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Organização das Nações Unidas (ONU)

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Ao final da Segunda Guerra Mundial, acentuou-se a preocupação com a paz mundial. Em 24 de outubro de 1945, representantes das cinqüenta nações, reunidos na Conferência de São Francisco, criaram a Organização das Nações Unidas (ONU), que tem por objetivo, entre outras coisas, preservar a paz e a segurança no mundo. Com sede em Nova York, a ONU é ainda hoje o principal organismo internacional.

Os seis principais órgãos da ONU são o Secretariado, o Conselho de Segurança, a Assembléia Geral, o Conselho de Tutela, a Corte Internacional de Justiça e o Conselho Econômico e Social.

O Conselho de Segurança é encarregado da manutenção da paz e da segurança internacional e tem o direito de intervir em qualquer disputa ou confronto entre dois ou mais países. É formado por quinze membros: Dez são eleitos para um período de dois anos e cinco são permanentes (Estados Unidos, Rússia, China, Reino Unido, e França). Os membros permanentes têm direito de veto sobre as decisões do Conselho. Por vezes, esse direito de veto dado a cada um dos "cinco grandes" impediu o Conselho de Segurança de manter a paz. Em 1963, por exemplo, membros desse conselho propuseram que os Estados Unidos não interviessem na Guerra do Vietnã. Os Estados Unidos simplesmente vetaram a proposta e entraram na guerra. Por isso, analistas de várias partes do mundo fazem duras críticas ao enorme poder dos "cinco grandes" na ONU.

Da ONU também fazem parte importantes órgãos especializados como a Unesco - Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e a Cultura, a FAO- Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação, o Unicef - Fundo das Nações Unidas para a infância, a OMS - Organização Mundial da Saúde, o FMI - Fundo Monetário Internacional, o BIRD - Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (Banco Mundial), entre outros.

BOULOS JUNIOR, Alfredo. História Sociedade e Cidadania. ensino fundamental.

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A Guerra da Coréia

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Um dos momentos mais quentes da Guerra Fria foi o envolvimento dos Estados Unidos e da União Soviética na Guerra da Coréia.

Depois de ser libertada da ocupação japonesa, em 1945, a Coréia foi ocupada por norte-americanos e soviéticos. Três anos depois, foi dividida em dois países: a Coréia do Norte, na área de influência soviética, e a Coréia do Sul, área de influência norte-americana.

A situação na fronteira entre o Norte e o Sul era muito tensa, pois as duas Coréias exigiam a reunificação do país sob seu comando.

Em 1950, a Coréia do Norte desfechou um ataque surpresa contra a Coréia do Sul. Imediatamente os Estados Unidos, com o apoio da ONU, enviaram tropas para lutar ao lado dos sul-coreanos. Os chineses, que tinham adotado o comunismo no ano anterior, entraram no conflito em defesa da Coréia do Norte.

O conflito estendeu-se até 1953, quando foi assinado o Armistício de Panmunjon, que confirmou a divisão em dois países: Coréia do Norte e Coréia do Sul, capitalista.

A guerra da Coréia foi terrivelmente sangrenta: matou cerca de 4,5 milhões de pessoas, a grande maioria civis.

Guerras como a da Coréia e a corrida armamentista que se estendeu pelas décadas seguintes provocaram indignação em várias partes do mundo. Conscientes de que uma guerra nuclear levaria à destruição da Terra, milhares de pessoas no mundo todo se engajaram em movimentos pacifistas. No final da década de 1970, esses movimentos sociais colhiam seus primeiros frutos, pois começaram a ser assinados acordos que limitavam a fabricação de armas nucleares.

Mas o medo de uma guerra nuclear continua assustando a humanidade. No início do século XXI, dois países pobres, a Índia e o Paquistão, que possuem armamento atômico, fizeram ameaças um ao outro. E o conflito da Coréia continua a ameaçar:  em 2003, o governo da Coréia do Norte anunciou a retomada de seu programa nuclear.

BOULOS JUNIOR, Alfredo. História Sociedade e Cidadania. ensino fundamental.

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Armas Atômicas - EUA X URSS

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A competição entre os Estados Unidos (EUA) e a União Soviética (URSS) por áreas de influência e os interesses da altamente lucrativa indústria bélica desencadearam uma corrida armamentista.

Em 1949, as duas superpotências possuíam a bomba atômica. Então passaram a investir quantias cada vez maiores em armas nucleares. No final de 1952 os Estados Unidos descobriram o modo de fazer a bomba H. A primeira delas testada no Pacífico, tinha uma potência 4 mil vezes superior à bomba atômica. No ano seguinte, a União Soviética já possuía a mesma arma.

Por um lado, essa corrida exigia altos investimentos do Estado, provocando o aumento de impostos, além de trazer sérios prejuízos ao meio ambiente. Por outro, enriquecia os envolvidos na fabricação de armas e outros equipamentos, como abrigos antiatômicos.

Foto tirada em maio de 1955 na cidade de Long Island, EUA. (abrigo antiatômico).

Tanto nos Estados Unidos quanto na  União Soviética, as pessoas suspeitas de simpatizar com o país adversário eram perseguidas e duramente reprimidas. Nos Estados Unidos dos anos 1950, o inimigo número 1 do comunismo era o senador norte-americano Joseph McCarthy, conhecido como "caçador de comunistas".

O macarthismo - movimento que recebeu esse nome por ter sido liderado por McCarthy, perseguiu e levou à prisão cientistas, escritores, artistas, professores e funcionários do governo. Essa campanha anticomunista ocorreu entre 1950 e 1954, período em que MacCarthy dirigiu o Comitê de Atividades Antiamericanas do senado.

Desde o discurso de Churchill, em 1946, até a queda do muro de Berlim em 1989, a Guerra Fria fez parte do dia-a-dia das pessoas. Os meios de comunicação norte-americanos veiculavam cotidianamente a idéia de que a qualquer momento a União Soviética iria lançar uma bomba atômica sobre os Estados Unidos.

Na União Soviética, o ódio à superpotência  rival também era alimentado por perseguições, queima de livros, prisões e mortes. O líder da luta contra o  "imperialismo ianque" na União Soviética era o próprio chefe de Estado soviético, Joseph Stalin. Ele mandava fuzilar, prender em hospitais psiquiátricos ou trabalhar em regime de escravidão em campos de concentração todos aqueles que discordassem de suas idéias. Com sua morte em 1953, seus crimes começaram a ser conhecidos, graças às denúncias de seu sucessor Nikita Krushev.

