Os diferentes povos africanos desenvolveram uma infinidade de crenças religiosas, algumas delas presentes até os dias de hoje. Entre essas crenças existiam vários pontos comuns. Seus praticantes costumavam, atribuir caráter sagrado a elementos da natureza, como vegetais, animais, rios ou fenômenos naturais.
Os ritos visavam celebrar tais elementos e promover o equilíbrio entre o mundo dos seres humanos e o plano divino. Além disso, não havia distinção entre o mundo dos vivos e o mundo dos mortos. Os ancestrais estavam sempre presentes, podendo retornar em gerações futuras. A morte era vista como um momento de passagem para um estágio superior.
Para conhecer melhor esse universo, pode-se recorrer às crenças do povo Iorubá, que viveu provavelmente desde o início de nossa era na região do golfo de Benin, onde hoje se localizam Togo, Benin, Nigéria e Camarões. Segundo a crença desse povo, seus deuses, os orixás, criaram e governaram o mundo.
Entre esses orixás destaca-se Ogum, que dirigia a guerra, o ferro e a metalurgia; Xangô, que comandava o trovão; e Iemanjá, senhora das águas e mãe dos deuses e dos seres humanos. Cada um desses recebeu de Olodumaré, o ser supremo, uma parte da natureza que devia comandar.
O judaísmo se espalhou por diversas cidades do norte do continente africano, através das rotas de comércio que saíam da Palestina desde pelo menos o século V a. C. Os judeus, no entanto, não tiveram a pretensão de converter grandes massas populacionais.
O cristianismo, por sua vez, tornou-se religião dominante no Império de Axum. Mas só penetrou de forma intensa na África depois do século XV. Já o islamismo chegou ao continente a partir do século VIII, convertendo fiéis por todo o norte africano.
Nelson Piletti. Claudino Piletti. Thiago Tremonte. História e vida integrada. ensino fundamental.
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