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Primeiro Czar da Rússia

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Em 1547 subiu ao trono da Rússia Ivan IV, jovem de 17 anos que governaria até 1584. Foi o primeiro príncipe moscovita a receber o título de Czar, Ivan implantou um regime absolutista:

  • subordinou a Igreja  ao Estado;
  • fortaleceu o exército;
  • estabeleceu relações comerciais com os reinos ocidentais;
  • por meio de  forte repressão, submeteu a aristocracia ao seu poder.

Grande parte dos objetivos de Ivan IV foi conseguida graças aos métodos violentos que empregava. Além dos inúmeros assassinatos praticados contra seus inimigos e opositores ele foi acusado de ter matado algumas de suas esposas e até mesmo seu filho. Por causa desses métodos, ficou conhecido como Ivan, o Terrível.

Ivan, o Terrível, mandou construir a Catedral de São Basílio na atual Praça Vermelha, em Moscou, na Rússia.

 

Catedral de São Basílio, Moscou, RúsiaCatedral de São Basílio, Praça Vermelha, Moscou, Rússia 

Erguida entre 1554 e 1569 sob as ordens de Ivan, o Terrível, que subordinou a Igreja ao Estado, a Catedral de  São Basílio  é tida como uma ousadia arquitetônica em virtude de suas múltiplas e coloridas cúpulas.

Gislane e Reinaldo. História. ensino médio. volume único

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Livros da semana

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Para quem gosta de aproveitar o domingo para ir a  uma boa  livraria escolher alguns livros, eis as sugestões:

capa livro  O Mundo Globalizado O Mundo Globalizado, de Alexandre Freitas Barbosa. São Paulo. ed. Contexto,2002

Este livro apresenta uma análise da globalização, explicando como ela surge, as esferas em que avança de forma mais rápida e aquelas em que se mostra mais restrita, e apontando as várias e, às vezes, até opostas interpretações sobre esse processo histórico, bem como os desafios e as potencialidades que pode trazer consigo. A compreensão do mundo globalizado permite desvendar a natureza das transformações econômicas, sociais e políticas da atualidade. O mundo globalizado mostra como a globalização é uma realidade presente, que se manifesta nos planos econômico, político e cultural, a partir de uma aceleração do intercâmbio de mercadorias, capitais, informações e idéias entre os vários países, ocasionando uma redução das fronteiras geográficas.

capa livro A Mediadora, A Hora mais SombriaA Mediadora, A hora mais sombria, de Meg Cabot, ed. Record, 2005 (juvenil)

Em A Hora Mais Sombria, quarto livro da série A Mediadora. Desta vez, Suzannah aproveita as férias de verão para incrementar seu guarda-roupa com o dinheiro ganho com um trabalho árduo. Enquanto passa seus dias como babá, sonhando com aquele novo par de Manolo Blanik ou aquele vestidinho Prada, ainda arruma tempo para orientar um menino de oito anos que se revela um mediador. Para completar, precisa fugir das cantadas do irmão mais velho do moleque, que guarda um estranho segredo.
Mas esse é o menor de seus problemas: acordar no meio da noite com uma faca na garganta, empunhada pela ex-noiva (morta!) de seu namoradinho fantasma (Jesse), não pode ser um bom sinal. Ainda mais quando a fantasma exige que a construção de uma piscina nos fundos da casa de Suzannah seja interrompida imediatamente. Nossa mediadora preferida começa a pensar o que a fantasma tem tanto medo que encontrem. A possibilidade de ser o corpo de Jesse não está completamente descartada. E se for isto mesmo? E se, ao solucionarem seu assassinato, o rapaz conseguir, enfim, passar para o outro lado? Como ela vai agüentar de saudades?

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A Maçonaria nos Tempos Coloniais

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Dom Pedro I foi da maçonaria por pouco mais de dois meses; lá fez pouco política e muito estrago

Cercado de lendas, o início da história da maçonaria no Brasil permanece um campo nebuloso. A começar pela exaltação à figura de Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes, mártir da Conjuração Mineira de 1789. Muitos maçons não têm dúvida de que o herói pertenceu à organização. Não existem, porém, provas documentais nem da filiação de Tiradentes nem da existência de lojas maçônicas funcionando regularmente no Brasil do século XVIII.

O que existe são fortes indícios de que havia indivíduos nascidos no Brasil que entraram na maçonaria quando estavam na Europa, sobretudo em Portugal. Comprovadamente, porém, a primeira loja maçônica passou a funcionar no Brasil em  1801, no Rio de Janeiro, e foi chamada Reunião, de acordo com testemunho de José Bonifácio de Andrada e Silva (1763-1838). Teria sido fundada por um misterioso “cavalheiro Laurent”, vindo da França para esse fim.

Registra-se em 1809 a criação de um Grande Oriente ou Governo Supremo, em Salvador (BA), agrupando lojas maçônicas cariocas, baianas e pernambucanas. Do mesmo modo, existiram várias  agremiações maçônicas no movimento separatista e republicano que eclodiu, em 1817, na forma de luta armada em Pernambuco. Alagoas, Paraíba e Ceará. Mas não havia em nenhuma dessas agremiações ligações explícitas com um projeto de independência de todo o território brasileiro.

É somente em 24 de junho de 1822 que surge o Grande Oriente do Brasil (GOB), no Rio de Janeiro, cujo primeiro grão-mestre foi José Bonifácio. É exagero afirmar que a independência brasileira foi obra da maçonaria.É preciso reconhecer, porém que a agremiação foi um importante espaço de aglutinação política de setores das elites que permitiu a separação de Portugal, ao lado de outros espaços, indivíduos e grupos não maçônicos. Por exemplo, foram enviados emissários maçons para articular a adesão de outras províncias  à independência.

Já a passagem do imperador D. Pedro I (1798-1834) pela maçonaria foi meteórica e fulminante. Durou pouco mais de dois meses, ao fim dos quais o monarca proibiu as atividades da fraternidade no país e mandou prender vários dos que chamava de “irmãos”.

Essa história é curiosa. Em 2 de agosto de 1822, D. Pedro foi acolhido no grau mais elementar, como iniciante. Na sessão seguinte, três dias depois, foi elevado a mestre. E a 4 de outubro atingiu o grau máximo na hierarquia da Perfeição Universal, chegando a grão-mestre do GOB. Ficou nessa posição apenas 17 dias, quando usando seu apelido maçônico (Guatimozim, em homenagem ao “imperador” asteca), interditou os trabalhos da agremiação que o ajudara a chegar ao poder e proclamar a independência.

fonte: revista História Viva. por Marco Morel.

