.bookmark{ padding:0px; margin-top:15px; background:#ddd; } .bookmark a:hover { position: relative; top: 1px; left: 1px; } .bookmark img { border: 0; padding:0px; margin-top:15px; } -->

Tamanho da Letra

-A - +A

O arraial de Canudos

Twit This! |

As casas do arraial eram muito simples. Na maioria, eram construções de pau-a-pique com telhados de palha e apenas uma minúscula saleta, um quarto e uma cozinha. Agrupavam-se sem nenhuma ordem ao redor de algumas praças e das duas igrejas, a velha e a nova. Isso fazia de Canudos um labirinto. E também uma fortaleza: a disposição das casas acabou sendo muito importante quando o arraial teve de se defender, pois dificultou a penetração das forças invasoras. No centro do arraial ficavam as duas igrejas. A igreja velha era a antiga capela da fazenda. Tinha sido restaurada, mas era pequena. Por isso começou a ser construída uma nova, que ainda não estava pronta quando Canudos começou a ser atacada pelas forças do governo. Com paredes de quase um metro de espessura, o templo suportou firmemente muitos tiros de canhão.

Gravura de D. Urpia, Arraial de Belo Monte, Canudos Arraial de Belo Monte, Canudos

 

Parece que o Conselheiro não  escolheu ao acaso o local para se fixar com seus seguidores. Canudos ficava completamente isolada e afastada de qualquer grande centro. Isso facilitava no objetivo de seu líder, que era manter-se distante da sociedade que ele repudiava. Mais ainda: Canudos ficava praticamente cercada pelos desfiladeiros das serras de Cocorobó, Calumbi, Cambaio, Canabrava e Caipã. A estrada de ferro mais próxima passava por Queimadas, a 130 quilômetros dali.

Alguns historiadores acham mesmo que o Conselheiro escolheu aquele local prevendo futuros ataques armados de seus inimigos. De fato, já em 1893, depois de mandar arrancar e queimar as ordens de cobrança de impostos em Bom Conselho, ele tivera de enfrentar a força da lei. O governo do estado da Bahia enviou um destacamento de cerca de 100 homens, sob o comando de um tenente, para prender Antônio Conselheiro e dispersar seus seguidores […] Já nesses primeiros combates fica claro que as condições da região favoreciam o Conselheiro e seu grupo, para quem o sertão era terreno bem conhecido. Para as tropas enviadas para combate-los, ao contrário, a caatinga era um obstáculo nada desprezível.

(Adaptado de OLIVIERI, Antônio Carlos, Canudos. São Paulo: Ática, 1998. p. 16-8. Coleção Guerras e Revoluções Brasileiras)

Leia Também: Governo Prudente de Morais

Nelson Piletti. Claudino Piletti. Thiago Tremonte. História e vida integrada.

Technorati Marcas: ,,,

As mãos que levantam a Taça (Parte II)

Twit This! |

Em 1974 a Alemanha se consagrou campeã, e  em 1978 foi a vez das mãos argentinas levantarem a Taça.

No ano de 1982 na Espanha quem levou o troféu foram as mãos italianas. Foi a Copa de maior participação até então (ampliou o número de países de 16  para 24), com Paolo Rossi (Itália) como destaque. Além de ganhar a Copa do Mundo, obteve a Bola de Ouro (melhor jogador) e a Chuteira de Ouro (melhor artilheiro).

1986 foi no México que Diego Maradona explodiu ante o mundo. As mãos na taça foram argentinas.

A França se consagrou Campeã Mundial em 1998 pela primeira vez. Foram 32 os países participantes.

Copa do Mundo FIFACopa FIFA 

A Primeira Copa do Mundo na Ásia foi no ano de 2002. O Brasil sai Campeão Mundial. Coréia do Sul e Japão organizaram um torneio apaixonante.

Em 2006 o evento  foi organizado pela Alemanha, a Itália sai vencedora numa definição por pênaltis, após uma final que ficou gravada na memória pela cabeçada de Zidane no defensor italiano Materazzi e o capitão francês foi expulso do jogo quando estavam na prorrogação.

2010…Que repercussões  nos trará a África do Sul? Que fatos marcarão a primeira Copa do Mundo em solo africano? Tudo indica que será um torneio de grandes revelações. Quem será o vencedor na África do Sul?

Fonte: Guia Oficial FIFA. África do Sul 2010 – Publicar do Brasil

Assine nosso feed. É Grátis

As mãos que levantam a Taça ( Parte I)

Twit This! |

São dezoito competições desde 1930 até hoje, a Copa do Mundo de Futebol é o evento esportivo mais esperado e celebrado da história do esporte. As nações buscam  com ânsia um lugar entre as 32 vagas previstas e a falta de classificação pode ser motivo de um profundo pesar.

A primeira Copa do Mundo (1930) foi realizada no Uruguai por decisão de Jules Rimet, presidente da FIFA, que decidiu incentivar a sede na América do Sul por sua história futebolística e a celebração do centenário do juramento de sua Constituição. O dono da casa fez o primeiro gol da história das Copas do Mundo de Futebol (Lucien Laurent) e foi campeão em um estádio cheio de gritos e de súplicas para ver a equipe celeste com o troféu.

1934,  Europa, sede da competição. Itália, campeã. Repetindo-se a mesma situação na França em 1938. A década de 1940 foi marcada pela Segunda Guerra Mundial, o que impediu que se realizasse o torneio. A Copa voltou a acontecer em 1950 com sede no Brasil, e a taça ficou nas mãos do Uruguai.

Taça Jules Rimet

Taça Jules Rimet A Taça Jules Rimet, foi conquistada pelo Brasil em 1970 em definitivo, e depois  roubada em 1983 e derretida para a venda de seu ouro.

 

Em 1954 a Copa  foi realizada na Suíça, foi quando a Alemanha apontou como potência esportiva e levantou a Taça. Esta Copa do Mundo também foi testemunha da partida com maior quantidade de gols da história da Copa: A Áustria derrotou a Suíça por 7 a 5.

