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Guerra Irã-Iraque

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Na década de 1970, o Irã era governado pelo xá Reza Pahlevi, que favorecia os interesses dos Estados Unidos na região. Em 1979, um grande movimento popular liderado pelo chefe religioso aiatolá Khomeini derrubou o governo de Pahlevi. Um novo governo foi organizado, totalmente controlado pelos dirigentes religiosos do país, seguidores do islamismo de linha xiita. As relações diplomáticas com os EUA foram rompidas.

Mohamed Reza Pahlevi (xá Reza Pahlevi)

Com a ascensão dos xiitas no Irã, os xiitas do vizinho Iraque, sentiram-se estimulados a tentar derrubar a minoria sunita que controlava o poder no país, governado por Saddam Hussein. Em abril de 1980, xiitas iraquianos tentaram assassinar o vice-primeiro-ministro, Tariq Aziz. O governo iraquiano achou que os xiitas do Irã estavam por trás do atentado e reagiu movendo suas tropas para tomar a província iraniana de Khuzestan, rica em petróleo.

Ruhollah Khomeini, Lider xiita (aiatolá Khomeini) 

 

O governo dos EUA apoiou o governo de Saddam Hussein nessa guerra estimulando seus aliados a fazer o mesmo. O aiatolá Khomeini opôs-se a qualquer trégua com o regime de Saddam Hussein. A guerra se estendeu até 1988, sem que um dos lados saísse vitorioso. Mais de 500 mil soldados morreram.

Saddam Hussein

Em 1990, o governo iraquiano acusou o Kuwait de reduzir os preços do petróleo, a principal riqueza desses dois países. Tropas iraquianas invadiram o Kuwait, de onde foram expulsas, no ano seguinte, por tropas dos Estados Unidos. Apesar de derrotado, Saddam Hussein continuou no poder até 2003, quando foi derrubado por forças militares dos EUA e da Inglaterra, que invadiram o país.

  • Xá: Título do rei da Pérsia entre o século VI a.c. e o ano de 1979.

  • Aiatolá: NO Irã, título atribuído aos especialistas xiitas da lei islâmica.

  • Xiita: Partidário do xiismo, ramo da crença muçulmana que sustenta só serem autênticas as tradições transmitidas pelos califas, os descendentes do profeta Maomé.

  • Sunita: No islamismo, designação comum aos muçulmanos que contestam o poder dos califas, supostos sucessores do profeta Maomé. Os sunitas acreditam que Maomé não deixou sucessores e que os muçulmanos de cada região são livres para escolher seus governantes.

  • CARDOSO, Oldimar. coleção: Tudo é História. ensino Fundamental.

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    Guerra do Yom Kippur e outros confrontos

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    Depois da Guerra dos Seis Dias, israelenses e árabes voltaram a se enfrentar diversas vezes. Uma nova guerra começou em 6 de outubro de 1973, no feriado judaico do Yom Kippur (Dia do Perdão), quando tropas egípcias e sírias atacaram a península do Sinai e as colinas de Golã. Depois de 19 dias de luta, as tropas foram repelidas.

    As disputas entre o Egito e Israel foram parcialmente resolvidas com os acordos de Camp David (1978/1979). Nesses acordos, assinados nos EUA pelo presidente egípcio Anwar Al Sadat e pelo primeiro-ministro israelense Menachem Begin, os israelenses concordaram em devolver a península do Sinai ao Egito e permitir a organização política dos palestinos que viviam na Faixa de Gaza e na Cisjordânia. Sadat foi considerado traidor por negociar com os israelenses e assassinado em 1981.

    Anwar Al Sadat.

     

    Em 1987, eclodiu a rebelião palestina conhecida como Intifada ('revolta das pedras', em português), nome que lembra as pedras atiradas pelos palestinos contra os soldados israelenses na Faixa de Gaza. No ano seguinte, a OLP proclamou a criação do Estado Palestino na Faixa de Gaza e na Cisjordânia, regiões que permaneceram sob controle militar israelense.

    Em 1993 e 1994, o governante palestino, Yasser Arafat, e o israelense Yitzhak Rabin, assinaram os acordos de Oslo. Neles, ambos os lados reconheceram a legitimidade dos dois governos, e os israelenses se comprometeram a retirar suas tropas dos territórios palestinos.

    Yasser Arafat 

     

    Na prática, esses acordos deram pouco resultado, pois os israelenses não cumpriram sua parte, ou seja não retiraram suas tropas dos territórios palestinos, além disso, continuaram construindo casas nesses territórios.