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Leia Também: Presidentes do Brasil Maçons

Disputa pela Costa Africana – Fluxo Escravo Século XVII

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O cenário do século XVII era distinto. Outras nações européias passaram  a traficar. Os recém-chegados criaram suas próprias feitorias  e fortes ao longo do litoral, a chave do êxito lusitano. Esses novos  atores agiam nas brechas abertas pelo rompimento do monopólio da presença espanhola no Caribe e na América do Norte.

Vivia-se o período de desenvolvimento das grandes fazendas especializadas na produção de um único produto para exportação, o chamado sistema de plantation. Baseado no trabalho escravo, esse sistema floresceu nas colônias britânicas, holandesas e, principalmente na América portuguesa, que se afirmou como maior produtora mundial de açúcar.

A vitalidade dos engenhos brasileiros fez com que a coroa portuguesa voltasse sua atenção paulatinamente para a colônia americana, em detrimento do comércio com o Oriente. O boom das grandes fazendas aumentou extraordinariamente a demanda por escravos. No século XVII, os europeus importaram quase sete vezes mais africanos do que no século anterior.

Nesse contexto, os holandeses despontaram rapidamente como novos atores de peso no cenário negreiro. Começaram atacando o poderio português na África ao construírem o forte Nassau, na Costa do Ouro, a partir de 1611.

 

Fluxo de escravos 1601-1700

O mesmo ocorreu na Senegâmbia, quando os navegadores dos Países Baixos conseguiram instalar dois fortes na ilha de Goréa, na costa do Senegal. Por fim, em 1637 os holandeses deslocaram os portugueses de Elmina, forte localizado no litoral da atual Gana, obrigando-os a fixar a sua atenção nas baías de Benin e de Biafra.

Enquanto os holandeses moviam seus peões, outras nações européias também passavam a disputar  o controle da costa africana. Os franceses, que já possuíam uma pequena feitoria na região de Ajudá (costa do Benin), expulsaram os holandeses do Senegal na década de 1670.

A Costa do Ouro era palco das mais acirradas disputas entre os europeus. A competição mais duradoura na região dava-se entre ingleses e holandeses. Ao final, os britânicos levaram  a melhor e consolidaram seu poder naquela  zona, além de agirem também em partes do Senegal e Serra Leoa.

A corrida por escravos, no entanto, não se restringia à África Ocidental. O enorme incremento da produção açucareira da América portuguesa fez com que, pela primeira vez, as exportações da região congo-angolana superassem as dos portos do norte. A mortalidade média dos escravos nos navios negreiros caiu substantivamente em relação o século XVI e fixou-se na casa dos 20% por viagem.

fonte: revista História Viva. ano VI. n° 66

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A Segunda República francesa (1848-1852)

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Após a derrubada de Luís Filipe, foi instaurada a Segunda República na França. As várias correntes políticas da época organizaram um governo provisório, com a função de convocar uma Assembléia Constituinte: na presidência o liberal Lamartine, auxiliado pelo jornalista moderado Ledru-Rollin, o escritor socialista Louis Blanc e o operário Albert.

O novo governo proclamou o fim da pena de morte e o estabelecimento do sufrágio universal nas eleições. Os conflitos entre as lideranças trabalhistas e burguesas, entretanto, afloravam. Os socialistas, tendo como meta a criação de uma república social, reivindicavam medidas governamentais que garantissem empregos, direito de greve e limitação das horas de trabalho.

Obtiveram a criação das oficinas nacionais, que garantiam trabalho para os numerosos desempregados em aterros, fábricas e construções do governo. Os liberais moderados, representantes dos grandes proprietários, ao contrário, buscavam barrar as medidas de cunho popular, temendo a volta de um governo radical, como o montanhês, que dominou a França entre 1793-1794.

Em abril de 1848, nas eleições da Assembléia Constituinte, os moderados saíram vitoriosos, obtendo a maioria das cadeiras, graças, principalmente, à atuação dos proprietários rurais. Com a polarização política entre socialistas e burgueses, os populares multiplicaram suas manifestações de rua, tumultuando Paris. Sob o comando do general Cavaignac, conhecido como “o carniceiro”, o governo massacrou os revoltosos, suspendeu os direitos individuais e fechou as oficinas nacionais, transformando a revolução em guerra civil: mais de 3 mil pessoas foram fuziladas e 15 mil foram deportadas para as colônias.

Em seguida foi aprovada a nova constituição republicana, em que o poder legislativo caberia a uma assembléia eleita por sufrágio universal por três anos e o poder executivo ficaria a cargo de um presidente eleito por quatro anos.

Luís Bonaparte – sobrinho do imperador Napoleão I e, portanto, figura carismática para os franceses, que viam nele a possibilidade de restauração da glória vivida pelo país na época de Napoleão – foi eleito presidente em 10 de dezembro de 1848, com 73% dos votos.

Luís Napoleão Bonaparte Luís Napoleão Bonaparte

Em seu governo, buscou unir e pacificar o país, enfatizando o ideal de progresso e de poderio nacional. Em 1851, quase ao fim de seu mandato e com ambição continuísta, Bonaparte fechou a Assembléia Nacional, uma vez que a Constituição proibia  a reeleição presidencial, e estabeleceu uma ditadura.

O golpe foi chamado pelo pensador Karl Marx, ironicamente de “o 18 brumário de Luís Bonaparte”, numa referência às suas tentativas cada vez mais claras de repetir os grandes feitos do ilustre tio. Em seguida, por meio de um plebiscito, Bonaparte ganhou poderes para elaborar uma nova constituição, que o transformou num cônsul, como seu tio, dando-lhe poder ditatorial por dez anos.

Repetindo as atitudes de Napoleão, em 1852, conclamou outro plebiscito, que, com 95% de votos favoráveis, transformou  a França novamente em império. Luís Bonaparte, coroado imperador, recebeu o título de Napoleão III.

VICENTINO, Cláudio. DORIGO, Gianpaolo. História Para o Ensino Médio. História Geral e do Brasil.

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Maria Quitéria

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De acordo com a Constituição de 1988, as mulheres não são obrigadas a prestar serviço militar, porém, o acesso delas às Forças Armadas não é proibido. Desde 1981 a Marinha admite em seus quadros a presença feminina. Na aeronáutica, esse acesso está permitido desde 1982. No exército, ele começou em 1989.

