Embora o trabalho escravo seja proibido pela Organização das Nações Unidas – ONU – desde 1956, ele ainda subsiste em várias partes do mundo e em muitos lugares funcionam verdadeiras redes de tráfico humano.
E, abril de 2004, o Unicef (órgão da ONU) apresentou um relatório no qual denuncia que, dos 53 países africanos pesquisados, 89% traficam pessoas com nações vizinhas e 34% com nações europeias. As crianças são as maiores vítimas, obrigadas a trabalhar como escravos, a atuar como soldados nos exércitos ou a se prostituir.
Protesto contra trabalho escravo (Brasil)
Nos Emirados Árabes Unidos, no Oriente Médio, as crianças são traficadas para servir de jóqueis de camelos. Em países como Paquistão, na Ásia, e Albânia e Portugal, na Europa, na Europa, ainda subsistem trabalhos compulsórios. As principais vítimas são as mulheres, usadas como escravas sexuais.
No Brasil, os escravos são principalmente agricultores recrutados por empreiteiros, e levados para trabalhar em latifúndios. Quando ali chegam, descobrem que já devem o dinheiro referente ao transporte e à alimentação consumida na viagem. É uma dívida que se perpetua e que permanece sempre maior que o salário a ser recebido. Estima-se que no Brasil existam de 15 mil a 40 mil trabalhadores nessa situação. Em todo o mundo, esse número deve chegar a 20 milhões de pessoas.
(Fonte: Unicef cobra ação contra tráfico de pessoas na África. disponível em www.bbc.co.uk/portuguese/notícias/story/2004/04/040423_slavery.shtml>. Acesso em 17.fev.2005; Marie Agnés Combesque. Entre guerras e miséria: os escravos de hoje. São Paulo: Scipione, 2002.)
Gislane e Reinaldo. História. ensino médio. volume único.
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