Em 1958, foi a Suécia que organizou o evento. Foi o primeiro campeonato transmitido pela televisão, o que deu enorme divulgação ao torneio no qual Pelé apresentou-se ao mundo. Brasil Campeão Mundial

1962, o torneio aconteceu no Chile e as mãos que levantaram a Taça, foram as do Brasil. Essa Copa foi testemunha do único gol olímpico realizado em uma Copa do Mundo (até o momento), pelo jogador colombiano Marcos Coll.

1966 foi o ano da Inglaterra. Ganhou em casa.  E em 1970 no México, novamente o Brasil levou a Taça e tal como estava previsto, o ganhador de três torneios levaria a taça dourada definitivamente   para seu país. Foi a primeira copa do mundo a ser transmitida em TV em cores.

continua no próximo post…

fonte: Guia Oficial da FIFA. África do Sul 2010. Publicar do Brasil

Assine nosso feed. É Grátis.

Quiz da Copa

Twit This! |

Aí galera, quem quiser testar seus conhecimentos sobre as Copas Mundiais pode acessar o site Quiz da Copa, lá vocês podem, além de testar seus conhecimentos podem ainda levar uma camisa oficial de Seleção Brasileira.

O site Quiz da Copa é o mais novo parceiro do HISTOBLOG.

header 

Participem a camisa da Seleção Brasileira  pode ser sua!

CliqueQuiz da Copa

Assine nosso feed. É Grátis. Receba nossas atualizações por e-mail.

Os Primeiros Fumantes

Twit This! |

Desconhecido dos europeus até a viagem de Colombo, em 1492, o tabaco já era utilizado pelos nativos da América desde tempos remotos. Os índios no atual território  brasileiro acreditavam que, pelo fumo, podiam entrar em contato com os espíritos e fazer adivinhações. Empregavam também a planta para curar feridas, dores de estômago, fístulas e outras doenças. O produto poderia ser comido, bebido em infusão, mascado e fumado. Encantado com a planta, Luís de Góes que veio com Martin Afonso de Sousa em 1530, levou as primeiras mudas para Portugal.

Na França, o sucesso do fumo começou depois que Jean Nicot, embaixador francês em Lisboa , presenteou sua rainha, Catarina de Médici, com certa quantidade do produto. Quando ela passou a atribuir ao tabaco a cura de suas enxaquecas, o consumo do produto se tornou comum na alta sociedade francesa e caiu no gosto da população.

Já na Inglaterra, o hábito de fumar e mascar fumo foi introduzido na década de 1580, quando os corsários Francis Drake e Walter Raleigh, de volta de viagens à América do Norte levaram para lá mudas de tabaco.

Gravura de Angeli Biasioli. Escravos preparando tabaco  EUA Gravura de Angelo  Biasioli (1790-1830). Escravos preparando tabaco, estado da Virgínia, EUA

No século XX, a indústria cinematográfica norte-americana associou o ato de fumar ao charme, à beleza e ao sucesso, e o cigarro espalhou-se por todo mundo. A partir das últimas décadas do século, porém, o poder  de sedução do tabaco diminuiu com a divulgação de pesquisas médicas que o apontam como responsável por inúmeras doenças, entre elas o câncer, que pode ser fatal.

Gislane e Reinaldo. História. ensino médio. volume único

Assine nosso feed. É Grátis.

 

África do Sul – 2010 – Estrelas (Parte II)

Twit This! |

A África exibirá seus dois embaixadores de luxo, capazes de liderar a tabela dos artilheiros: Didier Drogba atacante da Costa do Marfim, e Samuel Eto’o, de Camarões. Um passo atrás, aparecem o combativo Michael Essien (Gana) e o grande  Oba-Oba Martins (Nigéria). Sempre com chances de levantar o troféu, a Alemanha, apresentará seu artilheiro Miroslav Klose, que se fizer 5 gols, igualará  Ronaldo (como artilheiro recorde das Copas do Mundo), Michael Ballack (meio campo) e o jovem Mesut Özils, explosivo atacante de 21 anos, filho de imigrantes turcos. A Holanda tentará concretizar tudo o que insinua, com Arjen Robben e Wesley Sneijder, enquanto Portugal seguirá seus passos com Pepe, Quaresma, Nani, Deco e Simão. A Itália é a mesma de sempre, com a segurança de Buffon e Cannavaro no fundo.

  Giovanni dos Santos -  México Miroslav Klose - Alemanha

 

Didier-Drogba

Entre os que prometem ser uma grande surpresa, o México exibirá o desembaraço juvenil de Gio dos Santos e Carlos Vela, mais a experiência de Rafa Márque e o atrito europeu Andrés Guardado, Carlos Salcídio e Ricardo Osório. O Chile confia em três jovens homens no ataque: Alexis Sánchez, Humberto Suazo e Mathias Fernández. Os Estados Unidos aposta na sabedoria  de Landon Donavan; a Coréia do Sul na de Park Ji-Sung; Sérvia em Dejan Santkovic, Nemanja Vidic e Nikola Zigic; O Uruguai nos gols de Diego Fórlan e Honduras nos de David  Suazo. Como se pode observar, nomes sobram. Mas a verdade. como sempre, será vista no verde do gramado.

Fonte: Guia Oficial  FIFA – África do Sul 2010 – Publicar do Brasil

Technorati Marcas: ,,,

Assine nosso feed. É Grátis

2006: Ano Conflituoso

Twit This! |

Em janeiro de 2006, o grupo Hamas venceu as eleições parlamentares da Autoridade Nacional Palestina, derrotando o grupo Fatah, que havia se tornado mais moderado. Em junho, o exército de Israel lançou ofensiva na Faixa de Gaza, destruindo a usina que fornecia boa parte de energia elétrica utilizada na região. Em julho, os canhões israelenses se voltaram para o Líbano, de onde partiam ataques do grupo libanês Hezbollah contra  alvos de Israel.

cartaz do  grupo Hamas Hamas

 

Como parte desse ataque, as forças israelenses impuseram um bloqueio aéreo e marítimo ao Líbano. Ao mesmo tempo, bombardearam pontes e estradas libanesas e chegaram a destruir parte do aeroporto da capital, Beirute. Os ataques ao Líbano que só cessaram em agosto, deixaram um saldo de mais de mil mortos.