A primeira vez que uma mulher lutou no Exército brasileiro, contudo, foi em 1822. Na ocasião, diversos regimentos foram organizados para combater as tropas portuguesas contrárias à independência. No  regimento da Cachoeira (Bahia), alistou-se o “soldado Medeiros”, codinome Maria Quitéria, mulher de 30 anos que fugira de casa vestindo a farda de um cunhado para lutar ao lado dos que se batiam pela emancipação.

maria quiteria  Maria Quitéria, óleo de A. Failutti.

D. Pedro I a recebeu em audiência e lhe concedeu o soldo vitalício de Alferes de Linha e a condecoração de Cavaleiro da Ordem Imperial do Cruzeiro

Quando sua verdadeira identidade foi descoberta Maria Quitéria incorporou um saiote por cima da farda. Por seus atos de bravura, foi promovida a cadete. Após a Independência, chegou a ser recebida por Dom Pedro I, que a agraciou com uma insígnia imperial e lhe garantiu um soldo vitalício. Maria Quitéria morreu em Salvador em 1853, aos 61 anos, pobre e cega. Em 1996, um decreto presidencial a tornou um dos patronos do Exército brasileiro.

Gislaine e Reinaldo. História. Ensino Médio. volume único

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O governo de Luís Filipe (1830-1848)

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Com a queda da dinastia Bourbon, subia ao trono Luís Filipe de Orléans, conhecido como o “rei burguês” ou o “rei das barricadas”. Sua posse representou um avanço liberal que repercutiu por toda Europa, pois simbolizava os anseios das nações prejudicadas pelas medidas adotadas pelo Congresso de Viena:

  • Bélgica proclamou-se independente dos Países Baixos
  • Alemanha, Itália e a Polônia iniciaram as lutas nacionais contra a dominação estrangeira.

Luís Filipe reformulou a Constituição dos Bourbon, enfatizando o liberalismo: submeteu-se à Constituição, fortaleceu o legislativo, aboliu a censura e fez com que a religião católica deixasse de ser a oficial no país. Apesar disso, manteve ainda o caráter censitário do voto e da candidatura a cargos legislativos. Atendeu, assim, exclusivamente aos interesses  da burguesia, ignorando os do proletariado

Socialistas, bonapartistas e republicanos uniram-se contra Luís Filipe, reclamando uma reforma eleitoral e parlamentar, com a queda da exigência censitária. Organizando reuniões populares e manifestações contrárias ao “rei burguês”, esse movimento ficou conhecido como política dos banquetes, referência às reuniões de opositores que se davam em torno de refeições.

caricatura de Luís Filipe Orléans Caricatura de Luís Filipe de Orléans, cuja ascensão representou o retorno da burguesia ao poder.

O rei e o ministro Guizot, que havia proibido as referidas reuniões, não cederam às pressões reformistas, o que intensificou as manifestações populares. Os  confrontos  e a rebeldia da Guarda Nacional, que aderiu aos revoltosos, levaram à demissão de Guizot e à fuga de Luís Filipe para a Inglaterra.

A revolução de fevereiro de 1848 refletiu-se por todo o mundo exaltando o ânimo das massas que, ansiosas por mudanças profundas, desencadeou uma sucessão de eventos que passou à história como primavera dos povos.

VICENTINO, Cláudio. DORIGO, Gianpaolo. História para o ensino médio. História Geral e do Brasil.

 

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Presidentes do Brasil Maçons

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Entre os 12 presidentes da Primeira República (1889-1930), oito foram maçons:

  • Deodoro da Fonseca
  • Prudente de Moraes,
  • Campos Salles
  • Rodrigues Alves
  • Nilo Peçanha
  • Hermes da Fonseca
  • Wenceslau Brás
  • Washington Luís

A filiação do marechal Floriano Peixoto, o segundo presidente do Brasil, ainda desperta controvérsias. Jânio Quadros (1961) foi o último presidente do país a pertencer à sociedade.

Presidentes Maçons

Presidentes do Brasil Maçons

 

No início de século XX, o poder da maçonaria se deve em grande parte ao fato de ela ser uma das instituições mais organizadas do país na época, com ramificações em todo o território nacional. A extensa malha de lojas espalhadas pelo Brasil funcionava como uma engrenagem que, uma vez acionada, articulava peças localizadas desde a capital federal até os rincões mais distantes da República. Em troca de apoio político aos membros da fraternidade, os “irmãos” tinham as portas da administração pública abertas para o que precisassem. Isso não quer dizer que o Brasil era uma “república maçônica”, diretamente governada pela organização como alguns acreditavam.

O poder da maçonaria, no entanto, entrou em declínio após a Revolução de 1930, que derrubou o regime oligárquico da Primeira República. Getúlio Vargas, passou a perseguir a fraternidade, que perdeu gradualmente sua força. O Brasil ainda ainda teria um último presidente maçom, Jânio Quadros, que foi eleito 1961 e renunciou pouco mais de seis meses depois de assumir o cargo.

fonte: revista História Viva. ano VI n° 71. por Marco Morel.

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A Maçonaria na República Brasileira

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A maçonaria teve atuação intensa durante o período republicano no Brasil desde o começo, em 1889, mas sempre com seus integrantes trafegando em diferentes linhas políticas. Por isso, em alguns momentos, ela esteve presente nos mais altos postos de poder, com nove presidentes da República maçons, por exemplo, e em outros foi reprimida e até temporariamente proibida, como no caso da ditadura do Estado Novo (1937-1945), comandada por Getúlio Vargas.

Curiosamente, foi na era republicana que a organização deixou de ter atuação destacada na cena pública, rompendo uma tradição do Império. Aos poucos a fraternidade se transformou em uma agremiação voltada para a filantropia e a ajuda entre seus pares.Também ampliou o número de filiados e de lojas maçônicas em todo o país.

No apagar das luzes da monarquia, importantes líderes  maçônicos eram republicanos, mas prevalecia a proximidade com o trono de D. Pedro II. Eles se alinhavam ao governo imperial, como João Alfredo de Oliveira, grão-mestre do Grande Oriente do Brasil (GOB) e  chefe do gabinete ministerial que decretou a Lei Áurea (1888), abolindo a escravidão. A maior parte dos chamados “pedreiros livres” , porém, mantinha-se neutra em suas agremiações.

O próprio marechal Deodoro da Fonseca, a quem coube o gesto de proclamar a República, era maçom, e o primeiro ministro do Governo Provisório era todo composto de integrantes da maçonaria:

  • Rui Barbosa                       Fazenda
  • Quintino Bocaiuva             Transportes
  • Demétrio Ribeiro               Agricultura
  • Aristides Lobo                   Interior
  • Benjamim Constant           Guerra
  • Campos Salles                  Justiça
  • Eduardo Wandenkolk         Marinha

fonte: revista História Viva. ano VI n° 71. por Marco Morel.

