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A guerra do Peloponeso, século V a.C

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Temos um sistema político – que se chama democracia, pois se trata de um regime concebido, não para uma minoria, mas para – a maioria. Em virtude das leis – todas as pessoas são cidadãos iguais. Por outro lado, é conforme a consideração – que cada um é preferido para a gestão dos nossos negócios públicos, menos  por causa da sua classe  social do que pelo seu mérito. E nada importa a pobreza: se alguém pode prestar serviço à Cidade, não é disso impedido pela obscuridade da sua categoria. É como homens livres que administramos o Estado

discurso de Péricles, e, 430 a.C Tucídides. A guerra do Peloponeso. In: FREITAS, Gustavo de.

Trecho do livro Política, século IV a.C

Qual pode ser, pois a igualdade em que – pobres e ricos estarão de acordo, é que deve examinar-se à luz do que uns e outros definem como justo. Ambos os grupos dizem que deve prevalecer a opinião da maioria dos cidadãos. Concedamos, porém não inteiramente; sendo duas as partes que constituem a cidade: os ricos e os pobres, o que deve prevalecer é aquilo em que concordem uns e outros ou a maioria; no caso de opiniões contrárias, prevalecerá a dos mais numerosos e cuja propriedade é maior. Por exemplo, suponhamos que os ricos são  dez e os pobres vinte, que haja um choque entre o parecer de seis ricos de um lado com a de quinze pobres de outro, que os quatro ricos restantes se unam aos pobres e os cinco pobres restantes, aos ricos; neste caso deverá prevalecer a opinião do grupo cujas propriedades somadas alcancem a cifra mais alta.

ARISTÓTELES. Política. 1317a – 1329b. In PINSKY, Jaime 100 textos de história antiga.

 

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