas a 250 km de Lima, capital do atual Peru

Chavín Huantar. Cidade construída no século IX a.C., localizada a 250 km da cidade de Lima. Foi habitada pela sociedade Chavín, que construiu dois templos principais, monumentos de pedra e diversas esculturas de animais.
CARDOSO, Oldimar. coleção Tudo é História. ensino fundamental.

Sociedades da Mesoamérica

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Surgimento da sociedade olmeca na região do golfo do México 1400a.C.
Durante milhares de anos, os primeiros povoadores da América viveram em grupos dispersos. Com o passar do tempo e o aumento da população, alguns desses grupos começaram a se fixar principalmente no vale dos rios ou nas proximidades do mar. Surgiam, assim, as primeiras comunidades de agricultores ou de pescadores. Aos poucos, essas comunidades foram se tornando cada vez mais complexas.
Uma das mais antigas sociedades do continente americano foi organizada por volta de 1400a.C pelos olmecas no atual golfo do México, situado entre a América do Norte e a América Central. Os olmecas se tornaram conhecidos principalmente pelas enormes cabeças que esculpiam em pedra, mas foram também construtores de pirâmides e desenvolveram um sistema próprio de escrita.
cabeça olmeca esculpida há mais de 3 mil anos
Sua sociedade declinou a partir de 400 a.C, quando seu território sofreu invasões de outros povos.
Por volta de 800 a.C., alguns séculos antes dos declínio dos olmecas, um povo se estabeleceu na região do atual estado de Oaxaca, no México. Eram os zapotecas, que se tornariam conhecidos por suas obras de irrigação na agricultura e por seus trabalhos de cerâmica. Também tinham um calendário e um sistema numérico, com o qual faziam cálculos matemáticos complexos.
Os zapotecas ainda estavam estabelecidos na região quando os espanhóis chegaram à América, em 1492. Atualmente centenas de milhares de descendentes desse povo falam seu idioma no México
Sociedades da América do Sul
Cerca de vinte grandes sítios arqueológicos no território hoje conhecido como Peru, na América do Sul, revelam a existência nessa região de uma sociedade bem anterior à dos olmecas. Conhecida como Norte Chico, essa sociedade se desenvolveu entre 3000 a.C e 1800 a.C e foi responsável pela construção da cidade mais antiga da américa, Caral, erguida provavelmente em 2627 a.C.
A sociedade de Norte Chico desenvolveu técnicas de irrigação do solo de modo a aproveitar para o cultivo  terras secas antes improdutivas. Também construiu pirâmides. Seus agricultores cultivavam algodão, frutas e vegetais no interior, que eram trocados por peixes e outros produtos marinhos trazidos do litoral. A cidade de Caral contava com praças circulares  cercadas de residências, pirâmides e outras construções destinadas à realização de cerimônias religiosas. 
A sociedade do Norte Chico declinou por volta de 1800 a.C., quando outras sociedades começaram a florescer na região. Mais tarde, por volta de 1000 a.C., afirmou-se a sociedade Chavín, cuja cidade principal era Chavín de Huantar, próxima ao atual litoral peruano. Essa sociedade fabricava tecidos, peças de cerâmica e objetos de ouro, além de dominar avançadas técnicas agrícolas.

Ruínas de Chavín de Huantar situada a 250 km de Lima  capital do Peru.

Os Paleoíndios

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Dois crânios humanos muito antigos, desenterrados em locais tão distantes quanto o Vale do Ribeira, em São Paulo, e o Vale Central do México, estão ajudando a confirmar uma hipótese sobre o povoamento das Américas que costumava provocar risadas nos arqueólogos há muito tempo: e de alguns dos primeiros habitantes do continente eram mais parecidos com os aborígenes da Austrália do que com os índios atuais.

Os fósseis tem 8,8 mil a 10,7 mil anos, respectivamente, e estão entre os vestígios humanos mais antigos do continente. Medições realizadas em ambos mostram que eles eram fisicamente semelhantes a Luzia, a brasileira de traços africanos de 11 mil anos de idade que virou celebridade e se tornou símbolo da nova teoria.

A hipótese tem sido proposta desde 1989 pelo cientista Walter Neves, hoje professor do Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo (USP), e seu colega Héctor Pucciarelli da Universidade de La Plata, Argentina.

