A Guerra dos Cem Anos foi um grave conflito na Europa medieval que colocou em lados opostos a Inglaterra e a França. Com períodos de luta e tréguas, estendeu-se de 1337 a 1453.
Questões Políticas
A guerra foi provocada pelas pretensões do rei da Inglaterra, Eduardo III, à sucessão dos Capetos na França. Filipe IV, o Belo (1285-1314), havia deixado três filhos que reinaram sucessivamente e não tiveram herdeiros masculinos. Quando o último Capeto morreu (1328), os barões franceses declararam que “nenhuma mulher e, consequentemente, nenhum filho desta poderia, em virtude do costume, suceder no Reino da França”. Esta decisão descartava do trono Eduardo III, rei da Inglaterra, que era neto, pelo lado materno, de Filipe, o Belo. Ao mesmo tempo era dado o direito à Coroa a um sobrinho de Filipe, o Belo, filho de um de seus irmãos, Carlos de Valois, que assumiu o trono com o nome de Filipe VI, inaugurando a dinastia de Valois. Veja esquema abaixo:
Eduardo III, rei da Inglaterra, que tinha possessões no território francês, era também duque da Aquitânia. Enquanto tal, deveria prestar “homenagem” ao rei da França, de quem era vassalo. Em 3 e junho de 1329, em Amiens, Eduardo III presta “homenagem” do rei Filipe VI. Ocorre que a França dava apoio político à Escócia em sua luta de independência em relação à Inglaterra. Eduardo III, da Inglaterra, reconsidera sua posição e passa a exigir para si o trono francês.
Questão Econômica
A Inglaterra exportava lã bruta para os Países Baixos, onde havia manufaturas de tecidos. Entretanto. os Países Baixos (Flandres) eram vassalos do rei da França. O governo da Flandres era pró-francês e os comerciantes e setores ligados às manufaturas de lã eram pró ingleses. Devido a atritos entre o governo inglês e o governo de Flandres, o rei da Inglaterra, Eduardo III, ao que parece, esperando um movimento popular pró-inglês em Flandres, faz embargos ao embarque de lã bruta para Flandres. Este fato provoca uma revolta de comerciantes e manufatureiros, liderados por um próspero mercador de tecidos, Jacob van Artevelde, que consegue a adesão de outras cidades e forma um governo. Sob seu governo, os flamengos assinam um tratado comercial com a Inglaterra, seguido de uma aliança política que reconhecia Eduardo III o soberano legal de Flandres (o que implicava reconhece-lo como rei da França). Acrescentava-se, assim, mais um pretexto para Eduardo III reclamar o trono francês, e despachou um desafio formal ao seu suserano Filipe VI (1337).
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