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Quem foi Tio Sam?

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Com o dedo em riste, um senhor barbudo de cartola e terno azul e vermelho ameaçava: “Eu quero você”. A intimação era dirigida aos cidadãos americanos que perambulavam pelas ruas antes da Primeira Guerra e vinha de… cartazes. O sujeito ameaçador que estampava os folhetos era Tio Sam, um homem que não existiu de fato. A versão mais aceita (e oficial) da criação do personagem conta o mito começou em um   carregamento de carne enviado para alimentar os soldados que combatiam na Guerra de 1812. Com as iniciais “US” gravadas nas laterais, os caixotes foram apelidados de Uncle Sam (Tio Sam) – uma referência a Samuel Wilson, o gerente do açougue de Troy, Nova York, que abastecia a tropa.

Tio Sam Tio Sam

A imagem mais conhecida do Tio Sam nasceu, no entanto, em 1917, nas mãos de James Flagg. Foi o cartunista o autor do dedo indicador apontando e dos cabelos brancos, nos quase  4 milhões de cópias  espalhadas pelo país – o cartaz era de adaptação de outro com lorde Kitchener, um marechal inglês, como modelo. As peças foram encomendadas pelas Forças Armadas americanas e seriam reeditadas durante a Segunda Guerra. Tio Sam assumia, assim, a imagem oficial da nação americana. Cartunistas políticos cuidaram de popularizar a imagem da nova figura. Uma das caricaturas mais emblemáticas apareceu em 20 de novembro de 1869 na revista Herper’s Weekly. Feita pelo cartunista político Thomas Nast, Tio Sam esta sentado à mesa em um jantar de Ação de Graças. Era o início da associação do personagem a ideais valiosos aos EUA: união, liberdade e igualdade dos povos. Os traços físicos modernos, no entanto, surgiram na revista britânica Punch.

fonte: revista Aventuras na História. ed. 86 – Set. 2010. por Fabrício Calado

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Deuses criados à imagem dos seres humanos

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O filósofo grego Xenófones, em uma única frase definiu como os gregos lidavam com suas divindades:

“Os homens criaram os deuses à sua imagem e semelhança”.

A maioria das histórias da mitologia grega chegou até nós graças aos grandes poetas épicos, como Homero e Hesíodo, que compilaram as façanhas dos deuses, semideuses e heróis. Mas muitos filósofos antigos questionaram a forma como os poetas apresentavam as divindades. “Segundo Platão, Homero atribuiu a elas ações indignas de um deus”.

Jacinto Lins Brandão

A saga dos deuses gregos começa com o surgimento de Gaia (a mãe Terra) a partir do Caos. Da união entre Gaia e seu filho Urano (Céu) nasceram 3 ciclopes  (gigantes de um só olho no meio da testa), 3 hecatonquiros (gigantes de 100 braços e 50 cabeças) e 12 titãs, que governaram o mundo até serem derrotados pelos deuses do Olimpo. Como não suportava a feiura dos hecatonquiros e dos ciclopes, Urano os escondeu no Submundo, o Tártaro. Gaia se recusou a ter novos filhos e, cansada dos maus-tratos do esposo, pediu que os titãs o atacassem.

O único que se prontificou foi o caçula, Cronos: com uma foice que Gaia lhe deu, cortou os testículos do pai e os jogou no mar. Assim, Cronos tornou-se o líder dos titãs e assumiu o lugar de Urano como deus supremo do mundo.

O fim de Urano traz outra situação que se tornará recorrente na mitologia grega: o filho que vence o pai. Os titãs reinavam absolutos na Terra, uma nova geração de deuses estava no poder. E trataram de povoar o planeta. A monogamia não era regra e a dúzia de titãs se dividia entre entidades femininas e masculinas que variavam seus parceiros. Cronos  se casou com sua irmã Reia e deu origem à linhagem que mais tarde ocuparia o monte Olimpo. Hipérion, um dos titãs foi pai de Hélio, deus do Sol, e Eos, a aurora. A geração dos filhos dos titãs permeia toda a mitologia futura.