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Leia Também: Maçonaria - Sem Dogmas

Leitura

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capa livro Hiroshima de John Hersey

Hiroshima, de John Hersey. São Paulo: Companhia das Letras, 2002

O livro traz a reportagem clássica de John Hersey sobre a bomba atômica que devastou a cidade de Hiroshima. Faz um retrato de seis sobreviventes da bomba atômica, escrito um ano depois da explosão. Quarenta anos mais tarde, o repórter reencontra seus entrevistados.

 

capa livro O Símbolo Perdido, de Dan Brown

O Símbolo Perdido, de Dan Brown.ed. Sextante, 2009

O Símbolo Perdido é um thriller brilhante e convincente. O prodigioso talento de Dan Brown para contar histórias, repleto de códigos e intriga.Tecendo cinco anos de pesquisas sobre a história, passada na capital dos Estados Unidos, e num período de apenas doze horas. Os leitores de Dan Brown irão sentir a emoção da descoberta do simbologista Robert Langdon através de uma paisagem magistral, inesperada e cheio de surpresas.

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O nome Brasil

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As terras conquistadas pelos portugueses na América em 1500 ficaram conhecidas como Brasil. Antes de esse nome se firmar, a região recebeu outras denominações, como Pindorama, Ilha de Vera Cruz (1500), Terra Nova (1501), Terra dos Papagaios (1501), Terra de Vera Cruz (1503), Terra de Santa Cruz (1505), Terra do Brasil (1505). Como salienta a historiadora Laura de Mello e Souza, o termo Brasil começou a se consolidar somente a partir de 1516.

No entanto, nas últimas décadas, vários historiadores mostram-se críticos ao uso do termo Brasil para referir-se  a um período anterior ao século XIX. Argumentam que seu uso remete à idéia de existência de uma unidade territorial  e uma centralização política, ou seja, pressupõe a existência de um Estado moderno. Em seu lugar, recomendam o uso da expressão América portuguesa.

(fontes: Laura de Mello e Souza. O nome do Brasil. Nossa história, ano I, n. 6, abr. 2004; István Jancsó (Org.) Brasil Formação do Estado e da Nação. São Paulo: Hucitec/Unijuí/Fapesp, 2003.)

CAMPOS AZEVEDO, Gislaine. SERIACOPI. Reinaldo. História. ensino médio. volume único.

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Fluxo Escravo - (1501-1600) (Parte II)

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No século XVI, as taxas de mortalidade nos navios negreiros variavam de acordo com a distância entre o porto de exportação e o de recepção nas Américas. Na média porém, atingiram quase 60%, mais altas do que em qualquer outra época. Para isso contribuíam a relativa precariedade  da tecnologia naval de então e a incipiente estruturação das empresas negreiras.

 

mapa Fluxo de Escravos (1501-1600)

Apenas na segunda metade do século XVI apareceram os primeiros reais competidores dos portugueses, os ingleses, cuja expansão marítima  ocorreu velozmente após a Reforma Anglicana. Seu objetivo maior era o ouro e, tal como ocorrera com os ibéricos, eles começaram a exploração sistemática do litoral, logo  alcançando a baía de Benin. Também traficavam escravos, mas de modo secundário e  quase sempre por meio de pirataria contra naus portuguesas. As incursões dos ingleses se intensificaram a partir de 1570, mas sem se concentrar em pontos fixos da costa.

Os franceses também desempenharam papel secundário no século XVI, e seu tráfico se restringia ao litoral entre os rios Senegal e Gâmbia. Assim como os ingleses, não estavam muito interessados em escravos e tampouco se fixaram permanentemente na costa.

fonte: revista História Viva. ano VI. n° 66. por Manolo Florentino 

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Leia Também: Fluxo Escravo (1501-1600) (Parte I)

Otan

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Alguns fatos significativos tornaram crescente a tensão internacional. Um deles foi a  criação da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), uma aliança  político-militar dos países ocidentais, composta inicialmente por  Estados Unidos, Canadá, Reino Unido, França, Bélgica, Países Baixos, Luxemburgo, Dinamarca, Noruega, Finlândia, Portugal e Itália. Mais tarde juntaram-se à Otan a Alemanha Ocidental, Grécia e Turquia, opondo toda a Europa Ocidental à União  Soviética.

Surgiram ainda uniões econômicas europeias, como a Organização Europeia de Cooperação Econômica, em 1948, para administrar o Plano Marshall, e o Benelux, composto por Bélgica, Holanda (Nederland) e Luxemburgo. Em 1951, formava-se a Comunidade Europeia do Carvão e do Aço (Ceca), em 1957, pela Comunidade Econômica Europeia (CEE) ou Mercado Comum Europeu (MCE), englobando quase todos os países da Europa Ocidental. O surgimento de uma comunidade de interesses econômicos integrados na Europa Ocidental cimentou a aliança capitalista com o bloco norte-americano na oposição aos soviéticos.

Do lado soviético, configurando o alinhamento ao bloco comunista, foi criado, em 1995, o Pacto de Varsóvia, que unia as forças militares da Albânia, Alemanha Oriental, Bulgária, Hungria, Polônia, Romênia e Tchecoslováquia. A bipolarizaação mundial atingia a sua plenitude.

Em meio a essa situação tensa, ocorreram, em 1949, a Revolução Chinesa e a explosão da primeira bomba atômica soviética. No ano seguinte, iniciou-se a Guerra da Coréia, um dos ápices da Guerra Fria, a mais séria ameaça, até então, à paz mundial depois da Segunda Guerra Mundial.

Cláudio Vicentino. Giampaolo Dorigo. História para o ensino médio. História Geral e do Brasil.

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Fluxo Escravo (1501-1600) (Parte I)

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Para traficar escravos os portugueses tinham antes que cortejar o soberano local, como o rei do Congo.

 

Gravura, portugueses diante do soberano africano 

Portugueses fazendo reverência ao rei do Congo

Gravura, Johan e Theodore de Bry, ilustração do livro: Índias Orientais, de 1597, National Maritime Museum, Greenwich

A conquista e a colonização da América deram novo impulso ao comércio negreiro, que inicialmente foi canalizado para as colônias de Castela. As plantações surgidas no Caribe e a montagem dos sistemas mineradores no México e nos Andes estimularam o estabelecimento da ligação direta com a África, razão pela qual oito entre dez africanos desembarcaram em portos da América espanhola entre 1501 e 1600.

A colonização da América portuguesa também aumentou a demanda  por escravos no Novo Mundo, apesar de nessa época Lisboa ainda estar mais interessada no comércio com o Oriente.

