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A economia e as finanças no Segundo Reinado

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Com a abertura dos portos, findou o domínio econômico de Portugal sobre o Brasil. De colônia a Reino Unido, o Brasil passou a integrar o mundo capitalista do liberalismo. As lojas e os armazéns brasileiros ficaram abarrotados de mercadorias importadas, dando a idéia de progresso econômico. Nada mais falso: isso era uma manifestação de uma economia frágil e dependente de empréstimos externos, que se estendeu até o advento da República.

A queda das exportações brasileiras acentuou-se entre o fim do século XVIII e princípio do XIX. Os preços de produtos, como o algodão, o fumo e o açúcar estavam em constante baixa ou pelo menos ficavam estáveis nas bolsas dos mercados internacionais. O café, apesar de sua franca expansão, não conseguia cobrir os déficits  provocados pela queda dos outros produtos. A balança comercial brasileira era deficitária: comprava-se muito mais do que se vendia.

A dívida externa crescia, e o pagamento dos juros e serviços da dívida aumentou o déficit. Além de termos de pagar em ouro, o mil-réis (moeda da época) se desvalorizava devido às emissões do governo e devido também à falsificação. Calcula-se que cerca de 30% do papel-moeda que circulava no período do Primeiro Reinado era falsificado.

A total desorganização do sistema de cobranças de impostos agravava a já caótica situação financeira.

A Tarifa Alves Branco

Foi somente no ano de 1844 que se modificou a política alfandegária. Instituiu-se a chamada Tarifa Alves Branco (nome do autor da lei), que tinha um caráter protecionista, impedindo a entrada de certos produtos importados através do aumento das taxações. Essa política incentivou uma pequena produção industrial no país.

Logo se fizeram ouvir as vozes de protesto: os importadores brasileiros e os exportadores estrangeiros. Resistindo às pressões, a Tarifa Alves Branco acabou por dar uma melhora relativa às finanças do Segundo Reinado. Uma interessante iniciativa tomada nessa época foi a tentativa pioneira dos empreendimentos industriais e financeiros do barão de Mauá.

Experiências empresariais de Mauá

Os capitais empregados na compra de escravos passaram a ser aplicados, depois da proibição do tráfico, em setores mais dinâmicos da economia. Irineu Evangelista de Sousa (barão de Mauá) soube aproveitar essa tendência da economia brasileira. Começou comprando uma pequena empresa, no Rio de Janeiro, depois que voltou de uma viagem à Europa. Com algum dinheiro acumulado, aplicou em setores diversificados da economia, como empresa de eletricidade, companhias agrícolas, companhia de gás etc. Todavia, sua principal iniciativa foi inaugurar a primeira estrada de ferro do Brasil, no ano de 1854, que ligava o Rio de Janeiro a Petrópolis.

Mas as atividades econômicas de Mauá, típicas de uma economia capitalista avançada, tinham poucas possibilidades de se consolidar num país agrário, escravista e latifundiário. Ao mesmo tempo, suas empresas não tiveram condições de enfrentar a concorrência dos produtos ingleses que entraram depois do fim da Tarifa Alves Branco. Todas as suas empresas foram vendidas ou faliram.

PEDRO, Antônio. História de civilização ocidental. ensino médio, volume único.

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