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Símbolos da União Europeia

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A bandeira da União Europeia  (UE) é composta por um fundo azul e 12 estrelas amarelas de cinco pontas dispostas em círculo. Ela foi criada em 1995, no contexto do Conselho da Europa. Em 1983, o Parlamento europeu passou a emprega-la como emblema. Dois anos depois, ela tornou-se símbolo da Comunidade Econômica Europeia e, mais tarde, da União Europeia.

Bandeira da União Europeia Bandeira da União Europeia (UE)

O círculo formado pelas doze estrelas foi escolhido por causa de sua simbologia. O número 12, simboliza tradicionalmente a perfeição e o equilíbrio (12 meses do ano, 12 horas do dia e da noite, 12 apóstolos de Cristo, etc.). A disposição em círculo refere-se à unidade e à equidade entre todos os países do continente.

O hino europeu, adotado em 1985, foi extraído de um trecho da Nona sinfonia de Ludwig van Beethoven, composta em 1823. Nesse trecho, um coral canta uma canção que tem por letra o poema Ode à alegria, do escritor alemão Friedrich von Schiller. O Ode à alegria representa a esperança de Beethoven e Schiller numa sociedade humana livre e fraterna.

O lema da União Europeia, Unida na diversidade, adotado desde 2004, valoriza a multiplicidade de experiências históricas, étnicas, linguísticas e culturais dos povos  que compõem a União.

Veja a história da União Europeia: Clique Aqui

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Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST)

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Em 1984, foi realizado no Paraná o Primeiro Encontro dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra. Contando com a participação de líderes dos trabalhadores rurais de todo o país, o encontro criou o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST). A partir de então, o MST passou a ser a principal organização dos que lutam pela terra. Hoje, ele é considerado o movimento social mais importante do país. Segundo algumas fontes, há sob sua bandeira cerca de 350 mil famílias assentadas e 100 mil vivendo em acampamentos. Com ocupações de fazendas improdutivas, acampamentos à beira de estradas, caminhadas de centenas de quilômetros, manifestações nas cidades e outras ações, o MST ganhou expressão política nacional.

Dois massacres de sem-terra, ocorridos no início do governo FHC, não deixam dúvidas quanto à gravidade do problema da terra no Brasil: o de Corumbiara (Roraima), em agosto de 1995, com 11 mortos, e o Eldorado dos Carajás (Pará), em abril de 1996, com 19 mortos.

Por lei, os latifúndios (grandes propriedades rurais improdutivas) podem ser desapropriados pelo governo federal e entregues à reforma agrária. Isso, porém, envolve muitos interesses. Os grandes fazendeiros contam com uma bancada ruralista formada por deputados e senadores no Congresso Nacional para defender seus interesses. Além do mais, os critérios que determinam se uma propriedade é improdutiva ou não são muito brandos.

Outro problema é conseguir fazer uma reforma agrária de qualidade. Muitas vezes as famílias são assentadas, mas as condições para que de fato produzam naquele pedaço de terra não são garantidas. Assim, muitas acabam vendendo suas terras ou simplesmente as abandonam e seguem para as grandes cidades em busca de emprego.

Massacre em Eldorado dos Carajás

Em 17 de abril de 1996, dezenove sem-terra foram mortos num confronto com a Polícia-Militar em Eldorado dos Carajás, no sul do Pará. O confronto ocorreu quando 1500 sem-terra protestavam contra a demora na desapropriação de terras da fazenda Macaxeira. Acusados de estarem obstruindo uma rodovia, a Polícia Militar foi encarregada de tira-los do local por meios pacíficos ou pela violência. Um dos líderes do movimento, Oziel Alves Pereira, de apenas 17 anos, foi torturado e executado com um tiro no rosto. A operação esteve sob o comando do coronel Mário Pantoja de Oliveira.

Em junho de 2002, 124 soldados e cabos acusados de terem participado do massacre foram a julgamento. Todos foram absolvidos. Quanto ao coronel Mário Pantoja, em 2004 foi condenado a 228 anos de prisão.

Veja artigo da Folha online: Ocupações do MST lembram 13 anos do masacre de Eldorado dos Carajás (PA). acesso:28-02-2010

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Leia Também: Posseiros e Grileiros

Esparta

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Esparta situava-se na região da Lacônia, ao sul da península do Peloponeso. Ligados a atividades agrícolas e militares, os espartanos seriam descendentes dos dórios que, entre os séculos XII  e X  a.C., invadiram a Grécia.

As instituições de um povo envolvem um conjunto integrado de ideias, padrões de comportamento e relações sociais, reveladores de uma cultura comum ou partilhada por grupos e que se manifesta também nos costumes, nas organizações políticas, na família, na educação, nas crenças religiosas, etc.

Instalados em meio a populações numericamente superiores, os espartanos constituíam uma minoria privilegiada que mantinha o poder pelo uso da força. Devido a isso, as instituições  espartanas – atribuídas a um lendário Licurgo – possuíam um caráter militarista e aristocrático.

A Sociedade Espartana

A sociedade espartana fundava-se no princípio da desigualdade social. Distinguiam-se três estratos: espartanos (ou esparciatas), periecos e iliotas (ou hilotas).

Os espartanos descendiam dos conquistadores. Eram os únicos que podiam exercer os direitos de cidadania e participar do governo. Chamavam-se “os iguais” (hómoioi). Deviam consagrar ao Estado todo o seu tempo, preparando-se para atividades militares ou negócios públicos.

Eram titulares das melhores propriedades agrícolas que não podiam ser vendidas ou doadas. Os lotes de terra (kleros) pertenciam à família e não ao indivíduo. Um espartano podia perder, sob certas condições – não cumprir com suas obrigações militares por exemplo –, seu direito de cidadania e passar a ser considerado um inferior. Os periocos eram os antigos habitantes da região subjugados pelos dórios. Eram livres, mas submissos. Alistavam-se no Exército, pagavam impostos, mas não eram cidadãos. Dedicavam-se a atividades comerciais, vedadas aos espartanos.

Os ilotas (ou hilotas) eram servos. Cultivavam as terras dos espartanos geração após geração, pagando um valor anual pelo uso da terra. Com o tempo, puderam alistar-se no Exército e, sob certas circunstâncias, podiam ser libertados. Os ilotas não eram protegidos pelas leis da cidade: podiam ser maltratados e mortos, impunemente. Os ilotas que se distinguiam na guerra, tornando-se potencialmente perigosos para os espartanos, eram executados. Eram muito mais numerosos que seus senhores e viviam submetidos pelo terror.

 

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As Estelas de Axum

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A cultura material do Império de Axum recebeu muita influência da região do sul da Arábia, pois as duas áreas mantinham intensas relações desde pelo menos o século XV a. C. Do sul da Arábia teriam vindo as casas de pedra, o uso da escrita, as técnicas de represamento de água, de irrigação artificial e do plantio em terraços. Muito depois, já no século III a. C, o Império passou a realizar intensas trocas comerciais e culturais com o mundo grego, tornando-se um dos maiores portos da Antiguidade.