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O Muro de Berlim -

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O muro, uma barreira em torno de Berlim Ocidental que impediu o acesso dos moradores de Berlim Oriental de 1961 a 1989, tornou-se um símbolo da divisão da Alemanha em dois países durante os anos da Guerra Fria.

Em 1949, a falta de entendimento entre a União Soviética e Estados Unidos sobre a ocupação militar provocou a divisão da Alemanha em dois países: A República Democrática Alemã (RDA ou Alemanha Oriental) e a República Federal da Alemanha (RFA ou Alemanha Ocidental).

A Alemanha Oriental formou-se a partir dos territórios ocupados pelos soviéticos durante a guerra: a Alemanha Ocidental , com os territórios ocupados pelos norte-americanos, franceses e ingleses.

Veja o mapa:

Alemanha após a Segunda Guerra Mundial (territórios ocupados)

 

A cidade de Berlim, que ficava em território ocupado pelos soviéticos também foi dividida. A parte de Berlim que pertencia à Alemanha Ocidental ficou ilhada no país vizinho e foi totalmente cercada por um muro construído pelos alemães orientais em 1961. O muro foi erguido em resposta à fuga de cerca de 2,5 milhões de moradores da Alemanha Oriental para a Alemanha Ocidental ao longo de 1949 a 1961.  A construção começou na noite de 12-13 de agosto de 1961 e prosseguiu com uma série de paredões de concreto encimados por arame farpado e protegidos por torres de vigilância e minas.

 

Nesta foto de outubro de 1961, policiais de Berlim Ocidental ajudam um jovem que conseguiu escapar do setor Oriental 

 

Ao longo de três décadas, centenas de pessoas morreram tentando atravessar o muro para chegar a Berlim Ocidental. Em 1989, durante o processo de extinção dos países comunistas, o muro foi aberto e quase completamente derrubado.

 

A queda do muro de Berlim (1989)

A queda do muro de Berlim, em novembro de 1989, tornou-se um símbolo do final de uma época marcada pela Guerra Fria.

Pacto de Varsóvia

Em 1955, a União Soviética organizou um pacto de defesa mútua com todos os países que estavam sob sua influência. Esse pacto foi assinado em Varsóvia, na Polônia, e seus objetivos eram: ajuda mútua em caso de agressão armada, consultas sobre problemas de segurança e questões políticas. Eram membros do Pacto de Varsóvia: União Soviética, Romênia, Tchecoslováquia, Bulgária, Polônia, Hungria e, posteriormente a República Democrática Alemã. (socialista).

Espionagem e contra-espionagem na Guerra Fria

Os tempos da Guerra Fria foram também tempos de espionagem e contra-espionagem. No bloco capitalista destacou-se a CIA - Central Intelligence Agency (Agência Central de Inteligência), dos Estados Unidos. "Inteligência" aqui tem o sentido de "informação", que é  coisa mais valiosa para um espião. Os agentes da CIA respondem diretamente ao presidente do Estados Unidos.

Além de espionar seus adversários, os agentes da CIA também participaram na organização de golpes de Estado que instalaram ditaduras militares em vários países da América Latina, como, por exemplo, na Guatemala, em 1954. É por isso que muitos historiadores afirmam que o governo dos Estados Unidos se especializou em defender a democracia apenas "dentro de casa".

Do lado do bloco socialista, quem dominava era a KGB - iniciais de Comitê de Segurança do Estado, em russo. Além de espionar os países do bloco capitalista, a KGB era encarregada de reprimir qualquer oposição ao governo de Moscou, tanto na União Soviética quanto nos países sob sua influência.

Propaganda

Impedidos de lutar com as armas de sempre, capitalistas e comunistas passaram a utilizar de propaganda, para garantir que sua população e seus aliados não desejassem mudar de lado.

Essa propaganda consistia em estimular o medo ao inimigo e elevar o moral da população. Os comunistas representavam a si mesmos como trabalhadores fortes e saudáveis, felizes, com a realização das metas  econômicas estabelecidas por seu governo. No entanto, eram representados pelos capitalistas como assassinos comedores de criancinhas que concentravam toda propriedade (inclusive a dos bens de consumo, como roupas e objetos pessoais) nas mãos do Estado.

Os capitalistas se representavam como pessoas livres para adquirir mercadorias que nem sequer existiam nos países comunistas. Eram vistos pelos comunistas como empresários barrigudos de cartola e charuto na boca, que passavam o tempo todo tramando o domínio do mundo.

A propaganda estava presente no cinema, na televisão, nos livros especialmente didáticos, nos jornais e revistas. Além disso, jovens dos países aliados eram convidados a estudar nos Estados Unidos ou na União Soviética, onde se formavam de acordo com os diferentes interesses dessas potências.

Um novo tipo de Guerra

Para demonstrar sua superioridade, norte-americanos e soviéticos  competiam em várias frentes. Os dois lados acreditavam que um maior número de  medalhas nas Olimpíadas, por exemplo, não significava apenas uma vitória dos EUA ou da URSS, mas a superioridade do capitalismo ou do comunismo.

A competição também se dava pela criação de armas cada vez mais sofisticadas - a chamada corrida armamentista-, que eram exibidas para  multidões entusiasmadas nos desfiles militares.

A corrida espacial foi mais uma forma de demonstrar ao mundo qual das duas potências dominava a melhor tecnologia. Os soviéticos iniciaram a disputa em 1957, ao lançar o Sputnik, o primeiro satélite artificial. E continuaram na frente ao colocar o primeiro ser vivo no espaço - a cadela Laika. Também foram soviéticos  o primeiro astronauta (Yuri Gagarin, em 1961) e a primeira mulher enviados ao espaço (Valentina Tereshkova, em 1963).

Selo da Albânia (SHQIPERIA), lançado em 1957, em comemoração à viagem da cadela Laika ao espaço sideral

Em 1969, os EUA conseguiram uma vitória definitiva na corrida espacial, quando os astronautas Neil Armstrong e Edwin Aldrin pisaram na Lua.

Astronauta Edwin E. Aldrin Jr. pisa pela primeira vez na superfície da Lua em 20 de julho de 1969.

 

Coexistência Pacífica

Coexistência pacífica: é a expressão que nomeia o período da Guerra Fria no qual os governos dos Estados Unidos e da União Soviética deslocaram seu conflito do plano estritamente militar para a competição tecnológica, propagandística e esportiva. Essa mudança ocorreu depois da morte de Stalin (que governou a URSS de 1920 a 1950) e do início do governo de Nikita Kruschev (1953-1964). A surpresa provocada pelo lançamento do Sputnik em 1957, representou o auge dessa nova relação entre as duas potências. A coexistência pacífica também foi resultado do reconhecimento pelos governos dos EUA e da URSS, de que seu conflito não poderia ser resolvido militarmente por causa do poder destrutivo das armas nucleares.

