.bookmark{ padding:0px; margin-top:15px; background:#ddd; } .bookmark a:hover { position: relative; top: 1px; left: 1px; } .bookmark img { border: 0; padding:0px; margin-top:15px; } -->

Tamanho da Letra

-A - +A

FELIZ NATAL

Twit This! |

Tenho muito a agradecer a todos os meus leitores, este ano foi muito tumultuado e não cumpri meus deveres de para com eles de maneira satisfatória.

O próximo ano está chegando e tenho como meta retomar seriamente meus compromissos para com todos que me deram o prazer de te-los como leitores.

Desejo a todos um ótimo Natal, cheio de saúde, paz, harmonia e amor.

O ano de 2011 está chegando e a retomada será efetiva.

O HISTOBLOG agradece a todos os seus leitores e até logo mais.

 

 

 

Technorati Marcas:

“Lágrimas de Crocodilo”

Twit This! |

Explicação fisiológica

 

A frase empregada para se referir a alguém que demonstra um choro fingido, tem registros desde o Egito antigo. Segundo escritos de Plínio, o Velho, do século I, crocodilos que ficavam às margens do rio Nilo exibiam seus olhos lacrimejantes, dando a impressão de que choravam, para atrair e atacar as suas vítimas. Séculos depois, o dramaturgo William Shakespeare fez alusão ao termo em Otelo, de 1603: “Se com lágrimas de mulher fosse a terra fecundada, cada gota geraria um crocodilo”. Há, no entanto, uma explicação fisiológica para o choro do animal.

 

 

Como as glândulas salivares e lacrimais ficam próxima, quando ele mastiga, a pressão sobre elas aumenta, fazendo com que as lágrimas escorram.

Está ai a explicação do choro “sentido” do sr. Crocodilo.

fonte: revista Aventuras na História. ed. 89. Dez/2010.

Assine nosso feed. É Grátis.

Novos Caminhos

Twit This! |

 A partir do século XV, os europeus começaram a aventurar-se pelo oceano Atlântico – até então uma fronteira intransponível  - em busca de novas rotas marítimas que os levassem às riquezas do Oriente. Assim, deram início à expansão marítima.

Numa época de expansão do comércio, os produtos mais valorizados eram as especiarias vindas do Oriente. A pimenta, o gengibre, a canela, o cravo, a noz-moscada e o açafrão, entre outras, tinham grande aceitação e valor no mercado europeu e eram usadas para dar sabor aos pratos e conservar os alimentos.

Com a reabertura do comércio às embarcações ocidentais na região do Mediterrâneo, mercadores europeus, principalmente os da península Itálica, passaram a controlar o comércio de especiarias, que eram trazidas do Oriente por mercadores árabes até portos de Constantinopla, Trípoli, Alexandria, Túnis e Ceuta, onde embarcavam em navios europeus.  As cidades italianas, com destaque para Gênova e Veneza, saíram na frente e passaram a monopolizar o comércio pelo mar Mediterrâneo.

O controle italiano sobre as rotas do Oriente acirrava ainda mais as disputas entre reinos importantes da Europa, como Espanha e Portugal, que pretendiam ampliar os seus negócios e participar desse lucrativo comércio com o Oriente. Mas como fazer isso se comerciantes genoveses e venezianos controlavam, além do mar Mediterrâneo, as rotas do Oriente? A solução encontrada foi procurar novos caminhos para as Índias, evitando a região do Mediterrâneo. Índias era o nome genérico pelo qual os europeus designavam o Extremo Oriente, mais precisamente, o leste da Ásia. Os portugueses foram os primeiros a tomar essa iniciativa de se lançar ao mar desconhecido, seguidos, décadas depois, por outros reinos europeus, como Espanha, França e Inglaterra.

Nelson Piletti, Claudino Piletti. Thiago Tremonte. História e vida integrada.

Assine nosso feed. É Grátis.

Porções do Mundo

Twit This! |

O mundo conhecido pelos europeus até o século XV resumia-se à Europa, parte da Ásia e da África. A América e a Oceania eram desconhecidos.

A maior parte dos europeus sabia algo sobre o Extremo Oriente apenas por meio de relatos, já que alguns deles chegaram a viajar até lá ao longo da Idade Média. No entanto, as informações que cada sociedade tinha a respeito das outras eram fragmentadas e imprecisas e estavam recheadas de elementos fantasiosos.

Os relatos de viagem dos navegadores foram importantes fontes de conhecimento para a época e estimulavam a imaginação das pessoas, como os  do viajante veneziano Marco Pólo (1254-1324). Desse modo, constituíam  as fontes de informação mais conhecidas e citadas de toda a literatura de viagens dos séculos XIV, XV e XVI.

Em seus textos, Marco Pólo fala sobre as viagens que fez pelo Oriente, incluindo a China, conta sobre as riquezas das terras que visitou e os costumes e características dos povos que conheceu.

Veja um trecho do que ele escreveu:

(…) Em Kaindu há também minas de turquesa, pedras belíssimas (…). Outra grande riqueza dessa província são os vários temperos e   especiarias que não existem em nossos países, tais como canela, cravo, gengibre e outros.

Quando um forasteiro chega a Kaindu, o habitante que o recebe entrega-lhe sua casa com todos os seus pertences e sai. Também sua mulher e suas filhas lá permanecem. O viajante pendura seu chapéu junto à janela e, enquanto o chapéu estiver ali, o dono da casa não pode voltar. É um costume que denota hospitalidade (…)

(As viagens de Marco Pólo. São Paulo: Scipione, 2004.)

Nelson Piletti, Claudino Piletti. Thiago Tremonte. História e vida integrada.

Assine nosso feed. É Grátis.

Governo Imperial e os atritos com a Igreja e Exército

Twit This! |

A partir da década de 1870, a Igreja católica e setores do Exército tiveram sérios atritos com o governo imperial.

A crise com a Igreja católica tornou-se especialmente grave em 1874. Naquele ano, o imperador D. Pedro II autorizou a prisão dos bispos de Olinda e Belém, que foram condenados a quatro anos de trabalhos forçados por terem proibido os católicos de suas dioceses a participar de atividades da maçonaria, que eram aceitas pela monarquia.

Parte da oficialidade do Exército começou a se afastar do governo após a Guerra do Paraguai (1865-1870). Durante a guerra, muitos oficiais haviam entrado em contato com pessoas das repúblicas vizinhas e, ao retornarem, passaram a criticar a monarquia. Criticavam principalmente a corrupção que, segundo eles, era praticada pelos políticos monarquistas, “aproveitadores da miséria do país”.

Essa crise agravou-se em 1884, quando o governo proibiu os oficiais de manifestarem suas opiniões pela imprensa, sem autorização do ministro da Guerra.

Devido aos atritos com a Igreja e com o Exército, a monarquia enfraqueceu-se ainda mais.

Adoentado, o imperador dom Pedro II afastava-se cada vez mais das crises e decisões do governo.

O Ato da Abolição da escravatura, por exemplo, foi assinado por sua filha, a princesa Isabel. De acordo com o historiador Sérgio Buarque de Holanda, o país estava “acéfalo”, isto é, sem governo. Alguns órgão da imprensa chegavam a ridicularizar o imperador, chamando–o, por exemplo, de “Pedro Banana” e “Pedro Caju”.