Mesmo sofrendo influências de diversos povos, aspectos tradicionais da cultura de Axum, como o culto aos mortos, continuaram a ser centrais. O mais importante tipo de monumento funerário produzido em Axum foram os obeliscos ou estelas feitas em um único bloco gigantesco de pedra. Essas estelas tinham o formato de um coluna monumental, com vários metros de altura. A mais famosa delas é datada aproximadamente do século IV a. C., com nove andares, 24 metros de altura e peso de 180 toneladas. Os etíopes possuíam uma refinada técnica para cortar pedras, como o mármore, o granito e o basalto, e entalhavam não apenas estelas, como também tronos, catacumbas e partes de palácios.

Estelas de Axum, Etiópia Uma das Estelas de Axum, monumento funerário, Etiópia, África

Mussolini, ditador que governou a Itália entre 1922 e 1943, tentou invadir a Etiópia em 1937. Em virtude da resistência etíope, Mussolini não atingiu seus objetivos; porém, ele conseguiu pilhar uma das estelas, embarcando-a em um navio para Roma. Aí a estela permaneceu durante quase 70 anos, até que, depois de diversos protestos do povo da Etiópia e de outros africanos, como o Egito, um acordo para a devolução desse obelisco foi firmado. A estela retornou à Etiópia em abril de 2005 e foi instalada em Axum apenas em 4 de junho de 2008. A cidade de Axum é considerada Patrimônio Cultural da Humanidade pela Unesco desde 1980.

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Leia Também: Os reinos africanos

Luzes Acesas

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Pronto galera, acabou a hora do planeta!

Quem participou  levanta a mão!!!!!!!! (rs)

Para os que participaram, o Planeta agradece, para os que não participaram, pensem que nunca é tarde para participar. Isso pode ser feito qualquer dia, qualquer hora. Aqui em casa a farra foi boa, meu neto se divertiu e ficou super feliz em ficar uma hora no escuro pra ajudar o planeta onde vive.

O ano que vem tem mais. Quem sabe mais pessoas participem e ajudem o planeta.

Obrigado e até o ano que vem na  HORA DO PLANETA.

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APAGUE AS LUZES

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APAGUE AS LUZES DE SUA CASA ÀS 20:30HS, E SÓ ACENDA NOVAMENTE ÀS 21:30 HS.

PARTICIPE DA HORA DO PLANETA.

FALTAM MENOS DE 10 MINUTOS.

HORA DO PLANETA

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FALTA 1 HORA PRA HORA DO PLANETA

PARTICIPE!  APAGUE AS LUZES DE SUA CASA.

África, um universo religioso

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Os diferentes povos africanos desenvolveram uma infinidade de crenças religiosas, algumas delas presentes até os dias de hoje. Entre essas crenças existiam vários pontos comuns. Seus praticantes costumavam, atribuir caráter sagrado a elementos da natureza, como vegetais, animais, rios ou fenômenos naturais.

Os ritos visavam celebrar tais elementos e promover o equilíbrio entre o mundo dos seres humanos e o plano divino. Além disso, não havia distinção entre o mundo dos vivos e o mundo dos mortos. Os ancestrais estavam sempre presentes, podendo retornar em gerações futuras. A morte era vista como um momento de passagem para um estágio superior.

 

Orixá Ogum, Orixá Ogum

 

Para conhecer melhor esse universo, pode-se recorrer às crenças do povo Iorubá, que viveu provavelmente desde o início de nossa era na região do golfo de Benin, onde hoje se localizam Togo, Benin, Nigéria e Camarões. Segundo a crença desse povo, seus deuses, os orixás, criaram e governaram o mundo.

 

Iemanja, senhora das águas em mãe dos deuses e dos seres humanos.Iemanjá

Entre esses orixás destaca-se Ogum, que dirigia a guerra, o ferro e a metalurgia; Xangô, que comandava o trovão; e Iemanjá, senhora das águas e mãe dos deuses e dos seres humanos. Cada um desses recebeu de Olodumaré, o ser supremo, uma parte da natureza que devia comandar.

O judaísmo se espalhou por diversas cidades do norte do continente africano, através das rotas de comércio que saíam da Palestina desde pelo menos o século V a. C.  Os judeus, no entanto, não tiveram a pretensão de converter grandes massas populacionais.

O cristianismo, por sua vez, tornou-se religião dominante no Império de Axum.  Mas só penetrou de forma intensa na África depois do século XV. Já o islamismo chegou ao continente a partir do século VIII, convertendo fiéis por todo o norte africano.

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Leia Também:   Axum, um império cristão

HORA DO PLANETA

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Oi pessoal, não sei todos sabem mas amanhã o mundo se prepara para a hora do planeta.

Nem todos sabem o que é isso. Então vamos saber o que é e porque esse evento é tão importante.

A HORA DO PLANETA, nasceu em Sidney, na Austrália, em 2007, lá as pessoas queriam sensibilizar a opinião pública sobre o consumo exagerado de energia elétrica e também a emissão excessiva de dióxido de carbono colaborando assim, para o aquecimento global. Deu certo, chamaram a atenção e o movimento cresceu.

Esta  é a quarta edição, e o número de adesões aumenta a cada ano, para se ter uma idéia, ano passado (2009) foram 88 países a participar do evento, esse ano a promessa é de 125 países participarem.

A HORA DO PLANETA consiste em: Amanhã dia 27 de Março todas as pessoas  e instituições que quiserem participar devem apagar as luzes de suas casas, estabelecimentos comerciais, monumentos e empresas exatamente as 20:30 e permanecer assim durante 60 minutos, (1 hora), só uma hora. Acho que vale a pena.

Ano  passado participei, e fiquei no escuro durante essa hora, e sabe de uma coisa, foi muito bom, esse tempo foi usado para um bom papo que há muito tempo não acontecia, acredito que além de ajudar o planeta, essa horinha também serve para aproximar as pessoas. Experimente!

Amanhã dia 27 de março de 2010, apague as luzes de suas casas por uma hora e ajude o planeta. Ah! As luzes se apagam as 20:30hs. e voltam a se acender as 21:30hs.

Muitos países irão apagar as luzes de seus monumento: A Torre Eiffel, França, as Pirâmides do Egito, a Torre de Pizza, na Itália, até mesmo empresas como a Coca Cola e o Google aceitaram participar. No Brasil o Cristo Redentor, no Rio de Janeiro, o Teatro Amazonas, em Manaus,  o Congresso Nacional, em Brasília, a Ponte Estaiada, em São Paulo, e muitos outros monumentos e edifícios importantes estarão apagados. Faça sua parte. O Planeta agradece.

Faça seu apagão particular e ajude o planeta.

 

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Posseiros e grileiros

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O posseiro é o primeiro a ocupar, isto é, a tomar a posse da terra. Uma terra que geralmente não tem dono nem documentação, ou, se pertence a alguém, está abandonada e sem uso produtivo. O posseiro chega, abre uma clareira, faz sua casa de pau a pique ou de madeira que tira da mata e começa a cultivar a terra. Em certos casos, a terra ocupada está nos limites de uma reserva  indígena.

