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A Segunda Revolução Industrial

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Na primeira fase da Revolução Industrial (1780-1840), a indústria do algodão representou a principal fonte de divisas para os cofres ingleses. Entretanto, nos primeiros anos da década de 40 do século XIX, o esgotamento das possibilidades de crescimento dessa indústria levou a Inglaterra a uma séria crise econômica. Os mercados estavam abarrotados e a margem de lucro dos investimentos caiu vertiginosamente. Essas dificuldades se refletiram nas outras indústrias, que dependiam da continuidade do processo de industrialização iniciado com a manufatura.

Era preciso descobrir novas alternativas de investimento que representassem aplicação lucrativa para os excedentes de capital gerados na indústria do algodão. Com o aperfeiçoamento das locomotivas a vapor, inventadas na década de 1820, essas alternativas surgiram.

A construção de uma ferrovia consumia muito capital e suas possibilidades de lucro eram enormes. Então, uma "febre de construção ferroviária" ocorreu na Inglaterra, a partir de 1840.

Iniciava-se uma nova fase para o processo de industrialização nesse e em outros países: nas indústrias de bens de capital, no carvão, no ferro e no aço. A construção de ferrovias se espalhou pelo mundo até cerca de 1885. E, em toda parte, novas ferrovias eram construídas com capitais, equipamentos e até mesmo técnicos britânicos. Foi exatamente esse negócio que deu ao capital inglês as primeiras bases sólidas para investimentos no exterior.

Iniciava-se a fase de neocolonialismo ou imperialismo.

Crise e concentração

A euforia de desenvolvimento nessa segunda fase da Revolução Industrial durou até 1873, quando uma crise econômica surgiu no panorama mundial. As razões dessa crise ainda não estão completamente explicadas, mas ela está associada à queda de consumo e ao aumento da concorrência entre os setores da economia industrializada. Todos os países do mundo sentiram essa crise.

Em meados do século XIX, o capitalismo de livre concorrência - pequenas empresas lutando pelo lucro - foi sendo superado pela concentração econômica. Empresas do mesmo ramo de produção fundiam-se em uma só. Assim surgiram os primeiros trustes: as empresas maiores e mais sólidas venciam as menores que vitimadas pelas crises econômicas passavam para o controle das grandes empresas.

A concentração da produção em empresas gigantescas conduziu à organização do monopólio, já que, entre poucas empresas, era fácil chegar a um acordo, evitando a concorrência. Nesse momento, surgiram os cartéis: associações de empresas do mesmo ramo que estabeleciam normas sobre as condições de venda, prazo de pagamento, qualidade de produtos etc. Também com o capital bancário ocorria essa concentração. As atividades bancárias ganharam nova dimensão. Se as indústrias precisavam do crédito bancário para financiar a produção de mercadorias em larga escala, os bancos precisavam investir seu capital na indústria como forma de movimentá-lo. Dessa fusão do capital bancário surgiu o capital financeiro, controlado por uma oligarquia de grandes homens de negócio.

O desenvolvimento desigual do capitalismo fez com que o capital se concentrasse em algumas nações, como França, Inglaterra e Estados Unidos, que controlavam cerca de 80% do capital mundial. Essa concentração provocou um excedente de capital que não encontrava aplicação lucrativa nos países de origem. Daí a tendência de se exportar esse excedente para os países menos desenvolvidos. Os empréstimos eram feitos aos países pobres para que esses comprassem dos países industrializados. Dessa forma, a exportação de capitais estimulou também a exportação de mercadorias.

PEDRO, Antônio. História da civilização ocidental. ensino médio. volume único

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