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O Estabelecimento da Inquisição

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Apesar de sufocadas pela violência, as heresias continuavam a existir de maneira secreta. Por essa razão, durante o pontificado do papa Gregório IX (1227-1241), o Concílio de Toulouse (1229) criou os "inquisidores da fé".

Os inquisidores estavam encarregados de averiguar as crenças das pessoas. Podiam encarcerar os suspeitos. Esses atos eram cometidos secretamente, seja por meras suspeitas, seja por simples denúncias que eram provocadas pelos mesmo inquisidores e cujos autores permaneciam ocultos.

 o tormento pelas águas

O acusado não era acareado com seus acusadores. Para obriga-lo a confessar, os inquisidores podiam submeter a vítima à tortura. Às vezes o deixavam vários dias sem comer ou beber, ou lhe esmagavam os dedos num torno, ou o faziam beber à força enormes quantidades de água. Depois de ter sido obrigado a confessar, o tribunal pronunciava solenemente a sentença.

 A punição final era a morte na fogueira

O herege que se arrependia era condenado ao "emparedamento", isto é, à prisão. Se continuasse com suas práticas hereges tornava-se "relapso" e, então era queimado vivo. O suplício era executado pelo "braço secular" entregue às autoridades civis, que executavam a sentença da Igreja,

fonte: apostilas ETAPA

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9 :

Junior Pereira disse...

Olá, equipe HISTOBLOG, estou aqui para realizar uma análise sobre o texto, conforme combinado.
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Sempre que tocamos no assunto do funcionamento da Inquisição, precisamos considerá-la sob o prisma da época em que ela atuou. Na Idade Média, a Religião constituía a garantia e o fator de coesão do Estado. Sempre que tentamos delimitar o Direito civil e o eclesiástico, encontramos dificuldades. Os leitores das crônicas de Gall Anonim (monge beneditino que escreveu a história da Polônia desde o início até o século XII; não se conhece seu nome; alguns dizem que vinha da Gália, daí o nome Gall Anônimo) muitas vezes fazem a pergunta: quebrar os dentes publicamente com um pedaço de pau, devido à quebra ostensiva do jejum, constituía uma pena civil ou eclesiástica? Na verdade, era uma pena civil à qual a Igreja se opunha.

"Na Idade Média, os problemas criminais, civis e religiosos se interpenetravam. Lendo os autos dos processos inquisitoriais, mais de uma vez encontramos bandidos comuns que, surpreendidos pela polícia no ato de violação, de roubo, de assalto à mão armada, rapidamente inventavam uma motivação religiosa para explicar o seu procedimento. Por quê? Simplesmente para cair na esfera da justiça da Inquisição e não da justiça civil ou temporal." (Dr Romam Konik)( Esta estrevista pode ser vista em:http://www.apostoladoshema.com/2009/10/em-defesa-da-santa-inquisicao-parte-ii.html)
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À luz da Era Medieval, a Inquisição foi uma evolução gigantesca, no que se diz respeito ao processo penal. Muito se fala da
Inquisição como intransigente, torturadora, e sádica, mas... por incrível que pareça, devemos muito a Santa Inquisição. O que tinhamos quando as pessoas eram julgadas pelo Direito Germânico? Os Ordálios, como eram chamados? A Igreja criou as celas, transferiu as penas por tortura para penas de privação, criou o sistema de acusão mediante provas, e as condições de igualdade. Antes disso, as pessoas baseavão-se em paradigmas saxões, como o direito germânico que coloca o braço da pessoa no chumbo, enfaixava, e se por acaso não ficassem marcas, a pessoa era inocente, isso lhes parece justo?

Junior Pereira disse...