O grileiro é aquele que invade a terra do posseiro, pessoalmente ou por meio de capangas ou assistido por advogados. Como os posseiros não têm documentação que ateste sua propriedade sobre a terra, os grileiros utilizam-se de diversos artifícios para se apossar dela: se o posseiro resiste a deixar a terra, o grileiro pode oferecer-lhe dinheiro ou obriga-lo a sair por meio da violência.

Nas últimas décadas do século XX, surgiu um novo tipo de grileiro, principalmente na região amazônica. Não se trata mais do fazendeiro, mas de grandes empresas nacionais e internacionais. Essas empresas tornaram-se donas de grandes extensões de terras, que foram compradas por preços baixos e, às vezes, com incentivos do governo.

Elas se instalam para explorar madeira ou criar gado. Geralmente contratam funcionários para derrubar a floresta, matar animais, expulsar seringueiros, castanheiros, posseiros e a população indígena.

Se necessário, algumas chegam a mandar assassinar os que resistem principalmente seus líderes, seja trabalhadores, seja padres, advogados ou políticos.

Doroty Stang

Doroty Stang, missionária assassinada em fevereiro de 2005, por defender o direiro à terra de famílias de pequenos agricultores. Em fevereiro de 2005, mais uma vítima juntou-se a tantas outras na região amazônica. A missionária norte-americana, naturalizada brasileira, Doroty Stang, de 73 anos, foi assassinada em Anapu, no Pará. O trabalho da freira consistia em assentar famílias em lotes de terra no meio da floresta.

Em maio de 2007, o fazendeiro Vitalmiro Bastos de Moura foi condenado a 30 anos de prisão por ter sido considerado mandante do assassinato da freira. O crime sensibilizou o Brasil e o mundo, que voltou seus olhos para os conflitos da região amazônica. Entretanto, em maio de 2008 Vitalmiro Bastos de Moura foi absolvido em um segundo julgamento. Muitos veem nisso um sinal de impunidade e um estímulo a ações criminosas.

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Leia Também: Chico Mendes

Os subsídios agrícolas no mundo globalizado

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Os países membros da Organização Mundial do Comércio (OMC) têm tentado por muito tempo chegar a um acordo sobre novas regras para o comércio mundial. Um dos assuntos que têm impedido um acordo é a questão dos subsídios agrícolas dados pelos países ricos aos seus agricultores. O assunto voltou à tona em 2004, quando se reuniram o Brasil, a Índia, os Estados Unidos, a União Europeia e a Austrália.

Subsídios comerciais são a quantidade de dinheiro paga aos agricultores por unidade que eles produzem ou exportam. Eles têm o efeito de fazer com que a produção seja mais barata. Por isso, os subsídios fazem com que os agricultores se tornem mais competitivos e tendam a aumentar a produção. Eles são pagos, no geral, pelo contribuinte, via departamentos de governo ou associações de comércio.

Os agricultores dos países ricos são os que mais se beneficiam com os subsídios. Os Estados Unidos dão até 3,9 bilhões de dólares aos seus 25 mil produtores de algodão todos os anos. Isso, segundo a OMC, seria equivalente a mais de três vezes a ajuda financeira dada pelo governo norte-americano à África.

Quem sai perdendo? Muitos países ricos concordam que o ganho de seus agricultores representa um prejuízo para os produtores dos países pobres. Agricultores dos países ricos produzem muito para o próprio mercado. O excesso é “jogado” em países pobres a preços muito baixos, com os quais os produtores locais não podem competir. Além disso, quando os produtores dos países em desenvolvimento tentam exportar para os países ricos, eles estão na verdade competindo com agroindústrias subsidiadas. A ministra do Comércio britânica, Patricia Hewit, disse […]que acabar com os subsídios ajudaria a tirar “centenas de milhares de pessoas da pobreza”.

(Adaptado de <www1.folha.uol.com.br/folha/BBC>,30.7.2007. Acesso em 24.4.2008.)

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A Globalização da Economia

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Para muitos economistas (liberais e marxistas) a tendência do capitalismo foi, é e sempre será a expansão  para todas as partes do mundo. Alguns chegam a afirmar que a globalização se iniciou com as Grandes Navegações, no início da Idade Moderna (século XV). Isso porque era o comércio internacional e a procura de riquezas que motivavam governos e comerciantes das nações europeias daquela época a viajar para o  Oriente para o Ocidente, onde encontravam novas sociedades e culturas.

Outros vão mais longe e dizem que o Império Romano já era um mundo globalizado, uma vez que agregava grande variedade de culturas e muitas pessoas dos povos conquistados serviam de mão-de-obra escrava.

A Globalização, é um fenômeno recente, resultado do desenvolvimento do capitalismo. O processo atual de globalização da economia mundial teve forte aceleração no início da década de 1980. Por esse processo, diversos setores da atividade econômica passaram a integrar-se, ou seja, a atuar em conjunto no mundo inteiro.

Satélite GPS (Global Positioning System) Os meios de comunicação tornam possíveis novas formas de integração econômica mundial. Na imagem, um satélite GPS (Global Positioning System), capaz de oferecer dados tridimensionais para fins civis e militares. Os satélites artificiais contribuem fortemente para a globalização.

Algumas Características

Grandes empresas, com filiais e instalações em diversos países, passaram a unificar suas atividades. Por exemplo: uma empresa automobilística, em vez de fabricar modelos diferentes para cada país que atua, passou a produzir modelos de carros mundiais, ou seja, que são vendidos no mundo inteiro. Os carros não têm necessariamente suas peças fabricadas em único lugar. O motor pode ser feito na Argentina, a engrenagem no Paraguai e a montagem no Brasil. Depois, o carro é exportado para outros países. O objetivo é racionalizar a produção e diminuir seus custos.

Outro traço da globalização é a transferência de fábricas. Empresas transacionais instalam suas fábricas em países onde as condições – impostos, custos da mão-de-obra, proximidade dos grandes mercados – são mais favoráveis. A partir da década de 1980, os países do Sudeste Asiático tornaram-se prediletos desse processo.

Assim as empresas norte-americanas, japonesas e europeias passaram a montar suas fábricas nesses países. Começaram então a aparecer cada vez mais produtos – tênis por exemplo – com etiquetas made in China, made in Taiwan, made in Singapore, made in Indonésia, made in Hong Kong, etc.

O Capital financeiro

Um terceiro aspecto da globalização é a transferência diária de bilhões de dólares de um país para outro. O dinheiro é transferido com grande rapidez por meio de computadores  ligados entre si ou por via telefônica. Os bancos procuram aplicar o dinheiro nos países onde as taxas de juros são mais altas. E, com a mesma rapidez com que aplicam num país, podem retirar o dinheiro aplicado se as condições políticas ou econômicas mudarem.

Outro traço marcante da globalização é a abertura do comércio exterior. Antigamente, o governo de muitos países procurava impedir a entrada de produtos e capitais estrangeiros, pois acreditava que eles desestimulavam a fabricação de produtos nacionais. Hoje isso mudou. A maioria dos países diminuiu os obstáculos à importação.