Para Pucciarelli e Neves, a povoação do continente americano teve dois componentes biológicos: os primeiros povoadores das Américas vieram da Ásia, mas não eram mongolóides (asiáticos típicos), e sim “australo-melanésios”, embora não seja possível dizer se tinham pele negra, como os aborígenes.

Essa população teria cruzado o estreito de Bering, entre a Sibéria e o Alasca, há cerca de 15 mil anos, tendo sido extinta devido a algum tipo de competição com os mongolóides, o segundo componente biológico a povoar o continente americano.


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Sítios Arqueológicos - América Antiga

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Era Glacial ou Era do Gelo:- Período no qual as temperaturas caíram violentamente e grande parte do planeta ficou coberta por espessas camadas de gelo. Houve várias era glaciais. A última começou 70 mil anos atrás e terminou por volta de 12000a.C.
Monte Verde:- Sítio Arqueológico descoberto em 1976 próximo à cidade chilena de Puerto Montt. As primeiras pesquisas foram apresentadas em 1979, mas só em 1998 foram amplamente aceitas pelos cientistas. Nesse ano, os trabalhos do geólogo chileno Mario Pino e do arqueólogo americano (EUA) Tom Dillehay foram aceitos pela American for the Advancement of Science (AAAS) – Sociedade Americana para o Progresso da Ciência.
Lagoa Santa:- Sítio arqueológico no interior de Minas Gerais, na bacia do rio das Velhas. Na década de 1830, o cientista Peter Lund descobriu ali vários fósseis que enviou a um museu de Copenhague, Dinamarca. Foi entre esses fósseis que o brasileiro Walter Neves encontrou Luzia
Pedra Furada:- Sítio arqueológico localizado no Parque Nacional da Serra da Capivara, Piauí. Ali a arqueóloga paulista Niéde Guidon encontrou vestígios de presença humana que acredita datarem de 60 mil anos atrás. Essa tese é contestada por cientistas americanos (EUA) desde sua publicação na revista Nature, em 1986. Enquanto a arqueóloga afirma que encontrou pedras lascadas por seres humanos, seus opositores acreditam que se trata de pedras lascadas naturalmente sem interferência humana.
Vale Central do México:- Um dos estudiosos dos fósseis encontrados nessa região é o antropólogo argentino Rolando Gonzales-José. Segundo ele, ainda havia indígenas de traços negróides (como Luzia) no México em pleno século XVI: o grupo dos Pericus. Essa descoberta foi divulgada em artigo publicado em 2003 na revista Nature.

Américas na Antiguidade

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O continente americano pode ser compreendido como um local marcado por duas histórias. A primeira delas, ainda pouco explorada, remete-se à compreensão da trajetória dos povos que habitaram e formaram as diversas civilizações e constituíram as primeiras civilizações no continente. A segunda, tardia e ao mesmo tempo majoritária, fala de um local descoberto pelo espírito empreendedor dos europeus que “descobriram” as terras americanas no final do século XV.