 

CARDOSO, Oldimar. coleção: Tudo é História. ensino fundamental. BOULOS JUNIOR, Alfredo. coleção; História, Sociedade e Cidadania. ensino fundamental. PEDRO, Antônio. História da civilização ocidental. ensino médio. volume único.

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Simulado Enem

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O Inep divulgou nesta quarta-feira  (29) o simulado do exame  do Enem, a prova tem 40 questões e não as 180 do exame oficial.

 

As questões estão em formato PDFClique aqui e veja as questões e o gabarito 

fonte: G1.

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Guerra Fria

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O clima de cooperação entre os aliados durante a guerra não poderia durar. As potências capitalistas temiam o avanço da esfera de influência da União Soviética sobre os países do Leste Europeu.

Com a morte de Roosevelt, em abril de 1945, e a ascensão à presidência dos Estados Unidos de Harry Truman, o quadro de tensão se agravou. Em julho de 1945, realizou-se a Conferência de Potsdam, em que os países capitalistas deixaram claro sua preocupação com o crescimento comunista nos países do Leste. Truman passou a intervir nos assuntos internos desses países, exigindo eleições livres. Em resposta, a posição da União Soviética, dirigida por Stalin, foi-se tornando mais rígida.

Mesmo antes do fim da Segunda Guerra Mundial, os conflitos de interesse entre a Inglaterra e os Estados Unidos de um lado e a União Soviética de outro faziam prever a Guerra Fria.

A aliança feita entre a União Soviética, país socialista,  os Estados Unidos e a Inglaterra, países capitalistas, durou enquanto o inimigo comum, a Alemanha nazista, não havia sido derrotado.

Logo no início do seu governo, Trumam apoiou a política inglesa de intervenção na Grécia para combater a guerrilha comunista.

A situação da Polônia, a repartição da Alemanha e a presença soviética no Leste Europeu faziam parte do endurecimento da política soviética. Em 1946, Winston Churchill, líder britânico, disse que "uma cortina de ferro que vai do mar Báltico até o mar Adriático desceu sobre o continente..." Churchill referia-se aos países da Europa que passaram a fazer parte do mundo socialista, sob a influência da União Soviética.

Os Estados Unidos haviam saído da Segunda Guerra Mundial como o país mais rico do mundo. Com 7% da população mundial, os americanos dominavam mais de um terço de toda a produção do planeta e possuíam mais da metade das reservas de ouro. Preservar a situação privilegiada de potência era o objetivo principal da política externa norte-americana.

O monopólio das armas atômicas parecia assegurar confortavelmente essa situação dos Estados Unidos. A União Soviética representava uma ameaça distante, pois havia saído da guerra com a economia abalada e com muitos milhões de mortos.

Em 1949, quando os russos explodiram sua primeira bomba atômica, a hegemonia americana foi fortemente abalada. Iniciava-se a corrida armamentista, que manteve o mundo em constante tensão até quase o fim do século XX.

A vitória das forças comunistas de Mao-Tsé-tung na China aumentou a potencialidade do movimento socialista. A mídia internacional, influenciada pelos Estados Unidos e seus aliados, difundiu como forma de propaganda a idéia do mundo dividido em duas partes: o mundo livre e o mundo comunista. Era como se o planeta estivesse dividido entre o bom e o mal. Isso praticamente forçava os países de menor expressão econômica e militar a aceitarem essa visão maniqueísta ( o bem ou o mal) da política mundial. O país que não fosse claramente anticomunista era suspeito de ser favorável ao comunismo, e assim era tratado pelos Estados Unidos.

Otan

No plano internacional, faltava pouco para que se desse um rompimento oficial entre os Estados Unidos e a União Soviética. Em 12 de março de 1947, o presidente Trumam tornou pública a doutrina que ficou conhecida por seu nome. Por essa doutrina, os Estados Unidos se propunham a defender povos que, segundo a visão americana, poderiam ser ameaçados pelo totalitarismo comunista. Embora não tenha havido um rompimento oficial, a relação entre as duas potências era de grande tensão.

Em 1949 os Estados Unidos fizeram uma aliança militar com outros países para combater a influência da União Soviética. Estava nascendo a Otan, Organização do Tratado do Atlântico Norte, que completava, no campo militar, o que havia sido feito pelo plano Marshall no campo econômico. Criou-se um exército conjunto dos seguintes países: Estados Unidos, Alemanha Ocidental, Bélgica, Canadá, Dinamarca, FrançaGrã-Bretanha, Grécia, Islândia, Holanda, Itália, Luxemburgo, Noruega, Portugal e Turquia. A sede da Otan ficou sendo em Bruxelas, na Bélgica.

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As duas Alemanhas

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Nas conferências de Yalta (localizada na Criméia região da União Soviética), em fevereiro de 1945, e de Potsdam (nos arredores de Berlim), em julho de 1945, as potências aliadas (Inglaterra, União Soviética e pouco depois a França) comprometeram-se a dotar a Alemanha de uma Constituição democrática, ao mesmo tempo que se procedia ao desarmamento do país e à eliminação  dos resquícios do nazismo.

Depois da guerra, o território alemão foi dividido em quatro zonas de ocupação. Os exércitos aliados deveriam assegurar a realização de eleições livres nos territórios ocupados. O novo governo alemão, eleito dessa forma, assinaria os tratados de paz.

Entretanto, as diferenças e rivalidades entre os aliados capitalistas e a União Soviética impediram que essas resoluções fossem cumpridas.

Os soviéticos insistiam na necessidade de eliminar as forças econômicas que, no passado, haviam financiado a ascensão do nazismo: os grandes latifúndios e os grupos industriais monopolistas alemães. Para a segurança da própria União Soviética, era fundamental que se eliminasse o perigo de um ressurgimento nazista na Alemanha.

Por sua vez, as velhas potências européias, assustadas com o "fantasma do comunismo", preferiam apoiar e incentivar as grandes empresas alemãs. O fortalecimento de uma Alemanha capitalista era uma forma de conter a expansão do comunismo.

Nas áreas ocupadas pelos exércitos inglês, francês e americano formou-se a República Federal da Alemanha (RFA). As reformas econômicas e a ajuda norte-americana propiciaram a reconstrução da economia alemã em bases capitalistas, permitindo que os grandes trustes alemães se recuperassem. Em 1952, o estatuto de ocupação foi suprimido e a RFA entrou para a Otan.

A disputa política e ideológica com os países capitalistas fez a União Soviética optar por uma solução socialista para sua zona de ocupação.. Em 1949, foi proclamada a Constituição Democrática Alemã (RDA), na porção oriental do país.