Apesar da maior tolerância, a presença do capital estrangeiro provoca reações adversas. Para uns, obriga os produtores locais a melhorar a qualidade de seus produtos e diminuir seus preços, como forma de competir com os produtos importados. Outros, porém, alegam que essa presença acentua as desigualdades sociais. Em geral, os fabricantes locais não conseguem suportar a concorrência,  o que resulta na falência da empresa local ou na sua incorporação pela empresa estrangeira.

Liberdade de comércio ou subsídios?

Os maiores ideólogos da globalização exaltam a liberdade de comércio. Entretanto, a abertura comercial proposta pelos governos dos países desenvolvidos, todos eles apologistas da globalização, constitui uma via de mão única. Enquanto propõem que os outros abram seus mercados, eles protegem seus agricultores com subsídios, de modo a dificultar a entrada em seus países de produtos agrícolas provenientes das regiões pobres do planeta.

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Apologista: Indivíduo que faz elogio a determinada causa.

Subsídios: Quantia em dinheiro que o governo dá aos agricultores para que eles vendam seus produtos a baixo preço e possam competir com os artigos importados.

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Chico Mendes

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Em 1988, o seringueiro e líder sindical Chico Mendes, que se destacava na luta pelos direitos dos seringueiros e em defesa do meio ambiente, foi assassinado em Xapuri, estado do Acre. O caso teve repercussão internacional. Os assassinos foram presos, mas pouco depois fugiram de um presídio de segurança máxima no Acre. Anos depois foram recapturados.

Chico Mendes Chico Mendes

Defensor dos povos da floresta, Chico Mendes foi também um paladino na luta pela preservação do meio ambiente

Chico Mendes, não foi o único a ser assassinado. Só na década de 1980, foram mortas no Brasil cerca de 1500 pessoas em disputas de terra envolvendo seringueiros, posseiros, sem-terra e outros trabalhadores, contra grandes proprietários (grileiros) e seus jagunços. Em 2006, 39 trabalhadores e líderes sindicais foram assassinados. Em 2007, foram 28.

Segundo a Comissão Pastoral da Terra (CPT), órgão da Igreja católica, em 2006 foram registrados 1 657 conflitos no campo. Em 2007, foram 1538. Em compensação, em 2006, 1809 foram expulsas da terra pelos grandes fazendeiros; em 2007, esse número saltou para 4340.

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Movimentos Sociais no Brasil

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Muitos estudiosos concordam com a necessidade de uma reforma agrária no Brasil, mas como faze-la?

O texto a seguir fala sobre as ações do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra), que luta pela reforma agrária desde 1984, quando foi criado.

Pelo menos 60 agricultores ligados ao Movimento dos Sem-Terra (MST) invadiram sábado a fazenda  Guarani, de 220 alqueires, no município de Presidente Bernardes, no Pontal do Paranapanema, inaugurando o prometido “abril vermelho” em São Paulo. Na Bahia, o “abril vermelho” começou com a ocupação, por 2 mil militantes do MST, da fazenda Bela Manhã, da Aracruz Celulose, no município de Teixeira de Freitas, extremo sul do estado.

O líder da ocupação, Weldes Queiróz, dirigente do MST na Bahia, disse que o objetivo da invasão é lembrar o massacre de Eldorado dos Carajás. A ocupação foi pacífica, mas a coordenação do MST não revelou a data em que eles pretendem deixar a propriedade.

(Adaptado de:<diariodonordeste.globo.com/notícias>).

Desde os primeiros anos da colonização, a ocupação das terras no Brasil é um assunto controverso. Os portugueses as tomaram dos índios. Formaram-se grandes propriedades com poucos proprietários. Ter terras representava riqueza. E essa ideia em boa medida permanece até os dias de hoje.

Apesar de a imensa maioria da população brasileira viver nas cidades, milhões de famílias vivem ou trabalham na zona rural. Muitas ocupam um pedaço de terra, mas não têm a sua propriedade legal. São os chamados posseiros. Outras famílias vivem na periferia de vilas e cidades e trabalham somente nas épocas de plantio ou colheita como boias-frias nas fazendas de grandes proprietários.

Há ainda muitos trabalhadores rurais que vivem em regime de semiescravidão. Confinados em fazendas, muitas vezes atraídos pela promessa de bons salários, acabam sendo forçados a trabalhar em troca de alimentação. Outros são obrigados a comprar alimentos dos donos das fazendas, a preços estipulados por eles, e o salário que recebem não é suficiente para pagar as dívidas.

Trabalhadores rurais, em regime de escravidão libertados pela polícia, 2008 Trabalhadores rurais em regime de escravidão, libertados pela polícia, 2008, Pará

Segundo muitos especialistas, a concentração da propriedade rural em poucas mãos dificulta o aumento da produção de alimentos para o consumo interno. Isso porque a maior parte desses alimentos é produzida em pequenas e médias propriedades. Em contraste com isso, os latifúndios geralmente são monocultores e, muitas vezes, estão voltados apenas para a exportação.

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Brasil: República Oligárquica

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Atualmente, as eleições para os poderes Legislativo e Executivo no Brasil se realizam segundo o princípio do voto secreto. Usa-se a urna eletrônica, e ninguém pode saber em quem está votando. Além disso, a legislação brasileira proíbe a compra de votos.

Essas duas características do atual sistema eleitoral no Brasil fazem parte das conquistas da democracia moderna. São conquistas relativamente recentes. Durante muito tempo, as eleições no Brasil eram feitas de tal modo que nem o voto era secreto nem a prática da compra do voto estava proibida. Era o tempo dos coronéis, das oligarquias estaduais e da República Velha (1889-1930).

Proclamada em 15 de novembro de 1889, a República no Brasil foi resultado de um golpe de Estado que deu aos militares o comando do governo. Os marechais Deodoro da Fonseca (1889-1891) e Floriano Peixoto (1891-1894)foram nossos dois primeiros presidentes. Em 1894, um cafeicultor paulista, Prudente de Morais, venceu as eleições e se sagrou o primeiro presidente civil da República brasileira.

A Ciranda Presidencial na República Velha

Prudente de Morais

1894-1898

Fazendeiro paulista

Campos Sales

1898-1902

Fazendeiro paulista

Rodrigues Alves

1902-1906

Cafeicultor paulista

Afonso Pena

1906-1909

Político mineiro, morreu antes de concluir seu mandato

Nilo Peçanha

1909-1910

Político fluminense; vice-presidente, assumiu com a morte de Afonso Pena.

Hermes da Fonseca

1910-1914

Militar e político gaúcho apoiado por algumas oligarquias

Venceslau Brás

1914-1918

Político Mineiro

Delfim Moreira

1918- 1919

Político mineiro, assumiu como vice-presidente de Rodrigues Alves, impedido de tomar posse por doença

Epitácio Pessoa

1919-1922

Político paraibano apoiado pelos fazendeiros de café

Artur Bernardes

1922-1926

Político mineiro

Washington Luís

1926-1930

Político fluminense. Fez carreira em São Paulo.