Nelson Piletti, Claudino Piletti, Thiago Tremonte. História e vida integrada.

Assine nosso feed. É Grátis.

Conservantes

Twit This! |

Antes da invenção industrial, o homem se virava com sal e fogo.

 

No período Paleolítico, os homens mantinham uma prática bem rudimentar para conservar alimentos: era só manter a comida viva. Sem estrutura para o armazenamento, nossos antepassados só matavam animais e colhiam frutas na hora de comê-los. Mas com o passar do tempo, eles perceberam que, se cozida, a refeição demorava mais para estragar. Assim, o fogo acabou se tornando a primeira opção de conservante. A ideia era simples: defumar o alimento para que a fumaça servisse como bactericida. Existia ainda a opção de secar ao sol, em uma espécie de desidratação natural.

Com o abandono da vida nômade e o desenvolvimento da pecuária e da agricultura, surgiram recipientes de cerâmica ideais para impedir a deterioração dos alimentos. O sal, porém, é o maior conservante conhecido do período – Grécia, Roma e China eram assíduas usuárias. Perambular para lá e para cá em navios, enfrentar guerras e se preparar para tempos de escassez só era possível graças à manutenção dos alimentos. Naquela época, os povos enchiam a carne de sal e, assim evitavam que ela se deteriorasse. Não à toa, o componente foi tão valorizado que deu origem à palavra salário – se o alimento era difícil de conquistar, valia investir em algo que o preservasse. Mas o preparo também foi fundamental para a conservação. Segundo registros do pesquisador Hans Staden, os índios brasileiros tupinambás, por exemplo, assavam a carne sobre a fumaça até ficar seca. Em seguida, desfiavam e torravam mais uma vez, peneiravam e transformavam em farinha. Assim estavam independentes da caça.

A grande revolução, no entanto, surgiu no início do século XIX, quando as baixas temperaturas ajudavam na conservação. O americano Philip Danforth Armour foi um dos pioneiros no transporte de carne refrigerada, mas foi só na década de 1920 que Clarence Birdseye criou o primeiro freezer. Era o início da disseminação dos eletrodomésticos. Os aparelhos tiveram um boom apenas três décadas mais tarde. Juntamente com eles, a descoberta dos conservantes químicos esticou as validades. São eles que mantém a qualidade de muitos alimentos industrializados.

Fonte: revista Aventuras na História. ed. 86 – Set. 2010 – por Daniel Cardoso

Assine nosso Feed.

Veja Também:  O Poder do Sal

Direitos do Homem

Twit This! |

Principais pontos da declaração do Direito do Homem e do Cidadão da Revolução Francesa.

Todos os homens nascem iguais e livres e assim permanecem quanto a seus direitos.

O objetivo das associações políticas é a preservação dos direitos naturais e inalienáveis do homem.

Esses direitos são:

  •   a Liberdade
  •   a Propriedade
  •   a Segurança
  •   a Resistência à opressão  

A liberdade civil e política consiste no poder de fazer o que se quer, desde que não prejudique os outros.

A lei só  deve proibir as ações prejudiciais à sociedade, e ninguém deve ser acusado, preso ou detido, a não ser em      casos determinados pela lei e de acordo com as formas por ela prescritas.

Ninguém deve ser punido a não ser de acordo com a lei promulgada antes da ofensa.

Um homem é considerado inocente até ser condenado.

Ninguém deve ser perseguido por suas opiniões em qualquer campo, desde que sua expressão não perturbe a ordem pública estabelecida pela lei.

Cada cidadão pode falar, escrever e publicar livremente seus pensamentos e opiniões, desde que se responsabilize pelo abuso dessa liberdade, nos casos determinados pela lei.

Reprodução da Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão (Revolução Francesa)

Nelson Piletti, Claudino Piletti, Thiago Tremonte. História e vida integrada.

Assine nosso feed. É Grátis.

Um trono manchado de sangue

Twit This! |

Em 1894, subiu ao trono do Império Russo o Czar Nicolau II, (1868-1918), da dinastia Romanov. Sob seu governo, a Rússia enfrentou duas guerras, aumentando ainda mais os problemas internos do país. Uma delas foi a Guerra Russo-Japonesa (1904-1905), causada pela disputa de territórios na China e vencida pelos japoneses.

A derrota mergulhou a Rússia numa grave crise econômica e aumentou o descontentamento de diferentes grupos sociais com o governo. Começaram a ocorrer greves e movimentos  reivindicatórios, duramente reprimidos pela polícia czarista.

No dia 9 de janeiro de 1905 (pelo calendário russo na época), um domingo, cerca de 200 mil trabalhadores de São Petersburgo, então capital da Rússia, se concentraram diante do Palácio de Inverno, onde se encontrava o czar. Liderados pelo padre cristão ortodoxo Georg Gapon (1870-1906), pretendiam entregar a Nicolau II um documento em que reivindicavam melhores condições de vida e de trabalho. As tropas do governo, contudo, receberam os manifestantes com tiros de fuzil. Muitas pessoas morreram. O incidente ficou conhecido como Domingo Sangrento.

Como consequência, novas greves e manifestações explodiram nas cidades. Reações violentas também ocorreram no campo. Tentando diminuir as tensões, o czar anunciou eleições para a Duma, uma espécie de Parlamento. Apesar disso, nos últimos meses de 1905, novas greves paralisaram as cidades.

Nesse processo, os trabalhadores começaram a criar novas formas de organização, como os conselhos de operários (sovietes), formados por representantes de fábricas e bairros operários. Ao mesmo tempo, cresceu entre os trabalhadores a influência do Partido Operário Social-Democrata Russo, de orientação marxista, fundado em 1898.

Entretanto, esses avanços do movimento revolucionário foram contidos pela repressão das tropas do czar. Muitas pessoas foram presas, entre elas Leon Trotski, presidente do soviete de São Petersburgo.

Nelson Piletti. Claudino Piletti. Thiago Tremonte. História e Vida Integrada.

Assine nosso feed. É Grátis.

Independência do Brasil – Mito e Realidade

Twit This! |

 Dia 7 de setembro comemoraremos a independência do Brasil. Essa data é muito importante para o povo do nosso país, mas poucos cidadãos sabem o que de fato aconteceu naquele longínquo 1822. Existem muitos mitos sobre a independência brasileira, alimentados pela mídia ou pelo senso comum.

O primeiro deles é que a independência foi um fato isolado, um acontecimento heróico, que teve na liderança de Dom Pedro a razão principal de sua existência. Muitos se esquecem de localizar a independência do Brasil como mais um capítulo da crise do Antigo Regime europeu e do antigo sistema colonial. Muitos países latinos americanos já haviam obtido a independência naqueles tempos. Além disso, desde o século XVIII, ocorriam diversas revoltas contra a metrópole portuguesa no Brasil, como a Inconfidência Mineira e a Conjuração Baiana, que colocavam em xeque o poderio português na sua colônia americana.

Antes mesmo da chegada da corte portuguesa, em 1808, já se pensava na emancipação de nosso país. Em 1815, o Brasil foi elevado à condição de Reino Unido a Portugal e Algarves, e esse fato político, por si só, determinava uma nova condição para o país. Seguindo esse viés, o ano de 1822 foi uma etapa natural do processo de independência de uma nação submetida ao jugo de um povo europeu.