Nelson Piletti. Claudino Piletti. Thiago Tremonte. História e vida integrada.

Assine nosso feed. É Grátis.

África do Sul - 2010 - Estrelas (Parte I)

Twit This! |

Quase todas as estrelas do futebol mundial estão presentes no mundial da África do Sul, segundo afirmações jornalísticas, só vai faltar Zlatan Ibrahimovic.

Na antessala de África do Sul há três nomes que formam uma primeira linha e são os grandes candidatos  a  levantar o máximo prêmio individual. Lionel Messi (Argentina) Cristiano Ronaldo (Portugal) e Kaká (Brasil) se alternaram nas premiações mais distinguidas desde a última Copa do Mundo. Imprevisíveis, talentosos e capazes de deixar o espectador desprevinido com a boca aberta; os três com experiência em Copa do Mundo e fazendo parte de seleções com pretensões altruístas.

    imagem                                            

 Atrás desse grupo VIP, existe um batalhão de nomes com argumentos sólidos para deslumbrar. A Espanha e o Brasil são os primeiros por quantidade e qualidade.  O recente ganhador da Euro possui três cérebros (como Xavi, Iniesta e Césc Fábregas), dois artilheiros (como Fernando Torres e David Villa) e a um goleiro com muita personalidade (como Iker Casillas). Atrás do Kaká, no Brasil aponta a força goleadora de Luís Fabiano, a magia de Robinho, Pato e Ronaldinho e a segurança de um grande goleiro como Júlio Cesar.

 

Carlos Tévez - Argentina Luís Fabiano - Brasil

                                                                                                           Thierry Henry  - França 

A Inglaterra, a França e a Argentina também oferecem um amplo leque. Pela Inglaterra, o gol de  Wayne Rooney, a polivalência no meio-campo de Frank Lampard e Steven Gerrard e o temperamento de John Terry atrás. E até dois nomes históricos: David Beckham e Michael Owen. Os franceses possuem o genial Thierry Henry, o desequilibrante Frank Ribéry e os artilheiros Karim Benzema e Nicolas Anelka. A seleção de Maradona, enquanto isso, apresenta bons companheiros de Messi: os atacantes Carlos Téves, Kan Agüero e Gonzalo Higuaín. Estes sob o comando de um leão do meio-campo: o capitão Javier Mascherano.

continua no próximo, post…

fonte: Guia Oficial Fifa – África do Sul 2010. Edição de Coleção. Publicar Brasil

Assine nosso feed.  Receba por e-mail. É Grátis.

O Massacre de Sabra e Chatila

Twit This! |

Há 28 anos, o mundo se horrorizou com as imagens de centenas de cadáveres de crianças, mulheres e idosos assassinados e mutilados em Sabra e Chatila, na periferia da capital do Líbano, onde hoje se recorda o massacre. A proteção aos campos de refugiados palestinos, onde o exército libanês prefere não entrar, continua sendo um problema.

Quanto a Sabra e Chatila. o estopim foi o assassinato, no dia 14 de setembro de 1982, do presidente libanês Bechir Gemayel, ex-líder das Forças Libanesas (FL), a milícia cristã de direita. Gemayel havia sido eleito chefe de Estado em agosto por pressão de Israel, que invadiu o Líbano dois meses antes, e foi assassinado em um atentado à bomba, reivindicado por um partido pró-Síria.

Crianças assassinadas em Sabra - Líbano Crianças Assassinadas em Sabra

 

Amparando-se nesse assassinato, o exército israelense entrou em Beirute, infringindo o acordo sobre a evacuação dos combatentes da Organização para a Libertação da Palestina (OLP) de Yasser Arafat, firmado no final de agosto com a mediação dos Estados Unidos.

O governo de Israel afirmou que queria “impedir um banho de sangue” e lutar contra 2 mil terroristas escondidos na área.

Durante três dias, as tropas realizaram um massacre, sem que as tropas de Israel posicionadas ao redor do campo, interviessem. No local, viviam cerca de 8 mil refugiados palestinos. Em 19 de setembro, a opinião pública descobriu horrorizada as imagens de um massacre que provocou entre 800 e 2 mil mortos civis.

Nelson Piletti, Claudino Piletti. Thiago Tremonte. História e vida integrada.

Assine nosso feed. É Grátis.

Oriente Médio: As Guerras de 1967 e 1973

Twit This! |

Em 1967, os exércitos do Egito, da Síria e da Jordânia iniciaram um ataque a Israel, mas o exército israelense contra-atacou e, em seis dias, derrotou as forças árabes, ocupando a Faixa de Gaza e a península do Sinai, no Egito, a Cisjordânia, na Jordânia, e as colinas de Golan, na Síria. O conflito ficou conhecido como Guerra dos Seis Dias.

mapa Mapa

Seis anos depois, em 1973, durante a festa judaica do Yom Kippur, Israel foi atacado de surpresa por forças do Egito e da Síria. O exército israelense recuou no início, mas conseguiu recuperar-se e novamente derrotar os exércitos egípcio e sírio.

Em 1982, o exército de Israel invadiu o Líbano sob o pretexto de atacar forças palestinas que se abrigavam naquele país. Aí, os palestino eram hostilizados também por milícias cristãs libanesas. Estas últimas se aproveitaram da invasão para promover um massacre nos campos de refugiados palestinos de Sabra e Chatila, sob as vistas do exército israelense, que lhes deu proteção. O massacre provocou protestos da opinião pública internacional, que passou a pressionar por um acordo de paz.