Oligarquia: Pequeno grupo de pessoas que controla o poder público.

República Velha: Também chamada de Primeira República, em oposição à República Nova, ou Segunda República, inaugurada com a Revolução de 1930.

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Início da Guerra dos Cem Anos

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Em 1337, ao reclamar o trono francês para si, Eduardo III dava início às hostilidades entre a França e a Inglaterra, que culminaram com a destruição da frotas francesa em Flandres, em 1340. Este foi o primeiro embate militar a deflagrar o grande conflito. Em terra, a vantagem também foi para os ingleses: seu exército nacional, composto de corpos de arqueiros, era muito mais eficaz e móvel que o exército francês, organizado com base numa cavalaria pesada e de pouca mobilidade. A infantaria britânica impôs graves derrotas à cavalaria francesa.

Em 1346, Eduardo III desembarca em território francês e procura juntar suas tropas às tropas flamengas, mas é interceptado pelas forças do rei Filipe VI, duas vezes superiores às suas. Ocorre a Batalha de Crécy em agosto de 1346, que, segundo alguns autores, é a primeira batalha em que se usa a pólvora como arma de guerra, liquidando os pesados cavaleiros franceses dentro de suas armaduras. Os trinta mil homens de Filipe VI são derrotados por nove mil ingleses. Os franceses perderam onze príncipes, mil e duzentos cavaleiros e dez mil homens de hierarquia militar inferior, um total que excedia o próprio exército inglês.

Graças a esta vitória, os ingleses, depois de um ano de sítio, tomaram Calais, no Canal da Mancha, o que lhes garantia, a partir de então, uma cabeça de ponte no continente (agosto de 1347). Vencedores igualmente dos aliados dos franceses, os ingleses consentiram numa trégua, que a Peste Negra faria prolongar até 1355.

A Peste Negra (1347-1351)

A trégua coincidiu com um grande flagelo que foi chamado de Peste Negra. Na verdade, houve na Europa desse período uma epidemia de peste bubônica, a qual se desenvolve onde existam condições precárias de higiene. Numa cidade medieval, lixo, água contaminada, urina e fezes eram atirados  das janelas das casas diretamente para as ruas. Não havia qualquer forma de tratamento dos resíduos humanos. Em tal ambiente, os ratos encontravam uma situação propícia para sua reprodução. As pulgas dos ratos eram, por sua vez, o vetor de transmissão da bactéria. Essas pulgas picavam as pessoas e transmitiam-lhes a doença. O paciente ficava com seus gânglios inchados e com manchas arroxeadas espalhadas pelo corpo, as quais iam escurecendo à medida que a doença progredia (por isso o nome Peste Negra), após esse estágio vinha a morte. A palavra bubônica deriva do nome popular que se dava aos gânglios inchados (bubons).

É significativo que o trajeto da Peste Negra possa ser traçado ao longo das rotas dos navios e, evidentemente, por seus ratos. De acordo com relatos da época, a peste chegou à Europa vinda do Oriente, trazida da Criméia para a Itália em 1347. Nos dois anos seguintes, espalhou-se pela Alemanha, França, Espanha e Inglaterra, alcançando em seguida todo o continente europeu. Não há estatísticas sobre as mortes, mas nas cidades em que a higiene era mais precária, estima-se a morte de mais da metade da população. Algumas aldeias rurais simplesmente desapareceram. Além de graves repercussões na economia, também repercutiu sob forma de crises políticas.

O Final da Trégua e o Desastre de Poltiers

O rei da França Filipe VI, havia morrido, e João, o Bom, assumiu o trono (1350-1364). Aproveitando-se do fato de o rei João estar com problemas com o rei de Navarra, os ingleses tomaram nova iniciativa na guerra. O filho de Eduardo III, também chamado Eduardo, mas conhecido como o Príncipe Negro, desembarca em Bordéus em setembro de 1355. Atacou o Languedoc, atingiu o Loire, próximo a Poltiers em 19 de setembro de 1356, e derrotou os franceses. Eram  6.500 ingleses contra 20.500 franceses, que foram dizimados pelos arqueiros ingleses, ocorrendo inclusive a prisão do rei francês, João, o Bom, que foi levado para a Inglaterra.

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A Guerra dos Cem Anos

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A Guerra dos Cem Anos foi um grave conflito na Europa medieval que colocou em lados opostos a Inglaterra e a França. Com períodos de luta e tréguas, estendeu-se de 1337 a 1453.

Questões Políticas

A guerra foi provocada pelas pretensões do rei da Inglaterra, Eduardo III, à sucessão dos Capetos na França. Filipe IV, o Belo (1285-1314), havia deixado três filhos que reinaram sucessivamente e não tiveram herdeiros masculinos. Quando o último Capeto morreu (1328), os barões franceses declararam que “nenhuma mulher e, consequentemente, nenhum filho desta poderia, em virtude do costume, suceder no Reino da França”. Esta decisão descartava do trono Eduardo III, rei da Inglaterra, que era neto, pelo lado materno, de Filipe, o Belo. Ao mesmo tempo era dado o direito à Coroa a um sobrinho de Filipe, o Belo, filho de um de seus irmãos, Carlos de Valois, que assumiu o trono com o nome de Filipe VI, inaugurando a dinastia de Valois. Veja esquema abaixo:

 

esquema da questão dinástica dos Valois - França Questão Dinástica

Eduardo III, rei da Inglaterra, que tinha possessões no território francês, era também duque da Aquitânia. Enquanto tal, deveria prestar “homenagem” ao rei da França, de quem era vassalo. Em 3 e junho de 1329, em Amiens, Eduardo III presta “homenagem” do rei Filipe  VI. Ocorre que a França dava apoio político à Escócia em sua luta de independência em relação à Inglaterra. Eduardo III, da Inglaterra, reconsidera sua posição e passa a exigir para si o trono francês.

Questão Econômica

A Inglaterra exportava lã bruta para os Países Baixos, onde havia manufaturas de tecidos. Entretanto. os Países Baixos (Flandres) eram vassalos do rei da França. O governo da Flandres era pró-francês e os comerciantes e setores ligados às manufaturas de lã eram pró ingleses. Devido a atritos entre o governo inglês e o governo de Flandres, o rei da Inglaterra, Eduardo III, ao que parece, esperando um movimento popular pró-inglês em Flandres, faz embargos ao embarque de lã bruta para Flandres. Este fato provoca uma revolta de comerciantes e manufatureiros, liderados por um próspero mercador de tecidos, Jacob van Artevelde, que consegue a adesão de outras cidades e forma um governo. Sob seu governo, os flamengos assinam um tratado comercial com a Inglaterra, seguido de uma aliança política que reconhecia Eduardo III o soberano legal de Flandres (o que implicava reconhece-lo como rei da França). Acrescentava-se, assim, mais um pretexto para Eduardo III reclamar o trono francês, e despachou um desafio formal ao seu suserano Filipe VI (1337).