 

Pintura Independência ou Morte, Pedro Américo Pintura: Independência ou Morte, Pedro Américo – Museu Paulista

Talvez essa visão heróica dos acontecimentos que envolveram o 7 de setembro tenha sido eternizada pela pintura de Pedro Américo:Independência ou Morte, exposta no Museu Paulista. O quadro nos mostra a figura de Dom Pedro ao centro, num ato bravo, declarando nossa emancipação política. Entretanto, é por vezes desconsiderado o fato de que o quadro foi uma encomenda do Imperador Pedro II, que queria eternizar aquele momento-chave para a história brasileira. Dizem que Pedro Américo teria se inspirado em Ernest Meissonier, o que era comum aos pintores da época. O quadro de Pedro Américo é quase uma cópia de Napoleão III na Batalha de Solferino.

O segundo mito sobre a independência brasileira é o de que ela teria alterado muitas das características políticas, econômicas e sociais existentes na época. Isso não é verdade. A independência serviu para consolidar o modelo monárquico, no qual o chefe de estado e de governo era o filho do rei português. Além disso, consolidou um modelo agroexportador, baseado na mão de obra escrava negra, que resultava numa sociedade desigual, altamente concentradora de riquezas.

O terceiro mito é o de que não houve nenhuma participação popular no processo de independência. Isso também não é verdade. Houve guerras sim, em várias partes do país. Em províncias distantes do centro sul do Brasil, como Bahia, Cisplatina, Grão-Pará e Maranhão, os conflitos foram intensos e houve muitas mortes, devido ao fato de o governo português se envolver diretamente no conflito ou contratar mercenários para realizar as guerras em seu nome.

Enfim, o 7 de setembro se aproxima e devemos utilizar essa data para pensar em nossa nacionalidade, naquilo que produzimos de positivo para o mundo, mas também nos nossos problemas e lutar para solucioná-los a fim de deixarmos um país mais digno e honesto para as futuras gerações. As eleições virão logo em seguida e essa é uma oportunidade magnífica para elegermos aqueles que de fato se comprometem para a construção de um excelente país para todos os brasileiros.

Ricardo Barros Sayeg: Professor de História do Colégio Paulista e Mestre em Educação.

Assine nosso feed. É Grátis.

A Revolução Mexicana

Twit This! |

Em 1911, uma revolução derrubava o ditador Porfírio Díaz (1830-1915), que se encontrava no poder desde 1876. Por essa época, quase todo território mexicano pertencia a cerca de 840 latifundiários.

A falta de terra para os pequenos agricultores e os baixos salários pagos pelos capitalistas estrangeiros  aos trabalhadores, somados à opressão política, deram origem a vários conflitos no país, todos eles fortemente sufocados pelas tropas governamentais.

Em 1910 Francisco Madero (1873-1913), um aristocrata liberal defensor de reformas, liderou uma rebelião que culminou na queda do ditador no ano seguinte. Grande parte do êxito da revolta deveu-se a dois líderes camponeses: Pancho Villa (1878-1923) e Emiliano Zapata (1879-1919). Villa criou milícias revolucionárias no norte do México; Zapata organizou e armou forças camponesas no sul do país.

 

Emiliano Zapata, por Diego Rivera Retrato de Emiliano Zapata, por Diego Rivera

Uma vez no poder, Madero entrou em choque com Villa e Zapata. Estes queriam uma reforma  agrária que extinguisse os latifúndios. Já o presidente Madero temia a radicalização do processo revolucionário. Em fevereiro  de 1913, Madero foi assassinado pelo general Huerta. Pouco depois, forças norte-americanas ocuparam o porto de Vera Cruz. Huerta   afastou-se do poder e a Presidência da República passou a ser ocupada pelo liberal Venustiano Carranza.

Em 1917 foi aprovada uma nova Constituição e uma lei Agrária que autorizava a desapropriação de grandes propriedades e a distribuição de terras entre os camponeses. Dois anos depois, Zapata era assassinado em uma emboscada armada por forças do governo. Quanto a Carranza, também seria morto em 1920 por soldados a serviço do general Álvaro Obregón, que em seguida se elegeria presidente da República. Terminava assim, a Revolução Mexicana.

Gislane e Reinaldo. História. ensino médio. volume único

Assine nosso feed. É Grátis.

Revolução Farroupilha – Ataque Surpresa

Twit This! |

Fevereiro de 1843. Sete mil homens marcharam à Fronteira Oeste da província sob as ordens de Luís Alves de Lima e Silva à caça dos farrapos. Com pressa e para ganhar agilidade, o futuro duque de Caxias, em março, deixou em São Gabriel parte da bagagem, a cavalhada e 2 mil homens. Além de precipitar o confronto, o comandante queria 14 mil cavalos dos republicanos espalhados pela fronteira. Foi em vão. Os farrapos escapuliam por caminhos que dominavam e evadiram a manada da região. Caxias teve de ir ao Uruguai comprar montaria. E os inimigos aproveitaram para atacar São Gabriel, em 10 de abril. “O desastre é completo. Toda a cavalhada é recolhida pelos rebeldes”, escreve Morivalde Calvet Fagundes.

Revolução FarroupilhaCombate: Revolução Farroupilha 

As táticas de guerrilha fizeram da Revolução Farroupilha o mais longo levante contra o império (1835-1845). As tropas farroupilhas estruturavam-se ou se dissolviam rapidamente e fugiam dos  grandes embates. Pretendiam vencer pelo cansaço atacando pequenos batalhões. O eficiente serviço de correio, inspirado no do conquistador mongol Gêngis Khan. “O correio tinha prioridade no uso dos cavalos até sobre os generais”, diz o coronel Cláudio Bento, presidente da Academia de História Militar Terrestre do Brasil.

Os oficiais republicanos eram basicamente estancieiros, talhados em lutas para proteger a permeável fronteira local. Em 1839, os rebeldes tinham 6903 membros de cavalaria, 2247 de infantaria e 222 de artilharia. No início, os imperiais lutavam principalmente a pé.

Para Bento, foi com base no comando de Caxias, em 1842, que o governo apostou na cavalaria e descobriu a chave para sufocar os revoltosos.

fonte: revista Aventuras na História. ed. 86. Set. 2010. por: Sebastião Ribeiro

Assine nosso feed. É Grátis.

Produção Cultural

Twit This! |

Segundo pesquisas recentes, a escrita egípcia é uma das mais antigas do mundo. Seus primeiros sinais podem datar de 3500 a.C.

Tratava-se de um sistema complexo, feito com sinais ou caracteres pictóricos, conhecidos como hieróglifos, que representavam imagens como pássaros, insetos e objetos.

planta papiro Papiro  (planta)

A partir dos hieróglifos foram desenvolvidos outros sistemas, cada qual  utilizado em uma situação específica.

Como suporte  para a escrita, os egípcios utilizavam o papiro, espécie de papel fabricado com o talo de uma planta de mesmo nome que crescia à beira do Nilo.

alfabeto do egito Hieróglifos e as letras correspondentes no alfabeto utilizado atualmente no Brasil

Depois de cair em desuso, a escrita hieroglífica acabou esquecida, graças ao trabalho intenso da equipe comandada pelo pesquisador francês Jean-François Champollion (1790 – 1832).