Berlim, capital da Alemanha até 1945, também foi dividida em quatro zonas de ocupação após a guerra. Assim, mesmo localizando-se na porção soviética, a cidade não poderia ser ocupada totalmente por nenhuma das potências vitoriosas.

À medida que as relações entre os antigos aliados iam tornando-se tensas, a União Soviética pressionava para que o setor ocidental da cidade fosse abandonado pelas outras potências. Mas os soviéticos não conseguiram alcançar seu intento.

Em 1961, os soviéticos construíram um muro dividindo a cidade, para impedir a evasão de mão-de-obra especializada da RDA (socialista) para a RFA (capitalista).

A Europa socialista

A construção dos regimes socialistas na parte  leste do continente europeu foi resultado da convergência de esforços dos movimentos de resistência popular, organizados no interior de muitos desses países ainda na época da ocupação alemã.

No caso da Polônia, da Tchecoslováquia, da Albânia e da Bulgária, a luta contra os nazistas foi travada de duas formas; por meio de movimentos guerrilheiros de resistência e do exército soviético. A Iugoslávia, sob a liderança de Tito, travou a luta praticamente sozinha.

Após a vitória, os novos governos foram organizados com a participação de todas as forças que haviam tomado parte na luta antinazista. Mas a hegemonia desses governos estava, desde o primeiro momento, nas mãos dos partidos comunistas locais. Isso se deveu à participação decisiva do exército soviético na derrota dos alemães. Além disso, esses partidos comunistas eram as forças políticas antinazistas mais bem organizadas antes da vitória.

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A reconstrução da Europa pós 2ª Guerra

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Ao fim do conflito, a Europa Ocidental encontrava-se destruída: a falta de alojamento e o desemprego, somados aos estragos da guerra, causavam constante agitação social, que ameaçava a estabilidade do sistema capitalista. Além disso, com as enormes dívidas que os países contraíram com a guerra, não sobravam recursos suficientes para a reconstrução.

Em abril de 1948, o presidente Truman, dos Estados Unidos, lançou o Plano Marshall, que estabelecia ajuda de 17 bilhões de dólares a serem concedidos aos países devastados pela guerra. Essa ajuda não era desinteressada. Em primeiro lugar, representou uma porta de entrada para os capitais norte-americanos na economia européia. Além disso, a entrada desse dinheiro garantiu a manutenção das exportações americanas para o continente europeu.

Essa ajuda foi absorvida na reconstrução da Inglaterra, França, Alemanha e Itália.

A recuperação econômica foi possível pela combinação desse auxílio externo, com os planos de austeridade e saneamento colocados em prática pela maioria dos governos europeus. Esses planos de reconstrução econômica beneficiaram prioritariamente as grandes companhias monopolistas, mas também ajudaram a melhorar as condições gerais de vida da população.

O êxito econômico alcançado pelo plano estimulou a integração entre países europeus, levando, em 1957, à formação da Comunidade Econômica Européia (CEE), mais conhecida como Mercado Comum Europeu (MCE).

Também o cenário político se modificou na Europa no pós-guerra com a legalização dos partidos comunistas, facilitada pela participação dos comunistas  nos movimentos de resistência à ocupação nazi-fascista.

Muitos desses partidos evoluíram até se transformar em partidos de massa. Foi o caso dos partidos comunistas da Itália e da França. No entanto, essa situação viria a se transformar radicalmente no período em que a União Soviética (1980-1990) começou a se desintegrar. O Partido Comunista Italiano se transformou em Partido Democrático de Esquerda e o francês perdeu militantes e seguidores.

A disparidade mais gritante desse quadro geral da Europa Ocidental eram os países do sul: Grécia, Portugal e Espanha.

Em Portugal, o estado ditatorial salazarista encontrou seu fim em 1974, com a chamada Revolução dos Cravos, transformando o país numa democracia recentemente integrada à comunidade européia.

Na Espanha, a velha ditadura franquista só terminou com a morte de Francisco Franco, em 1975.

Também a Grécia enfrentou, na década de 1960 uma das ditaduras mais corruptas e violentas da história européia mais recente. Instaurada em 1967, o "regime dos coronéis" só foi derrubado em 1974, quando um governo liberal subiu ao poder e restaurou as instituições democráticas.

PEDRO, Antônio. História da civilização ocidental. ensino médio. volume único.

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Lendo e aprendendo

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Estas são as sugestões para leitura de hoje: Os títulos são sempre relacionados ao tema do blog.

 

 

O nazismo,

de Silvia Szterling, ed. Ática, 1999.

História de um garoto judeu, natural da Polônia, que, com milhares de outros foi vítima das atrocidades cometidas pelos nazistas. Conseguiu sobreviver e, em São Paulo reconstruiu sua vida.

 

Skins, As tribos do mal,

de Helena Salem, ed. Atual, 1995.

Aborda a Intolerância no Ocidente, da Inquisição ao fascismo; a explosão punk e de skinheads; a apologia da violência; racismo, nacionalismo, xenofobia e anti-semitismo.

 

Cabeça de turco. Uma viagem aos porões da sociedade alemã,

de Günter Wallraff, ed. Globo, 2004.

Uma reportagem investigativa que denuncia as condições subumanas da vida dos imigrantes ilegais na Alemanha. O jornalista Wallraff relata sua experiência ao viver mais de dois anos como um estrangeiro ilegal em seu próprio país.

Apologia: Escrito ou discurso para justificar ou defender alguém ou alguma coisa.

Xenofobia
: Aversão às pessoas e coisas estrangeiras.

Semita
: família etnográfica e lingüística  que inclui os hebreus, os assírios, os aramaicos, os fenícios  os árabes, os judeus

Anti-semita:
contrário aos semitas, principalmente judeus.

Boa leitura!

CARDOSO, Oldimar. coleção: Tudo é História. ensino fundamental.

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Frederico Garcia Lorca

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O poeta e dramaturgo espanhol Frederico Garcia Lorca foi preso e fuzilado durante a Guerra Civil Espanhola.

Frederico Garcia Lorca (1898-1936) 

 

Frederico Garcia Lorca. Poeta e dramaturgo espanhol. Destacou-se com Romanceiro gitano (1928), versos cujos temas e imagens se inspiram nas tradições populares. No teatro, sua obra mais conhecida é a trilogia formada por Bodas de sangue (1933), Yerma (1934) e A casa de Bernarda Alba (1936). Apesar de apolítico foi fuzilado em Viznar pelas forças franquistas.