pintura rupestre sítio arqueológico Parque Nacional da Serra da Capivara


Sabe-se que os fósseis mais antigos foram encontrados na África. Esse fato levou a grande parte dos especialistas a afirmar que o ser humano teria surgido no continente africano e de lá migrado para outros continentes.
Mas, como foi que as pessoas conseguiram chegar tão longe?
A resposta é simples, chegaram caminhando, sim, caminhando, pois não havia avião, carro,  trem, e isso todos nós sabemos. Mas, como pode ter acontecido isso, como as pessoas atravessaram os oceanos?
Isso teria acontecido na última Era Glacial, há milhares de anos, quando as águas do mar do estreito de Bering  estavam congeladas. Alguns grupos humanos provenientes da Ásia teriam chegado a região do atual Alasca  atravessando o estreito a pé. Outra hipótese foi a de que eles podem ter vindo de barco .
Por mar ou por terra
Como e quando os primeiros habitantes da América chegaram ao continente é um dos maiores mistérios da arqueologia. Foi por uma rota costeira ou por um corredor livre de geleiras, no interior do continente? Uma série de trabalhos apresentados na última reunião da Sociedade Geológica Americana lançou mais luz sobre o tema, além de indicar áreas para pesquisas futuras.
"A maior parte dos participantes  do simpósio (reunião onde se tratam assuntos literários, filosóficos, científicos)  acredita na hipótese da rota costeira, mas há muitos por aí que acreditam na do corredor. A maioria acha que os meios de transportes tenham sido barcos." afirma Charlotte Beck antropóloga.
Outra parte  segue a hipótese do corredor, uma ponte de terra ligando Ásia e América do Norte - surgiu durante um período de glaciação entre 70 mil e 50 mil anos atrás, "secando" o estreito de Bering, criando uma rota terrestre, a Beríngia, dando origem a "colonização" das Américas.
Vestígios Humanos
Na década de 1930, cientistas norte americanos (EUA) descobriram vestígios humanos de cerca de 11 mil anos em sítio arqueológico da região de Clóvis , no oeste dos Estados Unidos. A descoberta os levou a afirmar que o sítio de Clóvis é o mais antigo da América. Segundo eles os humanos teriam chegado ao continente há cerca de 11,5 mil anos caminhando pelo estreito de Bering.
Nas últimas décadas, foram descobertos em várias regiões da América sítios arqueológicos mais antigos que o de Clóvis. Um desses sítios é o de Monte Verde, no Chile, com vestígios humanos datados de 12,5 mil anos
Outro sítio muito antigo foi descoberto em Topper, na Carolina do sul, um estado dos Estados Unidos. Foram encontrados vestígios da presença humana há 16 mil anos.
Alguns dos sítios mais antigos da América estão no Brasil. Na caverna de Pedra Pintada, no município de Monte Alegre, Pará, foram encontrados pedações de cerâmica e pontas de lança com data entre 6 a 10 mil anos atrás. No sítio de Pedra Furada , em São Raimundo Nonato, no estado do Piauí, há vestígios ainda mais antigos, como fósseis humanos com mais de 11 mil anos e restos do que podem ter sido fogueiras com mais de 40 mil anos.

inscrições da Pedra do Ingá na Paraíba (3 mil a 10mil anos)
Luzia
A descoberta arqueológica americana mais surpreendente ocorreu no sítio de Lagos Santa, em Minas Gerais. Foi encontrado o fóssil humano mais antigo da América. Trata-se do crânio de uma mulher, com cerca de 11,5 mil anos . Recebeu o nome de Luzia dado pelo biólogo Walter Neves, que a estudou a partir de 1989. Ao medir o crânio e compara-lo com outros fósseis, incluindo europeus e asiáticos, ela apresentava traços negróides. Não se parecia com os indígenas brasileiros atuais, cujos traços mongolóides (pessoa que tem traço semelhantes aos dos mongóis, habitantes da Mongólia, país situado na Ásia, norte da China) os tornaram mais semelhantes a alguns asiáticos.
Para Walter Neves e outros cientistas, essa diferença surpreendente se deve as ondas migratórias, formuladas por pesquisadores norte-americanos (EUA). Segundo essa teoria, a América teria sido povoada por três ondas migratórias provenientes da Ásia. Essas ondas teriam dado origem a todos os povos indígenas que viviam na América antes da chegada dos colonizadores europeus em 1492.
reconstituição das feições de Luzia à partir do crânio encontrado em Lagoa Santa

Hoje no Brasil existem muitos sítios arqueológicos cuja pesquisa pode levar a novas descobertas sobre os antigos habitantes de nosso território. Alguns desses sítios estão localizados em cavernas ou em rochas a céu aberto, Mas há um tipo de sítio bem curioso: o sambaqui.
Os sambaquis são amontoados de conchas empilhadas pelos paleoíndios em várias regiões do Brasil. São encontrados principalmente no litoral e nas margens dos rios  Muitos paleoíndios moravam nesses sambaquis e ali enterravam seus mortos. Dentro deles podem ser encontrados ossos humanos e de animais, restos de alimentos, peças de cerâmica e pontas de flecha. Num desses sambaquis localizado no Vale do Ribeira, em São Paulo, foi encontrado o esqueleto de um paleoíndio que viveu na região há 8,8 mil anos. Esse homem tinha traços negróides. Pertencia ao mesmo grupo humano que povoou Lagoa Santa, em Minas Gerais e da qual Luzia fazia parte.
Apesar de sua importância para a ciência, nem sempre os sítios arqueológicos no Brasil são bem preservados. Por falta de fiscalização, alguns sítios vem sendo depredados, e vestígios da presença humana há milhares de anos em certas regiões tem sido destruídos.
Conforme levantamento feito pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), e, 1998 existiam 12.517 sítios arqueológicos no Brasil. Hoje, acredita-se que  esse número tenha saltado para 20 mil.
Em geral, as descobertas nas regiões Centro-Oeste, Sudeste e Nordeste tem contribuído para o esclarecimento de detalhes da história do povoamento do continente americano. Na região Sul, os sítios conservam conhecimentos dos recursos naturais marinhos brasileiros. Na Amazônia, manifestações simbólicas, como as inscrições rupestres e as cerâmicas policromadas ganham destaque nas descobertas, que se concentram  especialmente ao longo dos rios.