 

Pictórico: Referente ou próprio da pintura do desenho

Nelson Piletti, Claudino Piletti, Thiago Tremonte. História e vida integrada.

Technorati Marcas: ,,,

Assine nosso feed. É Grátis.

Maternidade Árabe

Twit This! |

Na primavera  de 1452, Caterina e Piero davam à luz um dos maiores artistas da História. Naquele 15 de abril, nascia Leonardo Da Vinci. Autor de obras como Mona Lisa, Última ceia e Homem Vitruviano, o italiano foi considerado descendente de uma linhagem de camponeses por muito tempo. Seu pai, Piero Da Vinci, era um senhor das terras onde ele e sua mulher, também camponesa, viviam. Mas pesquisas apontam para um dado cada veza mais certo: Caterina não era camponesa, mas uma escrava originária do Oriente Médio.

Leonardo Da Vinci Leonardo Da Vinci

De acordo com Alessandro Vezzosi, fundador do Museu Ideal de Da Vinci, à época era comum famílias proeminentes trazerem mulheres do Leste Europeu e do Oriente Médio para trabalharem como escravas. Quando chegavam à Itália, as moças eram batizadas e recebiam um novo nome  _ sendo os mais comuns Maria, Marta e Caterina. Estudos mostram que a única Caterina provável na vida de Piero teria sido escrava de um amigo banqueiro. Em seu testamento, o nobre nomeava Piero o novo domo de sua residência em Ghibellina. Para sua mulher, Agnola, deixava apenas a escrava. Acredita-se, no entanto, que Piero teria aceitado deixar a viúva na casa em troca de … Caterina. As suspeitas se reforçam após a abertura do testamento, já que não existem mais vestígios da vida da escrava no dia a dia de Agnola. As pesquisas de Vezzosi afirmam ainda que Da Vinci teria nascido um ano após Caterina ter deixado a casa de Agnola. Análises recentes em suas obras reafirmam que ele teria ascendência árabe.

Fonte: revista Aventuras na História. ed. 86 –Set. 2010

Assine nosso feed. É Grátis.

Quem foi Tio Sam?

Twit This! |

Com o dedo em riste, um senhor barbudo de cartola e terno azul e vermelho ameaçava: “Eu quero você”. A intimação era dirigida aos cidadãos americanos que perambulavam pelas ruas antes da Primeira Guerra e vinha de… cartazes. O sujeito ameaçador que estampava os folhetos era Tio Sam, um homem que não existiu de fato. A versão mais aceita (e oficial) da criação do personagem conta o mito começou em um   carregamento de carne enviado para alimentar os soldados que combatiam na Guerra de 1812. Com as iniciais “US” gravadas nas laterais, os caixotes foram apelidados de Uncle Sam (Tio Sam) – uma referência a Samuel Wilson, o gerente do açougue de Troy, Nova York, que abastecia a tropa.

Tio Sam Tio Sam

A imagem mais conhecida do Tio Sam nasceu, no entanto, em 1917, nas mãos de James Flagg. Foi o cartunista o autor do dedo indicador apontando e dos cabelos brancos, nos quase  4 milhões de cópias  espalhadas pelo país – o cartaz era de adaptação de outro com lorde Kitchener, um marechal inglês, como modelo. As peças foram encomendadas pelas Forças Armadas americanas e seriam reeditadas durante a Segunda Guerra. Tio Sam assumia, assim, a imagem oficial da nação americana. Cartunistas políticos cuidaram de popularizar a imagem da nova figura. Uma das caricaturas mais emblemáticas apareceu em 20 de novembro de 1869 na revista Herper’s Weekly. Feita pelo cartunista político Thomas Nast, Tio Sam esta sentado à mesa em um jantar de Ação de Graças. Era o início da associação do personagem a ideais valiosos aos EUA: união, liberdade e igualdade dos povos. Os traços físicos modernos, no entanto, surgiram na revista britânica Punch.

fonte: revista Aventuras na História. ed. 86 – Set. 2010. por Fabrício Calado

Technorati Marcas: ,,,

Assine nosso feed. É Grátis.

Deuses criados à imagem dos seres humanos

Twit This! |

O filósofo grego Xenófones, em uma única frase definiu como os gregos lidavam com suas divindades:

“Os homens criaram os deuses à sua imagem e semelhança”.

A maioria das histórias da mitologia grega chegou até nós graças aos grandes poetas épicos, como Homero e Hesíodo, que compilaram as façanhas dos deuses, semideuses e heróis. Mas muitos filósofos antigos questionaram a forma como os poetas apresentavam as divindades. “Segundo Platão, Homero atribuiu a elas ações indignas de um deus”.

Jacinto Lins Brandão

A saga dos deuses gregos começa com o surgimento de Gaia (a mãe Terra) a partir do Caos. Da união entre Gaia e seu filho Urano (Céu) nasceram 3 ciclopes  (gigantes de um só olho no meio da testa), 3 hecatonquiros (gigantes de 100 braços e 50 cabeças) e 12 titãs, que governaram o mundo até serem derrotados pelos deuses do Olimpo. Como não suportava a feiura dos hecatonquiros e dos ciclopes, Urano os escondeu no Submundo, o Tártaro. Gaia se recusou a ter novos filhos e, cansada dos maus-tratos do esposo, pediu que os titãs o atacassem.

O único que se prontificou foi o caçula, Cronos: com uma foice que Gaia lhe deu, cortou os testículos do pai e os jogou no mar. Assim, Cronos tornou-se o líder dos titãs e assumiu o lugar de Urano como deus supremo do mundo.

O fim de Urano traz outra situação que se tornará recorrente na mitologia grega: o filho que vence o pai. Os titãs reinavam absolutos na Terra, uma nova geração de deuses estava no poder. E trataram de povoar o planeta. A monogamia não era regra e a dúzia de titãs se dividia entre entidades femininas e masculinas que variavam seus parceiros. Cronos  se casou com sua irmã Reia e deu origem à linhagem que mais tarde ocuparia o monte Olimpo. Hipérion, um dos titãs foi pai de Hélio, deus do Sol, e Eos, a aurora. A geração dos filhos dos titãs permeia toda a mitologia futura.

A mãe de Cronos, Gaia, havia profetizado que tal como seu pai, Urano, ele seria morto pelo próprio filho. A história, mesmo entre os grandes deuses, se repetia. Com medo, em sua cidadela no monte Othrys, Cronos devorou cada um dos seus 5 filhos tão logo saíram do ventre da esposa. Reia não gostou nada disso e armou um plano: quando nasceu o filho de Zeus, ela o enviou à ilha de Creta para protegê-lo do pai. Envolveu uma pedra com roupa de bebê para fingir que era o recém-nascido, devidamente devorada por Cronos, que achou que assim se livrara do sexto filho.

continua no próximo post.

fonte: revista Super Interessante. ed. 280-A/Julho2010. por Wagner Gutierrez Barreira.

Technorati Marcas: ,,,

Assine nosso feed. É Grátis.

Conflito no Sudão

Twit This! |

O oeste do Sudão é disputado por muçulmanos africanos e árabes. O conflito eclodiu em 2003, quando rebeldes do Movimento de Liberação do Sudão atacaram tropas governamentais em busca de autonomia sobre os recursos naturais de Darfur. Aviões de Cartum (capital do país) e milícias paramilitares (as janjaweed) retaliaram contra os rebeldes e contra a população, por acreditarem que esta apoiou a insurgência (revolta). Aldeias foram queimadas, mulheres estupradas, não-árabes mortos. Mais de 50 mil homens, mulheres e crianças perderam a vida, mais de 1,5 milhão estão desabrigados. Um genocídio.