Poeta e Personagem

As homenagens a Lorca, por ocasião de seu centenário de nascimento (5 d junho de 1998), não só na Espanha, mas no Brasil e no restante do mundo, confirmaram tratar-se de um autor popular. De toda literatura espanhola, o único mais editado e traduzido do que ele é Cervantes. Além de ser lembrado, comentado e estudado, Lorca também compareceu em outros autores. Foi o poeta de outros poetas. Há coletâneas e antologias com  páginas magistrais sobre ele e sobre sua morte [...]

No Brasil, dedicaram-lhe poemas Drummond, Bandeira, Vinícius de Moraes e Paulo Mendes Campos [...] Seria possível uma sessão completa só com leituras de poemas de qualidade sobre Lorca por autores brasileiros.

Em seu livro Poeta em Nova York, escrito quando Lorca vivia nessa cidade em plena crise de 1929, ele parece antecipar as catástrofes vividas por ele e pelos outros espanhóis, durante a Guerra Civil.

Quando se fundem as formas puras

sob o cricri das margaridas

compreendi que me haviam assassinado

Percorreram os cafés e os cemitérios e as igrejas,

abriram os tonéis e os armários,

destroçaram os três esqueletos para arrancar seus dentes de ouro.

Já não me encontraram.

Não me encontraram?

Não. Não me encontraram.

Mas se soube que a sexta lua fugiu torrente acima,

e que o mar recordou sem tardança

os nomes de todos os seus afogados.

Lorca pretendera dar ao seu livro Poeta em Nova York, inicialmente, o título de Introdução à morte. Vidente, antecipou, naquele final de 1929, a catástrofe coletiva que sobreviria em uma década, e a catástrofe pessoal, seu assassinato em agosto de 1936, nos primeiros dias da Guerra Civil Espanhola, quando fascistas o seqüestraram, fuzilaram e enterraram em uma vala que nunca foi localizada.

(WILLER, Claudio. Frederico Garcia Lorca, poeta e personagem. Agulha. Revista de Cultura, n.28- Fortaleza, São Paulo, setembro/2002.<www.revista.agulha.nom.br/ag28lorca.htm.Acesso: 18/4/2008)

 

CARSOSO, Oldimar. coleção: Tudo é História. ensino fundamental.

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Madrid e as brigadas

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Entre 17 de junho de 1936 e 1º de abril de 1939, os espanhóis travaram uma das mais cruéis guerras civis da História. O General Franco tinha como principal objetivo ocupar Madrid cuja captura terminaria a guerra. Uma Brigada Internacional de Voluntários, com cerca de 60% de comunistas, de mais de 50 países foi reunida em Albacete, tendo recebido algumas semanas de treinamento e sido enviada para a frente de batalha, em Madrid, num momento crítico.
O povo de Madrid, e os milicianos sem qualquer treinamento haviam detido o avanço de Franco. Franco tentou o bombardeamento terrorista de Madrid, com seus aviões alemães, mas isto só serviu para aumentar a vontade de resistir dos enfurecidos madrilenhos. A milícia, formada por cerca de 80 mil homens e também mulheres, aguentara o principal choque do ataque pelos insurretos (pessoa que se rebela contra algo).
Nos dias cruciais de 7 a 12 de novembro de 1936, os Internacionais - perto de 3 500 homens - foram lançados na brecha que se abrira na Cidade Universitária, nos limites ocidentais da capital. O mais pesado e principal ataque pelo exército de Franco verificou-se no domingo, 8 de novembro. Nessa tarde, as Brigadas Internacionais - em maioria composta de alemães e franceses - chegaram de Albacete, desfilando em parada, com canções revolucionárias pela cidade, em direção à frente de Batalha, onde a maioria morreu nos dez dias seguintes. No dia 9 de novembro, foram eles que suportaram o grosso do ataque à Cidade Universitária.
Os historiadores ainda discutem sobre se a Brigada Internacional salvou Madrid. A verdade é que ajudou a salvar Madrid. Houve glória suficiente para todos. A heroína comunista Dolores Ibárruri, conhecida como La Pasionaria, repetiu o grito: "Eles não passarão"! - No pasarán! - e o inimigo não passou.
Adaptado de MATTHEWS, Herbert L. Metade da Espanha morreu: uma reavaliação da guerra civil espanhola. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1975, p. 1-7.
Dolores Ibárruri, conhecida como Lá Pasionaria. Líder comunista espanhola
O governo de Franco
Uma das razões da [...] permanência [de Franco por tanto tempo] no poder é o horror a uma nova guerra civil. Oficialmente incensado (adulado, elogiado, bajulado), secretamente atacado, mais talvez que nenhum chefe de Estado, Franco permaneceu porque a sua partida abriu a porta a uma aventura que os espanhóis durante muito tempo julgaram terrifica. (aterrorizante) [...]
Franco nunca deixou de utilizar sucessivamente, ou umas contra as outras, as peças da Igreja, do exército, da Falange, dos sindicatos, [...] dos economistas, das forças sociais [...] [Franco] tinha conseguido consolidar um poder quase absoluto.
O único princípio de legitimidade que ele tinha reconhecido para si próprio  é aquele que fez gravar nas moedas de 5 pesetas: "Pela graça de Deus".
Nos primeiros anos, os conselhos de ministros duravam por vezes de 8 a 9 horas a fio e ele era o único que permanecia sempre imóvel. Ele tomava todas as decisões, as quais eram sem apelo.
NIEDERGAND, Marcel. O caudilho. In: FREITAS, Gustavo de, 900 textos e documentos de História. v. III. Lisboa: Plátano, s.d., p 292-3.
O vôo de Carrero Blanco
Luiz Carrero Blanco, primeiro-ministro da Espanha, morreu num atentado à bomba organizado pelo ETA em 1973. Nessa época, o general Francisco Franco já estava no poder há 34 anos.
O almirante Carrero Blanco, apontado como provável sucessor do ditador espanhol, fora nomeado primeiro-ministro há apenas alguns meses. Seu assassinato foi um dos fatores que contribuíram para o fim do franquismo.
Para alcançar seu objetivo, os membros do ETA, construíram um túnel sob uma rua pela qual Carrero Blanco passaria de automóvel.
Lá instalaram cerca de 500 quilos de explosivos, que, detonados jogaram o carro de Carrero Blanco a mais de 20 metros de altura. Depois do atentado, uma irônica frase tornou-se comum entre os opositores do governo Franco.
"Arriba España, arriba Franco, más alto que Carrero Blanco!".
FARFEL, Nicolas. O vôo de Carrero Blanco. História Viva. Ano I, n. 12, outubro de 2004, p. 20-1.
ETAEuzkadi Ta Azkatasuna (Pátria Basca e Liberdade). Grupo terrorista do País Basco, região que compreende uma parte do nordeste da Espanha e uma pequena parte do nordeste da Espanha parte do sudoeste da França. Fundado em 1959, luta pela independência de seu país.
Veja os principais ataques terroristas do ETA na Espanha

CARDOSO, Oldimar. coleção Tudo é História. ensino fundamental.
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A Guerra Civil Espanhola

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(1936-1939)

Em 1936, uma guerra civil começou na Espanha. Fascistas  entraram em choque com liberais, anarquistas e comunistas. Embora não tenha ultrapassado as fronteiras espanholas, a guerra provocou o envolvimento de combatentes e o empenho do governo de diversos países.

