O mandato de Getúlio Vargas, eleito presidente da República em 1950, foi bruscamente interrompido por seu suicídio em agosto de 1954. Seguiu-se um período de instabilidade política que durou cerca de um ano e meio. Morto Getúlio assumiu o vice-presidente, Café Filho, que logo se afastou do governo por problemas de saúde. Foi substituído então por Carlos Luz, presidente da Câmara dos Deputados, homem do Partido Social Democrático (PSD), mas simpático à União Democrática Nacional (UDN), contrária a Vargas.
Em outubro de 1955, ocorreram eleições presidenciais. Os vencedores foram o ex-governador de Minas Gerais, Juscelino Kubitschek de Oliveira (1902-1976), do PSD, para presidente, e o gaúcho João Goulart, conhecido como Jango (1919-1976), do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) para vice-presidente.
João Goulart e Juscelino Kubitschek de Oliveira
A UDN, derrotada mais uma vez, tentou impedir a posse dos eleitos, pois tanto Juscelino quanto Jango eram de partidos que haviam apoiado Getúlio. Alegavam que Juscelino vencera, sim, mas com a maioria simples e não maioria absoluta e que, portanto, não era legitimado pela vontade popular. Juscelino vencera com 36% dos votos
Entretanto, antes que qualquer atitude fosse tomada para impedir a posse de Juscelino e de Jango, o Ministro da Guerra Teixeira Lott (1894-1984), ocupou militarmente o Rio de Janeiro e depôs o presidente Carlos Luz. Com isso o presidente do Senado Nereu Ramos (1888-1958), do PSD, assumiu a Presidência. Assim, em janeiro de 1956, Juscelino e Jango puderam tomar posse. Mais tarde o general Lott seria promovido a marechal.
(Maioria Absoluta: formada por 50% dos votos mais um)
Nelson Piletti. Claudino Piletti. Thiago Tremonte. História e vida integrada.
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