Embora os traficantes castelhanos estivessem envolvidos no comércio negreiro, sua participação era débil, e em pouco tempo o sistema de asientos se transformou no seu principal meio de obtenção de africanos. Esse era o nome dado a uma permissão que a coroa de Castela  concedia aos seus súditos para comercializar escravos com as colônias portuguesas. Seja para prover sua colônia, seja para atender à demanda do mundo hispano-americano, o predomínio dos traficantes portugueses se intensificou em todo litoral africano.

O principal pólo de exportação de mão-de-obra escrava era a África Ocidental, região que  englobava todo o território compreendido entre os atuais Senegal e Camarões. Essa área era responsável por quase 60% das exportações e, nela, a região da Senegâmbia representava a principal fonte de venda de africanos cativos. Ao mesmo tempo, a região congo-angolana despontava como o segundo celeiro de escravos no continente.

continua no próximo post…

fonte: revista História Viva. ano VI. n° 66. por Manolo Florentino

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A França no século XIX

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Após a queda de Napoleão Bonaparte em Waterloo (1815), Luís XVIII assumiu o trono, restaurando a monarquia dos Bourbon, segundo determinação do princípio da legitimidade estabelecido no Congresso de Viena.

Uma nova constituição determinou que o poder executivo na França passaria a ser exercido pelo rei e pelo poder legislativo, dividido em duas câmaras: A Câmara dos Pares, composta por deputados nomeados pelo rei, com cargos vitalícios e hereditários, e  Câmara dos Deputados, cujos membros eram eleitos pelo voto censitário, isto é, segundo a renda individual.

Restabelecia-se na França, então, um governo elitista, combinando o absolutismo com doses de liberalismo, ou seja, um governo regido por uma constituição, mas cerceador dos direitos e da liberdade conseguidos durante o processo revolucionário de 1789 a 1815.

Constante nesse período, a agitação política, produto do processo revolucionário por que passara o país e das guerras napoleônicas, contou com disputas entre os seguintes grupos políticos:

  • ultra-realistas, liderados pelo irmão de Luís XVIII, o conde de Artois, que defendiam o retorno completo do absolutismo;
  • bonapartistas, que defendiam a volta de Napoleão Bonaparte ao governo francês;
  • radicais, revolucionários liberais adversários dos Bourbon e ferrenhos defensores dos ideais de 1789.

O reacionarismo do Congresso de Viena fortaleceu-se em 1824 com a morte de Luís XVIII, quando o trono foi ocupado por seu irmão, o conde de Artois. Recebendo o título real de Carlos X, restabeleceu na França um governo nos moldes do absolutismo do Antigo Regime, apoiado pela facção mais conservadora, restaurando os privilégios do clero e da nobreza.

A forte oposição dos liberais a Carlos X, sob a liderança do duque Luís Filipe e da imprensa, mobilizou a sociedade, preparando o palco em que aconteceria a Revolução de 1830.

Caricatura de Carlos X Caricatura de Carlos X, mostrando-o como uma figura ridícula, ligada ao clero e aos militares

Estimulados e liderados pela alta burguesia francesa, movimentos como as jornadas gloriosas – barricadas levantadas por populares nas ruas de Paris – resultam na fuga de Carlos X, temeroso de desdobramentos revolucionários semelhantes aos de 1789, que levaram à decapitação de seu irmão Luís  XVI.

A Revolução de 1830 sepultou definitivamente as intenções restauradoras do Congresso de Viena, motivando uma vaga de progressismo, de ímpeto revolucionário, que levaria às revoluções de 1848 e a diversos movimentos nacionalistas do período.

VICENTINO, Cláudio. DORIGO, Gianpaolo. História para o Ensino Médio.História Geral e do Brasil

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Consolidação da Guerra Fria

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Após 1945, a oposição entre socialismo e capitalismo foi elevada ao extremo pela bipolarização política, ideológica e militar que submeteu as relações internacionais aos interesses norte-americanos e soviéticos. Sem constituir um período homogêneo, em razão do agravamento das tensões seguido da distensão entre os pólos rivais, a Guerra Fria durou quase meio século, até o esfacelamento da União Soviética, em 1991.
No dia 12 de março de 1947, com o objetivo de combater o comunismo e a influência soviética, o presidente norte-americano Harry Truman proferiu um discurso no Congresso no qual afirmou que os Estados Unidos se posicionariam a favor das nações livres que desejassem resistir às tentativas de dominação. No mesmo ano, o secretário de Estado, George Marshal, lançou o Plano Marshal, programa de investimentos e de recuperação econômica para os países europeus em crise após a guerra.
Em represália, a União Soviética criou o Kominform, organismo encarregado de conseguir a união dos principais partidos comunistas europeus. Era sua tarefa, também, afastar da supremacia norte-americana os países sob sua influência, gerando o bloco da “cortina de ferro”. A fim de complementar a reação soviética, em 1949 foi criado o Comecon, uma réplica do Plano Marshal para os países socialistas, buscando sua integração econômico-financeira.
Diante do revigoramento da Alemanha Ocidental, graças aos investimentos do Plano Marshal e a unificação adminitrativa de seu território (antes dividido entre os aliados capitalistas), a União Soviética  impôs, em 1948, um bloqueio terrestre à cidade de Berlim, situada na parte soviética. O ocidente capitalista respondeu com o abastecimento à Berlim capitalista por via aérea, acirrando os ânimos e criando grande tensão internacional. No ano seguinte eram instituídas as duas Alemanhas, a Ocidental República Federal da Alemanha – e a Oriental República Democrática Alemã.
Em agosto de 1961, foi construído o muro de Berlim, que separou concretamente os  dois lados da cidade e se tornou símbolo da divisão alemã e da Guerra Fria. A sua derrubada, em 1989, em meio ao colapso do socialismo real, por sua vez, constituiria o marco final desse período. Em seguida deu-se a unificação da Alemanha.
Cláudio Vicentino. Gianpaolo Dorigo. História para o ensino Médio.
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O separatismo da Irlanda

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A Irlanda, dominada firmemente pelos ingleses desde o reinado de Henrique VIII (1541) e cuja população era predominantemente católica, lutava, no século XIX, contra a submissão à Inglaterra protestante.

A supressão, em 1800, das instituições autônomas irlandesas por meio de um ato de união, passando para o Parlamento britânico todo o controle político, associada a uma grande fome, provocada pela crise da produção agrícola (“fome da batata”) européia nos anos 1840, fizeram despontar o fervor revolucionário e separatista  que colocou em risco a dominação inglesa sobre a Irlanda.