A mãe de Cronos, Gaia, havia profetizado que tal como seu pai, Urano, ele seria morto pelo próprio filho. A história, mesmo entre os grandes deuses, se repetia. Com medo, em sua cidadela no monte Othrys, Cronos devorou cada um dos seus 5 filhos tão logo saíram do ventre da esposa. Reia não gostou nada disso e armou um plano: quando nasceu o filho de Zeus, ela o enviou à ilha de Creta para protegê-lo do pai. Envolveu uma pedra com roupa de bebê para fingir que era o recém-nascido, devidamente devorada por Cronos, que achou que assim se livrara do sexto filho.

continua no próximo post.

fonte: revista Super Interessante. ed. 280-A/Julho2010. por Wagner Gutierrez Barreira.

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Conflito no Sudão

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O oeste do Sudão é disputado por muçulmanos africanos e árabes. O conflito eclodiu em 2003, quando rebeldes do Movimento de Liberação do Sudão atacaram tropas governamentais em busca de autonomia sobre os recursos naturais de Darfur. Aviões de Cartum (capital do país) e milícias paramilitares (as janjaweed) retaliaram contra os rebeldes e contra a população, por acreditarem que esta apoiou a insurgência (revolta). Aldeias foram queimadas, mulheres estupradas, não-árabes mortos. Mais de 50 mil homens, mulheres e crianças perderam a vida, mais de 1,5 milhão estão desabrigados. Um genocídio.

Mapa, Sudão Mapa Sudão

Enquanto isso, líderes mundiais debatem se algo deve ser feito. (…) Mais do que qualquer outra razão, a hesitação vem da relutância internacional em desafiar qualquer governo por fatos que ocorreram em seu território. É uma visão comum de soberania a que permite que todos façam qualquer coisa que desejem dentro das fronteiras. Tal pensamento é inadequado e ultrapassado. É errado olhar para o outro  lado quando um ser humano é massacrado. Todos temos obrigações básicas com o outro. E, num mundo global, o que acontece num país afeta o outro.

(Adaptado de: Richard Haas. O direito que respalda a intervenção. Jornal do Brasil, 14 de nov. 2004.)

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A Figura do Rei

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[Os monarcas] foram os inventores do marketing político e nesse sentido fizeram escola (…). A propaganda surge como meio de assegurar a submissão ou o assentimento a um poder. (…) Na verdade, esculpida de maneira cuidadosa, a figura do rei corresponde aos quesitos estéticos necessários à construção da “coisa pública”. Saltos altos para garantir um olhar acima dos demais, perucas logo ao levantar, vestes magníficas mesmo nos locais da intimidade; enfim, trata-se de projetar a imagem de um homem público (…). Tal qual um evento multimídia, o rei estará presente em todos os lugares, será cantado em verso e prosa, retratado nos afrescos e alegorias, recriado como um Deus nas estátuas e tapeçarias. (…)

A inauguração da igreja dos Inválidos por Luís XIV, de Pierre-Denis Martin  1663-1742.Pintura: A inauguração da igreja dos inválidos por Luís XIV, Pierre-Denis Martin 

Exemplo radical do exercício e da manipulação simbólica do poder, a realeza evidencia, com sua etiqueta, a importância do ritual na construção da imagem pública. A monarquia é, nesse sentido, um bom pretexto para a discussão dos vínculos entre política e manipulação do imaginário simbólico, ou mesmo para a verificação de como política se faz com a lógica da “razão prática”, mas também com a força de persuasão da “razão simbólica.”

(Lilia K. Moritz Schwarcz. A Fabricação do rei: a construção da Imagem pública de  Luís XIV. Antropologia, São Paulo: FFLCH/USP, v. 43, n.1, p. 257-61, 2000.)

Gislane e Reinaldo. História. ensino médio. volume único.

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Histórias de todos os cantos do mundo (Parte III) – Mitos e Cotidiano

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Os mitos estão misturados à história. E por vezes acabam influenciando o destino dos povos. A guerra de Tróia, por exemplo. Os deuses tomavam partido dos gregos e troianos,  mesmo com a ordem explícita de Zeus para que não se metessem nos destinos humanos. Quando Virgílio escreveu a Eneida, o poeta romano deu um jeito de ligar o derrotado príncipe Enéas à gênese de seus patrícios em seu épico. É do troiano Enéas que vem a descendência que culmina nos gêmeos Rômulo e Remo, que fundam Roma depois de passarem a infância sendo amamentados por uma loba.