América na Antiguidade

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Cronologia
  • 20000 a.C -15000 a.C  -  Início do povoamento da América por grupos provenientes da Ásia
  •       8000  a.C                -  Primeiros vestígios de agricultura no Equador atual
  •       5000  a.C                -  Grupos humanos começam a cultivar a terra na região do México atual
  •       3000  a.C                -  Forma-se a sociedade de Norte Chico, no norte do Peru atual.
  •       2627  a.C                -  O povo de Norte Chico constrói Caral, primeira cidade da América.
  •       1300  a.C                -  Surge na região do golfo do México a sociedade olmeca
  •         850  a.C                -  Tem início a sociedade chavín, na cordilheira dos Andes, Peru
  •         800  a.C                -  É formada no México, próximo à região dos olmecas, a sociedade zapoteca.
  •         450  a.C                -  Os zapotecas desenvolvem um calendário e efetuam cálculos matemáticos.

Ramses II

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As  antigas contruções egípcias  ainda fascinam o mundo
ONU - salva sítios arqueológicos nos anos 60
Entre 1963 e 1968, dois templos construídos pelo faraó Ramsés II que reinou de 1279 a.C e 1213 a.C -foram desmontados e erguidos de novo num platô 60 metros acima da localização original.
A operação foi feita principalmente com fundos recolhidos pela Organização das Nações Unidas (ONU) - para evitar que os tesouros arqueólógicos fossem cobertos pelas águas do rio Nilo, represadas pelo governo egípcio no sul , fronteira com o Sudão.
Quatro estátuas sentadas de Ramsés, com 20 metro de altura, na entrada dos templos exigiram um complexo trabalho de engenharia para o transporte. Era necessário salvar até as "pichações": nos pés das estátuas existem inscrições feitas por mercenários que serviam no Egito no século VI a.C.
A represa de Assuã foi um projeto considerado prioritário pelo governo de Gamal Abdel Nasser (1956 - 1970) para programas de irrigação. Nasser usava o argumento de que o bem da população e o progresso deveriam prevalecer.
Realmente, pela primeira vez na história da humanidade, as cheias do Nilo puderam ser controladas, e uma enorme quantidade de energia elétrica é produzida anualmente na hidrelétrica de Assuã.
estátua de Ramsés - Vale dos Reis
Ramsés, ao completar 10 anos de idade, foi nomeado como comandante-chefe dos exércitos do seu pai, Set I, e aos 14 anos o jovem príncipe recebeu permissão para participar ao lado do faraó Set,de combates na Líbia. Os dois conseguiram tomar a cidade hitita de Kadesh por um breve período, mas os inimigos a recuperaram logo que retornaram ao Egito. Antes da morte do seu pai, Ramsés, o novo faraó, jurou retomar Kadesh.
No quinto ano de seu reinado, Ramsés decidiu reconquistar a estratégica cidade hitita à frente de um exército de 20 mil homens, dividido em quatro partes, cada um com um nome de um deus, Amon, Rá, Ptah e Seth. Durante a batalha, o soberano se adiantou na frente de seu exército e levou a divisão de Amon. Ramsés II e seus homens foram surpreendidos pelo exército Hitita comandado pelo rei Mouwattali com 40 mil guerreiros . Graças à pronta chegada dos reforços que acompanhavam as forças principais por outra rota, o faraó conseguiu salvar-se, reorganizando as divisões e fazendo os hititas recuarem.
A batalha de Kadesh não teve vencido ou vencedor, e o norte da Síria continuou sob domínio hitita, com os quais o faraó envolveu-se em novo choques posteriormente.
O tratado definitivo entre egípcios e hititas só foi concluído no 34° ano do reinado de Ramsés, já no reinado do rei hitita Hattusil III, irmão de Mouwattali que se apoderou do trono expulsando o filho do antigo soberano. Pelo tratado, Ramsés teve que desposar a filha mais velha do astuto usurpador para selar a nova amizade.


