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Deuses criados à imagem dos seres humanos

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O filósofo grego Xenófones, em uma única frase definiu como os gregos lidavam com suas divindades:

“Os homens criaram os deuses à sua imagem e semelhança”.

A maioria das histórias da mitologia grega chegou até nós graças aos grandes poetas épicos, como Homero e Hesíodo, que compilaram as façanhas dos deuses, semideuses e heróis. Mas muitos filósofos antigos questionaram a forma como os poetas apresentavam as divindades. “Segundo Platão, Homero atribuiu a elas ações indignas de um deus”.

Jacinto Lins Brandão

A saga dos deuses gregos começa com o surgimento de Gaia (a mãe Terra) a partir do Caos. Da união entre Gaia e seu filho Urano (Céu) nasceram 3 ciclopes  (gigantes de um só olho no meio da testa), 3 hecatonquiros (gigantes de 100 braços e 50 cabeças) e 12 titãs, que governaram o mundo até serem derrotados pelos deuses do Olimpo. Como não suportava a feiura dos hecatonquiros e dos ciclopes, Urano os escondeu no Submundo, o Tártaro. Gaia se recusou a ter novos filhos e, cansada dos maus-tratos do esposo, pediu que os titãs o atacassem.

O único que se prontificou foi o caçula, Cronos: com uma foice que Gaia lhe deu, cortou os testículos do pai e os jogou no mar. Assim, Cronos tornou-se o líder dos titãs e assumiu o lugar de Urano como deus supremo do mundo.

O fim de Urano traz outra situação que se tornará recorrente na mitologia grega: o filho que vence o pai. Os titãs reinavam absolutos na Terra, uma nova geração de deuses estava no poder. E trataram de povoar o planeta. A monogamia não era regra e a dúzia de titãs se dividia entre entidades femininas e masculinas que variavam seus parceiros. Cronos  se casou com sua irmã Reia e deu origem à linhagem que mais tarde ocuparia o monte Olimpo. Hipérion, um dos titãs foi pai de Hélio, deus do Sol, e Eos, a aurora. A geração dos filhos dos titãs permeia toda a mitologia futura.

A mãe de Cronos, Gaia, havia profetizado que tal como seu pai, Urano, ele seria morto pelo próprio filho. A história, mesmo entre os grandes deuses, se repetia. Com medo, em sua cidadela no monte Othrys, Cronos devorou cada um dos seus 5 filhos tão logo saíram do ventre da esposa. Reia não gostou nada disso e armou um plano: quando nasceu o filho de Zeus, ela o enviou à ilha de Creta para protegê-lo do pai. Envolveu uma pedra com roupa de bebê para fingir que era o recém-nascido, devidamente devorada por Cronos, que achou que assim se livrara do sexto filho.

continua no próximo post.

fonte: revista Super Interessante. ed. 280-A/Julho2010. por Wagner Gutierrez Barreira.

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Histórias de todos os cantos do mundo (Parte III) – Mitos e Cotidiano

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Os mitos estão misturados à história. E por vezes acabam influenciando o destino dos povos. A guerra de Tróia, por exemplo. Os deuses tomavam partido dos gregos e troianos,  mesmo com a ordem explícita de Zeus para que não se metessem nos destinos humanos. Quando Virgílio escreveu a Eneida, o poeta romano deu um jeito de ligar o derrotado príncipe Enéas à gênese de seus patrícios em seu épico. É do troiano Enéas que vem a descendência que culmina nos gêmeos Rômulo e Remo, que fundam Roma depois de passarem a infância sendo amamentados por uma loba.

Um dos mitos astecas previa o aparecimento de grandes homens brancos. Quando Hernán Cortés chegou ao que hoje é o México, com um punhado de homens acabou confundido com deuses pelos locais, na opinião de muitos especialistas. Talvez seja uma boa explicação para o fato de ter subjugado todo o império com tão pouca gente. As armas de fogo, para os astecas, podem ter sido interpretadas como uma relação com o divino. E a reduzida cavalaria espanhola pode ter derivado numa imagem de seres híbridos , com 4 patas e 2 braços.

A própria lenda do rei Arthur, baseada em antigas histórias orais celtas, foi usada para afirmar o caráter britânico diante de invasores da ilha. Arthur era o símbolo, ao mesmo tempo, de um herói e de um patriota.