Os regimes fascistas da Itália e da Alemanha enviaram tropas e equipamentos modernos para as frentes de batalha. Por isso, a guerra na Espanha foi considerada "um ensaio" dos fascistas para a Segunda Guerra Mundial. Ao mesmo tempo, anarquistas e comunistas de vários continentes foram para a Espanha lutar pela República.

Nessa guerra civil, a cidade basca de Guernica foi destruída, com grande número de civis mortos e feridos.

Tudo começou com uma revolta de militares contra o governo do presidente Manuel Azaña, liderados pelo general Francisco Franco, eram chamados de nacionalistas. Entre eles estavam principalmente monarquistas, latifundiários, membros da Igreja católica e de um grupo chamado Falange Fascista. Em 1936, Franco chefiou um golpe de Estado contra o governo de Azaña. Os governos fascistas da Alemanha e da Itália consideraram o golpe legítimo e reconheceram o governo de Franco.

A Frente Popular, formada por democratas e socialistas que defendiam a permanência do governo republicano, resistiu ao golpe de Franco. Para isso, recebeu o apoio do governo socialista da União Soviética e de milhares de voluntários vindos de dezenas de países. Os governos da Inglaterra e da França eram favoráveis aos republicanos, mas não ofereceram a eles nenhuma ajuda material.

A resistência

Em julho de 1936, a ameaça ao governo republicano levou a população das grandes cidades, como Madri e Barcelona, a se organizar para impedir o sucesso do golpe. Em pouco tempo, o território espanhol se viu dividido, com uma parte republicana e outra dominada pelas forças do general Franco.

As áreas controladas pelos republicanos passaram por grandes mudanças sociais. As terras se tornaram coletivas, as fábricas e os meios de comunicação ficaram sob o controle dos trabalhadores reunidos em sindicatos. Em alguns lugares, o dinheiro foi abolido.

Em toda Espanha, milhares de pessoas foram fuziladas. Sindicalistas e professores tornaram-se o principal alvo dos nacionalistas, enquanto padres, militares e latifundiários eram executados pelos republicanos.

Além de lutarem contra o governo de Franco, os anarquistas e comunistas que compunham as tropas republicanas também brigaram  entre si. Isso ocorria porque  cada um desses grupos acreditava que a guerra deveria ser conduzida à sua maneira. Por exemplo, os anarquistas defendiam que não deveria haver hierarquia no exército republicano, opondo-se nesse sentido aos comunistas.

As tropas nacionalistas, fortalecidas pelo apoio dos fascistas italianos e alemães, aproveitaram-se das disputas entre os republicanos para derrotá-los. A guerra foi vencida pelos nacionalistas em março de 1939, três anos depois do golpe do general Franco. Terminada a guerra, ele assumiu o governo como ditador e permaneceu no poder até sua morte, em 1975, eliminando sistematicamente a oposição.

Guernica, óleo sobre tela, de Pablo Picasso. Inspirada na destruição da cidade basca em 1937, esta pintura foi realizada no mesmo ano por encomenda do governo espanhol para o pavilhão espanhol da Exposição Universal de Paris. A obra reflete intensa dramaticidade e é considerada a obra-prima do autor. Faz parte do acervo do Centro de Arte Reina Sofia, em Madri. Segundo se diz, durante a Segunda Guerra Mundial, quando Paris esteve ocupada pelas tropas nazistas, um oficial alemão entrou no ateliê de Picasso e, vendo essa tela, perguntou ao pintor:

"Foi o senhor que fez isto?". Picasso, então,  teria respondido: "Não foram os senhores!".

CARDOSO, Oldimar. coleção: Tudo é História. ensino fundamental.

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Resumão - A República Romana

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(753 a.C.-30 a.C.)

753

Fundação de Roma por latinos e sabinos.

625

Os etruscos governam Roma.
Os pântanos são drenados e é construído o Fórum.

509

Fundada a República Romana.

494

Começa a disputa entre plebeus e patrícios por direitos.
Instituição  do tribuno da plebe.

450

As lutas dos plebeus resultam na Lei das Doze Tábuas.

445

A Lex Canuleia acaba com a proibição de casamentos entre patrícios e plebeus.

396

Roma conquista a cidade etrusca de Veios.

390

Os gauleses tomam e incendeiam Roma, que será reconstruída em 380.
Começa a expansão romana sobre a península Italiana.

367

Promulgadas as Leis Licínias, que incluem a abolição da escravatura por dívidas.

366

Nomeado o primeiro Cônsul plebeu.

287

A Lex Hortensia, que concede aos plebeus direito de participar do processo político, põe fim à luta destes  com os patrícios.

280

Pirro, rei do Épiro invade a Itália.

264

Começa a Primeira Guerra Púnica, entre Roma e Cartago.

227

Formação das províncias romanas da Sicília e da Córsega-Sardenha.

218

Começa a Segunda Guerra Púnica, que terminará em 201.

200

Alterações no regime de ocupação das terras somam-se à expansão do uso da mão-de-obra escrava.

197

Roma vence Filipe V da Macedônia.

191

Nas Termópilas, o exército de Roma vence as forças de Antíoco III, rei da Síria.

149

Início da Terceira Guerra Púnica.

147

Fundada a Província Romana da Macedônia.

136

Uma revolta de escravos abala a Sicília.

133

Roma conquista a Espanha.
Roma adquire o reino de Pérgamo.
Tibério Graco torna-se tribuno da plebe com intenção de promover a reforma agrária.

123

Caio Graco torna-se tribuno da plebe para, sem sucesso, retomar os projetos iniciados pelo irmão.

107

Mário é nomeado cônsul e promove transformações na estrutura do exército.

91

Começa uma "guerra social" na Itália quando os habitantes da península exigem a cidadania romana.

81

O general Sila torna-se ditador vitalício com poderes absolutos (em 79 é obrigado a abdicar).

73-71

Revolta dos escravos liderada por Espártacus.

70

Consulado de Pompeu e Crasso.

