A Europa do século XVI foi em grande parte dominada politicamente pela poderosa família dos Habsburgos. Eles tinham o domínio sobre o Sacro Império Germânico e sobre várias outras regiões do continente europeu. Em 1516, estenderam esse poder para a Espanha, quando o imperador Carlos V assumiu o trono desse país. O domínio dos Habsburgos sobre a Espanha se consolidou em 1556, quando Filipe II, filho de Carlos, se tornou rei espanhol. Filipe II era considerado um dos mais poderosos reis do mundo. Seu império era constituído pela Espanha, parte dos Países Baixos (Holanda), parte da Itália, e todos os domínios desses países na América e na Ásia. Como se isso não bastasse, o rei espanhol tinha pretensões de estender seus domínios sobre Portugal. A oportunidade para seu intento ocorreu em 1578.
Portugal sob o domínio espanhol
Portugal nessa época era governado por D. Sebastião que pretendia restaurar o espírito das cruzadas. Ao tentar conquistar o norte da África, em poder dos muçulmanos, em 1578, as forças portuguesas foram derrotadas na batalha de Alcácer Quibir. O rei D. Sebastião, que comandava o exército, desapareceu na batalha. Portugal viu-se, de uma hora para outra, mergulhado numa profunda crise político-sucessória, pois o jovem rei desaparecido não deixou filhos.
Entre 1578 e 1580, os portugueses foram governados por D. Henrique, um velho cardeal, tio do rei desaparecido, que também morreu sem deixar herdeiros. O rei espanhol, Filipe II, era neto do rei português da época da descoberta do Brasil, D. Manuel, e se considerava o legítimo herdeiro do trono português. Parte da nobreza de Portugal resistia à pretensão do monarca espanhol. O impasse político foi resolvido com o uso da força: Filipe II invadiu Portugal, em agosto de 1580, e derrotou os exércitos lusitanos na batalha de Alcântara. Iniciava-se nesta data o período denominado União das Coroas Ibéricas, no qual Portugal ficou sob o domínio da Espanha e que se estendeu até 1640.
Os espanhóis, assim como os portugueses, haviam sido pioneiros na centralização do poder e na expansão marítima. Portugal e Espanha tiveram por isso mesmo, fabulosas riquezas em seu poder. No entanto, no período imediatamente posterior ao da União das Coroas Ibéricas, esses países encontravam-se com sua economia abalada.
As riquezas obtidas anteriormente não foram aplicadas em setores produtivos. Ao contrário, essa riqueza era gasta na compra de manufaturados da Inglaterra, França e Holanda, em obras suntuosas, como palácios, igrejas, conventos, e na custosa máquina do Estado. A debilidade estrutural da economia interna criava uma extrema dependência dos países ibéricos na exploração das usas colônias.
Carlos V
Imperador Carlos - Um dos mais poderosos monarcas de sua época, foi imperador do Sacro Império Germânico (Carlos V), governante da Flandres e rei de Espanha (Carlos I), convertendo-se no primeiro monarca espanhol da casa de Áustria.
PEDRO, Antônio. História da civilização ocidental. ensino médio volume único.
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