Na década de 1860, intensificaram-se os atos terroristas, obrigando o governo inglês do ministro William Gladstone a iniciar reformas que neutralizassem os radicais. Dentre elas, estava a desobrigação dos católicos irlandeses de pagar tributos à Igreja protestante e favorecimentos aos trabalhadores arrendatários do campo, estipulando compensações caso fossem despejados por proprietários.

Liderados por Charles Stewart Parnell, os deputados irlandeses eleitos para o Parlamento inglês passaram, a partir de 1880, a atuar na direção da autonomia política – a Home Rule –, recebendo o apoio de Gladstone e o repúdio da Câmara dos Comuns em 1886. Imediatamente, na Inglaterra principiou uma crescente repressão contra os ativistas pela autonomia, adiando o processo secessionista da Irlanda. A ascendente luta irlandesa só foi momentaneamente amortecida com o início da Primeira Guerra Mundial, retomando fôlego e intensidade logo em seguida. Nessa época a liderança política da luta pela independência da Irlanda estava com o movimento Sinn Fein, e em 1919 foi fundado o Exército Republicano  Irlandês (IRA), responsável por seguidas atuações. Em 1921 o primeiro-ministro inglês, Lloyd George, e o Sinn Fein assinaram um acordo que estabelecia o Estado Livre da Irlanda, transformado em República somente em 1949. Mesmo sem a parte norte, a Irlanda do Norte (Ulster) permaneceu ligada ao Reino Unido.

Depois de décadas de conflitos, no final do século XX ganharam força acordos de pacificação, como o de autodeterminação do Ulster (1993) e o de paz entre católicos e protestantes da Irlanda do Norte (1998). Em 2004 os diversos lados continuavam buscando uma solução definitiva para a secular Questão da Irlanda.

VICENTINO, Cláudio. DORIGO, Gianpaolo. História para o ensino médio. História Geral e do Brasil.

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Leia também: As Workhouses

As workhouses

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continuação de: A Era vitoriana na Inglaterra

As péssimas condições das workhouses e outras evidências críticas da “questão social” e da marginalização política foram combatidas, como mostra a Carta do Povo, de 1838, que reivindica o sufrágio universal, o voto secreto, o fim do censo (determinado nível de renda pessoal), para as eleições e elegibilidade, a remuneração dos eleitos e eleições anuais.

O documento não conseguiu mobilização popular suficiente para imprimir as mudanças desejadas quando apresentado ao Parlamento para votação (1848). Porém, os movimentos populares foram retomando força e conquistando, em 1858, o fim do censo eleitoral para a Câmara dos Comuns e, em 1867, o Ato da Reforma, que estendeu o direito de voto a todos que tivessem residência própria ou pagassem aluguel acima de um certo valor, deixando de fora os mais pobres trabalhadores industriais.

Em 1872, estabeleceu-se o voto secreto e, em 1884, o mesmo direito foi estendido ao campo, envolvendo boa parte dos trabalhadores rurais. Pouco antes, durante o segundo governo do ministro Disraeli (1874-1880), os sindicatos foram oficialmente reconhecidos e foi regulamentada a duração da jornada de trabalho dos adultos (homens e mulheres) e crianças. Era a época do apogeu do imperialismo inglês.

Após as eleições de 1906, as disputas políticas e a busca pela ampliação dos direitos eleitorais e sociais estruturaram  definitivamente o Partido Trabalhista, o Labour Party, formado em 1893 por líderes das trade unions (sindicato), e também levaram à abolição das limitações eleitorais (1918), culminando no sufrágio universal.

VICENTINO, Cláudio. DORIGO,Giampaolo. História para o ensino médio. História Geral e do Brasil.

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Leia também: A era vitoriana na Inglaterra

A era vitoriana na Inglaterra

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As primeiras décadas do século XIX europeu foram marcadas pela confirmação da Inglaterra como principal potência mundial, situação que vigorou até o início do século XX, não sem contestação e disputas.

A rainha Vitória ocupou o trono inglês durante a maior parte desse século, pois nasceu em 1819 e faleceu em 1901, governando o reino por mais de 60 anos (1837-1901). Com os seus gabinetes do Partido Conservador (tories)  e Partido Liberal (whigs), adotou uma política marcadamente burguesa e impulsionada do liberalismo, emprestando o nome de Era Vitoriana a essa fase de apogeu britânico.

 

Pintura da Rainha Vitória do início do séc. XIX, de Franz Winterhalter. Rainha Vitória (início do século XIX)

O rápido crescimento industrial, a poderosa marinha mercante e o Estado solidamente estruturado garantiam o poderio britânico, que desde a derrota de Napoleão Bonaparte, em 1815, não encontrava nenhum rival suficientemente forte que fosse capaz de ameaçar de forma decisiva sua estabilidade, liderança e hegemonia internacional. Vigorava, enfim, o que se denominou Pax Britannica, a era da libra esterlina (moeda corrente).

A Lei da Grande Reforma de 1832, implantada graças à maior representatividade política dos centros urbanos, capitaneados pela elite do dinâmico capitalismo inglês, firmava a hegemonia burguesa diante da tradição de privilégios dos grandes proprietários. Foram também adotadas medidas que eliminaram as restrições comerciais e agrícolas, a exemplo da abolição da Lei dos Cereais (1846), que, com suas elevadas taxas de importações, dava imensas vantagens  aos proprietários de terras ingleses. Tal política serviu para a expansão do livre comércio e superação do protecionismo, como preconizava o liberalismo econômico.

As organizações trabalhistas, as trade unions, tiveram grande atuação no período vitoriano, vencendo a resistência do empresariado e conquistando sucessivas melhorias nas condições de trabalho (legislação trabalhista, redução da jornada de trabalho, melhores salários), bem como maior espaço na vida política inglesa.

continua no próximo post…

VICENTINO, Cláudio. DORIGO, Gianpaolo. História para o ensino médio. História Geral  e do Brasil.

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Leia também: EUA e Europa no século XIX e início do séc. XX

EUA e Europa – Século XIX e início séc. XX

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Liberalismo, Socialismo, nacionalismo e imperialismo

Confrontos violentos, na Europa e na América, foram constantes no século XIX. Dentro de cada país e entre eles cresceram disputas envolvendo os mais diversos interesses. A consolidação do Estado liberal, as reivindicações socialistas, as unificações políticas nacionais e as disputas por mercados internacionais firmaram-se como as marcas do século.

