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Revolução Francesa

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A Revolução Francesa deve ser estudada levando-se em conta as condições de profundas mudanças que a Europa estava passando. A Revolução Industrial, que começou na Inglaterra abalou a estrutura tradicional, não só na Inglaterra como também nas metrópoles européias e em suas colônias. A revolução intelectual que atingiu a Europa e a América foi importante no plano do pensamento, por formular críticas ao Antigo Regime e novas propostas culturais, sociais e políticas.

A Revolução Francesa foi possível graças a uma conjugação de fatores que demonstrou que o Antigo Regime, o sistema colonial, o mercantilismo protecionista e as corporações de ofícios eram fortes obstáculos para a expansão das novas atividades econômicas que tiveram uma forte expansão com a Revolução Industrial. Esses obstáculos foram removidos quase sempre pela força.

A situação da França antes da Revolução

As novas formas de produção industrial nasceram e se desenvolveram nos quadros do Antigo Regime existente na França. Por isso, a sua natural expansão, como ocorreu na Inglaterra, encontrava obstáculos nas altas taxas cobradas pela nobreza, nos impostos cobrados pelo Estado absolutista e nas restrições estabelecidas pela política mercantilista.

Para burguesia francesa era vital destruir o governo absolutista que sustentava todos os privilégios das corporações e da nobreza feudal. Mesmo porque, foi na França que eclodiu o Iluminismo, que como um movimento intelectual, soube detectar as contradições e denuncia-las com clareza.

A França, às vésperas da Revolução, contava com uma população de 16 milhões de habitantes, cuja maioria vivia no campo. Entre essa população rural havia diferenças sociais consideráveis: de camponeses proprietários ( pequenos ou grandes fazendeiros) a trabalhadores servis, explorados segundo os moldes feudais. Impostos e domínio da nobreza nas maiorias das propriedades dificultavam a expansão da agricultura capitalista.

Mas era nas cidades que se encontrava a camada mais dinâmica da sociedade francesa: a burguesia, cujo sucesso estava intimamente ligado ao desenvolvimento de seus negócios e empreendimentos e que, por isso, estava atenta a todas as oportunidades de ganhar dinheiro. Os grandes banqueiros e comerciantes eram a camada mais rica dessa classe e viviam dos grandes negócios; os advogados, médicos e outros profissionais formavam a camada intermediária; finalmente, os usuários, pequenos lojistas e pequenos industriais formavam a pequena burguesia. Apesar de ricos e de controlar a produção e os negócios da nação, os burgueses não gozavam de nenhum privilégio político social.

Ainda nas cidades, encontrava-se outro importante setor da sociedade: as camadas populares urbanas, os jornaleiros (trabalhadores por jornadas) das oficinas artesanais, empregados do comércio, operários, pequenos artesãos etc. Essas pessoas viviam de seu trabalho e suas condições de vida variavam de acordo com seus ganhos.

Uma minoria da população formava a camada privilegiada da época: a aristocracia, que incluía, além da nobreza, o alto clero (bispos, cardeais etc). Para essas pessoas, a riqueza e a boa vida não dependiam nem da sorte nos negócios nem do trabalho pessoal, mas unicamente do seu nome, do nascimento nobre. Apesar de já gozar da autonomia e do poder político de seus antepassados, tinham imensos privilégios: não pagavam impostos, cobravam taxas dos camponeses, além de receber algum tipo de pensão ou renda do Estado. Mas também nesse grupo de privilegiados havia diferenças: a pequena nobreza do interior era sustentada pelas taxas cobradas dos camponeses; a nobreza cortesã vivia faustosamente na corte do rei e recebia pensões do tesouro real: e a nobreza judiciária, ou togada, ocupava importantes cargos nas magistraturas da monarquia. Os indivíduos dessa parcela da nobreza provinham da alta burguesia, que comprava títulos de nobreza.

A organização financeira do reino exerceu papel fundamental no desencadear dos acontecimentos revolucionários. A monarquia absoluta precisava ter um sistema de arrecadação de impostos para satisfazer suas necessidades. Mas os gastos eram sempre maiores que a receita, e essa tendência se acentuou no século XVIII, quando o déficit do Estado atingiu altas  taxas. Os impostos cobrados pela Coroa não atendiam às suas necessidades, o que fazia recorrer a empréstimos da burguesia financeira para evitar a bancarrota.

As guerras, a diplomacia, a dívida pública (empréstimos) e gastos com a corte eram responsáveis por mais de 75% das despesas da monarquia. A  intervenção da França na Guerra de Independência dos Estados Unidos onerou ainda mais os cofres franceses. Ao mesmo tempo, o comércio interno francês não crescia, pois as alfândegas internas, herança feudal, impediam seu livre desenvolvimento.

PEDRO, Antonio, História da civilização ocidental. ensino médio. volume único.

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