Mapa, Sudão Mapa Sudão

Enquanto isso, líderes mundiais debatem se algo deve ser feito. (…) Mais do que qualquer outra razão, a hesitação vem da relutância internacional em desafiar qualquer governo por fatos que ocorreram em seu território. É uma visão comum de soberania a que permite que todos façam qualquer coisa que desejem dentro das fronteiras. Tal pensamento é inadequado e ultrapassado. É errado olhar para o outro  lado quando um ser humano é massacrado. Todos temos obrigações básicas com o outro. E, num mundo global, o que acontece num país afeta o outro.

(Adaptado de: Richard Haas. O direito que respalda a intervenção. Jornal do Brasil, 14 de nov. 2004.)

Assine nosso feed. É grátis.

A Figura do Rei

Twit This! |

[Os monarcas] foram os inventores do marketing político e nesse sentido fizeram escola (…). A propaganda surge como meio de assegurar a submissão ou o assentimento a um poder. (…) Na verdade, esculpida de maneira cuidadosa, a figura do rei corresponde aos quesitos estéticos necessários à construção da “coisa pública”. Saltos altos para garantir um olhar acima dos demais, perucas logo ao levantar, vestes magníficas mesmo nos locais da intimidade; enfim, trata-se de projetar a imagem de um homem público (…). Tal qual um evento multimídia, o rei estará presente em todos os lugares, será cantado em verso e prosa, retratado nos afrescos e alegorias, recriado como um Deus nas estátuas e tapeçarias. (…)

A inauguração da igreja dos Inválidos por Luís XIV, de Pierre-Denis Martin  1663-1742.Pintura: A inauguração da igreja dos inválidos por Luís XIV, Pierre-Denis Martin 

Exemplo radical do exercício e da manipulação simbólica do poder, a realeza evidencia, com sua etiqueta, a importância do ritual na construção da imagem pública. A monarquia é, nesse sentido, um bom pretexto para a discussão dos vínculos entre política e manipulação do imaginário simbólico, ou mesmo para a verificação de como política se faz com a lógica da “razão prática”, mas também com a força de persuasão da “razão simbólica.”

(Lilia K. Moritz Schwarcz. A Fabricação do rei: a construção da Imagem pública de  Luís XIV. Antropologia, São Paulo: FFLCH/USP, v. 43, n.1, p. 257-61, 2000.)

Gislane e Reinaldo. História. ensino médio. volume único.

Assine nosso feed. É Grátis.

Histórias de todos os cantos do mundo (Parte III) – Mitos e Cotidiano

Twit This! |

Os mitos estão misturados à história. E por vezes acabam influenciando o destino dos povos. A guerra de Tróia, por exemplo. Os deuses tomavam partido dos gregos e troianos,  mesmo com a ordem explícita de Zeus para que não se metessem nos destinos humanos. Quando Virgílio escreveu a Eneida, o poeta romano deu um jeito de ligar o derrotado príncipe Enéas à gênese de seus patrícios em seu épico. É do troiano Enéas que vem a descendência que culmina nos gêmeos Rômulo e Remo, que fundam Roma depois de passarem a infância sendo amamentados por uma loba.

Um dos mitos astecas previa o aparecimento de grandes homens brancos. Quando Hernán Cortés chegou ao que hoje é o México, com um punhado de homens acabou confundido com deuses pelos locais, na opinião de muitos especialistas. Talvez seja uma boa explicação para o fato de ter subjugado todo o império com tão pouca gente. As armas de fogo, para os astecas, podem ter sido interpretadas como uma relação com o divino. E a reduzida cavalaria espanhola pode ter derivado numa imagem de seres híbridos , com 4 patas e 2 braços.

A própria lenda do rei Arthur, baseada em antigas histórias orais celtas, foi usada para afirmar o caráter britânico diante de invasores da ilha. Arthur era o símbolo, ao mesmo tempo, de um herói e de um patriota.

Mas o que vale, mesmo, para as narrativas mitológicas , é que passados milhares de anos, o ser humano ainda é, cativado por uma boa história. E é disso que se trata: com suas grandes diferenças para explicar nossa existência, os mitos nos ajudam a organizar a vida, são exemplos. E isso começa já na infância quando ouvimos os primeiros contos de fadas. Para o especialista Joseph Campbell, tais histórias têm grande sentido: “São mitos para crianças”.

fonte: revista Super Interessante. ad.280-A/Julho  2010. ed. especial. por Wagner Gutierrez Barreira

Technorati Marcas: ,,,

Assine nosso feed. É Grátis.

Histórias de todos os cantos do mundo (Parte II) : Mitos Vivos

Twit This! |

A relação com os deuses em geral é bem complicada para os humanos. Eles são seres superiores que ajudam os homens, lhe dão a luz do Sol, conhecimento e sabedoria. Mas também têm uma cólera divina.  Imagens de dilúvios e inundações aparecem em histórias da África, do Oriente Médio, nas Américas, no Sul e no leste da Ásia e na Europa. Punições aos humanos são frequentes, e muitas delas projetam o fim dos tempos, das narrativas astecas às indianas, cada uma à sua maneira.

O estudo da mitologia ganhou um impulso extraordinário no século XX, quando antropólogos, e não conquistadores, tomaram contato com sociedades não contaminadas com histórias alheias. O Brasil teve parte importante nisso. O antropólogo belga Claude Lévi-Strauss (1908-2009), que veio ao país para tomar parte na fundação da Universidade de São Paulo, na década de 1930, estudou os índios bororos no Mato Grosso e tomou  nota de toda uma mitologia que seguia viva. Lévi-Strauss, um dois criadores do estruturalismo, registrou mais de 800 mitos de  povos da América do Sul e do Norte. É considerado um dos maiores intelectuais do século passado. Para ele as narrativas ancestrais tentam dar resposta às contradições da experiência humana.

Outro gigante do estudo de mitos, o americano Joseph Campbell (1904-1987)  acreditava   que as narrativas não existiam para dar sentido à vida. “O mito ajuda a colocar sua mente em contato com a experiência de estar vivo. Ele diz o que a experiência é. Casamento por exemplo. O que é o casamento? O mito lhe dirá o que é o casamento. É a reunião  da díade separada. Originalmente vocês eram um. Vocês agora são dois no mundo”, explicou ao jornalista Bill Moyers em uma célebre série para a TV pública dos EUA que depois virou livro “O Poder do Mito”. Campbell diz ainda: “Mitologia são histórias sobre sabedoria de vida”.

díade: grupo de dois, um par

fonte: revista Super Interessante, ed. 280-A/Julho de 2010 – ed, especial, por: Wagner Gutierrez Barreira.

Assine nosso feed. É Grátis.

Histórias de todos os cantos do planeta (Parte I)

Twit This! |

A base da mitologia é o esforço permanente e contínuo de entender o mundo e o próprio homem.

Não há nenhum grupo cultural ou étnico na Terra que não associe a origem do mundo, dos seres vivos, dos acidentes geográficos a uma força superior. Deuses e heróis convivem com a humanidade desde a aurora de nossa espécie.