Acompanhando a industrialização, o progresso capitalista europeu foi, pouco a pouco, consolidando o Estado liberal burguês durante o século XIX, marcado pelo triunfo do imperialismo  pela efervescência do sentimento nacionalista e da doutrina socialista. Além disso, o período foi destacado pelo acirramento das disputas por mercados coloniais.

A busca da sobrevivência e de novas oportunidades por parte dos europeus, simultaneamente a turbulências políticas  e crises, também favoreceu grandes deslocamentos demográficos que levaram dezenas de pessoas a se dirigirem para outros territórios, como América, África do Sul, Austrália, e Nova Zelândia, entre outros destinos (mapa). A grande migração contribuiu para aliviar a questão social europeia e beneficiou a europeização e a globalização econômica em curso.

mapa  Rotas dos imigrantes do séc XIX e XX

No século XIX¹ a população mundial passou de aproximadamente 900 milhões para 1.6 bilhão de habitantes. De 1815 a 1914 cerca de 40 milhões de europeus abandonaram definitivamente seus locais de origem para se instalarem nos EUA, Canadá, Brasil, Argentina, Austrália e Nova Zelândia. Nesse período, alguns estudiosos calculam que as populações das Américas, África do Sul, Austrália, Nova Zelândia e Sibéria tenham aumentado de quase 6 milhões para 200 milhões de habitantes.

¹ Dados apontados em PARKER, Geoffrey (Ed.) Atlas da História do Mundo, São Paulo: Folha de São Paulo/Times Books, 1995. p. 204.

VICENTINO, Cláudio. DORIGO, Gianpaolo. História para o ensino médio. História Geral e do Brasil.

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A Diáspora africana

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O tráfico negreiro provocou um dos maiores deslocamentos populacionais da história da humanidade. O banco de dados coordenados pelo professor David Eltis, da Universidade de Emory, nos EUA, mostra que, entre os séculos XVI e XIX, mais de 12,5 milhões de africanos foram escravizados e exportados para  a América. Europa e algumas ilhas do oceano Atlântico. Desses, cerca de 10,7 milhões chegaram vivos ao fim da travessia.

Foi no século XV, quando os portugueses abriram caminho para a exploração da costa da África subsaariana, depois de cruzarem o cabo Bojador, em 1434 que tudo começou. Ao longo dos anos seguintes, os navegadores lusitanos avançaram cada vez mais rumo ao sul, até atingirem na década de 1470, a baía de Biafra, na região dos atuais Camarões e Nigéria. Nessa época, a mão-de-obra africana ainda não era tão cobiçada. O principal objetivo dos europeus era buscar terras, mercados, ouro e uma rota marítima alternativa para o Oriente.

Foi só após a conquista das ilhas do Atlântico que o trabalho forçado  de africanos começou a se difundir. Em São Tomé foi implantado , pela primeira vez, o modelo de exploração mercantilista que mais tarde vingaria em boa parte das Américas, baseado no tripé grande propriedade, monocultivo e trabalho escravo. Essas ilhas e, em menor escala, o próprio continente europeu, eram  os principais pólos de uma fraca demanda por africanos até  princípios do século XVI.

O pioneirismo rendeu aos portugueses um predomínio quase absoluto nos primórdios do tráfico. O primeiro concorrente foi o reino de Castela, atraído  pelo comércio de escravos e pelo ouro, que recorreu ao papa para reivindicar o direito de também  fazer negócios na costa africana. Sua santidade, contudo, deu ganho de causa aos portugueses, e confirmou a primazia dessa nação no continente.

Os portugueses permaneceriam senhores incontestes da costa ao longo de todo século XVI, quando a conquista da América aumentou significativamente a demanda por escravos. Essa situação começou a mudar no século XVII, com o surgimento da concorrência de franceses e ingleses. Por essa época, o tráfico transatlântico já havia se transformado em uma indústria, que iria crescer cada vez mais, até atingir o ápice no século XVIII. Seu declínio começaria no século XIX, com a proibição do trânsito de navios negreiros no Atlântico.

Escravos exportados da África

  • Século XVI           277.505
  • Século XVII        1.875.631
  • Século XVIII       6.494.619
  • Século XIX         3.873,582

     O total dessas exportações ou tráfico é de 12.521.337 escravos, e o desembarque foi feito em várias regiões tais como:

  • Brasil                                     4.864.374
  • Caribe Britânico                      2.318.252
  • América Espanhola                  1.292.912
  • Caribe Francês                        1.120.215
  • América Holandesa                    444.728
  • América do Norte                       388.746
  • Caribe Dinamarquês                   108.998
  • Europa                                        17.722
  • África                                        155.569

Esses número somam um total de 10.711.516, a diferença encontrada entre o número de exportações e o de desembarque é a de escravos mortos durante a viagem. São 1.809.821 pessoas mortas pelos mais variados motivos.

 Manolo Florentino

fonte:revista História Viva. ano VI. n° 66

Diáspora

O termo diáspora define o deslocamento, normalmente forçado ou incentivado, de grandes massas populacionais originárias de uma zona determinada para várias áreas de acolhimento. O termo "diáspora" é usado com muita frequência para fazer referência à dispersão do povo hebreu no mundo antigo, a partir do exílio na Babilônia no século VI a.C. e, especialmente, depois da destruição de Jerusalém em 135 d.C.

Em termos gerais, diáspora pode significar a dispersão de qualquer povo ou etnia pelo mundo.

fonte: Wikipédia

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Maçonaria – Sem Dogmas

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O primeiro olhar que o franco-maçom deve alterar é aquele que ele tem a seu próprio respeito. A abordagem iniciática pode ser resumida pela fórmula de Sócrates, “Conhece-te a ti mesmo”. Mas a frase completa é “Conhece-te a ti mesmo e conhecerás o Universo e os deuses”.

Para reunir pessoas de religiões e culturas diferentes, os franco-maçons tomaram emprestada de Voltaire a ideia de um Grande Relojoeiro, mas permanecendo fiel à tradição de construtor – a expressão franc-maçom quer dizer “pedreiro livre”, em francês. Daí a concepção do Grande Arquiteto do Universo, traduzida pelo princípio que não se opõe nem aos deuses das religiões nem ao materialismo científico.

Na maçonaria não há doutrina nem dogma, o que permite a todos, crentes, ateus ou agnósticos, compartilhar uma concepção de mundo. O Grande Arquiteto do Universo é representado pelo triângulo no centro do qual se localiza um olho, o olho da consciência, o Princípio Criador. É o olho que tudo vê, que protege ou julga, dependendo do caso. Esse símbolo já podia ser visto antes do surgimento da maçonaria, como representação divina nas pinturas pré-renascentistas e na antiga arte egípcia – no caso, aludindo a Hórus, filho de Ísis e Osíris.