Com a Guerra dos Seis Dias (1967), Israel aumentou consideravelmente seu território, conquistando áreas antes pertencentes ao Egito, à Síria e Jordânia. A ONU determinou que Israel saísse das regiões ocupadas, mas o governo israelense não acatou integralmente a determinação, mantendo até hoje parte desses territórios.

Nelson Piletti. Claudino Piletti. Thiago Tremonte. História e vida Integrada.

 

YOM  KIPPUR: Dia do Perdão, uma das datas mais importantes para o judaísmo

 

Assine nosso feed. É Grátis.

A Terra Prometida

Twit This! |

Na antiguidade, os judeus habitavam a região da Palestina, que seria, segundo o Velho Testamento, a Terra Prometida que Deus teria reservado aos hebreus, ancestrais dos judeus. No século VI a.C. em  136 d. C., os judeus foram expulsos dali pelos romanos e dispersaram-se por outras regiões. No século VII, com a expansão do islamismo, a Palestina foi ocupada pelos árabes muçulmanos.

 

Travessia do Mar Vermelho, Cosimo Rosseli, (1439-1507) Travessia do Mar Vermelho, Cosimo Rosseli, (1439-1507)

Em 1948, a ONU aprovou o Plano de Partição da Palestina. Por esse plano, a parte da Palestina ocupada por colonos judeus passaria a formar um Estado separado, com o nome de Israel. Na outra parte seria criado um Estado palestino. Os árabes não aceitaram essa partilha e atacaram Israel, mas foram vencidos em 1949. Como consequência milhares de palestinos foram expulsos de suas terras para dar lugar aos colonos judeus que começavam a se instalar no país recém-criado.

A partir desse momento, o conflito entre Israel, por um lado, e palestinos e árabes, por outro, tornou-se permanente. De 1949, quando terminou a primeira guerra entre eles até hoje, houve quatro grandes conflitos armados, todos com desfechos favoráveis a Israel.

A segunda dessas guerras ocorreu em 1956, quando tropas de Israel, ao lado de forças da Inglaterra e da França, invadiram o Egito. A invasão foi provocada por causa da nacionalidade do Canal de Suez  pelo presidente egípcio Gamal Abdel Nasser.  Essa medida afetou os interesses de investidores dos dois países europeus. Apesar das vitórias nos campos de batalha, as forças de Israel, França e Inglaterra foram obrigadas a se retirar diante da pressão internacional, com o reconhecimento pela ONU da legitimidade da ação egípcia.

Organização para a Libertação da Palestina (OLP)

A guerra de 1948-1949 e a crise do canal de Suez mostraram que Israel era um Estado muito bem preparado do ponto de vista militar. Para causar estragos a todo esse poderio bélico, em 1958 um grupo de palestinos criou o Al Fatah. Liderado por Yasser Arafat, o Fatah era uma organização guerrilheira bem treinada e disposta a enfrentar o exército de Israel.

A esse primeiro grupo se seguiu, em 1964, a Organização para a Libertação da Palestina (OLP), partidária do diálogo com Israel, mas também das ações armadas. Em 1969, o Fatah se integrou a ela e  Yasser Arafat passou a liderar as duas organizações.

Nelson Piletti. Claudino Piletti. Thiago Tremonte. História e vida integrada.

Assine nosso feed. É Grátis.

História das Copas

Twit This! |

HISTÓRIA DAS COPAS

clip_image001[4]

clip_image002A primeira Copa do Mundo, disputada em 1930, no Uruguai, surgiu do sonho do presidente da Fifa, na época uma entidade de apenas 24 anos, Jules Rimet, em realizar um torneio reunindo seleções de todo o planeta.

O troféu, batizado de Copa do Mundo, passou a se chamar Jules Rimet, em 1946, e décadas mais tarde ficaria de posse definitiva da Seleção Brasileira.

Esvaziada com a desistência de muitas seleções européias, somente França, Iugoslávia, Romênia e Bélgica atravessaram o Oceano Atlântico. Do continente americano disputaram Brasil, Argentina, Chile, México, Bolívia, Peru, Estados Unidos e Paraguai, além dos uruguaios, donos da casa.

Após 17 partidas e 64 gols marcados, a Copa chegou à decisão com os rivais da decisão olímpica de dois anos antes. O Uruguai, medalha de ouro em 1924 e 28, venceu a Argentina por 4 a 2, no estádio Centenário.

Dorado abriu o placar e colocou o Uruguai em vantagem aos 12 min de jogo. Peucelle, aos 20min, e Stábile, aos 37min, viraram o jogo para os argentinos. No segundo tempo, empurrado por sua fanática torcida, o Uruguai dominou a partida e Cea, Iriarte e Castro definiram o placar.

clip_image002[7]

Artilheiros

Guilhermo Stábile (Argentina)

8

Pedro Cea (Uruguai)

5

Carlos Peucelle (Argentina)

3

Preguinho (Brasil)

3

Bert Patenaude (EUA)

3

Destaques da Copa

clip_image002[6]

Destaques da Copa

clip_image002[8]

clip_image003[6]

clip_image005[8]

clip_image006[5]

 

clip_image004[7]

 

Pedro Cea
(Uruguai)
Destaque na vitoriosa campanha uruguaia. Terminou como vice-artilheiro, com 5 gols.

Guillermo Stábile
(Argentina)

Conhecido como "El Filtrador", atacante foi o primeiro artilheiro da história das Copas.

Preguinho
(Brasil)

Marcou o primeiro gol brasileiro em Mundiais, mas o Brasil caiu na primeira fase.

 

clip_image004[1]

 

Pedro Cea
(Uruguai)
Destaque na vitoriosa campanha uruguaia. Terminou como vice-artilheiro, com 5 gols.