    Em 2005, o governo de Israel decidiu retirar os moradores israelenses da Faixa de Gaza. Muitos deles se instalaram no território palestino da Cisjordânia, onde vivem cerca de 250 mil israelenses.

    As diferenças entre os dois lados são difíceis de superar. A líder política israelense Golda Meir participou das negociações para a retirada de Israel das áreas invadidas em 1956.

    Veja comentário  de Golda Meir sobre sua participação nas negociações.

                                     Trecho do livro  "Minha Vida", de Golda Meir (1975)

     Houve naquele período muitos dias em que quis fugir, voltar correndo a Israel e deixar outro persistindo com [...] Henry Cabot Lodge, o chefe da delegação americana nas Nações Unidas. [...] Mas fiquei onde estava, tentei engolir minha amargura e sensação de traição, e em fins de fevereiro chegamos a uma espécie de acordo. Nossos últimos soldados sairiam da Faixa de Gaza e de Sharm el-Sheikh em troca da suposição de que as Nações Unidas garantiriam o direito de livre passagem a navios israelenses pelo  estreito de Tiran e de que não seria permitido o retorno de soldados egípcios à Faixa de Gaza. [...]

    A 3 de março de 1957, [...] proferi nossa declaração final. [...] Mas tão logo me sentei, Henry Cabot Lodge se levantou. Para meu espanto, ouvi-o tranqüilizar as Nações Unidas que, embora os direitos de livre passagem para todas as nações através do estreito de Tiran viessem  a ser de fato salvaguardados, o futuro da Faixa de Gaza teria de ser elaborado [...].

    Talvez naquele dia nem todos nas Nações Unidas compreenderam o que Cabot Lodge estava dizendo, mas nós compreendemos bem demais. O Departamento de Estado [dos EUA] havia ganho sua batalha contra  nós, e o governo militar egípcio [...] iria retornar a Gaza.

    MEIR, Golda. Minha vida. Rio de Janeiro: Bloch, 1976, p.232-3.

    • Sharm el-Sheikh: Cidade egípcia localizada ao sul da península do Sinai, entre o mar Vermelho e o monte Sinai.
    • Estreito de Tiran: Estreito que separa a península do Sinai (Egito) da ilha de Tiran (Arábia Saudita) e liga o mar Vermelho ao golfo de Ácaba. É uma importante passagem marítima para portos na Jordânia e em Israel.

    CARDOSO, Oldimar. coleção: Tudo é História. ensino fundamental.

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    A Guerra dos Seis Dias

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    Em junho de 1967, israelenses e árabes voltaram a se enfrentar, dez anos depois da crise no canal de Suez. O ataque foi desencadeado pelo Egito, Síria e Jordânia. Mas, com o apoio dos EUA, as tropas israelenses reagiram rapidamente contra os atacantes e destruíram seus principais armamentos.

    Nos seis dias de guerra, os israelenses tomaram a península do Sinai, a Cisjordânia e as colinas de Golã, na Síria.

    Apesar das resoluções votadas pela ONU, os israelenses não devolveram os territórios invadidos. Além disso, deslocaram soldados e tanques  para os territórios palestinos da Faixa de Gaza e da Cisjordânia. Em conseqüência disso, mais palestinos se refugiaram nos países vizinhos. Os governos da Síria e do Egito se aproximaram ainda mais da URSS, renovando seus tanques e aviões de guerra.

    13 de junho de 1967

    Na foto acima  um soldado israelense, observa o incêndio em uma refinaria de petróleo em Porto Suez, após bombardeio das forças israelenses durante a Guerra dos Seis Dias.

    CARDOSO, Oldimar. coleção: Tudo é História. ensino fundamental.

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    A Crise no Canal de Suez

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    O canal de Suez é a única ligação entre o Mar Mediterrâneo e o mar Vermelho, servindo principalmente para transportar petróleo do Oriente Médio para a Europa. Em julho de 1956, o presidente egípcio, Gamal Abdel Nasser, decidiu nacionalizar esse canal, que até então pertencia a empresários ingleses e franceses. Com isso, pretendia impedir a passagem de navios israelenses.

    Os governos da França, da Inglaterra e de Israel, contrários à nacionalização do canal, invadiram a região em outubro de 1956. Ainda nesse ano, o Conselho de Segurança da ONU exigiu a retirada das tropas invasoras, que foram substituídas por uma Força Internacional de Paz, composta inclusive de unidades brasileiras. O canal foi reaberto em 1957.