Nessa época, o faraó já tinha como esposas a bela Nefertari e sua segunda esposa Istnofret, sem falar nas mulheres do harém.
Durante a construção dos dois templos em Abu Simbel o Grande Templo, em homenagem a Ramsés, e o Pequeno Templo para a esposa Nefertari, centenas de operários tiveram que esculpir todo o templo na rocha de uma colina de arenito, um detalhe admirável, porque qualquer erro grave causaria o afundamento de toda a obra.
Desenhistas ficaram pendurados por andaimes para desenharem na rocha. Depois vieram os escavadores e esculpiram quatro estátuas colossais de Ramsés II. O santuário interno, escavado em uma sólida rocha, prolongando-se por 55 metros de profundidade, era o lugar mais sagrado do Grande Templo.
 Nele, quatro estátuas, a do faraó e as de três deuses, estão sentadas. Duas vezes por ano, graças aos cálculos dos arquitetos, nos solstícios de verão, época da colheita, à medida que o Sol se levanta, seus raios brilham pelas paredes decoradas com as façanhas sangrentas da batalha de Kadesh e iluminam as estátuas divinas. A construção levou 20 ano.
Ramsés morreu com aproximadamente 90 anos e gerou pelo menos 90 filhos. Quando estudaram a múmia de Ramsés, viram grandes problemas com seus dentes. Pode ser que tenha morrido por infecção. Sabe-se que nos seus últimos dias sofreu bastante.
 Estátua de Ramsés  porta do templo (vista de outro ângulo)


Vale dos Reis - Egito

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Vale dos Reis - Luxor -  Egito


O Vale dos Reis, ou Wadi el-Muluk (وادي الملوك) em língua árabe, é um grande vale montanhoso no Egito onde, por um período de aproximadamente 500 anos foram construídos tumbas para os Faraós e nobres importantes do Antigo Egito (entre a décima sétima e a vigésima dinastias)
O Vale dos Reis localiza-se na margem ocidental do Nilo, oposto a Tebas (atualmente Luxor). Está separado em duas zonas, vale ocidental (West Valley) e vale oriental (East Valley), com os mais importantes túmulos no vale oriental
Com as descobertas de 2005 e 2008, o Vale contém agora 67 tumbas e câmaras, variando em tamanho desde uma simples câmara aberta na rocha até um complexo com mais de 120 câmaras. As tumbas reais são normalmente decoradas com cenas da mitologia egípcia que testemunham as crenças e os rituais funerários dos períodos de sua construção. A maioria das tumbas foram violadas e saqueadas na antigüidade, mas algumas (como a KV62) permaneceram intactas até a sua descoberta dando idéia da opulência e do poder dos governates de sua época.
A área tem sido o foco de explorações arqueológicas desde o final do século XVII, e suas tumbas e sarcófagos continuam a estimular pesquisas. Nos tempos modernos, o Vale se tornou famoso pela descoberta da tumba de Tutankhamon, fala-se muito sobre a maldição do Faraó, que é um dos mais famosos sítios arqueológicos do mundo. Em 1979, esta tumba se tornou Património Mundial da Humanidade, pela UNESCO, juntamente com o resto da Necrópole Tebana.
Escavações, explorações, pesquisas e conservações ainda continuam a ser feitas no Vale, que é, atualmente, um centro de turismo com muitas de suas tumbas abertas ao público. Inscrições deixadas nas paredes de várias tumbas indicam, também, que o Vale dos Reis já era uma atração turística desde o Período Romano, ao qual  o Egito fazia parte.

Papiro

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Ao contrário do papel, que é feito de fibras de plantas esmagadas, o papiro é feito de pequenos e finos pedaços do talo da cana do papiro, molhado por três dias até clarear. Os pedaços são colocados em toalha de linho, primeiro horizontalmente e então verticalmente. Eles são empilhados e colocados para secar ao sol.
Uma vez secas, as folhas soltas do papiro eram unidas pelas pontas para formar um rolo. Foi nesse papel rudimentar que os antigos egípcios deixaram importantes registros de sua sociedade.
Para escrever no papiro, os escribas utilizavam hastes finas de caniço de ponta cortada e afiada. A tinta era composta de pigmentos extraídos da natureza umedecidos com água. A cor preta, por exemplo, era fabricada com cavão. Os textos em papiro eram geralmente acompanhados de desenhos de grande leveza e elegância.
Ilustração do livro dos mortos. Á esquerda o deus Osiris preside a cerimônia de julgamento do morto.