Mas o que vale, mesmo, para as narrativas mitológicas , é que passados milhares de anos, o ser humano ainda é, cativado por uma boa história. E é disso que se trata: com suas grandes diferenças para explicar nossa existência, os mitos nos ajudam a organizar a vida, são exemplos. E isso começa já na infância quando ouvimos os primeiros contos de fadas. Para o especialista Joseph Campbell, tais histórias têm grande sentido: “São mitos para crianças”.

fonte: revista Super Interessante. ad.280-A/Julho  2010. ed. especial. por Wagner Gutierrez Barreira

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Histórias de todos os cantos do mundo (Parte II) : Mitos Vivos

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A relação com os deuses em geral é bem complicada para os humanos. Eles são seres superiores que ajudam os homens, lhe dão a luz do Sol, conhecimento e sabedoria. Mas também têm uma cólera divina.  Imagens de dilúvios e inundações aparecem em histórias da África, do Oriente Médio, nas Américas, no Sul e no leste da Ásia e na Europa. Punições aos humanos são frequentes, e muitas delas projetam o fim dos tempos, das narrativas astecas às indianas, cada uma à sua maneira.

O estudo da mitologia ganhou um impulso extraordinário no século XX, quando antropólogos, e não conquistadores, tomaram contato com sociedades não contaminadas com histórias alheias. O Brasil teve parte importante nisso. O antropólogo belga Claude Lévi-Strauss (1908-2009), que veio ao país para tomar parte na fundação da Universidade de São Paulo, na década de 1930, estudou os índios bororos no Mato Grosso e tomou  nota de toda uma mitologia que seguia viva. Lévi-Strauss, um dois criadores do estruturalismo, registrou mais de 800 mitos de  povos da América do Sul e do Norte. É considerado um dos maiores intelectuais do século passado. Para ele as narrativas ancestrais tentam dar resposta às contradições da experiência humana.

Outro gigante do estudo de mitos, o americano Joseph Campbell (1904-1987)  acreditava   que as narrativas não existiam para dar sentido à vida. “O mito ajuda a colocar sua mente em contato com a experiência de estar vivo. Ele diz o que a experiência é. Casamento por exemplo. O que é o casamento? O mito lhe dirá o que é o casamento. É a reunião  da díade separada. Originalmente vocês eram um. Vocês agora são dois no mundo”, explicou ao jornalista Bill Moyers em uma célebre série para a TV pública dos EUA que depois virou livro “O Poder do Mito”. Campbell diz ainda: “Mitologia são histórias sobre sabedoria de vida”.

díade: grupo de dois, um par

fonte: revista Super Interessante, ed. 280-A/Julho de 2010 – ed, especial, por: Wagner Gutierrez Barreira.

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Histórias de todos os cantos do planeta (Parte I)

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A base da mitologia é o esforço permanente e contínuo de entender o mundo e o próprio homem.

Não há nenhum grupo cultural ou étnico na Terra que não associe a origem do mundo, dos seres vivos, dos acidentes geográficos a uma força superior. Deuses e heróis convivem com a humanidade desde a aurora de nossa espécie.

Povos de todo o planeta forjam seus heróis e deuses de acordo com o que têm à mão. Os nórdicos do norte da Europa achavam que o mundo começara no embate, em um grande campo de gelo, do calor contra o frio. Para os gregos, os deuses viviam numa montanha, assim como para os indianos.

Os habitantes do oeste da África imaginavam que a origem do mundo era um grande ovo cósmico. O homem pré-colombiano nasceu do milho. Em outras culturas ele veio da argila, da madeira, do barro ou do sopro divino. Em muitas delas, foi difícil chegar à humanidade, e os deuses criaram e destruíram vários protótipos. Ao mesmo tempo, os personagens mitológicos lidam com sentimentos muito humanos, como a raiva, o ciúme, a vergonha, a culpa – sejam deuses, sejam heróis ou mortais.

continua no próximo post…

Este é o início de uma série de posts sobre deuses heróis e lendas que fazem parte da cultura dos povos de todo o mundo.

fonte: revista Super Interessante. ed.especial. O livros das mitologias. ed. 280-A/Julho 2010. por Wagner Gutierrez Barreira.

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