Um dos mitos astecas previa o aparecimento de grandes homens brancos. Quando Hernán Cortés chegou ao que hoje é o México, com um punhado de homens acabou confundido com deuses pelos locais, na opinião de muitos especialistas. Talvez seja uma boa explicação para o fato de ter subjugado todo o império com tão pouca gente. As armas de fogo, para os astecas, podem ter sido interpretadas como uma relação com o divino. E a reduzida cavalaria espanhola pode ter derivado numa imagem de seres híbridos , com 4 patas e 2 braços.

A própria lenda do rei Arthur, baseada em antigas histórias orais celtas, foi usada para afirmar o caráter britânico diante de invasores da ilha. Arthur era o símbolo, ao mesmo tempo, de um herói e de um patriota.

Mas o que vale, mesmo, para as narrativas mitológicas , é que passados milhares de anos, o ser humano ainda é, cativado por uma boa história. E é disso que se trata: com suas grandes diferenças para explicar nossa existência, os mitos nos ajudam a organizar a vida, são exemplos. E isso começa já na infância quando ouvimos os primeiros contos de fadas. Para o especialista Joseph Campbell, tais histórias têm grande sentido: “São mitos para crianças”.

fonte: revista Super Interessante. ad.280-A/Julho  2010. ed. especial. por Wagner Gutierrez Barreira

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Histórias de todos os cantos do mundo (Parte II) : Mitos Vivos

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A relação com os deuses em geral é bem complicada para os humanos. Eles são seres superiores que ajudam os homens, lhe dão a luz do Sol, conhecimento e sabedoria. Mas também têm uma cólera divina.  Imagens de dilúvios e inundações aparecem em histórias da África, do Oriente Médio, nas Américas, no Sul e no leste da Ásia e na Europa. Punições aos humanos são frequentes, e muitas delas projetam o fim dos tempos, das narrativas astecas às indianas, cada uma à sua maneira.

O estudo da mitologia ganhou um impulso extraordinário no século XX, quando antropólogos, e não conquistadores, tomaram contato com sociedades não contaminadas com histórias alheias. O Brasil teve parte importante nisso. O antropólogo belga Claude Lévi-Strauss (1908-2009), que veio ao país para tomar parte na fundação da Universidade de São Paulo, na década de 1930, estudou os índios bororos no Mato Grosso e tomou  nota de toda uma mitologia que seguia viva. Lévi-Strauss, um dois criadores do estruturalismo, registrou mais de 800 mitos de  povos da América do Sul e do Norte. É considerado um dos maiores intelectuais do século passado. Para ele as narrativas ancestrais tentam dar resposta às contradições da experiência humana.

Outro gigante do estudo de mitos, o americano Joseph Campbell (1904-1987)  acreditava   que as narrativas não existiam para dar sentido à vida. “O mito ajuda a colocar sua mente em contato com a experiência de estar vivo. Ele diz o que a experiência é. Casamento por exemplo. O que é o casamento? O mito lhe dirá o que é o casamento. É a reunião  da díade separada. Originalmente vocês eram um. Vocês agora são dois no mundo”, explicou ao jornalista Bill Moyers em uma célebre série para a TV pública dos EUA que depois virou livro “O Poder do Mito”. Campbell diz ainda: “Mitologia são histórias sobre sabedoria de vida”.

díade: grupo de dois, um par

fonte: revista Super Interessante, ed. 280-A/Julho de 2010 – ed, especial, por: Wagner Gutierrez Barreira.

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Histórias de todos os cantos do planeta (Parte I)

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A base da mitologia é o esforço permanente e contínuo de entender o mundo e o próprio homem.

Não há nenhum grupo cultural ou étnico na Terra que não associe a origem do mundo, dos seres vivos, dos acidentes geográficos a uma força superior. Deuses e heróis convivem com a humanidade desde a aurora de nossa espécie.

Povos de todo o planeta forjam seus heróis e deuses de acordo com o que têm à mão. Os nórdicos do norte da Europa achavam que o mundo começara no embate, em um grande campo de gelo, do calor contra o frio. Para os gregos, os deuses viviam numa montanha, assim como para os indianos.