Campeão

    clip_image001[4]Uruguai

Vice   

   clip_image002[4]Argentina

3º colocado

clip_image003[4]EUA

Dados da Copa

Ano:

1930

País:

Uruguai

Data (início/final):

13/07 a 30/07

Seleção vencedora:

Uruguai

Total de espectadores:

434.500

Cidades-sede e estádios:

1

Montevidéu (Centenário, Pocitos e Central Park)

Total de espectadores:

434.500

Cidades-sede e estádios:

1

Montevidéu (Centenário, Pocitos e Central Park)

Dados dos Jogos

Países participantes:

13

Technorati Marcas: ,

O nascimento de Israel

Twit This! |

Ao contrário do que muita gente pensa, judeus e muçulmanos não são inimigos milenares. Aliás, o islamismo criado por Maomé (570-632), no século VII, sofreu influência do judaísmo. Os muçulmanos consideram livros sagrados, além do alcorão, a Torá e os Salmos de Davi, assim como o Evangelho cristão. A rivalidade teve início na década de 1920 e acentuou-se no final dos anos 1940, com a criação do Estado de Israel.

No começo do século XX, muitos  judeus dispersos pela Europa, pela Ásia e pela África começaram a imigrar para a região da Palestina, no Oriente Médio. Em 1850, havia ali 10 mil judeus. Em 1914, eram 90 mil.

Em 1917, o secretário de Estado britânico, lorde Arthur Balfour, declarou que o governo britânico era favorável à criação de um lar nacional para o povo judeu na região, desde que fossem respeitados os direitos civis e religiosos das comunidades não-judaicas que ali viviam.

Cartaz da Haganh Cartaz  da Haganah

Com a chegada de milhares  de judeus, começaram a surgir tensões entre eles e a população árabe-palestina. Em 1929 e 1936, eclodiram violentos confrontos armados entre as duas populações. Para defender-se, em 1921 os judeus haviam criado uma força militar denominada Haganah.

A imigração de judeus para a região se intensificou nas décadas de 1930 e 1940, quando eles passaram a ser perseguidos pelos nazistas na Alemanha e em outros países ocupados pelo exército alemão durante a Segunda Guerra Mundial.

Para os judeus, a política de extermínio nazista demonstrava que eles só teriam condições de se proteger caso tivessem seu próprio Estado. Após a guerra, a luta por esse Estado obteve apoio internacional, uma vez que o mundo inteiro ficou chocado com as atrocidades cometidas pelos nazistas.

Nelson Piletti. Claudino Piletti. Thiago Tremonte. História e vida integrada.

Assine nosso feed. É Grátis.

O Mapa da Estrada

Twit This! |

Com o fim da Guerra do Iraque, a ONU, apoiada pelos líderes dos EUA, da Rússia e da União Europeia, formulou uma nova proposta para pacificar o Oriente Médio. Segundo essa proposta, conhecida como Mapa da Estrada, os extremistas palestinos poriam fim aos atentados terroristas, enquanto o governo de Israel retiraria colônias israelenses na Cisjordânia e na Faixa de Gaza.

 

Mapa da Faixa de Gaza Mapa Faixa de Gaza

 

No começo, o plano parecia estar dando certo. Os atentados terroristas cessaram e o governo israelense começou a desmantelar colônias judaicas nos territórios ocupados. Logo, entretanto, recomeçaram as hostilidades. Em 2004, dois líderes do grupo Hamas, formado por extremistas palestinos, foram assassinados por forças de Israel.

Em agosto de 2005, o governo israelense concluiu a retirada das 21 colônias judaicas da Faixa de Gaza e de uma parte da Cisjordânia. Ao mesmo tempo, contudo, prosseguiu na construção de um muro na Cisjordânia que separa os assentamentos judaicos das terras ocupadas pelos palestinos. Esse muro impede o ingresso de palestinos da Cisjordânia em Israel. Chamado de  novo Muro da Vergonha por Yasser Arafat, ele tornou-se mais um pomo de discórdia na longa lista de desacordos entre Israel e os palestinos.

Nelson Piletti, Claudino Piletti. Thiago Tremonte. História e Vida Integrada.

Assine nosso feed. É gratis.

FUTEBOL

Twit This! |

Oi Galera!

Em virtude de a Copa do Mundo iniciar no próximo mês, a equipe do HISTOBLOG, resolveu iniciar suas postagens sobre a história do grande evento mundial.  O primeiro post, será publicado  em  20 de maio próximo.

Macote Copa Mundial de Futebol (2010) imagem: Yahoo Notícias – Mascote Copa da África do Sul

A ideia foi de meu irmão, Carlos Eduardo, então nada mais justo que o próprio faça as postagens contando aos leitores deste blog a história das Copas Mundiais com  imagens, países participantes, jogadores que se destacaram, e todos os detalhes para conhecermos a história desse grande evento.

Espero que apreciem e comentem.  

Technorati Marcas:

A Intifada

Twit This! |

Nos territórios palestinos ocupados por Israel, sobretudo na Faixa de Gaza, a população manifestava sua revolta contra Israel atacando os soldados que patrulhavam  as ruas. Esse movimento se intensificou a partir de 1987, por causa da morte de quatro palestinos atropelados por um caminhão israelense.
Crianças e adolescentes passaram a atirar pedras nos soldados israelenses, que geralmente revidavam com tiros. As mortes entre os palestinos foram aumentando, o que provocou maior rancor e intensificou a revolta. Essa reação palestina recebeu o nome de Intifada. ( levante,insurreição, revolta)
Em 1991, os líderes da Organização para a Libertação da Palestina (OLP) e representantes do governo de Israel assinaram os Acordos de Oslo. Por eles, o governo, israelense se comprometia a retirar suas tropas das regiões ocupadas durante a Guerra dos Seis Dias, enquanto a OLP renunciava às ações terroristas e reconhecia o Estado de Israel. Esses acordos permitiam também a criação de um governo palestino, a Autoridade Nacional Palestina (ANP), mesmo sem a existência de um Estado palestino. O primeiro presidente da ANP seria Yasser Arafat, líder da Organização para a Libertação de Palestina.

