Há 28 anos, o mundo se horrorizou com as imagens de centenas de cadáveres de crianças, mulheres e idosos assassinados e mutilados em Sabra e Chatila, na periferia da capital do Líbano, onde hoje se recorda o massacre. A proteção aos campos de refugiados palestinos, onde o exército libanês prefere não entrar, continua sendo um problema.
Quanto a Sabra e Chatila. o estopim foi o assassinato, no dia 14 de setembro de 1982, do presidente libanês Bechir Gemayel, ex-líder das Forças Libanesas (FL), a milícia cristã de direita. Gemayel havia sido eleito chefe de Estado em agosto por pressão de Israel, que invadiu o Líbano dois meses antes, e foi assassinado em um atentado à bomba, reivindicado por um partido pró-Síria.
Crianças Assassinadas em Sabra
Amparando-se nesse assassinato, o exército israelense entrou em Beirute, infringindo o acordo sobre a evacuação dos combatentes da Organização para a Libertação da Palestina (OLP) de Yasser Arafat, firmado no final de agosto com a mediação dos Estados Unidos.
O governo de Israel afirmou que queria “impedir um banho de sangue” e lutar contra 2 mil terroristas escondidos na área.
Durante três dias, as tropas realizaram um massacre, sem que as tropas de Israel posicionadas ao redor do campo, interviessem. No local, viviam cerca de 8 mil refugiados palestinos. Em 19 de setembro, a opinião pública descobriu horrorizada as imagens de um massacre que provocou entre 800 e 2 mil mortos civis.
Nelson Piletti, Claudino Piletti. Thiago Tremonte. História e vida integrada.
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