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O Nascimento das Universidades (Parte II)

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Privilégios da Universidade

No início do século XII, a universidade conseguiu obter preciosos privilégios, inicialmente do rei e posteriormente do papa. Por volta de 1200, em seguida a uma briga com a polícia na qual cinco estudantes morreram, o rei Filipe Augusto (1180-1223) concedeu aos professores e alunos privilégios judiciários, ou seja, os membros da universidade passavam a ser julgados não mais por juízes, mas por tribunais da Igreja. A partir de então, ficando fora do controle do rei, a universidade tratou de ficar fora do controle do bispo de Paris.

Conseguiu o que queria com o apoio dos papas: conseguiram que o bispo não tivesse mais direito de excomungar os membros da universidade, de lhes encarcerar, ou aplicar punições, e mesmo de recusar a licentia docenti à aqueles que a universidade considerasse dignos de ensinar. Dessa maneira, a Universidade de Paris tornou-se uma espécie de Estado autônomo, como uma “república do ensino” que devia obediência basicamente ao papa.

Os Professores

Os professores eram todos membros do clero e eram recrutados depois que fossem aprovados em exames e discussões organizadas por cada faculdade. Como membros da faculdade, eram chamados “agregados” à faculdade. No início ensinavam em suas próprias casas, mas depois em salas especialmente criadas e alugadas para ministrar os cursos. Os estudantes pagavam aos professores pelas suas aulas e locais de estudo.

A Vida dos Estudantes

Inicialmente os alunos moravam com os professores, mas com o aumento do número de estudantes, essa prática tornou-se impossível. Entre os estudantes, alguns eram ricos e levavam uma boa vida, mas a maioria não tinha condições, passavam muitas vezes a noite ao relento e procuravam ganhar alguma coisa trabalhando como copistas ou empregados domésticos. Algumas pessoas procuraram melhorar a vida dos estudantes, fundando estabelecimentos em que os estudantes pudessem ter alojamento. Estes receberam o nome de colégios (que significa reunião). Um dos mais famosos foi criado em 1257 pelo capelão do rei São Luís (1216-1272), chamado Robert de Sorbon (1201-1274), de onde originou-se o nome da Sorbone, uma das mais famosas instituições de ensino da França.

O Método de Ensino

O método de ensino consistia em ler e comentar livros de autores que eram considerados autoridades na matéria. Este método de ensino era chamado de escolástica, e sua característica importante era o fato de que tudo que se ensinava apoiava-se no “argumento de autoridade”, ou seja, o que a autoridade no assunto afirmou não podia ser discutido, era tomado como verdade. As fontes da autoridade eram a Bíblia, a opinião dos chamados padres da Igreja, especialmente Santo Agostinho, mas a grande autoridade não-cristã era Aristóteles. A opinião de uma destas autoridades possuía o valor de prova de verdade.

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Leia Também: O Nascimento das Universidades (Parte I)

O Nascimento das Universidades (Parte I)

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No século XII, as escolas dos mosteiros entram em decadência por várias razões. Em primeiro lugar, muitas delas ficavam em regiões rurais, afastadas dos grandes centros urbanos, e agora as cidades é que mais atraíam as pessoas. Além disso, havia também outra razão: São Bernardo desconfiava da pesquisa intelectual, pois achava que o homem não podia atingir Deus por intermédio da inteligência. O saber, dizia ele, alimenta o orgulho. Os bispos, por sua vez, adotaram uma atitude inversa: a piedade deve se alimentar da ciência. Em torno das catedrais afluem novos alunos, muitos montam acampamentos próximos a cidades de prestígio, desejosos de aprender.Como o número de alunos aumentava, um só professor não era suficiente. Entretanto como a licença para ensinar dependia do bispo, alguns bispos, temendo talvez perder o controle sobre o ensino, não autorizavam mais “licenciados”.

A Universidade de Paris

Professores e alunos algumas vezes entravam em choque com as orientações do bispo. Contra o bispo forma-se uma solidariedade entre estudantes e professores, e muitos querem fugir ao seu controle. É assim que em Paris, no final do século XII, professores e alunos, seguindo o exemplo dos artesãos e mercadores se associam, formando uma corporação que dominaram  Universidade (que significa corporação) de professores e alunos de Paris. Afirma-se que talvez tenha sido a primeira universidade da Europa, a partir da qual  outras que se fundaram tomaram-na como modelo. Não se sabe exatamente a data de sua fundação.

Organização da Universidade

Quando a Universidade de Paris atingiu seu pleno desenvolvimento, na segunda metade do século XIII, sob o reinado de São Luís (Luís IX, 1216-1272), passou a ter uma organização pela qual professores e estudantes agrupavam-se em função da natureza das disciplinas que eram estudadas. Esses agrupamentos eram chamados de faculdades. Existiam quatro faculdades: Teologia, Direito Canônico, Artes Liberais e Medicina. Em teologia, estudavam-se a natureza da divindade e as crenças cristãs. Em Direito Canônico, estudava-se o direito eclesiástico (direito da igreja). O direito não ligado à Igreja chamava-se Direito Civil. Em artes Liberais, estudavam-se ciências e letras.

Direção da Universidade

A Faculdade de Artes Liberais era numericamente a mais importante. Por seu intermédio tinha-se acesso a outras faculdades. Cada faculdade era dirigida por um deão (ou decano: o mais velho) eleito entre seus pares, sendo que o decano da Faculdade de Artes Liberais era o mais importante e recebia o nome de reitor, era o diretor de todo o corpo universitário.

O reitor era eleito por três meses e só podia ser escolhido entre os professores da Faculdade de Artes Liberais. Tinha uma posição de destaque entre as grandes personalidades do reino e era colocado, nas cerimônias públicas imediatamente antes dos cardeais, ao lado dos príncipes da família real. O reitor exercia uma verdadeira soberania sobre o quartier latin. A ele eram subordinados não só todos os professores e estudantes, como também todos aqueles que, de alguma maneira, estivessem ligados à universidade como, por exemplo, donos de papelarias, encadernadores, copistas, servidores domésticos de estudantes ricos, donos de cantinas, ou seja praticamente toda a população que servia no quartier latin.

continua no próximo post…

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Ensino na Idade Média

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Carlos Magno, que governou a França no final do século VIII e início do século IX (768-814), havia ordenado que cada mosteiro e cada igreja tivesse sua escola, dirigida pelo clero e aberta a todos. Essas recomendações foram renovadas nos séculos seguintes por papas e por concílios, entretanto não se pode saber o quanto tais determinações foram efetivamente cumpridas. Pode-se afirmar que o ensino não foi totalmente abandonado pelo clero nos séculos X e XI

Até o século XIII, o ensino era ministrado pelo clero em dois tipos de escolas, escolas monásticas, instaladas em grandes abadias ou mosteiros, originariamente reservadas para a formação de monges, mas que depois passaram a receber outros estudantes, e escolas catedrais ou episcopais, instaladas pelas catedrais (catedral é o nome que se dá às grandes igrejas que são sedes de bispados). As escolas catedrais ficavam sob a responsabilidade do bispo por intermédio de um funcionário designado por ele, chamado cônego, que tinha, entre outras, a função de administrador da catedral. Um dos cônegos recebia o título de chanceler e era o diretor de ensino. Ele emitia em nome do bispo a licentia docendi (licença para ensinar), que era a permissão para ensinar, sem a qual ninguém podia ser professor.

