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Principais batalhas e a derrota do Paraguai

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Uma das características mais marcantes da guerra foi a violência indiscriminada de ambos os lados. Praticamente não havia prisioneiros. Todos eram sumariamente degolados.

A batalha do Riachuelo e depois a de Tuiuti em março de 1866 foram importantes, pois garantiram o domínio dos rios e abriram caminho para a tomada para a fortaleza de Humaitá. Somente depois da nomeação de Caxias e da queda de Humaitá, o caminho para tomar Assunção (capital paraguaia) ficou mais fácil. Depois de perseguição feroz, os exércitos aliados chegaram a Assunção no dia 1 de janeiro de 1869. Solano Lopez estabeleceu uma capital provisória mais ao norte, onde pretendia resistir ao avanço dos soldados brasileiros, que nessa altura da luta, eram maioria.

Mas Solano López ainda resistiu, utilizando a tática de guerrilhas, por mais um ano, sendo derrotado e morto na campanha das Cordilheiras, em março de 1870. Estava terminada a guerra que destruiu um país e seu povo.

Conseqüências da guerra

A historiografia recente chama a atenção para as simplificações que até pouco tempo eram correntes nos livros de história. O Paraguai era visto como um país antiimperialista que lutava contra os interesses da Inglaterra, e, de certa forma, o Brasil era um intermediário dos interesses ingleses. Hoje, com base em novas pesquisas, historiadores têm desacreditado essa teoria e explicam a Guerra do Paraguai muito mais como resultante de choque de interesses regionais. De qualquer forma, as conseqüências para todos os países envolvidos no conflito, que durou de fins de 1864 a 1870, foram marcantes.

Para o Paraguai, o resultado da guerra foi brutal. Transformou-se numa das regiões mais pobres do mundo. As conseqüências ainda hoje são sentidas. Impossível saber, com precisão, o número de habitantes do Paraguai antes da guerra. Estudos recentes apontam algo em torno de 500 mil pessoas. Fontes divergentes indicam que talvez tenham morrido cerca de 200 mil pessoas. A maioria por causa de doenças. Para o Brasil, dos quase 140 mil soldados que foram lutar voltaram cerca de 90 mil. No plano financeiro o resultado imediato foi o aumento da dívida externa. Entretanto, o Exército brasileiro se transformou numa entidade tão importante que passou a ter constante presença nas decisões políticas. Basta lembrar que o Exército não cresceu somente em número, mas também em qualidade.

Os soldados que conviveram com outros latino-americanos voltaram acreditando mais no sistema republicano do que na monarquia. E principalmente não podiam admitir que os companheiros negros, de volta à pátria, continuassem escravos. Enfim, o exército passou a ser um foco de republicanismo e abolicionismo, dois importantes inimigos do Império brasileiro.

Vários oficiais que participaram do conflito foram os grande críticos da condução da guerra. Esse foi o caso do jovem Benjamin Constant Botelho Magalhães, que achava que tanto as altas patentes militares como, principalmente, os ministros civis eram, por exemplo, responsáveis pela sangrenta derrota brasileira sofrida na batalha de Curupaiti. Benjamin Constant seria um dos fundadores da república.

A guerra contra o Paraguai trouxe ao Brasil conseqüências políticas e profundas transformações sociais e  econômicas. Essas transformações aceleraram a crise do Império.

PEDRO, Antônio. História da civilização ocidental. ensino médio. volume único.

 

 

A Guerra do Paraguai

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O Paraguai teve uma formação social e econômica diferente da de outras regiões coloniais da América do Sul. Praticamente não conheceu o latifúndio, tendo uma economia herdada das missões jesuíticas, baseada na produção do mate, na criação do gado e no comércio do couro. Por isso, não tinha uma elite agrária exportadora forte, fato que  favoreceu a formação de uma camada de camponeses livres.