Tutankhamon

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Mistério da morte de Tutankhamon vai ser desvendado


"O governo egípcio autorizou a realização de testes à múmia do jovem rei que governou o Egito há 3 mil trezentos anos atrás. Depois da sua descoberta há 82 anos, a morte do rei continua a ser um mistério... mas por pouco tempo"." (notícia postada dia 24/01/2009 pelo blog ciberia.aeiou)
Tutankhamon ou "rei menino" nasceu em 1546a.C filho de Amenófis IV que governou o Egito entre 1350a.C e 1334a.C. Durante seu reinado Amenófis entrou em choque com os sacerdotes, pois substituiu a crença em vários deuses (politeísmo) a uma única divindade, Aton simbolizado pelo disco solar. Quando Tutankhamon assumiu o Império restabeleceu o culto a diversos deuses.
Tutankhamon casou-se aos dez anos, assumiu o trono aos doze e faleceu aos dezenove.Morte misteriosa.
Por ter falecido tão jovem Tutankhamon não teve uma tumba tão suntuosa quanto a de outros faraós.
O faraó ficou famoso, pois sua tumba localizada no Vale dos Reis em Luxor estava quase que completamente intacta, essa descoberta foi em 1922 pelo arqueólogo inglês Howard Carter. Todos ficaram surpresos em ver que a tumba estava repleta de jóias, armas, objetos de arte, etc.
Aconteceram algumas mortes depois da descoberta da tumba, e logo se falou da maldição do faraó.
A morte abaterá com suas asas quem perturbar o sono do faraó
Esta foi a frase encontrada no dia 22 de novembro de 1922, quando a equipe do arqueólogo Howard Carter decifrou os hieróglifos do portal do mausoléu do faraó Tutankhamon. Coincidência ou não, sete anos depois, treze membros da equipe haviam morrido de forma inexplicável. Outras nove pessoas que tiveram contato com a múmia também estavam mortas.
A primeira morte aconteceu em abril de 1923. O Conde de Carnarvon, aristocrata inglês, que acompanhou Carter e financiou a expedição, começou a agonizar em seu quarto, em Luxor, no Egito. Os médicos falaram que a causa a febre alta era alguma moléstia provocada por picadas de mosquitos. Mas sua irmã, Lady Burghclere, disse que ouvia o doente mencionar o nome Tutankhamon em meio aos delírios: “Já entendi seu chamado... eu o seguirei!”.
O arqueólogo americano Arthur Mace, que havia ajudado Carter a destroçar os muros do mausoléu, teve uma morte ainda mais fulminante pouco tempo depois do falecimento de Carnavon. Por vários dias, ele se queixou de uma sensação de fraqueza e prostração crescentes, perdendo a consciência em certos momentos. Morreu em um hotel, antes mesmo que os médicos pudessem arriscar um diagnóstico.
O milionário americano George Jay-Gould foi outra vítima fatal. Ele esteve no sepulcro a convite de Carnarvon, que era um velho amigo, e morreu na tarde seguinte à visita, também atacado pela febre.
Archibald Douglas Reed, que desenrolou e radiografou a múmia, morreu com os mesmos sintomas ao retornar à Inglaterra, em 1924. O secretário de Howard Carter, Richard Bethell, foi encontrado morto em sua casa em Londres. Tinha boa saúde e ninguém entendeu a razão da morte. No mesmo ano, em 1929, a viúva de Lord Carnarvon, Lady Almina, morreu em circunstâncias semelhantes às do marido.
A maldição do faraó Tutankamon entrou para a história como um dos fatos mais inexplicáveis que já desafiaram os arqueólogos. Muitos acreditaram em uma força sobrenatural. Isso porque encontraram vários textos no sepulcro que diziam, por exemplo,
Eu sou aquele que fez fugir os saqueadores dos túmulos com a chama do deserto. Eu sou aquele que protege o túmulo do faraó”.
 