Escolas Famosas

Algumas escolas ficaram famosas devido ao mérito de alguns professores. Na França, no século XI, destacam-se as escolas episcopais de Reims, Chartres, Orleans, as escolas monásticas de Cluny e de Bec e as abadias de São Vitor e Santa Genoveva, estas duas últimas em Paris. Na Itália, era importante a escola do mosteiro de São Félix, em Bolonha. No final do século XI cresceu muito a reputação das escolas de Paris devido aos seus professores. O mais ilustre foi o filósofo Abelardo (1079-1142). Em torno dele, afluíam alunos de várias regiões da Europa para assistir às suas aulas.

Principais Centros de Ensino

No século XII, três grandes centros intelectuais podiam ser distinguidos no cenário europeu: a Itália, a Espanha e a França.

Na Itália, havia a Escola de Medicina de Salerno e a Escola de Direito de Bolonha.

Na Espanha, a cidade de Toledo era o grande centro intelectual para o qual acorriam estudiosos de variada origem que estavam em busca dos sábios árabes e judeus, possuidores, estes últimos, de manuscritos árabes e gregos. Toledo era famosa por seus estudos de Medicina, Ciências (em especial Álgebra, Física e Astronomia) e Filosofia. Por intermédio dos sábios de Toledo, houve uma grande difusão dos escritos do filósofo grego Aristóteles (a quem os sábios ocidentais alcunharam de O Filósofo, tamanho era o respeito que tinham por suas obras)

Na França, Paris despontou como um importante centro de estudos de Teologia. Nessa cidade, estudantes e professores concentravam-se numa região localizada na margem esquerda do rio Sena; uma vez que o idioma por eles utilizado era o latim, tal região ficou conhecida como o quarter latin (bairro latino), e tal designação permanece aos dias atuais.

Posteriormente, as universidades de Oxford e Cambridge, ambas na Inglaterra, também se destacaram como importantes centros de estudos.

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Leia Também: Educação

Religião Grega (Última Parte)

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As Pitonisas

No fundo do templo ficava o local onde os peregrinos recebiam as respostas, mas onde não eram autorizados a entrar. Aí ficava a Pítia ou Pitonisa, sacerdotisa de Apolo, que entrava em êxtase e proferia palavras sem nexo; os sacerdotes de Apolo tomavam notas e em seguida dispunham-nas em frases ordenadas e plenas de sentido.

Sacerdotisa de Delfos, John Collier, óleo sobre tela, Inglaterra, 1891 Sacerdotisa de Delfos, John Collier (1891)

O Oráculo tinha uma grande influência, não só porque predizia o futuro, mas porque aconselhava os homens nos seus conflitos e os ajudava a viver em paz com os deuses. O oráculo geralmente ditava a melhor conduta a seguir. Os sacerdotes eram homens sábios, possuíam grande experiência de vida, conheciam o que ocorria em cada região e assim podiam dar bons conselhos. Quando um ou outro Estado vinha perguntar como conduzir sua política, os sacerdotes sabiam quais eram as relações de força existentes, e sempre que possível ficavam em bons termos com o mais forte.

Os Sacerdotes

Para maior segurança, os sacerdotes anotavam cuidadosamente as perguntas e as respostas dadas, inscritas em placas de madeira, vindo a formar um grande “arquivo de informações”. Quando os sacerdotes se enganavam, no geral, podiam salvar as aparências graças à formulação de uma resposta vaga que permitia mais de uma interpretação. Delfos foi o centro religioso da Grécia e era considerado o centro do mundo.

Doações aos oráculos

Vinham, de todas as partes, presentes para o oráculo em tão grande quantidade que o templo de Apolo não podia mais conte-los. Os estados gregos mais poderosos mandaram então construir em Delfos casas-forte onde eram guardados os presentes à divindade. O templo foi destruído por um tremor de terra por volta do século IV a. C. Dádivas vieram de todas as partes para reconstruí-lo. Mas as riquezas de Delfos incitaram a cobiça.

Hordas de trácios fizeram a primeira visita, depois vieram os romanos e, finalmente, cristãos fanáticos acabaram por destruir “a cidadela do paganismo”. Inundações e tremores de terra acabaram por completar as devastações iniciadas pelos homens. Em 1812 tiveram início pesquisas arqueológicas que revelaram muito daquele mundo antigo.

Os mistérios e os festivais religiosos

Os mistérios eram rituais secretos nos quais só eram admitidos aqueles que passassem por certas provas e que, segundo a crença exerciam uma poderosa influência sobre o caráter dos participantes. Os mais importantes e famosos eram os mistérios de Eleusis consagrados à deusa da agricultura. Deméter. Sua origem era desconhecida. Escolhia-se o chefe oficial dos mistérios dentro de uma tradição. Realizavam-se celebrações em que os iniciados se reuniam, faziam procissões, jejuns e representavam dramas sagrados.

A crença geral considerava os iniciados nos mistérios de Eleusis como privilegiados. Os festivais religiosos, que podiam ser atléticos, musicais e dramáticos, eram patrocinados por um Estado determinado ou por grupos de estados, ou por todos os estados gregos. Em Atenas, celebravam-se as Grandes Panateneias, que incluíam concursos de ginástica, música, corridas e regatas, e culminavam com a grande procissão até a Acrópole. As festas anfictiônicas eram patrocinadas por grupos de estados vizinhos que possuíam alguma afinidade étnica. Reuniam-se em datas previstas para render culto a alguma divindade comum. Os festivais de toda a Grécia eram as Olimpíadas, as Píticas, as Nemeias e as Ístmicas. De todos esses, o mais famoso era o das Olimpíadas, celebradas a cada quatro anos. Segundo a tradição, a primeira realizou-se em 776 a.C., data considerada o início da Era Grega.

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HORDA: Tribo errante, bando indisciplinado, guerrilha.

TRÁCIOS: Guerreiros temíveis e hábeis cavaleiros, os trácios lutaram contra os gregos na Guerra de Tróia.

PANATENEIAS: Festividades.

ANFICTIONIAS: Assembléia de anfictiões.
Direito que tinham certas cidades gregas de participar da assembléia dos anfictiões para decidir questões de interesse geral.

fonte: Wikipédia/dicionário online de português

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Religião Grega (Parte III)

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Os Templos

O lugar consagrado para o culto das divindades compreendia um recinto no qual havia um altar para sacrifício. Os templos, diferentes das igrejas modernas, não eram concebidos para que os fiéis ficassem dentro deles. Ficavam fora e celebravam os sacrifícios num altar localizado na entrada do templo.

