por: Luiza Sahd Marques
A vida do ditador romano Júlio César (100-44a.C) contada por Adrian Goldsworthy revela, além de seus presumíveis talentos como estadista, intelectual e líder militar, um soberano que carregou a fama de “fêmea do rei Nicomedes” por causa de sua suposta relação homossexual aos 19 anos – o que teria lhe rendido o apelido de “rainha de Bitínia” e fomentado certa obsessão em conquistar mulheres por toda parte. Acabou ficando com a reputação de “marido de todas as mulheres e mulher de todos os maridos”.
Júlio César
A vaidade e a arrogância de César não despertavam a simpatia dos romanos, mas uma erudição e sua coragem eram inquestionáveis. Aos 25 anos, quando foi seqüestrado, sugeriu que o preço do próprio resgate fosse dobrado: afirmava que valia mais do que os piratas exigiam para liberta-lo. Enquanto aguardava o dinheiro, declamava poesias e fazia discursos.
Entre seu nascimento e as 23 punhaladas que lhe tiraram a vida, César se eternizou por atitudes extremas; sofreu com ataques epiléticos, que o acometiam em momentos de fúria, gostava de moda e embriagava seus oficiais todas as noites para evitar traições.
Fonte: Revista Aventuras na História . ed. 98 – Set/2011