    Canal de Suez

     

    A participação de Israel na crise do canal de Suez estimulou ainda mais a união dos países árabes contra a existência de um Estado judeu. A figura de Gamal Abdel Nasser tornou-se um exemplo para outros líderes árabes como o tenente Muammar al-Khadafi, que liderou uma revolta militar contra a monarquia e tomou o poder na Líbia em 1969. Muitos líderes árabes, como Khadafi, se aproximaram da União Soviética.

    Muammar al-Khadafi, político líbio

    Muammar al-Khadafi. Político líbio. Em 1969, liderou um golpe e tomou o poder. Muçulmano e nacionalista, adotou uma política antiocidental e antiisraelita. Em 1986 o governo dos Estados Unidos bombardeou as cidades de Tripoli e Bengasi para punir o governo líbio por apoiar grupos terroristas. A partir de 2003 Khadafi aproximou-se dos governos ocidentais.

    CARDOSO, Oldimar. coleção: Tudo é História. ensino fundamental.

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    Criação do Estado de Israel

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    Antes da criação do Estado de Israel, em 1948. Os judeus viviam dispersos por vários países do mundo. Discriminados e muitas vezes segregados (isolados) em guetos, eles foram vítimas de constantes perseguições.

    No final do século XIX surgiu o movimento sionista, criado para promover a criação de um território judeu na Palestina, berço da antiga civilização hebraica. Judeus do mundo inteiro se mobilizaram e levantaram recursos para a aquisição de terras na região, habitada por árabes palestinos e sob controle político da Grã Bretanha desde o final da Primeira Guerra Mundial.

    A chegada constante de levas de migrantes judeus da Europa foi marcada desde o início pelo conflito com a população de árabes palestinos. Para se impor na região os judeus organizaram uma força militar clandestina, que aterrorizava e expulsava camponeses palestinos das terras que ocupavam.

    Com a ascensão do nazismo e a exacerbação (intensificação) do anti-semitismo (contrário aos semitas, principalmente judeus), grandes contingentes de judeus migraram para a Palestina, aumentando a tensão na região.

    Em 1947, a Inglaterra renunciou ao seu controle sobre a Palestina, ficando para a ONU (Organização das Nações Unidas) a tarefa de resolver o conflito entre palestinos e israelitas. Nesse mesmo ano a entidade determinou a criação de dois Estados soberanos na região, um israelense e um palestino. Embora a população palestina fosse cerca de duas vezes maior.

    O plano da ONU de partilha da região foi prontamente repelido pelos palestinos e pelos demais povos árabes vizinhos. Intensificaram-se as hostilidades entre os dois povos.

    Em 14 de maio de 1948, o líder político judeu Ben Gurion proclamou a formação do Estado de Israel, provocando a reação militar da Liga Árabe (Egito, Iraque, Jordânia, Líbano e Síria), o que deu início à Primeira Guerra Árabe-Israelense. A vitória dos judeus sepultou no nascedouro o Estado palestino. O território destinado pela ONU aos palestinos foi ocupado por forças israelenses, egípcias e jordanianas.

    Ben Gurion, líder político judeu

     

    Isso provocou uma migração em massa de palestinos para os países vizinhos, dando origem aos campos de refugiados, os quais permaneceram até hoje como um problema sem solução.

    As divergências entre árabes e judeus provocaria novas guerras:

    • Guerra de Suez          1956
    • Guerra dos Seis Dias   1967
    • Guerra do Yom Kippur  1973

    As vitórias israelenses nessas guerras permitiram ao Estado de Israel a ampliação do seu território: dos 14.500 quilômetros quadrados destinados pela ONU em 1947, Israel passou a ter 89.489 quilômetros quadrados depois das guerras.

    Sob o domínio israelense os palestinos se tornaram cidadãos de segunda categoria, perdendo grande parte dos seus direitos. Todavia, a reação palestina a essa situação nunca deixou de se manifestar. Pequenos grupos de guerrilheiros palestinos se formaram desde o início da dominação judaica. Em 1959 foi criado o Movimento de Libertação da Palestina, a Al-Fatah, que, em 1964, recebeu a adesão de outros grupos de resistência à dominação israelense e passou a ser denominada de OLP (Organização para a Libertação da Palestina).

    Em 1979, pelo acordo de Camp David, intermediado pelos Estados Unidos, Israel devolveu a península do Sinai ao Egito, que reconheceu o Estado de Israel. Isso provocou violentas reações no mundo árabe, inclusive o assassinato de Anwar Al Sadat, o presidente egípcio que assinou o acordo de Camp David.

    Em 1987, teve início a primeira Intifada, revolta popular contra os israelenses nos territórios ocupados. Os anos que se seguiram foram de muita violência de ambos os lados.