O interior do edifício se destinava a guardar as oferendas aos deuses, normalmente objetos de valor. O templo possuía um patrimônio que era vigiado e administrado por funcionários públicos. Às vezes, em situações de emergência, o Estado tomava dinheiro emprestado do templo e depois devolvia pagando os devidos juros.

O Culto

O culto envolvia o sacrifício e a oração, que normalmente ocorriam juntos. Eram utilizados para qualquer empreendimento público ou privado. O procedimento habitual do sacrifício era o seguinte: o sacerdote e seus ajudantes, com roupas de cerimônia, normalmente brancas, coroados de grinaldas, encontravam-se com os fiéis no exterior do templo. A vítima, uma ovelha ou boi, também vinha com grinaldas.

As pessoas eram purificadas com água santificada ao contato com um tição de fogo do altar. O sacerdote impunha o silêncio e dava início às orações. O animal era conduzido ao altar. Sua conduta era cuidadosamente observada e se lhe dava importância. A resistência ou docilidade eram interpretadas como sinais de maus ou bons presságios. Jogavam grãos de cevada, que eram trazidos numa cesta, na cabeça e no corpo da vítima, arrancavam alguns pêlos e o jogavam no fogo como uma primeira oferenda.

Sacrifício de Animais

Em seguida, o animal era abatido com um machado ou um porrete. Era degolado, seu sangue era recolhido em um recipiente e com ele se salpicava o altar e às vezes os fiéis. A cerimônia era acompanhada por gritos ou lamentos, ou ao som de flauta.

Os funcionários do templo abriam o animal, suas entranhas eram retiradas e cuidadosamente examinadas para fins de adivinhação, e a parte consagrada aos deuses, geralmente os músculos envolvidos na gordura do animal, era atirada ao fogo do altar. O resto era distribuído entre os presentes na cerimônia que, com frequência, só nessa ocasião comiam carne.

A adivinhação e os oráculos

A adivinhação tinha por fim averiguar qual era a vontade dos deuses, seja em relação aos acontecimentos em marcha ou em relação  ao futuro. Os oráculos mais famosos na Grécia foram o de Zeus em Dodona, no Épiro e o de Apolo em Delfos.

Em Dodona, os sacerdotes, para fazerem suas previsões, ouviam com atenção o sussurro resultante da brisa ou dos ventos nas folhas de um velho carvalho e interpretavam-no para responder as perguntas feitas pelos fiéis. Mais tarde colocavam vasos de bronze que com a brisa produziam sons especiais. Em Delfos, a sacerdotisa Pítia ou Pitonisa, depois de alguns rituais preliminares, punha-se a responder as perguntas dos fiéis. De todas as regiões vinham pedir conselhos ao oráculo, perguntavam sobre a colheita do ano, se seria boa ou má, se deviam ou não comprar um escravo, casar-se, etc.

Presságios e Provérbios

Delegações de aldeias e cidades vinham interrogar o oráculo sobre a vontade dos deuses quando tinham visto presságios que não conseguiam decifrar. Antes de penetrarem no templo de Apolo, em Delfos, purificavam-se com a água de uma fonte e, em seguida celebravam sacrifícios no grande altar diante do templo.

Na entrada do templo havia inscrições que exigiam a atenção e a meditação dos fiéis e que recomendavam moderação e domínio de si próprios. Consideravam orgulho uma grave falta. A mais importante inscrição no templo de Apolo era a seguinte: Conhece-te a ti mesmo. Liam-se também: Conserva em tudo moderação, Evita o exagero, Só é infeliz quem não pode suportar a infelicidade, A segurança precede a decadência.

continua no próximo post…

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Leia Também: Religião Grega (Parte II)

A Religião Grega (Parte II)

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Os deuses e o futuro

Os deuses diferiam dos homens em outra importante questão: possuíam o conhecimento do que iria acontecer no futuro e, dentro de seus limites de atuação, podiam conduzir o futuro da maneira que desejassem até certo ponto. Assim, não eram como os homens, que ignoram os possíveis resultados de suas ações.

Quando os deuses transgrediam os limites de suas atribuições, sabiam o que estavam fazendo, pois possuíam uma visão do cosmos que os homens não tinham. Por essa razão, os deuses não eram heróis aos olhos dos gregos, pois não corriam qualquer risco na realização de seus planos. Mas como tinham um poder e conhecimento maior que o dos homens, eram invocados para guia-los, iluminá-los e ajudá-los toda vez que estes iniciavam a realização de algum projeto cujo resultado lhes era imprevisível.

Religião Incerta

Essa religião era incerta para os homens e, em último caso, levava à destruição da confiança dos homens nos deuses, pois havia coisas que nem mesmo os deuses podiam fazer. Assim sendo, nenhum  homem podia estar certo de que suas orações seriam respondidas, por mais simpáticos que os deuses fossem ao seu fiel. Como os deuses tinham todos os vícios e virtudes dos homens, não eram confiáveis. Como havia vários deuses, podiam colocar-se em lados diferentes de uma determinada disputa, e a ira de um deus poderia anular a boa vontade de outro, tornando a questão tão incerta quanto no momento anterior em que se pediu ajuda a tal deus.

Finalmente, como os deuses frequentemente interferiam nos assuntos humanos por interesses próprios – amor por uma mulher, ódio a um indivíduo, ciúme do poder ou da coragem de um rei – o fiel nunca podia saber se o deus ao qual fez uma prece já não estava envolvido na questão como participante interessado.

Ciência e religião entre os gregos

Todos esses fatores contribuíam para diminuir a confiança dos gregos em seus deuses. Os gregos temiam seus deuses, mas era muito difícil amá-los e quase impossível respeitá-los. Os gregos trataram de construir suas próprias defesas e tenderam a desviar-se da atitude contemplativa em relação aos deuses.

Procuraram desvendar o princípio cósmico, o destino que dispunha tanto sobre os homens como sobre os deuses. Achavam que, se a natureza desse princípio fosse entendida, então os homens podiam até superar os deuses e conseguir um tipo de harmonia que faria com que a vida humana fosse boa e estável.

Foi essa tentativa de descobrir o princípio pelo qual os deuses eram regulados que contribuiu para dar origem à filosofia e à ciência gregas.

Funcionários religiosos

Cada cidade-estado possuía seus próprios cultos, mas havia um sentimento de unidade religiosa que se fortalecia por ocasião dos grandes festivais em que os gregos se uniam para honrar a mesma divindade. Além dos deuses havia uma grande quantidade de deuses menores, patronos de atividades, de aspectos da natureza, personificação de forças, e os heróis, intermediários entre os deuses e os homens.

Os gregos recorriam aos deuses por meio da oração e do sacrifício segundo iniciativas individuais. Havia cerimônias religiosas, tanto públicas como privadas, que requeriam um desempenho correto, dando origem ao aparecimento de sacerdotes que realizavam tais operações. Entretanto, nunca chegou a existir uma classe sacerdotal que vivesse à parte da sociedade, não havia nada que parecesse com uma igreja tal como hoje a entendemos.

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Leia Também:  Religião Grega (Parte I)

 

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