Carlos Magno, que governou a França no final do século VIII e início do século IX (768-814), havia ordenado que cada mosteiro e cada igreja tivesse sua escola, dirigida pelo clero e aberta a todos. Essas recomendações foram renovadas nos séculos seguintes por papas e por concílios, entretanto não se pode saber o quanto tais determinações foram efetivamente cumpridas. Pode-se afirmar que o ensino não foi totalmente abandonado pelo clero nos séculos X e XI
Até o século XIII, o ensino era ministrado pelo clero em dois tipos de escolas, escolas monásticas, instaladas em grandes abadias ou mosteiros, originariamente reservadas para a formação de monges, mas que depois passaram a receber outros estudantes, e escolas catedrais ou episcopais, instaladas pelas catedrais (catedral é o nome que se dá às grandes igrejas que são sedes de bispados). As escolas catedrais ficavam sob a responsabilidade do bispo por intermédio de um funcionário designado por ele, chamado cônego, que tinha, entre outras, a função de administrador da catedral. Um dos cônegos recebia o título de chanceler e era o diretor de ensino. Ele emitia em nome do bispo a licentia docendi (licença para ensinar), que era a permissão para ensinar, sem a qual ninguém podia ser professor.
Escolas Famosas
Algumas escolas ficaram famosas devido ao mérito de alguns professores. Na França, no século XI, destacam-se as escolas episcopais de Reims, Chartres, Orleans, as escolas monásticas de Cluny e de Bec e as abadias de São Vitor e Santa Genoveva, estas duas últimas em Paris. Na Itália, era importante a escola do mosteiro de São Félix, em Bolonha. No final do século XI cresceu muito a reputação das escolas de Paris devido aos seus professores. O mais ilustre foi o filósofo Abelardo (1079-1142). Em torno dele, afluíam alunos de várias regiões da Europa para assistir às suas aulas.
Principais Centros de Ensino
No século XII, três grandes centros intelectuais podiam ser distinguidos no cenário europeu: a Itália, a Espanha e a França.
Na Itália, havia a Escola de Medicina de Salerno e a Escola de Direito de Bolonha.
Na Espanha, a cidade de Toledo era o grande centro intelectual para o qual acorriam estudiosos de variada origem que estavam em busca dos sábios árabes e judeus, possuidores, estes últimos, de manuscritos árabes e gregos. Toledo era famosa por seus estudos de Medicina, Ciências (em especial Álgebra, Física e Astronomia) e Filosofia. Por intermédio dos sábios de Toledo, houve uma grande difusão dos escritos do filósofo grego Aristóteles (a quem os sábios ocidentais alcunharam de O Filósofo, tamanho era o respeito que tinham por suas obras)
Na França, Paris despontou como um importante centro de estudos de Teologia. Nessa cidade, estudantes e professores concentravam-se numa região localizada na margem esquerda do rio Sena; uma vez que o idioma por eles utilizado era o latim, tal região ficou conhecida como o quarter latin (bairro latino), e tal designação permanece aos dias atuais.
Posteriormente, as universidades de Oxford e Cambridge, ambas na Inglaterra, também se destacaram como importantes centros de estudos.
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Instrução sempre foi essencial, embora nem sempre ensinar foi o forte das religiões. Ainda mais em épocas em que valorizavam tanto a ignorância como forma de reter o poder em suas mãos!
Parabéns pela excelente postagem, muito bem escolhida Susi.
Obrigado pelo email. Tempinho livre no trabalho...sempre que der aparecerei.
Valeu!!!!!!!
Abração!
E isso aí Marcelo, se parar pra pensar as coisas não mudaram muito. É mais viável para os poderosos deixar o povo na ignorância.
Quanto ao e-mail, não tem porque agradecer.
Obrigado mais uma vez pelo comentário.
Apareça sempre que puder.
Abs.
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