Itzhak Rabin, primeiro-ministro de Israel, assassinado em 1995. Itzhak Rabin
Os acordos de Oslo provocaram descontentamento entre setores radicais de Israel e do povo palestino. Em 1995, um extremista de direita israelense assassinou o primeiro-ministro de Israel, Itzhak Rabin, que assinara os acordos.
Com a morte de Rabin, os conflitos recomeçaram. Em setembro de 2000, grupos de jovens palestinos enfrentaram tanques e tropas israelenses.
Era o começo de uma nova Intifada.
Nelson Piletti. Claudino Piletti. Thiago Tremonte. História e vida integrada. ensino fundamental
Technorati Marcas: ,,,

Egito e Israel: Em busca da Paz

Twit This! |

Apesar dos conflitos, o desejo pela paz parece ser coletivo, ainda que siga caminhos diferentes. Palestinos e judeus iniciaram diversas vezes conversações para acabar  com os enfrentamentos. Os primeiros acordos foram feitos entre o Egito e Israel e intermediados pelo presidente norte-americano, Jimmy Carter, em 1978, em Camp David, nos Estados Unidos.

 

Anuar Sadat, presidente egípcio, assassinado em 1981 Anuar Sadat

 

Esses acordos estabeleciam a devolução da península do Sinai ao Egito e o reconhecimento do Estado de Israel por parte do governo egípcio. A paz assinada em separado pelos dois governos provocou muita revolta entre outros povos árabes. O presidente egípcio que assinou o acordo, Anuar Sadat, foi assassinado por extremistas muçulmanos em 1981.

Nelson Piletti, Claudino Piletti. Thiago Tremonte. História e vida integrada. ensino fundamental.

Technorati Marcas: ,,,,

Assine nosso feed. É Gratis.

Espelho da verdade

Twit This! |

Nem tudo é como o mundo, fazendo réplica e imitando caras e bocas dos que tangenciam fatos por razões nem tão nobres quanto puras, quanto a mentira ou suas próprias e/ou impróprias verdades, que de tanto se bradarem repetindo-se insanamente, torna-se a mais “pura” verdade da própria vida.

E nessa certeza, tornam-se ao espelho sem sequer se reconhecerem, e idealizam em suas mentes nova verdade, como se a mentira fosse apenas uma palavra sem sentido, zombando dela como quem zomba num logro riso, desfazendo os nós da realidade e culpando alheios por seus descaminhos.

A insípida e descorada verdade não se cabe amadurecida, esvai-se, acinzenta-se, murcha e por fim, morre antes de aflorar-se, sem inicialmente precipitar o dano ao dono, consumando-se portanto, sem o juízo de suas limitações, tornando o processo contumaz, quase que eternamente amargo!

Ora, enquanto estas falsas cores se erguem como que concretas e indestrutíveis, faz-se por engano a verdade do insano, que sem obras ou doações, soca o peito em asperezas, tentando contemplar o improvável com a sabedoria dos enganados.

Em seu recôndito mistério, reserva-se o direito de abandonar o certo, pelo perverso.

E enquanto repousa no incerto, dá adeus inconsciente ao seu verso, despedindo-se do livre e aprisionando-se em seu vão e vazio universo.

Carlos Eduardo Pinto da Silva

Technorati Marcas: ,,

Assine nosso feed. É Grátis.

O Japão da atualidade

Twit This! |

Dono do segundo maior Produto Interno Bruto (PIB), só atrás dos Estados Unidos (e sem contar a União Européia), o Japão está entre as nações mais desenvolvidas do mundo. Sua renda per capita chegava, em 2007, a 30 mil dólares. A expectativa de vida da população japonesa é a mais alta do mundo: 78 anos  para os homens e 85 para as mulheres.

Idosas japonesas imagem: Revista Veja Idosas japonesas

Nas primeiras décadas do século XX, numerosas empresas japonesas passaram a transferir fábricas para outros países da Ásia, como China, Indonésia, Tailândia e Malásia. Com isso, os custos de produção  puderam ser reduzidos, já que a mão-de-obra nesses países asiáticos é mais barata e os impostos cobrados, menores. No final da década de 1980, o crescimento econômico japonês chegou a ameaçar a hegemonia norte-americana, competindo até mesmo no mercado dos EUA.

Apesar disso, a partir  da segunda metade dos anos 1990 o Japão enfrenta uma profunda crise econômica, que tem resultado em alguns momentos de recessão, com aumento no número de desempregados e paralisação imobiliário.

Nelson Piloti. Claudino Piloti. Thiago Tremente. História e vida integrada. ensino fundamental

Leia artigo da revista Veja: De Prata e de Ouro

O Japão no século XX

Twit This! |

Após a Primeira Guerra Mundial (1914-1918), os militares ampliaram sua participação no governo japonês. No início da década de 1930, eles  praticamente assumiram o poder. O país  tornou-se uma potência militarizada, com uma política voltada para a conquista e a ocupação de territórios vizinhos. Em  1931, os japoneses ocuparam a Manchúria (A Manchúria é uma região que se localiza parte na China (nordeste) e parte na Rússia (Sudeste), e a partir de 1937 deram início à invasão de outras regiões da China.

Com a derrota na Segunda Guerra Mundial, o Japão foi ocupado por tropas norte-americanas comandadas pelo general Douglas MacArthur. Durante o período de ocupação, o governo norte-americano implantou políticas que incentivaram o crescimento industrial do Japão. MacArthur foi o executor dessas medidas, que modernizaram o país.

Foi elaborada uma Constituição  semelhante às dos países ocidentais e adotado o sistema parlamentarista de governo. O imperador continuava com seu papel simbólico. As mulheres ganharam direito de voto. A educação gratuita foi garantida a todos. com ênfase no ensino de ciências e tecnologia. Foi feita também uma reforma agrária, com a divisão das grandes propriedades, que passaram a ser exploradas de maneira intensiva por pequenos proprietários.