Povos de todo o planeta forjam seus heróis e deuses de acordo com o que têm à mão. Os nórdicos do norte da Europa achavam que o mundo começara no embate, em um grande campo de gelo, do calor contra o frio. Para os gregos, os deuses viviam numa montanha, assim como para os indianos.

Os habitantes do oeste da África imaginavam que a origem do mundo era um grande ovo cósmico. O homem pré-colombiano nasceu do milho. Em outras culturas ele veio da argila, da madeira, do barro ou do sopro divino. Em muitas delas, foi difícil chegar à humanidade, e os deuses criaram e destruíram vários protótipos. Ao mesmo tempo, os personagens mitológicos lidam com sentimentos muito humanos, como a raiva, o ciúme, a vergonha, a culpa – sejam deuses, sejam heróis ou mortais.

continua no próximo post…

Este é o início de uma série de posts sobre deuses heróis e lendas que fazem parte da cultura dos povos de todo o mundo.

fonte: revista Super Interessante. ed.especial. O livros das mitologias. ed. 280-A/Julho 2010. por Wagner Gutierrez Barreira.

Assine nosso feed. É grátis

Novos Imigrantes

Twit This! |

A partir de 1870, centenas de milhares de europeus em busca de melhores condições de vida mudaram-se para o Brasil. Inicialmente, a maior parte deles vinha para trabalhar nas lavouras de café. A partir de 1871, o governo de São Paulo passou a subvencionar a imigração. Os fazendeiros, por sua vez, arcaram com as despesas dos colonos  em seu primeiro ano no país.

Defensores de teorias racistas viam outra vantagem na imigração: segundo eles, os europeus contribuíram para “branquear” a população brasileira, promovendo assim o progresso do país.

Em 1886 governo e cafeicultores de São Paulo fundaram a Sociedade  Promotora de Imigração. A entidade fazia propaganda do Brasil na Europa, apresentando o país como um lugar onde era possível ganhar dinheiro e viver bem.

Influenciadas pela publicidade, muitas pessoas oriundas principalmente da Itália, da Espanha, de Portugal e da Alemanha começaram a se transferir para o Brasil. A própria viagem, porém, já se  encarregava de revelar que a realidade era bem diferente da apresentada pela propaganda. Com um mês de duração, era realizada muitas vezes em navios de carga, sem condições adequadas para o transporte de passageiros. Foram diversos  casos de imigrantes, principalmente crianças e idosos, que morreram na travessia do Atlântico.

Ao desembarcarem em Santos, essas pessoas eram encaminhadas para a Hospedaria do Imigrante, em são Paulo, onde ficavam por alguns dias. De lá, seguiam para os cafezais do interior paulista, onde iriam trabalhar sem nenhum amparo social ou direito trabalhista. O serviço era estafante e muitos ficavam presos à fazenda por anos a fio até  pagar as dívidas contraídas.

Nessas circunstâncias, as revoltas e fugas tornaram-se frequentes. Graças à rede de solidariedade entre os estrangeiros, muitas famílias se estabeleciam nas cidades, onde passavam a trabalhar na incipiente indústria ou em ofícios como os de padeiro, sapateiro, marceneiro, etc. Outras pessoas preferiam regressar à Europa. Entre 1891 e 1900, cerca de 40% dos 1,2 milhão de imigrantes que entraram no Brasil preferiam voltar a seu país de origem.

Se a imigração para São Paulo teve por objetivo fornecer mão-de-obra para os cafezais, no sul foi bem diferente. Ali o governo organizou a vinda de estrangeiros e seu assentamento na região com base na pequena propriedade agrícola. No Rio Grande do Sul foi particularmente significativa a presença de italianos e alemães em colônias como a de Caxias do Sul e Novo Hamburgo. Em Santa Catarina, as cidades de Blumenau e Joinville foram colonizadas majoritariamente por alemães, cuja presença foi também muito forte no Paraná.

Gislane e Reinaldo. História. ensino médio. volume único.

Assine nosso feed. É Grátis.

Reinos do Sahel

Twit This! |

Costa da Guiné é o nome de uma região do oeste da África compreendida entre a atual Serra Leoa e o delta do rio Niger, na Nigéria. Ela é cortada pelo Sahel, faixa de terra intermediária entre o deserto do Saara, ao norte, e a fértil floresta tropical úmida, ao sul. Os primeiros assentamentos ocorreram entre 600 e 200 a. C., junto a oásis e rios. Surgiram em seguida aldeias e cidades e o comércio se expandiu. Comércio transaariano.

rio Níger , Nigéria Rio Níger, Nigéria - África

Com o tempo, essas comunidades se tornaram mais complexas e se transformaram em Estados, governados por um rei. O desenvolvimento comercial, por sua vez, permitiu  que alguns desses Estados se tornassem mais ricos e poderosos e passassem  a dominar seus vizinhos mais fracos, dando origem a reinos como Gana e Mali.

Gislane e Reinaldo. História. ensino médio. volume único

Assine nosso feed. É Grátis.

Os templos dos Khmer

Twit This! |

Região hoje ocupada pelo Vietnã, Laos, Tailândia, Camboja, Mianma, Malásia, Indonésia e Filipinas, em tempos remotos o Sudeste Asiático recebeu forte influência da civilização hindu. Uma das marcas dessa influência foi a difusão do hinduísmo e do budismo, que se misturaram às crenças locais.

Desde o início da era cristã, os reinos surgidos na região mantinham importante rede de comércio com povos do Mediterrâneo, da África, da Índia  e da China. Arroz, especiarias, incenso, pedras e metais preciosos eram os principais itens de suas exportações.

Templo hinduísta  de Angkor Wat, século XII, Caboja Templo Angkor Wat, Camboja

Entre os séculos VII e XIII, surgiu na região  o reino Khmer, que ocupava áreas onde hoje se encontram  o Camboja, o Laos, a Tailândia e parte do Vietnã. Construída por volta do século IX, Angkor, a capital dos khmer, tornou-se um importante centro comercial. As principais construções desse povo foram os templos religiosos.

No século XII foi erguido o templo de Angkor Wat, a maior estrutura sacra do mundo. Dedicado ao deus hinduísta Vishnu, o templo tem mais de um quilômetro quadrado de área e suas paredes retratam várias cenas das epopéias hindus. No século XIII o rei Jayavarman VII adepto do budismo , ergueu junto a Angkor uma nova capital. Era Angkor Thom, cidadela protegida por uma muralha de 13 quilômetros de comprimento e com um enorme templo em homenagem a Buda.

Com a morte do rei em 1430, teve início  violenta guerra civil entre famílias aristocráticas em disputa pelo poder. Isso facilitou a conquista do território  por povos estrangeiros e provocou o fim do reino khmer.

Gislane e Reinaldo. História. ensino médio. volume único.

Assine nosso feed. É grátis.

Desculpas por ausência

Twit This! |

Tenho que pedir desculpas aos leitores do HISTOBLOG, estive ausente por motivos pessoais, e nos próximos dias não tenho certeza ainda se poderei atualizar o blog.

Minha mãe, uma senhora de 70 anos sofreu um acidente e quebrou o cotovelo e por esse motivo fez uma cirurgia para corrigir o trauma, na idade dela isso é um tanto grave, por este motivo estive afastada de minhas atividades para com o blog.

