China - A revolução camponesa

Refugiado desde 1928 na província de Kiangsi,  Mao Tse-tung passou a usar uma nova estratégia para organizar os comunistas: a formação de sovietes camponeses e do Exército Vermelho. Este se diferenciava dos exércitos tradicionais chineses por contar com oficiais eleitos pelas tropas e por não permitir saques nas regiões conquistadas. Ganhando a simpatia da população, o Exército Vermelho passou de alguns milhares de integrantes em 1929 para mais de 200 mil em 1933.

Treinado para a guerrilha, o Exército Vermelho sobreviveu a diversos ataques das tropas fiéis ao Kuomintang, lideradas pelo general Chiang Kai-chek. Para combater os comunistas, Chiang Kai-chek aliou-se aos senhores da guerra - seus antigos inimigos - e os nazistas, que lhe forneceram instrutores militares e aviões de guerra. Essa aliança com a Alemanha nazista durou até 1937, quando as tropas japonesas - aliadas dos nazistas - invadiram a China, Chiang Kai-chek buscou então a ajuda dos Estados Unidos, inimigos dos comunistas quanto dos japoneses.

Em 1934, quando estavam cercados pelas tropas de Chiang Kai-chek na província de Kiangsi, os comunistas iniciaram a chamada Longa Marcha. Percorreram mais de 10 mil quilômetros a pé até  Yan'an na província de Shensi, enfrentando tropas de Chiang Kai-chek enquanto atravessavam rios e montanhas. A grandiosidade da Longa Marcha projetou Mao Tse-tung como um líder conhecido em toda a China.

A Invasão japonesa

Quando tentava organizar um novo ataque aos comunistas, Chiang Kai-chek foi aprisionado por suas próprias tropas. Só foi libertado depois de prometer abandonar a perseguição aos comunistas para concentrar esforços no combate aos invasores japoneses.

Em setembro de 1937, Chiang kai-chek e Mao Tse-tung assinaram uma trégua. Apesar dessa aliança, os japoneses conquistaram rapidamente as principais cidades chinesas, que ficaram sob o seu controle até o fim da Segunda Guerra Mundial.

A partir de 1942, com a entrada dos Estados Unidos na Segunda Guerra Mundial, os japoneses tiveram de deslocar suas forças militares para outras regiões do oceano Pacífico. Isso impediu o avanço das tropas japonesas pelo interior da China e dividiu o país em três regiões:

• uma controlada pelos comunistas, com capital em Yenam;
• outra controlada pelos nacionalistas do Kuomintang, com capital em Chung-King;
• e a terceira sob o comando dos japoneses, com capital em Nanquim.

Sem condições de dominar toda a China, os japoneses fizeram alianças com antigos membros do Kuomintang, que passaram a servi-los, coletando impostos e denunciando possíveis inimigos. Isso contribuiu para desmoralizar o Kuomintang e fortalecer a adesão ao Partido Comunista Chinês.

Vitória comunista

Com a derrota do Japão na Segunda Guerra Mundial, nacionalistas e comunistas voltaram a disputar o poder na China, em 1946. Nesse reinício da guerra civil, apesar de contarem com um exército muito menor, os comunistas conquistaram a adesão de muitos militares nacionalistas, pois estavam fortalecidos pela desmoralização do Kuominytang.

Em janeiro de 1949, as tropas comunistas dominaram Pequim e, em abril do mesmo ano, tomaram Nanquim. Em outubro de 1949, os comunistas proclamaram a República Popular da China com Mao Tse-tung como dirigente supremo.

Sob a proteção militar dos EUA, Chiang Kai-chek e seus seguidores se refugiaram na ilha de Taiwan. Também chamada Formosa, essa ilha configurou um novo país, que existe até hoje, chamado República da China.

CARDOSO, Oldimar.coleção: Tudo é história. ensino fundamental.

Technorati Marcas: Revolução Camponesa,invasão japonesa,vitória comunista,República da China

Assine nosso feed.Receba por e-mail. Obrigado pela visita e volte sempre!