Carlos Magno deu grande importância à educação, as artes e ao conhecimento. Precisava de pessoas preparadas para administrar seu imenso império. Queria, ter funcionários aptos a ler e escrever textos em latim, língua usada nos documentos oficiais.
Para isso, Carlos Magno reuniu na sua corte os maiores sábios da Europa. Eles vieram dos centros mais avançados da época: as regiões que correspondem à Itália, Espanha e Inglaterra atuais. Apenas um deles era franco, Eginardo, biógrafo e secretário do imperador. O mais importante desses sábios era Alcuíno de York, professor, bibliotecário, teólogo e autor de obras didáticas. Ele foi encarregado pelo imperador de preparar o texto definitivo da Bíblia. Depois de um longo e penoso trabalho de pesquisa, comparação, correção e escrita, a Bíblia redigida por Alcuíno ficou pronta e foi considerada a versão oficial durante toda e Idade Média ocidental (séc.V a XV).
Carlos Magno
Carlos Magno fundou também muitas escolas para crianças nos conventos, nas catedrais e no próprio palácio. A maioria delas visava instruir os garotos que iam seguir carreira religiosa. Já as escolas do palácio, frequentada apenas pelos filhos dos nobres e a servidores próximos, preparava-os para assumir a administração do reino. A língua ensinada nessas escolas era o latim. As disciplinas mais importantes eram gramática, aritmética, música, geometria e astronomia.
Foi na época de Carlos Magno também que as obras escritas pelos gregos e romanos foram salvas. A maioria desses manuscritos antigos só chegou até nós graças aos monges copistas, assim chamados porque passavam um tempo enorme trancados nas bibliotecas dos mosteiros copiando os textos greco-romanos que lhes eram ditados em voz alta pelos colegas.
Os monges ilustravam seus livros com pinturas chamadas iluminuras e, para encaderna-los usavam placas de marfim, com ouro e pedras preciosas nas bordas,[
O marfim das capas sobreviveu ao tempo. O ouro e as pedras preciosas foram roubados.
Todo esse movimento cultural ocorrido na época de Carlos Magno ficou reconhecido como Renascimento Carolíngio.
fonte: BOULOS JUNIOR, Alfredo. coleção História Sociedade & Cidadania. sexta série. p.25
Pedro, Antonio – História da Civilização ocidental: ensino médio volume único/p. 95-6.
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