    Finalmente, em 1993 e 1994, pelos acordos de Oslo, Israel e a OLP firmaram um acordo de reconhecimento mútuo e que previam a retirada de tropas israelenses de alguns territórios ocupados e a criação da Autoridade Nacional Palestina, germe de um futuro Estado Palestino.

    Mas esses acordos de paz têm sido constantemente boicotados pelos extremistas de ambos os lados. basta dizer que o primeiro-ministro israelense, Itzak Rabin, o protagonista israelense dos acordos de Oslo, foi assassinado por um extremista judeu.

    Itzak Rabin 

     

    Em 2000 teve início a segunda Intifada, com uma série de ataques suicidas contra a população e as forças israelenses, sempre respondidas com uma violência indiscriminada contra os palestinos.

    Após o atentado de 11 de setembro de 2001 nos Estados Unidos, o governo norte-americano se empenhou em contribuir para a resolução do conflito entre israelenses e palestinos. Seria uma forma de combater o denominado terrorismo árabe. Em 2003, os Estados Unidos, a ONU, a União Européia e a Rússia propuseram  o plano conhecido como Roteiro para a Paz:

    • fim dos atentados palestinos contra Israel;
    • desmonte das colônias judaicas em territórios palestinos ocupados;
    • criação de um Estado Palestino ainda em 2005.

    É uma esperança de paz para a região.

     

    PEDRO, Antônio. História da civilização ocidental. ensino médio. volume único.

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    Egito depois da 2ª Guerra Mundial

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    Depois da Segunda Guerra Mundial, o Oriente Médio  transformou-se na região mais explosiva do mundo. As rivalidades entre árabes e judeus transformaram-se em luta aberta, principalmente depois da criação do Estado de Israel. Indiretamente a União Soviética e os Estados Unidos se envolveram no conflito, prestando apoio a um dos lados.

    Diante desse quadro, o mundo árabe e islâmico, governado por monarquias conservadoras, ficou sujeito a processos revolucionários que procuravam enfrentar o crescente poderio de Israel e dos Estados Unidos.

    O Egito

    Até 1952, o Egito, apesar de ser formalmente uma monarquia autônoma, era dependente da Inglaterra sob um sistema semelhante ao protetorado, no qual as forças militares estavam submetidas  à autoridade inglesa. A isso se somava o domínio do canal de Suez pelos ingleses.

    Desde 1950, as massas urbanas desencadearam uma série de manifestações contra a Inglaterra e, principalmente, contra a monarquia subserviente (servil) do rei Faruk. Em 1953, foi proclamada a República, e Gamal Abdel Nasser tornou-se o primeiro presidente do Egito.

    Gamal Abdel Nasser 1º Presidente do Egito 

    Iniciou-se uma série de reformas, como divisão das terras, industrialização e modernização geral do país. Em julho de 1956, o canal de Suez foi nacionalizado. A França e a Inglaterra, apoiadas por Israel, reagiram à nacionalização e declararam guerra ao país.

    Por causa da atitude belicosa (que incita à guerra) de Israel, o Egito permaneceu em constante estado de guerra. Com a morte de Nasser, em 1970, subiu ao poder Anwar Al Sadat, que iniciou uma política de rompimento  com os Estados socialistas e de aproximação com os Estados Unidos.

     Anwar Al Sadat.

    Depois da guerra de 1973 contra Israel, na qual o Egito obteve pequenas vitórias, sem comparação com as constantes derrotas sofridas nas guerras anteriores, Sadat estabeleceu uma convivência pacífica com o Estado de Israel, apoiado pelas classes dominantes egípcias. O povo egípcio foi submetido às exigências israelenses. Em 1970, houve o reatamento das relações diplomáticas entre os dois países.

    PEDRO, Antônio. História da civilização ocidental. ensino médio. volume único.

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    Os conflitos no Oriente Médio

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    O Oriente Médio está localizado geograficamente na região onde se encontram a Europa, África e Ásia. O termo é usado no Ocidente para descrever a região que vai do Golfo Pérsico ao Sudeste Asiático. Em geral se refere às terras ao redor da costa sul e oeste do mar Mediterrâneo: Egito, Jordânia, Israel, Líbano e Síria, Irã, Iraque e os países da península Arábica. Às vezes inclui também Afeganistão e Turquia.

    (1945)

    Do século XV até 1918, grande parte da população do Oriente Médio viveu sob o domínio do Império otomano. No fim da Primeira Guerra Mundial (1914-1918),  esse Império desintegrou-se, pois era aliado dos alemães e terminou derrotado e ocupado pelos franceses e ingleses. Com a extinção desse Império emergiram vários conflitos entre grupos que habitavam a região, e deles com governos de outras regiões.