Assinatura da Rendição do Japão aos EUA General norte-americano Douglas MacArthur observa o general japonês Hsu Yungchang assinar a rendição do Japão, em setembro de 1945

 

Apesar da destruição provocada pela Segunda Guerra Mundial, o Japão reergueu-se economicamente com o auxílio financeiro dos Estados Unidos cujo governo procurava garantir seus interesses no Extremo Oriente.

A partir de 1954, teve início no Japão um processo de grande crescimento econômico. Adotou-se, então, uma prática que teve papel  decisivo no desenvolvimento japonês. Seus técnicos passaram a copiar e a aperfeiçoar produtos de todos os tipos, produzindo-os de acordo com suas necessidades e com o gosto do consumidor japonês. Os setores que mais se desenvolveram foram o da  indústria eletroeletrônica, automobilística, naval, de aço e de máquinas.

Além de atender ao mercado interno, os japoneses começaram a exportar seus produtos. Pouco a pouco, o mundo foi invadido por mercadorias made in Japan: rádios portáteis, televisores, videocassetes, toca-fitas, walkmans, aparelhos de som, gravadores, telefones, máquinas fotográficas, etc. Depois vieram os automóveis e as motocicletas.

As exportações tornaram-se o principal recurso da economia japonesa.

Nelson Pilettti, Claudino Piletti, Thiago Tremonte. História e Vida Integrada. ensino fundamental

 

Assine nosso feed. É Grátis.

Rock and Roll

Twit This! |

A primeira referência ao Rock and Roll é de 1950, ano em que o grupo norte-americano Saddlemen gravou “Rock the joint”.

A consagração desse estilo veio em 1955, quando Saddlemen mudou seu nome para Bill Halley and his Comets e gravou “Rock around the clock”. Graças ao cinema e à televisão, o rock se espalhou para quase todos os lugares do mundo. Já na década de 1960, tornou-se o ritmo preferido dos jovens que se opunham  à Guerra do Vietnã (1959-1975) e aos costumes conservadores.

 

Elvis Presley Elvis Presley, considerado o “Rei do Rock and Roll”

 

Entre a primeira geração de ídolos desse novo gênero musical destacam-se os norte-americanos Elvis Presley, Chuck Berry e Jerry Lee Lewis. Mais tarde , o universo do rock foi dominado por bandas, como a norte-americana The Doors e os grupos ingleses The Beatles e The Rolling Stones.

 

The Beatles The Beatles

Gislane e Reinaldo. História. ensino médio. volume único

Assine nosso feed.  É Grátis.

O Significado do 13 de Maio

Twit This! |

Ricardo Barros Sayeg

O dia 13 de maio de 1888 marcou oficialmente o fim da escravidão no Brasil, através de uma lei assinada pela Princesa Isabel, durante uma viagem de Dom Pedro II ao exterior. Naquela oportunidade houve uma série de comemorações, principalmente no Rio de Janeiro, capital do Império. Vários ex-escravos saíram às ruas comemorando o feito. É verdade que em várias regiões do país o trabalho escravo persistiu e só foi abolido no início do século XX. Ainda nos dias de hoje, volta e meia a imprensa nos dá informações sobre a existência do trabalho escravo em várias regiões do país.

O movimento negro, então, resolveu abolir essa data e comemorar a negritude no dia 20 de novembro, denominado Dia da Consciência Negra. Razão mais que justa, pois, de fato, o 13 de maio foi uma data que ocorreu de “cima para baixo”, sem a participação dos principais interessados no tema, apesar de haver no Brasil um movimento abolicionista bem forte naquele período, principalmente nas cidades mais importantes do sudeste do país.

O Dia da Consciência Negra não existe por acaso. Em 20 de novembro de 1695, Zumbi, principal liderança do Quilombo dos Palmares – a maior comunidade formada por escravos fugitivos das fazendas no interior de Alagoas – foi morto em uma emboscada na Serra Dois Irmãos, em Pernambuco, após liderar uma resistência que resultou no início da destruição daquela comunidade. Portanto, comemorar o Dia da Consciência Negra nessa data é uma forma de homenagear e manter viva na memória coletiva essa figura tão importante para a história do Brasil e para o povo negro em especial. Não somente a imagem do líder, mas também a sua importância na luta pela libertação da escravidão e na melhoria das condições de vida para esse povo.

Zumbi... Líder Negro Busto de Zumbi

Entretanto o 13 de maio de 1888 também tem seu significado. Liberal, a Princesa Isabel apoiava abertamente o movimento abolicionista. Ela chegou a amparar artistas e intelectuais que atuavam em favor do movimento da abolição da escravidão no Brasil. Muitos desses artistas e intelectuais apoiavam também a criação do sistema republicano no Brasil. Ela chegou a financiar a alforria de alguns escravos e dava guarida a muitos deles na sua casa em Petrópolis.

Joaquim Nabuco, um dos grandes políticos do Império, afirmava que a escravidão no Brasil era "a causa de todos os vícios políticos e fraquezas sociais; um obstáculo invencível ao seu progresso; a ruína das suas finanças, a esterilização do seu território; a inutilização para o trabalho de milhões de braços livres; a manutenção do povo em estado de absoluta e servil dependência para com os poucos proprietários de homens que repartem entre si o solo produtivo".

No dia 13 de maio de 1888 aconteceram as últimas votações de um projeto de abolição da escravidão no nosso país. A regente então, desceu de Petrópolis, cidade serrana, para aguardar no Paço Imperial o momento de assinar a Lei Áurea. Usou uma pena de ouro especialmente confeccionada para a ocasião, recebendo a aclamação do povo do Rio de Janeiro. O Jornal da Tarde, do dia 15 de maio de 1888, noticiou que"o povo que se aglomerava em frente do Paço, ao saber que já estava sancionada a grande Lei, chamou Sua Alteza, que aparecendo à janela, foi saudada por estrepitosos vivas."

É bem verdade que a Abolição da escravidão representou também a queda da monarquia no Brasil. Em 15 de novembro de 1889, o Império sucumbia, principalmente pela falta de apoio político daqueles que até então eram os únicos a sustentarem politicamente o Império: os grandes produtores rurais donos de escravos.