60

Formado o Primeiro Triunvirato: Pompeu, Crasso e Júlio César.

58

Começa a Guerra Gálica, série de campanhas de Júlio César que estabelecem o domínio romano sobre o centro e o norte da Europa.

49

Agitação social em Roma: disputa pelo poder leva o Senado a nomear Júlio César ditador.

48

Batalha de Farsala, em que as tropas de César derrotam Pompeu

44

Júlio César é assassinado em um complô organizado por Bruto e Cássio.

43

Formado o Segundo Triunvirato: Marco Antônio, Lépido e Otávio.

42

Batalha de Filipe: divisão das províncias entre os triúnviros.

41

Encontro de Marco Antônio e Cleópatra.

31

Batalha de Actium, na qual Marco Antônio e Cleópatra são derrotados.

30

Suicídio de Cleópatra e Marco Antônio.

 

Steven M. Berner. Barros Fisher & Associados. Resumão. 1ª edição. julho/2007.

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O FIM da Segunda Guerra

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O Japão, no Extremo Oriente, resistia aos ataques americanos como uma fera acuada e condenada. Recorreu a todos os artifícios para tentar deter os americanos. Um dos mais famosos, foi a introdução de pilotos suicidas, os kamikazes, que se atiravam, com seus aviões carregados de bombas, sobre os navios americanos.

No dia 6 de agosto, a aviação americana lançou uma nova arma sobre o Japão: a bomba atômica, que destruiu a cidade de Hiroshima. Logo a seguir a cidade de Nagasáqui também foi bombardeada com a arma atômica. Muitos pensadores acham que tal arma não precisaria ser utilizada, pois o Japão já estaria derrotado.

No dia 9 de agosto, a União Soviética declarou guerra ao Japão, Segundo o acordo de Yalta. As forças soviéticas derrotaram os japoneses na Manchúria.

Os resultados da guerra

A Segunda Guerra foi a maior da história. Logo depois do conflito, houve uma tentativa de contar os mortos. Até 1991, considerava-se, que a União Soviética teria perdido 20 milhões de pessoas. Hoje, com o fim do regime soviético, temos acesso aos recenseamentos do período da guerra e dos anos posteriores, e eles revelam números mais aterradores.

Milhões de pessoas também pereceram nos campos de concentração nazistas. Esses campos de concentração existiam antes mesmo de começar a guerra. Os judeus foram particularmente visados pelos nazistas. Para eles  se planejou a terrível "solução final", ou seja, o extermínio total do povo judeu.

Quando a guerra terminou, o mundo estava dividido: de um lado os países capitalistas; de outro, os socialistas. Era a chamada Guerra Fria. Até os últimos dias da década de 1980, ainda vivíamos sob a ameaça de outro conflito entre as potências, e desta vez com armas atômicas, o que significaria a destruição do mundo. Hoje, isso parece ser um filme de ficção científica. A derrocada do império soviético colocou um fim no polarização militar mundial.

The Sculpture of Love and Anguish

A Escultura do Amor e da Angústia é um monumento dedicado aos 6 milhões de vítimas do Holocausto.

Escultura do Amor e da Angústia, de Kenneth Treister. Monumento dedicado às vítimas do Holocausto

 

A escultura é um monumento dedicado aos 6 milhões de vítimas do Holocausto. O imenso braço nasce da terra,  como se fosse o último gesto de uma pessoa morrendo. É uma visão do Holocausto congelada em bronze. No gigante braço está tatuado um número, forma como eram identificados os prisioneiros no campo de concentração de Auschwitz. O braço está envolto por cem figuras humanas também em bronze. As figuras estão divididas em diferentes grupos. Algumas parecem gritar com angústia, outras com dor e desespero. Outras ainda são representadas como se estivessem morrendo num inferno.

A escultura está localizada numa grande praça, com espelho d'água cujos reflexos oferecem múltiplas visões do céu e dos bosques.

O conjunto da obra faz parte do Memorial do Holocausto, localizado na cidade de Miami, mais precisamente na avenida  Meridian 1933/1945. Esse número, foi escolhido por significar o início e o fim do regime nazista na Alemanha.

PEDRO, Antônio. História da civilização ocidental. ensino médio. volume único.

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Os anos que decidiram a guerra

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O ano de 1942 marcou o início dos avanços dos aliados contra as potências do Eixo: a derrota nazista na Batalha de Stalingrado, o início da contra-ofensiva americana no Pacífico e a mudança do rumo da guerra no norte da África.

Ao mesmo tempo, o ataque nazista à União Soviética fez com que a Inglaterra e os Estados Unidos se aproximassem gradativamente do Estado socialista, dando-se os primeiros passos em direção a uma aliança. Em maio de 1942, realizou-se a Conferência de Washington, selando um acordo entre a União Soviética, a Inglaterra e os Estados Unidos. Esse acordo estabelecia que os americanos e os ingleses deveriam abrir imediatamente uma frente na batalha na Europa Ocidental, fato que foi retardado por mais dois anos.

As derrotas alemãs

As tropas alemãs passaram a sofrer seguidas derrotas em todas as frentes: África, Europa Oriental, Mediterrâneo. A Alemanha e a Itália perderam o controle sobre o Mediterrâneo, facilitando a invasão da Europa pelo sul da Itália. A ofensiva soviética era implacável na frente da Europa Oriental, colocando os alemães em retirada.

A contra-ofensiva americana no Pacífico, a partir de maio de 1942, infringia derrotas sérias aos japoneses.

A queda da Itália 

Em setembro de 1943, as tropas americanas já avançavam pelo sul da Itália. O regime de Mussolini estava ameaçado. O movimento de resistência antifascista estava intensificando suas operações. Aos poucos a situação do ditador fascista italiano ficou insustentável. Mussolini foi deposto pelo marechal Badoglio, que assumiu o poder e assinou o armistício com os americanos.

Hitler ordenou que seus exércitos ocupassem a Itália, de Roma para o norte. Foi na Itália do norte que Mussolini fundara, com apoio das tropas alemãs, a chamada República de Saló. As batalhas entre os americanos e os alemães prosseguiram do final de 1943 até 1944, quando finalmente Roma foi tomada.

A invasão da França

A abertura de uma segunda frente era constantemente adiada pelo alto comando das forças aliadas.

Mas, no dia 6 de junho de 1944, o "Dia D", as forças aliadas desembarcaram na costa francesa da Normandia. Para auxiliar os aliados, os guerrilheiros franceses da Resistência, dirigidos pelo Partido Comunista, organizaram sabotagens, enfraquecendo as forças alemãs. A Resistência tinha organizado o levante de Paris, fato que facilitou enormemente a retomada da cidade pelos aliados, no dia 25 de agosto de 1944.