Os habitantes do oeste da África imaginavam que a origem do mundo era um grande ovo cósmico. O homem pré-colombiano nasceu do milho. Em outras culturas ele veio da argila, da madeira, do barro ou do sopro divino. Em muitas delas, foi difícil chegar à humanidade, e os deuses criaram e destruíram vários protótipos. Ao mesmo tempo, os personagens mitológicos lidam com sentimentos muito humanos, como a raiva, o ciúme, a vergonha, a culpa – sejam deuses, sejam heróis ou mortais.

continua no próximo post…

Este é o início de uma série de posts sobre deuses heróis e lendas que fazem parte da cultura dos povos de todo o mundo.

fonte: revista Super Interessante. ed.especial. O livros das mitologias. ed. 280-A/Julho 2010. por Wagner Gutierrez Barreira.

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Novos Imigrantes

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A partir de 1870, centenas de milhares de europeus em busca de melhores condições de vida mudaram-se para o Brasil. Inicialmente, a maior parte deles vinha para trabalhar nas lavouras de café. A partir de 1871, o governo de São Paulo passou a subvencionar a imigração. Os fazendeiros, por sua vez, arcaram com as despesas dos colonos  em seu primeiro ano no país.

Defensores de teorias racistas viam outra vantagem na imigração: segundo eles, os europeus contribuíram para “branquear” a população brasileira, promovendo assim o progresso do país.

Em 1886 governo e cafeicultores de São Paulo fundaram a Sociedade  Promotora de Imigração. A entidade fazia propaganda do Brasil na Europa, apresentando o país como um lugar onde era possível ganhar dinheiro e viver bem.

Influenciadas pela publicidade, muitas pessoas oriundas principalmente da Itália, da Espanha, de Portugal e da Alemanha começaram a se transferir para o Brasil. A própria viagem, porém, já se  encarregava de revelar que a realidade era bem diferente da apresentada pela propaganda. Com um mês de duração, era realizada muitas vezes em navios de carga, sem condições adequadas para o transporte de passageiros. Foram diversos  casos de imigrantes, principalmente crianças e idosos, que morreram na travessia do Atlântico.

Ao desembarcarem em Santos, essas pessoas eram encaminhadas para a Hospedaria do Imigrante, em são Paulo, onde ficavam por alguns dias. De lá, seguiam para os cafezais do interior paulista, onde iriam trabalhar sem nenhum amparo social ou direito trabalhista. O serviço era estafante e muitos ficavam presos à fazenda por anos a fio até  pagar as dívidas contraídas.

Nessas circunstâncias, as revoltas e fugas tornaram-se frequentes. Graças à rede de solidariedade entre os estrangeiros, muitas famílias se estabeleciam nas cidades, onde passavam a trabalhar na incipiente indústria ou em ofícios como os de padeiro, sapateiro, marceneiro, etc. Outras pessoas preferiam regressar à Europa. Entre 1891 e 1900, cerca de 40% dos 1,2 milhão de imigrantes que entraram no Brasil preferiam voltar a seu país de origem.

Se a imigração para São Paulo teve por objetivo fornecer mão-de-obra para os cafezais, no sul foi bem diferente. Ali o governo organizou a vinda de estrangeiros e seu assentamento na região com base na pequena propriedade agrícola. No Rio Grande do Sul foi particularmente significativa a presença de italianos e alemães em colônias como a de Caxias do Sul e Novo Hamburgo. Em Santa Catarina, as cidades de Blumenau e Joinville foram colonizadas majoritariamente por alemães, cuja presença foi também muito forte no Paraná.

Gislane e Reinaldo. História. ensino médio. volume único.

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Reinos do Sahel

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Costa da Guiné é o nome de uma região do oeste da África compreendida entre a atual Serra Leoa e o delta do rio Niger, na Nigéria. Ela é cortada pelo Sahel, faixa de terra intermediária entre o deserto do Saara, ao norte, e a fértil floresta tropical úmida, ao sul. Os primeiros assentamentos ocorreram entre 600 e 200 a. C., junto a oásis e rios. Surgiram em seguida aldeias e cidades e o comércio se expandiu. Comércio transaariano.

rio Níger , Nigéria Rio Níger, Nigéria - África

Com o tempo, essas comunidades se tornaram mais complexas e se transformaram em Estados, governados por um rei. O desenvolvimento comercial, por sua vez, permitiu  que alguns desses Estados se tornassem mais ricos e poderosos e passassem  a dominar seus vizinhos mais fracos, dando origem a reinos como Gana e Mali.

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