Outros já afirmavam que as mortes dos exploradores estrangeiros eram mais do que justas, pois eles haviam realizado uma verdadeira pilhagem das riquezas do túmulo de Tutankhamon. Comentava-se, inclusive, que Lady Evelyn, filha do conde, freqüentava festas em Londres ostentando as jóias encontradas no sepulcro. Além disso, seu pai montou uma imensa coleção de raridades egípcias. De acordo com os registros, o arqueólogo Carter encontrou 200 quilos de ouro maciço decorando o túmulo do soberano.
A maldição do faraó nunca foi totalmente esclarecida. Mesmo assim, os cientistas ainda se admiram com a eficiência dos embalsamadores egípcios. Em 1987, na cidade de Lyon, França, equipes de arqueólogos e médicos realizaram, pela primeira vez, uma autópsia completa na múmia de um nobre enterrado há mais de 2.500 anos.
Os resultados deixaram os pesquisadores estarrecidos. Os tendões da mão direita da múmia mantinham o tom rosado. Os pés estavam perfeitamente conservados, com todos os dedos. As vísceras tinham sido retiradas e a cavidade tratada com resinas especiais. No interior do crânio, sem o cérebro, os sacerdotes tinham colocado betume, um material semelhante ao asfalto. Todos os ossos estavam intactos.
O mesmo teria acontecido com a múmia de Tutankhamon, se não fosse a imprudência dos pesquisadores. Conhecido como faraó-menino, ele morreu possivelmente aos 18 anos, num acidente com uma carruagem puxada por vários bois. Nos séculos em que esteve sepultado, sofreu menos danos do que nos 75 anos de contato com os vivos.

Egito - "Terra dos Faraós"

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Sabemos que arqueólogos e outros cientistas indicaram que o ser humano surgiu na África. Foi também nesse continente que se organizaram algumas das primeiras sociedades da história. Uma dessas sociedades, a dos egípcios, surgiu às margens do rio Nilo, ao norte da África, por volta de 5500a.C. Entre 3150a.C e 1085a.C, estiveram a maior parte do tempo reunidos em um império ora unificado, ora fragmentado.
Os antigos egípcios deixaram muitos registros sobre sua sociedade; pirâmides, esculturas, pinturas, templos, textos, miniaturas, jóias e objetos.
A construção de uma grande civilização como a egípcia, só foi possível graças a combinação de fatores como: o homem, o trabalho e a natureza.
Por volta de 5500a.C, grupos humanos formados por caçadores e coletores começaram a cultivar alimentos nas margens do rio Nilo, tornando-se agricultores e criadores de gado. Com o tempo os povoados foram crescendo e estabelecendo relações entre si. Como viviam da agricultura e da pecuária essa população dependia da natureza, e principalmente do rio Nilo.
Toda propriedade pertencia ao faraó e o excedente produzido era arrecadado pelo Estado através da cobrança de impostos. Esses impostos arrecadados visavam a subsistência dos funcionários reais (escribas, sacerdotes e artesãos).
O rio Nilo passa por períodos de cheia e seca, portanto durante a antiguidade, nos primeiros quatro meses do ano, as águas do rio Nilo inundavam suas margens. Nos meses seguintes quando o rio baixava, as margens ficavam cobertas por uma rica camada de humus, (resto de plantas e de animais apodrecidos sobre o solo úmido, formando uma espécie de adubo orgânico) tornando a terra própria para o plantio de cereais como trigo e cevada, legumes, uva, azeitonas. Nos quatro últimos meses do ano, de seca, era realizada a colheita. Os alimentos colhidos deviam ser suficientes para o consumo do ano inteiro. Era preciso produzir grandes quantidades e estocar parte da colheita em armazéns e ter pessoas encarregadas de controlar os estoques e fazer a contagem do que entrava e do que saía desses armazéns. Também era necessário que houvesse um grupo armado para proteger as colheitas estocadas, e técnicos que soubessem quando e onde era melhor fazer o plantio.
Toda essa complexa organização sobre as atividades econômicas eram controladas pelo grande soberano, o faraó, que representava os poderes político, judiciário, e também religioso, ou seja, exercia ao mesmo tempo o papel de rei, juiz e sumo sacerdote, dando ao Estado egípcio o caráter de monarquia despótica, (forma de governo em que o poder se encontra nas mãos de apenas um governante) de origem divina.
No Egito o faraó era o próprio Deus e não apenas seu representante. O faraó e sua família ocupavam o topo da sociedade . Abaixo do faraó havia um grupo formado pelos sacerdotes, pelos grandes proprietários de terra e pelos altos funcionários. Essas pessoas tinham privilégios que os outros não tinham, e formavam a camada mais rica da população.
 