A partir daí, o avanço dos aliados foi rápido, diminuindo um pouco à medida que se aproximavam da fronteira alemã.

A Tomada de Berlim

O avanço dos exércitos soviéticos foi fulminante. Os antigos aliados dos alemães, a Romênia, Hungria e Bulgária se retiraram da guerra. A Iugoslávia foi libertada pelos guerrilheiros de Josip Tito, membro do Partido Comunista, em outubro de 1944, com o auxílio de tropas soviéticas e búlgaras. Também a Albânia conseguiu expulsar os nazistas. Em janeiro de 1945, foi a vez da Polônia, libertada após rápida ofensiva soviética.

Mas a grande operação ainda estava por ser feita: a tomada de Berlim, que, segundo os chefes nazistas nunca cairia nas mãos dos "bárbaros comunistas".

Para tratar das condições para a capitulação da Alemanha, os aliados se encontraram na Conferência de Yalta, na Criméia, em fevereiro de 1945. Nessa conferência, os líderes das três grande potências aliadas- Inglaterra, Estados Unidos e União Soviética, decidiram que a Alemanha, depois da derrota, seria dividida em áreas de ocupação.

Enquanto se realizava a Conferência de Yalta, a Alemanha era bombardeada sem interrupção.

Na tarde de 13 de fevereiro, por exemplo, a cidade de Dresden foi varrida do mapa por uma onda de 1.600 aviões, entre bombardeiros e caças, que despejaram quase 410.000 bombas em apenas 23 minutos. Não se sabe quantas pessoas morreram. Mas dizia-se que os cadáveres formavam "montanhas" mais altas que as catedrais.

Uma poderosa ofensiva do exército  soviético foi desencadeada, visando à tomada de Berlim. As forças nazistas resistiram, mas não conseguiram impedir o avanço do Exército Vermelho. No dia 2 de maio, as foças nazistas de Berlim renderam-se ao comando soviético. Hitler havia se suicidado dois dias antes. A bandeira vermelha tremulava no topo do edifício do Reichstag. O império de mil anos que Hitler sonhara construir, destruindo outros povos, não chagara a durar quinze anos.

Bandeira vermelha da União Soviética tremula no topo do edifício do Reichstag, em Berlim (maio de 1945)

A capitulação (rendição) incondicional, com todos os aliados (Inglaterra, Estados Unidos, União Soviética e França) foi assinada em duas etapas, nos dias 7 e 8 de maio. Acabava a fase européia da Segunda Guerra Mundial.

Os americanos continuavam lutando contra os japoneses no Oceano Pacífico.

PEDRO, Antônio. História da civilização ocidental. ensino médio. volume único.

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Estados Unidos na 2ª Guerra Mundial e Batalha de Stalingrado

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Com a anexação de parte do território da União soviética, somente Portugal, Espanha, Suécia e Suíça podiam ser considerados independentes. Evidentemente, deve-se lembrar que a Inglaterra mantinha heróica resistência ao avanço nazista. Todo o resto da Europa estava, de uma forma ou de outra, sob o domínio ou influência da Alemanha.

Muitos países mantinham aparência independente, como a Romênia, a Hungria e a França de Vichy, enquanto cumpriam fielmente as ordens emitidas por Berlim.

Contudo, a entrada  dos Estados Unidos na guerra, ao lado da União Soviética e da Inglaterra, contra o Japão, a Itália e a Alemanha, aumentou as possibilidades dos aliados.

 

A Guerra no Pacífico

Os interesses dos Estados Unidos no Pacífico estavam cada vez mais ameaçados pelo avanço japonês sobre as antigas possessões francesas na Indochina. Mas outro fator impelia (empurrava) os dois países a guerra: os Estados Unidos se aproximaram da Inglaterra já desde 1940, quando através da Carta do Atlântico, Roosevelt e Churchill estabeleceram uma série de princípios orientados da política internacional. Enquanto isso, o Japão assinava um tratado com a Itália e a Alemanha, conhecido como a união dos países do Eixo, em que se comprometiam com a total cooperação em caso de guerra.

Em 7 de dezembro de 1941, a marinha e a aviação japonesas atacaram maciçamente as bases naval e aérea americanas de Pearl Harbour, no Havaí. Foi um ataque de surpresa, que destruiu quase toda a frota e os aviões norte-americanos no Pacífico.

 

Ataque japonês à Pearl Harbour 7 de dezembro de 1941

Quatro dias depois de iniciada a guerra contra o Japão, a Alemanha e a Itália declararam guerra aos Estados Unidos.

Até maio de 1942, o Japão tomou a Malásia, as Filipinas, Hong-Kong, a Birmânia e uma infinidade de pequenas ilhas do Pacífico, perfazendo uma área de quatro milhões de quilômetros quadrados. Isso garantiu ao império japonês a matéria-prima e a mão-de-obra necessárias para o prosseguimento da guerra.

Somente a partir de maio de 1942, os Estados Unidos começaram a recuperar o terreno perdido.

A Batalha de Stalingrado

Hitler pretendia tomar a região do rio Volga. Se olharmos o mapa dessa região da União Soviética poderemos compreender sua importância. Nas margens desse rio, estava localizada a cidade industrial de Stalingrado (atual Volgogrado), de grande importância estratégica.

No dia 18 de setembro de 1942, tropas nazistas do IV e do VI exércitos já haviam tomado alguns bairros de Stalingrado, mas não conseguiam alcançar a outra margem do Volga. Hitler ordenou que se tomasse a cidade a qualquer custo. Mas a resistência dos soldados soviéticos era cada vez maior. Lutava-se não mais para conquistar grandes regiões, mas para tomar uma simples casa, um pequeno abrigo.

O VI exército alemão, do general, depois marechal, Friedrich Paulus, avançou até o centro da cidade, cortando Stalingrado em duas partes. A resistência dos soldados soviéticos era infinita.

Com a chegada do inverno, os russos desfecharam uma ofensiva que isolou os alemães das fontes de abastecimento. A parir daí, as forças alemãs foram sendo enfraquecidas até que, em fevereiro de 1943, Paulus resolveu depor as armas. De seus 250.000 homens, restavam 130.000, que caíram prisioneiros dos soviéticos. Pela primeira vez um marechal da Alemanha nazista caía prisioneiro.

 Soldados alemães e soviéticos na Batalha de Stalingrado

A Batalha de Stalingrado significou o ponto mais alto da Segunda Guerra. Ao mesmo tempo, marcou os primeiros passos que levariam ao fim a Alemanha de Hitler.

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