Peço desculpas e   compreensão de meus leitores e também um pouco de paciência, pois nos próximos dias ainda estarei um pouco atrapalhada e por consequência ausente.

Acredito que até o fim da semana, retomarei as atualizações.

Obrigado a todos e aproveitem os textos já existentes no blog para suas pesquisas.

Beijo Galera!

Susi

Escravos do século XXI

Twit This! |

Embora o trabalho escravo seja proibido pela Organização das Nações Unidas – ONU – desde 1956, ele ainda subsiste em várias partes do mundo e em muitos lugares funcionam verdadeiras redes  de tráfico humano.

E, abril de 2004, o Unicef (órgão da ONU) apresentou um relatório no qual denuncia que, dos 53 países africanos pesquisados, 89% traficam pessoas com nações vizinhas e 34% com nações europeias. As crianças são as maiores  vítimas, obrigadas a trabalhar como escravos, a atuar como soldados nos exércitos ou a se prostituir.

Trabalhadores rurais em protesto contra o trabalho escravo Protesto contra trabalho escravo (Brasil)

Nos Emirados Árabes Unidos, no Oriente Médio, as crianças são traficadas para servir de jóqueis de camelos. Em países como Paquistão, na Ásia, e Albânia e Portugal, na Europa, na Europa, ainda subsistem trabalhos compulsórios. As principais vítimas são as mulheres, usadas como escravas sexuais.

No Brasil, os escravos são principalmente agricultores recrutados por empreiteiros, e levados para trabalhar em latifúndios. Quando ali chegam, descobrem que já devem o dinheiro referente ao transporte e à alimentação consumida na viagem. É uma dívida que se perpetua e que permanece sempre maior que o salário a ser recebido. Estima-se que no Brasil existam de 15 mil a 40 mil trabalhadores nessa situação. Em todo o mundo, esse número deve chegar a 20 milhões de pessoas.

(Fonte: Unicef cobra ação contra tráfico de pessoas na África. disponível em www.bbc.co.uk/portuguese/notícias/story/2004/04/040423_slavery.shtml>. Acesso em 17.fev.2005; Marie Agnés Combesque. Entre guerras e miséria: os escravos de hoje. São Paulo: Scipione, 2002.)

Gislane e Reinaldo. História. ensino médio. volume único.

Technorati Marcas: ,,

Assine nosso feed. É grátis.

Terra dos Samurais

Twit This! |

O Japão é um arquipélago formado por quatro ilhas principais e cerca de 4 mil ilhotas. Por muito tempo esse território fragmentado esteve dividido entre diversos pequenos reinos, até que, por volta de 660 a. C., esses reinos foram unificados por um líder chamado Jimu, que recebeu o título de imperador. Cerca de cem anos depois o budismo teria chegado ao Japão, onde se consolidou, junto com o xintoísmo, como uma de suas principais religiões.

Samurai japonês Samurai

A proteção do imperador e de seus cortesãos era garantida pelos samurais, guerreiros que lideravam  poderosos clãs provinciais. Os samurais tinham um rigoroso código de ética pautado pela coragem, honra e lealdade e contavam com diversos privilegiados, entre os quais o de receber grandes extensões de terra como presente do imperador.

Durante a dinastia Heian (794-1185), o poder imperial enfraqueceu gradativamente. Em 1185 o imperador concedeu a um dos chefes guerreiros, o samurai Minamoto Yoritomo, o título de xogum, que significa  “grande general, supremo conquistador dos bárbaros”. A partir de então, o verdadeiro governante passou a ser o xogum, escolhido sempre entre os chefes guerreiros, tornando-se o imperador uma figura praticamente decorativa.

Gislane e Reinaldo. História. ensino médio

Technorati Marcas: ,,

Assine nosso feed. É Grátis.

As viagens de Marco Polo

Twit This! |

Marco Polo (1254-1324) nasceu em Veneza na península Itálica. Membro de uma família de mercadores, em 1271 juntou-se ao pai, Nicolau, e partiu por uma rota terrestre em direção à China. Ali ele permaneceu por dezessete anos, percorreu todo o Império Mongol e se tornou pessoa de confiança de Kublai Khan. Depois viajou por outras regiões do continente asiático, como Índia, Pérsia e Ásia Menor, só retornando a Veneza em 1295, aos 41 anos de idade.

pintura do início do século XV, representa o imperador momgol Kublai Khan,, presenteando o mercador e viajante Marco Polo Kublai Khan, presenteando Marco Polo.

Publicadas na Península Itálica, as memórias de Marco Polo revelaram aos europeus a existência de civilizações complexas, ricas e culturalmente sofisticadas totalmente desconhecidas na Europa medieval. O livro contribuiu para estimular o comércio e a aproximação entre o Ocidente e o Oriente.

Gislane e Reinaldo. História. volume único.

Technorati Marcas: ,

Assine nosso feed. É Grátis.

O final do governo Brejnev (Parte II)

Twit This! |

Com a morte de Brejnev, em 1982, intensificaram-se as dificuldades econômicas soviéticas, os entraves burocráticos ao desenvolvimento tecnológico e as dissidências internas, enquanto a ofensiva anticomunista do governo Reagan ganhava fôlego.

 

Leonid Brejnev Leonid Brejnev

Um bom exemplo foi a invasão do Afeganistão (1979), que deixou em aberto a questão da ocupação desse país após a morte de Brejnev. Ao condenar internacionalmente a invasão, o governo Carter promoveu uma grande ofensiva norte-americana, financiando e fornecendo armamentos aos guerrilheiros muçulmanos das montanhas afegãs. Durante a administração Reagan dizia-se que estava criado o “Vietnã” da União Soviética, pois o exército soviético vencia nas grandes cidades afegãs, mas era derrotado nas regiões interioranas caminhando para a derrota definitiva.

A Brejnev sucederam curtos governos da velha-guarda soviética: Iuri Andropov (1982-1984) e Konstantin Tchernenko (1984-1985), que mantiveram a deterioração política interna e externa e os elevados custos de manutenção da guerra do Afeganistão.

Com a morte de Tchernenko, ascendeu ao governo Mikhail Gorbatchev, que seria responsável por profundas alterações na política da União Soviética.

Cláudio Vicentino. Gianpaolo Dorigo. História para o ensino médio. História Geral e do Brasil.

 

Assine nosso feed. É Grátis.

O final do governo Brejnev (Parte I)

Twit This! |

As medidas de força, como a repressão à Primavera de Praga, não eliminaram as crescentes críticas ao centralismo soviético. Pelo contrário, em 1976, os partidos comunistas da Europa Ocidental manifestaram sua oposição ao dirigismo e à tutela ideológica soviéticos. Divulgaram um documento por meio do qual defendiam a passagem do capitalismo para o socialismo de maneira autônoma, independente do Partido Comunista da União Soviética. Era a oficialização do eurocomunismo.

Na Polônia, já nos anos 1980, a pressão pela participação do operariado no governo liderada  pelo Sindicato Solidariedade, dirigido, por Lech Walesa, reativou a questão do socialismo democrático. Ganhando crescente  prestígio nacional e internacional, a atividade de Walesa e do Solidariedade acirrou as dificuldades nas relações Leste-oeste.