O mais conhecido dos símbolos maçônicos, o esquadro e o compasso associados, apareceu em 1725. O esquadro remete à terra, ao número quatro e ao quadrado. O compasso alude ao céu, à unidade e ao círculo. Combinados, encontra-se a matéria (esquadro) e o espírito (compasso) indissociavelmente ligados.

 

esquadro e compasso maçom

Frequentemente se critica certo caráter “secreto” da maçonaria, a esconder talvez boa dose de perigo. Percepção errada. Desde a criação da primeira grande loja maçônica, em 1717, em Londres, começaram a circular textos detalhando seus ritos. O conhecimento verdadeiro, porém, está inscrito na vivência de cada maçom e é dificilmente transmissível.

Iniciado em 1750, Casanova exprimia com perfeição a ideia: “O segredo da franco-maçonaria é inviolável por sua própria natureza, já que o maçom que o conhece só o conhece por tê-lo adivinhado. Ele não o aprendeu de ninguém ele o descobriu à força de ir à loja, de observar, raciocinar e deduzir”

Philippe Benhamou

fonte: revista História Viva. Ano VI. n° 71

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Mais símbolos maçônicos

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As imagens não contém mistérios nem magia: são utilizadas para fazer a mente trabalhar. Nada é sagrado nem há culto de adoração aos elementos.  Você jamais verá um irmão curvar-se  diante do que quer que seja.

Cada um deve se apropriar dos signos maçônicos e procurar em sua própria vida o que eles representam e acrescentam. Assim,  o esquadro, símbolo de retidão, provoca a reflexão sobre o que se pode construir com probidade. Os elementos são utilizados para designar os conceitos complexos de modo simples.

Aqui entramos no mundo do imaginário, no qual a razão desaparece. A esse respeito, os maçons costumam dizer que não sabem  nem ler nem escrever, pois as coisas do imaginário não se prestam à linguagem escrita ou falada. Eles reabilitam o pensamento simbólico e o colocam no mesmo plano que o pensamento racional. Isso requer um aprendizado lento e rigoroso.  

Veja mais alguns símbolos da maçonaria:

 

                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                   acacia

Acácia

Árvore de muitas espécies, disseminada no Egito, Arábia e Palestina. A Acácia era a árvore que fornecia sua madeira aos povos hebreus, a sagrada e aromática madeira Shittim ou Sitim (Êxodo 30;24 e Ese 27;220). Foi muito empregada na construção do Tabernáculo. Planta consagrada nas cerimônias, Graus e Espírito da maçonaria, como símbolo da inocência, iniciação e imortalidade da alma. Na lenda do 3º grau, o ramo de acácia indica o lugar onde os três companheiros homicidas haviam ocultado o corpo do Mestre Hiram, por eles assassinado no Templo de Salomão. Símbolo de imortalidade nos emblemas maçônicos . O famoso Diploma da Acácia é conferido ao maçom assíduo.

colunas maçonColunas

Na Maçonaria usa-se as Colunas de origem grega, a Jônica que corresponde ao Venerável Mestre da Loja a qual significa sabedoria. A Dórica que corresponde ao Primeiro Vigilante e que representa a força. Por último, a Coríntia que corresponde ao segundo Vigilante e representa a beleza. 
Na porta do Templo são colocadas duas Colunas efetivas que são chamadas Boaz ou Booz e Jachim. A primeira, Boaz, se localiza à esquerda e a segunda Jachim à direita da entrada do Templo. As duas combinadas representam “Deus se estabelecerá em força” ou “como fortaleza”.

 

delta luminoso (1)  Delta Luminoso

O triângulo é a figura geométrica que dá origem à pirâmide e ambos são parte da simbologia maçônica. Representa a presença de Deus, demonstrando a sua onisciência. É um triângulo com um olho no centro. Também chamado de Triângulo Fulgurante, representa na Maçonaria o Supremo Criador de todas as coisas, cujo olho luminoso é o Olho da Sabedoria e da Providência, que observa tudo que vê e provê.

 

Pavimento Xadrez Pavimento Xadrez ou Pavimento Mosaico

PAVIMENTO XADREZ: ornamento do centro das Lojas composto de ladrilhos brancos e pretos. Simbolizam seres animados e inanimados que decoram e ornamentam a criação, bem como o enlace do espírito e matéria, dá vida e forma por toda a parte, a união dos maçons do globo, apesar de suas diferentes cores climas e opiniões particulares. Representa também o dualismo. Oposição de diversos contrários,  o bem e o mal, espírito e corpo, luz e trevas. Somente o oficiante poderá pisar o Pavimento Mosaico na abertura e no encerramento dos trabalhos.

 

espada  maçomEspada

Acessório muito usado nas cerimônias maçônicas, geralmente como símbolo do poder e autoridade, e emblema dissipador das trevas e da ignorância. Nas reuniões de banquetes ritualísticos, é o nome que se dá à faca. É usada como jóia do Primeiro Experto, Cobridor Interno e Externo.

 

Pedra CúbicaPedra Cúbica

Depois da pedra desbastada pelo Aprendiz, o Companheiro, com o auxílio do esquadro, nível e prumo, torna-a a polida em forma cúbica. Desde os velhos tempos o cubo perfeito simboliza os seres angelicais, a alga de configuração emotiva e harmoniosa. Isso significa a evolução do Companheiro até chegar ao estágio de Mestre.

 

G. símbolo maçomLetra G

Sétima letra do alfabeto maçônico. Chama-se gimel em hebreu. Em geral significa Geometria, Geração Glória, Grande, Grão. No grau de Companheiro é o emblema misterioso que lhe conduz os passos e naturalmente alude a Geômetra (Deus)

Romã

Romã

Emblemas que coroam as colunas J e B dos templos e cujos grãos significam prosperidade e solidariedade da família maçônica.

 

fogo5 Fogo

O mais sutil, ativo e puro dos quatro elementos terráqueos (terra, ar, água e fogo) é o princípio animador, masculino em oposição à água, e fonte de energia. Nas Lojas Maçônicas mantém-se aceso sob a Estrela Flamígera, onde o Primeiro Diácono leva a luz aos seus Irmãos. 
O fogo sagrado jamais deverá ser soprado, para não ser poluído pelo hálito humano, segundo a antiga tradição persa.

Esses são mais alguns símbolos da maçonaria.

fonte: revista História Viva. ano VI. nº 71. www.brasilmacom.com.br

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Leia Também:Símbolos Maçons

 

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