Escultura do faraó Miquerinos que ordenou a construção da terceira grande pirâmide de Gizé, no Egito, à sua esquerda a deusa Hator (deusa do amor) e a sua direita, divindade local que representa um dos namos do Alto Egito
 
Os sacerdotes realizavam cerimônias religiosas e enriqueciam com as oferendas feitas pelos deuses. Os grandes proprietários governavam as províncias chamadas namos. Os funcionários, auxiliavam o faraó na administração do Império. Entre eles estavam os oficiais do exército e os escribas que cobravam impostos e registravam as decisões do faraó. Mas a maioria da população era formada por artesãos, camponeses, soldados e escravos, normalmente prisioneiros de guerra.

A vida depois da Morte
A ressurreição marcou a ideologia dominante; os homens acreditavam que a alma poderia vir novamente habitar o corpo, daí a grande preocupação com a preservação dos corpos já sem vida. Os egípcios desenvolveram a prática da mumificação, preparando os corpos para a vida além-túmulo. Depois de morta, uma pessoa, um técnico em mumificação, (embalsamador) retirava o cérebro e outros órgãos internos. Em seguida aplicava no corpo cristais de sal e um conservante extraído do cedro, madeira importada da Fenícia (atual Líbano). Feito isso o corpo era envolvido em faixas de linho e sobre o rosto era colocada uma máscara funerária. Assim a alma do morto estava preparada para ingressar na eternidade. Para orienta-la nessa viagem havia o Livro dos mortos, o texto reunia regras e conselhos sobre a vida após a morte.
 
Máscara funerária do faraó Tutankhamon que faleceu na adolescência aos dezenove anos.
 
Os faraós eram sepultados em pirâmides. Sacerdotes e altos funcionários eram enterrados em tumbas grandiosas. Mas a maioria da população era enterrada em túmulos simples. As pirâmides não eram apenas monumentos funerários, eram também um símbolo do poder daqueles que mandavam construir. Quanto mais altas, maior era o poder da pessoa sepultada. Os egípcios acreditavam também que as pirâmides eram o lugar de onde o espírito do eterno faraó morto podia subir ao céu todos os dias.
 
 
Pirâmides de Guizé a primeira das sete maravilhas do mundo encontra-se em relativo bom estado
"O homem teme o tempo e ainda o tempo teme as pirâmides"
Provérbio árabe sobre as pirâmides.
O fim do império egípcio
Por volta de 1750a.C, o território egípcio foi invadido pelos hicsos, povo nômade originário da Ásia. Os hicsos governaram o Egito até 1580aC, quando o poder dos faraós foi restabelecido. O império egípcio deixou de existir em 1085a.C depois de batalhas contra invasores externos e disputas internas pelo poder. Mas o Egito continuou a existir como Estado. Em 525a.C ele foi conquistado pelos persas, em 332a.C pelos macedônios e em 30a.C pelos romanos.
A escrita
 
 
                                                                                Hieróglifos Egípcios
 
 
Criada por volta de 3250a.C a escrita egípcia utilizava símbolos que representavam tanto fonemas quanto objetos e ideias.
Cada grupo da sociedade egípcia tinha seus próprios símbolos para se comunicar. Os sacerdotes usavam símbolos que formavam o sistema hieroglífico, os escribas empregavam o sistema hierático e para o restante da população havia o sistema demótico.
O significado da escrita egípcia só foi decifrado em 1822 pelo francês Jean-Francois Champollion. Isso só foi possível com a descoberta da "Pedra Rosetta em 1799 na região de Rashid.
A pedra contém 3 versões de um mesmo texto escritas em 196a.C nos sistemas hieroglífico, demótico e grego, assim foi feito para que o texto pudesse ser lido pelos sacerdotes. Como Champollion sabia grego antigo conseguiu deduzir o significado dos hieróglifos por meio de comparação.
                                                                                      Pedra Rosetta

 

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