O 13 de maio, entretanto, não deve ser esquecido. Ele tem um lugar de enorme importância na história desse país e do povo brasileiro.

Ricardo Barros Sayeg:  Mestre em Educação, Bacharel em História e Pedagogia pela Universidade de São Paulo e Professor de História do Colégio Paulista. (colaborador do HISTOBLOG)

Assine nosso feed. É grátis.

Algarismos Indo-Arábicos

Twit This! |

Em 1202, o matemático Leonardo Fibonacci (1170?-1240) tornava-se o primeiro europeu a usar os algarismos indo-arábicos. Até então, apenas os algarismos romanos eram empregados na Europa.

 

Algarismos Arábicosimagem: www.ghiorzi.org -  algarismos indo-arábicos.

 

O sistema de numeração decimal surgiu na Índia, por volta do século VI. Em 810, ele era citado em um texto do matemático árabe Muhammad ibn al-khowarizmi, responsável pela criação dos símbolos de 0 a 9 que hoje conhecemos. De seu nome veio a palavra algarismo. Em pouco tempo, os algarismos indo-arábicos eram ensinados nas universidades  europeias.

Gislane e Reinaldo. História. ensino médio. volume único

Technorati Marcas: ,,

Assine nosso feed. É Grátis.

Leia Também:   Para Entender a História

“... de fato!”

Twit This! |

Sem emoção, com visão perdida pela dor que o emudecia, trafegava solene como em vigia, o sensato, porém inerte amado que fora um dia.

No regato em que vivia, transpassava como névoa o espaço que pertencia

Uma centelha ele pedia, uma centelha ele queria, uma centelha, apenas uma o ativaria

O caminho de outrora recheado a favo, mel, luz e do tom gutural do universo ardente

Em pouco tempo, como um ente demente, lhe atacara certeiro seu coração imponente

Ele gemia... e em altos brados, mesmo que calado, feria sua alma no ocaso

Sem pensar ou entender, vê-se a passeio no lugar do cortejo

E tão sereno quanto mudo, caminha obrigado ao fato incontestável

Viver não é mais um fato, mas um agonizante suspiro lacerante e detestável

O doce de antes, o insípido de ontem... o amargo de hoje

A progressão inabalável da consistência mórbida, desaba no choro, no desabafo e na revolta

Remontando o ser com o tempo, que nos envelhece imperdoavelmente

Mas que cura e amadurece, para nos perdermos novamente...

Carlos Eduardo Pinto da Silva

Assine nosso feed. É Grátis.

 

Antônio Conselheiro

Twit This! |

Por volta de 1870, um homem que passou a percorrer a pé o sertão nordestino começou a chamar atenção de muitas pessoas. Seu nome: Antônio Vicente Mendes Maciel, que se tornou conhecido como Antônio Conselheiro, por dar conselhos às pessoas que se reuniam à sua volta.

Filho de um pequeno comerciante de Quixeramobim,  Ceará, Antônio nasceu em 1828.

Aos 6 anos perdeu a mãe e, aos 27, ficou órfão de pai. Passou então a cuidar dos negócios da família, que abandonou dois anos mais tarde para casar-se e ser professor em uma escola de fazenda. Tornou-se escrivão de cartório e rábula (advogado sem diploma). Mas um problema pessoal acabou por mudar totalmente sua vida: traído pela mulher que fugiu com outro homem, Antônio passou a andar pelo Nordeste restaurando igrejas e cemitérios. Além disso, começou a ler e a pregar o Evangelho, ouvindo os problemas das pessoas  e dando-lhes conselhos.

 

Antônio Conselheiro Antônio Conselheiro

 

Suas pregações intensificaram-se com a grande seca de 1877, e sua fama cresceu entre o povo, que o considerava beato. Ao mesmo tempo, a Igreja católica, o governo e os fazendeiros, sentindo-se  incomodados com sua fama, tentavam impedir suas pregações, que viam como um desafio ao controle que exerciam sobre a população.

Com a proclamação da República, em 1889, Antônio Conselheiro começou a manifestar-se contra o casamento civil e os impostos  municipais, medidas implantadas pelo novo regime.  Em 1893, na cidade de Bom Conselho, no norte da Bahia, Antônio Conselheiro mandou arrancar e queimar os papéis com orientação sobre o pagamento de impostos que estavam afixados em locais públicos da cidade. Passou então a ser perseguido pela polícia. Ele e seus seguidores refugiaram-se numa fazenda em ruínas, próxima a Bom Conselho, chamada Canudos.

De 1893 a 1897, cerca de 25 mil sertanejos, liderados por Antônio Conselheiro, formaram a comunidade de Canudos. Cultivavam produtos como mandioca, milho, feijão, batata-doce e desenvolviam a criação de cabras. A formação de pastagens, a criação de rebanhos e as colheitas eram tarefas realizadas pelos homens. As mulheres confeccionavam roupas, fabricavam cestos e sandálias e cuidavam da casa. Conselheiro, além de chefe espiritual, era uma espécie de prefeito. Em suas pregações, costumava fazer profecias.

O arraial de Canudos  foi se tornando conhecido e atraindo pessoas de regiões distantes. As autoridades viam em Conselheiro um subversivo. Além disso, não sabiam quais eram suas reais intenções e o acusavam de defender o regime monárquico. De fato, o líder religioso pregava contra a república, que, para ele, era “o reino do Anticristo”. Em 1896, o governo da Bahia recebeu a informação de que a cidade de Juazeiro seria atacada por homens de Antônio Conselheiro. Uma força militar foi preparada para proteger a cidade, mas o ataque não se realizou. As autoridades decidiram então organizar expedições contra Canudos.

Nelson Piletti. Claudino Piletti. Thiago Tremonte. História e vida integrada. ensino fundamental.

Technorati Marcas: ,

Assine nosso feed. É Grátis.

 

©2009 HISTOBLOG - História Geral | Template Blue by TNB