Babilônia foi uma das maiores cidades de uma região conhecida pelo nome de Mesopotâmia, que significa “terra entre rios”. Situada entre os rios Tigre e Eufrates, a Mesopotâmia era uma espécie de encruzilhada do Mundo Antigo para qual convergiram muitos povos.
As mais antigas cidades de que se tem notícias até agora surgiram na região hoje conhecida como Oriente Médio ou Oriente Próximo. Por volta de 4000 a.C havia ali pelo menos seis cidades importantes. Çatal Hüyuk, fundada em 10.000 a.C., no sul da atual Turquia. Mas a maior parte desses centros urbanos ficava na Mesopotâmia. Era o caso de Ur, construída por volta de 4000 a.C e citada no Antigo Testamento, que constitui a parte mais antiga da Bíblia.
Essas cidades eram independentes umas das outras, ou seja, cada uma tinha seu próprio governo. Por isso são chamadas pelos historiadores de cidades-Estado. Em 2350 a.C., aproximadamente, o rei Sargão da cidade de Kish, venceu as cidades vizinhas e se impôs como governante de império acádico, nome derivado de Ágade, ou Acad, cidade especialmente construída por Sargão I para servir de sede de seu governo.
Sargão I apoiava-se em um exército permanente, formado por 5400 homens. Seu neto, Naram-Sin, foi provavelmente o primeiro soberano mesopotâmico a exigir que seus governados o tratassem como um deus, tal como era feito no Egito.
O Império acádico, também chamado de Primeiro Império mesopotâmico, se desintegrou por volta de 2100 a.C. Nos séculos seguintes outros impérios se formaram na região. Um deles foi o Império babilônico, surgido em 1800 a.C, aproximadamente. Entre os soberanos desse período, o que mais se destacou foi Hammurabi (1792a.C-1750a.C), responsável por um dos primeiros códigos de leis da História.
Com a decadência do Império babilônico, a partir de 1600 a.C a Mesopotâmia foi invadida por diversos povos, entre os quais os hititas, provenientes da Ásia Menor. Por volta de 1200 a.C., os hititas foram vencidos pelos assírios (1200a.C.–612a.C), que anexou a seu território outras regiões como a Fenícia.
A escrita Cuneiforme
Assim como no Império Egípcio a vida era muito diversificada e complexa, acontecia a mesma coisa nas cidades construídas pelos sumérios no sul da Mesopotâmia por volta de 4000 a.C. Cada uma delas tinha seu próprio governo, seus palácios e templos. Entre as pessoas que viviam nelas estavam os sacerdotes, funcionários que cobravam impostos, comerciantes, artesãos, pedreiros e também trabalhadores rurais.
Antes mesmo dos egípcios os sumérios precisavam criar formas de registrar e fazer o controle das atividades de todas essas pessoas. Às vezes o rei precisava enviar mensagens a seus funcionários em locais mais distantes, os funcionários por sua vez, precisavam registrar o nome das pessoas que pagavam ou que não pagavam os impostos, e assim por diante. Essas informações nem sempre podiam ser transmitidas oralmente. Foi assim que os sumérios inventaram uma forma de comunicação que não dependia da presença física da pessoa que precisava transmitir a informação. Essa forma de comunicação foi a escrita.
A escrita mesopotâmica foi chamada de cuneiforme porque era feita de sinais que tinham a forma de cunha. Além dos sumérios, seus inventores, a escrita cuneiforme foi utilizada por quase 3 mil anos por outros povos da região, como os acadianos, os babilônicos, os hititas e os assírios.
Inicialmente, os símbolos da escrita cuneiforme representavam idéias, e não sons, como em nossa escrita. Esses símbolos, chamados pictogramas, eram gravados em tabuletas de argila. Para que os pictogramas não fossem apagados, essas tabuletas eram cozidas ao sol ou em fornos.
tabuleta de argila com escrita cuneiforme, datada de 2.350 a.C
CARDOSO, Oldimar. coleção Tudo é História. ensino fundamental.
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