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A vida urbana e as doenças (parte II)

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Alcovas e cortiços

Uma série de fatores contribuiu para o crescimento desordenado de muitas cidades brasileiras, sem planejamento por parte dos governos. O mau uso do espaço urbano afetou, principalmente, a vida da população menos favorecida.

Os terrenos que existiam nas cidades pertenciam a um número reduzido de pessoas e eram vendidos a preços altos. Não havia leis que regulamentassem a construção de habitações. Por isso, em vez de casas ou prédios, era mais lucrativo construir conjuntos de cômodos sem janelas, chamados alcovas. Também era comum dividir uma casa entre várias famílias, transformando-a num cortiço.

As pessoas, mais pobres se viam obrigadas a viver em alcovas e cortiços, em precárias condições de higiene, o que facilitava a propagação de doenças. Desde o século XIX, doenças como a febre amarela e a varíola mataram milhares de brasileiros.

Veja o texto a seguir, extraído de um pronunciamento feito em 1873 pelo médico Ataliba de Gomensoro na Academia Imperial de Medicina, no Rio de Janeiro.

Para debelar a epidemia, 1873

Entendendo que o foco de epidemia [...] existe nessas casas [...] chamadas cortiços [...] propus a disseminação forçada dos indivíduos que aí vivem [...] respirando um ar insuficientíssimo, como o único meio possível de debelar, senão totalmente, ao menos em grande parte, a epidemia que parece tomar [grandes] proporções [...]

Ao propor essa medida não tive em vista entrar por essas casas e expulsar os moradores, dando-lhes as ruas por moradas, porém reduzir os habitantes dos cortiços ao número rigorosamente comportável a essas casas. Se em um quarto [...] o ar é somente suficiente para duas pessoas, deve-se remover as 18 ou 20 para as quais o ar existente torna-se confinado, e que entretanto aí vivem.

JANOTTI, Maria de Lourdes Mônaco et alii. Coletânea de documentos históricos para o 1º grau: 5ª a 8ª séries. São Paulo: Secretaria de Estado da Educação, 1985, p. 38.

 

Academia Imperial de Medicina

Criada em 1829 como Sociedade de Medicina do Rio de Janeiro, em 1835 passou a se chamar Academia Imperial de Medicina. Com a proclamação da República (1889), tornou-se Academia Nacional de Medicina, nome que mantém até hoje. Mais informações sobre a instituição acesse:

Academia Nacional de Medicina

CARDOSO, Oldimar. coleção: Tudo é História. ensino fundamental.

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