Depois da independência, liderada por José Gaspar Francia, o Paraguai, para evitar contatos com Buenos Aires, ficou praticamente isolado do resto do continente. Por isso, os paraguaios viviam de uma economia que poderíamos chamar de subsistência. Embora em escala artesanal, os paraguaios produziam roupas, calçados e alguns artigos metalúrgicos.

No governo de Carlos Antônio Lopez, foram criadas fundições na localidade de Ibicuí e um arsenal em Assunção. Não é possível afirmar com precisão a quantidade e a qualidade de ferramentas e armamentos produzidos nessas oficinas, mas sabe-se que parte das armas do Exército paraguaio era de fabricação própria. Quanto aos armamentos pesados, eles dependiam de países europeus.

O Paraguai contava ainda com uma pequena ferrovia, com uma fábrica de pólvora e uma indústria têxtil. Com a morte de Carlos Antônio Lopez, que governava a república de forma ditatorial, aliás de forma semelhante à maioria das outras repúblicas sul-americanas.

O início e a ampliação da guerra

Embora o Paraguai não representasse uma ameaça direta ao Brasil, sua política em relação à navegação dos rios Paraná e Paraguai provocava constantes atritos a diplomacia brasileira.

Os navios brasileiros obtiveram do Paraguai, depois de longas conversações, o direito de livre navegação, isto é, não precisavam pagar taxas para transitar pelos rios Paraguai e Paraná. A intervenção brasileira no Uruguai aumentou a tensão no Prata: o Partido Colorado era apoiado pelo Brasil, enquanto o Paraguai apoiava o Partido Blanco, que se achava no poder em Montevidéu.

Em julho de 1864, o Brasil havia invadido o Uruguai e tomado Montevidéu. A atuação do diplomata  José Maria da Silva Paranhos, o futuro barão do Rio Branco, resultou numa paz momentânea na região, proporcionando uma política de cooperação entre o novo governo uruguaio e o brasileiro.

Tentativas de negociações entre o Paraguai e o Brasil não surtiram efeito. Quando Solano López começou a atravessar a província argentina de Corrientes para socorrer os seus partidários uruguaios (blancos), entrou em choque com o governo argentino, que pediu ajuda ao Brasil.

Francisco Solano Lopez contava com o apoio da população paraguaia e com o apoio dos blancos uruguaios.

Os combates  se iniciaram com nítidas vantagens para os paraguaios. Depois de aprisionar o navio brasileiro Marquês de Olinda, no fim de 1864, em janeiro de 1865 todo o Mato Grosso encontrava-se nas mãos de Solano Lopez.

A invasão do Mato Grosso teve tão-somente resultados propagandísticos para Solano Lopez, porque, do ponto de vista militar, o Paraguai teve de desguarnecer o sul, onde estavam concentradas as principais forças brasileiras.

No dia 1 de maio de 1865, foi assinado o acordo que formava a Tríplice Aliança, isto é, a união das forças brasileiras, argentinas e o governo colorado do Uruguai.

O Paraguai tinha o melhor Exército da América do Sul, enquanto o Brasil praticamente não o possuía. As forças brasileiras consistiam na Guarda Nacional, cujo papel principal era manter a ordem interna contra rebeliões de escravos e distúrbios políticos. Com a  guerra, o Exército brasileiro precisou ser formado: recrutamentos forçados e promessas de alforria para os escravos eram as formas mais usuais para aumentar nossos efetivos. Alguns jovens que se alistaram voluntariamente para lutar contra o Paraguai ficaram conhecidos como Voluntários da Pátria.

O Paraguai lutava em três frentes: no Mato Grosso, na região de Corrientes (Argentina) e no Rio Grande do Sul, invadido em junho de 1865. A força naval brasileira, comandada pelo almirante Barroso, derrotou os paraguaios na batalha do Riachuelo, em junho de 1865.

A partir daí, a Tríplice Aliança pensou que pudesse dominar o Paraguai em três meses, mas a guerra duraria ainda mais cinco anos.

PEDRO. Antônio. História da civilização ocidental. ensino médio. volume único.

 

 

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