Comparativamente aos anos 1950 e 1960, a  perda do ritmo produtivo soviético – com diminuição das taxas de crescimento  industrial  e agrícola e de produtividade do trabalho, na renda per capita e no PNB – foi agravada pela não-participação da União Soviética no comércio mundial. O país deixou de exportar principalmente maquinaria, meios de transporte e equipamentos, como fazia nos anos 1960, para se concentrar cada vez mais na exportação de petróleo e gás, os quais representavam, em 1985, perto de 53% das exportações soviéticas.

Na mesma época, 60% de suas importações eram basicamente de máquinas e produtos industrializados. Tratava-se de um quadro que buscava satisfazer as necessidades mais prementes do país, segundo as determinações da nomenklatura (a alta burocracia soviética), suprindo necessidades localizadas, obtendo produtos importados e receitas imediatas, sem atacar com profundidade os impasses produtivos, ampliando a urgência de alteração de rumos.

Cláudio Vicentino. Gianpaolo Dorigo. História Geral e do Brasil

Assine nosso feed. É Grátis.

Despotismo esclarecido em Portugal

Twit This! |

Em Portugal, o rei dom José I era adepto de algumas ideias iluministas. Logo que subiu ao trono, em 1750, nomeou  Sebastião José de Carvalho e Melo (depois marquês de Pombal) como secretário dos Negócios Estrangeiros e da Guerra ( uma espécie de primeiro-ministro).

Durante 27 anos  - de 1750 a 1777 – em que esteve à frente do governo português, Pombal fez importantes mudanças administrativas, realizadas com o objetivo de modernizar a economia do reino.  Para isso procurou racionalizar a  administração pública em Portugal e controlar e explorar de forma mais eficiente as colônias. A racionalização da administração pública era uma das mais práticas sugeridas pelo iluminismo.

Marques de Pombal. Marquês de Pombal

Em relação à América portuguesa. Pombal empreendeu diversas reformas, como a extinção das últimas capitanias hereditárias, a elevação do Estado do Brasil à categoria de vice-reino, governado por um vice-rei subordinado ao Conselho Ultramarino, e a transferência da capital da colônia de Salvador para o Rio de Janeiro, pois o eixo econômico do Estado do Brasil havia se transferido para a região Sudeste com o crescimento da atividade mineradora.

Fiel aos princípios de uma sociedade baseada na razão, o marquês de Pombal expulsou os jesuítas dos territórios portugueses e determinou a reforma do ensino na colônia, objetivando sua secularização (sem interferência religiosa).

Nelson Piletti. Claudino Piletti. Thiago Tremonte. História e Vida Integrada.

Assine nosso feed. É Grátis.

África: O papel da mulher

Twit This! |

Se as tradições religiosas e culturais vêm possibilitando aos povos africanos resistir aos inúmeros problemas que os afetam, as mulheres são, sem dúvida, os principais agentes dessa resistência.

Apesar de serem vítimas de ações resultantes de uma sociedade que as considerava inferiores  - violência sexual, falta de acesso à educação e aos postos formais de trabalho – as mulheres da África são hoje responsáveis pela manutenção da maioria das famílias pobres. É com seu trabalho que se desenvolve a agricultura de subsistência , e são elas que permanecem criando os filhos quando os homens partem em busca de trabalho ou são requisitados pelas guerras.

Programas como o Cinturão Verde, por exemplo – criado pela queniana Wangari Maathai, ganhadora do Prêmio Nobel da Paz em 2004, que paga por muda de árvore plantada por mulheres –, baseiam-se na atuação e na solidariedade das mulheres para gerar renda e reflorestar parte da África.

É sobre elas também que se apoia a tarefa de  conter a epidemia de Aids na maior parte dos programas de prevenção que estão sendo desenvolvidos.

Rompendo séculos de opressão e domínio dos homens, as mulheres também começam a se tornar líderes políticas em seus países, como Ellen Jonhson-Sirleaf, atual presidente da Libéria que na campanha eleitoral afirmava: “Todos os homens falharam na Libéria, deixemos que seja uma mulher a tentar”.

Ou ainda a combativa Wangari Maathai, vice-ministra do Meio Ambiente do Quênia, que hoje comanda a luta continental pelo crescimento econômico sustentável e pelo fim da opressão feminina.

Se não são poucos os problemas que atingem o continente, também são poucos os sinais de que é possível pensar-se em construir uma nova África. Pois, como disse Wangari Maathai, “a África não é um continente pobre; é, sim, um continente empobrecido”.

Nelson Piletti, Claudino Piletti. Thiago Tremonte. História e vida Integrada.

Assine nosso feed. É Grátis.

África Contemporânea

Twit This! |

A África é o mais pobre de todos os continentes. Embora seu subsolo guarde muitas riquezas em recursos naturais, como ouro, diamantes, petróleo, amplos setores de sua população passam fome.

A África é um continente mais de três vezes maior que o Brasil, com uma população de quase 900 milhões de pessoas, que falam um terço de todas as línguas existentes no planeta. Um continente, portanto, que abriga uma grande diversidade de culturas, de histórias, de religiões, bem como de recursos econômicos, de vegetação e de relevo. No norte, encontram-se países de influência árabe e de maioria muçulmana, como é o caso do Egito, da Líbia e da Argélia.

Ao sul desses países, a África é cortada de leste a oeste pelo deserto do Saara. Ao sul do Saara, encontra-se a África subsaariana.

Depois da descolonização

Após o fim da Segunda Guerra Mundial as antigas colônias africanas foram uma a uma conquistando sua independência.

Todo o continente viveu, até a década de 1980, esse processo de libertação. Os novos governos, não importa qual fosse a orientação política, tiveram de enfrentar uma situação muito parecida: possuíam pouca ou nenhuma indústria, viviam da exportação de alguns produtos primários, praticamente não contavam com técnicos – como engenheiros, médicos, administradores competentes – e seus líderes quase não tinham experiência de governo. Essa era a herança que a dominação européia havia deixado.

Mas todos almejavam o que lhes fora negado durante o domínio colonial: educação para as crianças, atendimento médico, hospitais, água potável em abundância, bons preços para os produtos agrícolas e uma vida digna e minimamente confortável. O problema era de onde sairiam os recursos para a esperada modernização?

Para promover as mudanças necessárias à superação das precárias condições sociais e econômicas, os novos países africanos precisavam de dinheiro e tecnologia. Já que não havia recursos, o dinheiro (assim como a tecnologia) teria de vir de fora – através de empréstimo ou por meio de exportações de suas riquezas minerais e agrícolas. Isso quer dizer que, ou precisariam se endividar, ou teriam de produzir muito do que os países compradores tinham necessidade.

Produtor de Algodão (África) produtor de algodão africano

A dependência econômica

A prioridade era produzir aquilo para o qual havia mercado internacional – especializando a produção agrícola e deixando de lado a cultura de alimentos. Esse movimento continua ainda hoje.

Em 2002, 73% do valor das exportações do Mali provinham do algodão; 55% das exportações do Malauí eram devidas ao tabaco; na Mauritânia, a pesca representava 50% das vendas.

Nelson Piletti, Claudino Piletti, THiago Tremonte. História e vida integrada.

Assine nosso feed. É Grátis.

 

©2009 HISTOBLOG - História Geral | Template Blue by TNB