    Os conflitos se intensificaram depois da Segunda Guerra Mundial, com a exploração de petróleo na região. A situação se complicou ainda mais a partir de 1948, com a criação de Israel, um país não muçulmano no interior do Oriente Médio.

    Depois de derrotados na Primeira Guerra Mundial, o Império otomano teve seu território dividido de acordo com os interesses dos vencedores, ingleses e franceses. Foi essa divisão que definiu as fronteiras dos países existentes hoje na região, como a Síria, o Líbano e a Jordânia.

     

    Império Otomano: sete séculos de poder 

    No século XIII, o príncipe turco Otman (1259-1326) conquistou regiões dominadas pela dinastia seljúcida e fundou um Império muçulmano. Os sultões otomanos tinham  também o título de califa, o chefe espiritual do Islã. Em 1345, os otomanos invadiram a Europa, atacando os Balcãs. Chefiados por Maomé II, o conquistador (1429-1481), destruíram o Império  bizantino em 1453 e tomaram sua capital, Constantinopla (hoje Istambul). A partir de 1520, com Solimão I, o Magnífico (1494?-1566), conquistaram parte da Pérsia, a maior parte da Arábia e vastas porções da Hungria e dos Balcãs. No início do século XVI, tinham dominado também a Síria e o Egito.

    O Império otomano sofreu sua primeira grande derrota no fim do século  XVI, quando sua frota naval foi destruída por forças cristãs européias na batalha de Lepanto (1571). Em 1683, falhou a derradeira tentativa de tomar Viena, a capital austríaca. Essa derrota e perdas subseqüentes levaram os otomanos a renunciar à Hungria em 1699.

    No século XVIII, guerras contra a Rússia, Áustria e Polônia enfraqueceram ainda mais o Império. A maior parte de seu território europeu foi perdido nas guerras dos Balcãs (1912- 1913). Na Primeira Guerra Mundial, o Império otomano aliou-se à Alemanha; a derrota que se seguiu resultou na perda de seus domínios na Arábia, Síria, África e Iraque. Em 1922, o sultanato foi abolido por Mustafá Kemal Ataturk, que proclamou a República da Turquia e, 1923.

     

    Divisão do Oriente Médio

    No fim da Primeira Guerra Mundial, a maior parte do Oriente Médio foi dividida em protetorados. A Palestina, a Transjordânia (atual Jordânia), o Egito, o Iraque e a Pérsia (atual Irã) ficaram sob domínio da Inglaterra. A Síria e o Líbano tornaram-se protetorados franceses.

    Essa divisão obedeceu aos interesses dos ingleses e franceses, que  não levaram em conta os problemas específicos do Oriente Médio. Os curdos, por exemplo até hoje não adquiriram o direito de constituir um país. Parte desse povo vive no Iraque e, a maioria, na  Turquia. Nesses dois países, os curdos lutam pela criação do Curdistão, enfrentando a oposição tanto do governo turco quanto do governo iraquiano.

    Após a queda do regime de Saddam Hussein, iraquianos de origem curda começaram a expulsar iraquianos árabes que vivem no norte do Iraque.

    Os curdos afirmam estar exercendo seus direitos. Durante seu governo, Saddam, de origem árabe, iniciou nos anos 80 um processo de "arabização" em cidades dessa região que produzem petróleo. Em Kirkuk, cerca de 400 mil curdos perderam suas propriedades, transferidas para árabes de outras partes do pais.

    Agora, os ocupantes da cidade tentam retomar essas propriedades e enfrentam resistência da população árabe.

    "Nenhum curdo foi expulso dessa vizinhança", afirmou Sayed Musawi, morador e líder árabe no bairro de Qadasia, um dos cenários do conflito. "Isto aqui era terra de ninguém", completou Sayed, um dos muitos funcionários públicos que receberam incentivos do governo para mudar para a região na década de 1980.

    "Viramos sem teto", queixou-se Wader Munhammad, cuja família foi expulsa de uma casa com quatro quartos. Como todos os árabes na região, ele diz que nunca foi informado de que as terras pertenciam a outras pessoas.

    Sua casa foi ocupada por Rushed Rah, um comerciante que planeja morar no local com sua mulher e seus sete filhos. "Essa terra nos pertence. Anos atrás, três dos meus irmãos foram mortos pelo governo de Saddam, que tirou tudo o que tínhamos e nos expulsou", contou o comerciante.

     Curdos expulsam árabes no norte do Iraque após queda do regime. Folha de São Paulo, 18/4/2003.

    CARDOSO, Oldimar. coleção Tudo é História. ensino Fundamental.

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