Twit This!A conjuntura nacional
As manifestações contra o domínio das oligarquias adquiriram um caráter cada vez mais violento. Os mecanismos políticos da República Velha já não se adaptavam à nova realidade urbana e industrial, com novas camadas sociais exigindo uma maior participação política. A situação econômica também se tornava incontrolável à medida que os preços de nosso principal produto de exportação, o café, baixavam a cada dia nas cotações internacionais. Ao mesmo tempo, as fazendas não paravam de produzi-lo, contribuindo para que seu preço baixasse ainda mais. O Estado precisava intervir, constantemente para manter os preços estáveis. Ainda assim, o poder de controle do Estado era limitado pelos fatores externos. No exato momento em que houve a quebra da Bolsa de Valores de Nova York, a safra de café de 1929/1930 foi uma das maiores da história do país.
Os bancos internacionais que, em situação normal, emprestavam dinheiro aos governos estaduais para valorizar artificialmente o produto suspenderam os empréstimos, por se encontrar em grave crise provocada pela quebra da Bolsa de Nova York. Por isso, os cafeicultores apelaram para o governo federal de Washington Luís (1916-1930), que havia sucedido Arthur Bernardes dentro da política do café-com-leite. Washington Luís não interveio diretamente em favor dos cafeicultores. O presidente achava que o aumento das exportações compensaria a baixa do preço do produto no mercado mundial. Washington Luís estava equivocado, pois os países industriais, quando entraram em crise, compraram cada vez menos produtos dispensáveis, como é o caso do café.
Politicamente, esse fato teve uma repercussão importante: uma grande parte dos cafeicultores passou a fazer oposição a Washington Luís.
PEDRO, Antônio. História da civilização ocidental. ensino médio. volume único.
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