Passando adiante: "Crimes de fé", eu já li em um texto anterior sobre os Cátaros que "não tiveram chance contra crueldade da Igreja Católica", ora, isso não é verdade.
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Os Cátaros fomentavam gigantescas descontruções sociais, levando numerosas almas ao pereciemnto.
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Cito (Histoire de l’Inquisition au Moyen-Age, I, págs. 108-9)
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"Aliás, quando um homem estava moribundo, seus parentes acreditavam cumprir um dever de caridade acelerando seu fim”
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Essa era a crença cuja rápida difusão através o midi da Europa encheu a Igreja de um terror plenamente justificado. Por mais horror que nos possam inspirar os meios empregados para combatê-la, por mais piedade que devamos sentir por aqueles que morreram vitimas de suas convicções, reconhecemos sem hesitar que, nas circunstâncias, a causa da ortodoxia era a da civilização e do progresso. Se o catarismo se houvesse tornado dominante, ou pelo menos igual ao catolicismo, não há dúvida de que sua influência teria sido desastrosa” (pág. 121).
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Daniel-Rops transcreve palavras de outro escritor protestante, Paul Sabatier, do mesmo tom: “O papado nem sempre esteve do lado da reação e do obscurantismo; quando ele abateu os cátaros, por exemplo, sua vitória foi a do bom senso e da razão”. Mais adiante: “É preciso que as perseguições sofridas pelos hereges não os tornem interessantes a ponto de perturbarem nosso julgamento” (La Cathédrale et la Croisade).
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Passando adiante, creio que as questões da tortura não ficaram totalmente esclarecidas:
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Muitos dos crimes julgados pela Inquisição eram de caráter moral, como pedofilia, adultério,roubo, e, - como o comentário do Dr. Romam Konik diz- muitos procuravam a Inquisição. Vale lembrar que confssar o crime e mostrar-se arrependido era o suficiente para que o réu fosse absolvido, nunca houve e nem haverá outro tribunal com tal prática.
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Naquela época, os crimes contra a Fé não eram apenas delitos religiosos, mas também crimes contra a segurança do Estado, porque provocavam sérias perturbações na ordem pública. Na França, onde não havia Inquisição, quarenta anos de guerras civis, por causa de religião, devastaram o país. A Alemanha, por sua vez, foi ensangüentada pela Guerra dos Trinta Anos, com a intervenção de potências estrangeiras e a fragmentação do país, que perdeu mais de 20% de sua população. Espanha e Portugal, onde os reis obtiveram do Papa autorizações para instituir a Inquisição, ficaram, por isso, livres de conflitos religiosos. Por incrível que possa nos parecer hoje, a Inquisição era uma instituição pacificadora e uma garantia da ordem pública.
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(esse comentário foi retirado de: http://www.apostoladoshema.com/2009/10/em-defesa-da-santa-inquisicao-parte-i.html)
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Espero ter ajudado.
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Júnior, Diretor do Apostolado Shemá.

Anônimo disse...

Não, não é justo, mas uma coisa não justifica a outra, a violência em nada é justificada, principalmente quando vem de uma instituição que se diz temente a Deus, e pelo que sei e aprendi, Deus é amor. Seja na Idade Média, ou em tempos atuais nenhuma violência é justificada.

Anônimo disse...

Sinto muito, mas não concordamos com suas colocações, não importa o que um ou outro disse ou escreveu,não importa se quem escreveu foi um autor de renome ou um homem do povo, as pessoas foram torturadas, morreram queimados vivos, defender esse tipo de comportamento é no mínimo terrível. Não conhecemos esses textos citados, mas aqui no HISTOBLOG, somos em primeiro lugar tementes a Deus e não à Igreja. Não concordamos com a defesa da "Santa Inquisição", que de santa não teve nada.
São praticados crimes desde o início dos tempos por todos os povos, não importa quem sejam; franceses, portugueses, alemães, húngaros, brasileiros, não importa a nacionalidade, torturar, matar, humilhar não são atos de pessoas que amam seus semelhantes. Fomos ensinados a honrar pai e mãe, cumprir nossas obrigações, amar nosso semelhante, dar abrigo a quem necessita, dar amor ao carente de afeto, orientar quem está perdido e ser acima de tudo justo. Praticar a justiça, doa a quem doer. Ser honesto consigo mesmo é ser honesto com o outro.Ser honesto é praticar boas ações e não prejudicar nada nem ninguém. A "Santa Inquisição" em nosso modo de pensar, ou os inquisidores, como desejar, eram grupos de criminosos que se escondiam atrás da bandeira da moralidade que eles mesmos não praticavam.
Tortura, morte, humilhação são crimes hediondos.
Somos iguais, cheios de qualidades e defeitos, temos nossas dúvidas e crenças, mas crime é crime, seja um homem comum ou um membro de qualquer instituição ou grupo que o cometa está errado, não é justo nem decente.

Junior Pereira disse...

Prezados irmãos, creio que está havendo um equivoco. A defesa da "Santa Inquisição", não gira em torno de um discurso cego carregado de parcialidade por eu ser Católico.
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Como foi falado na troca de e-mails, eu vim aqui a pedido da Vanessa que disse querer um parecer meu. E é o que estou fazendo. Não quero levar a discussão para o lado Teológico para afirmar que a "violência" não é intrinsecamente má, então vou fazer algumas constatações:
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Com o Papa Inocêncio III, no século XIII, durante o quarto Concílio de Latrão foi oficializado o sistema Inquisitório. No seu texto, é afirmado que: "Por essa razão, durante o pontificado do papa Gregório IX (1227-1241), o Concílio de Toulouse (1229) criou os "inquisidores da fé"."
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O que, de fato, não procede.
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Passando adiante.
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"Para obriga-lo a confessar, os inquisidores podiam submeter a vítima à tortura. Às vezes o deixavam vários dias sem comer ou beber, ou lhe esmagavam os dedos num torno, ou o faziam beber à força enormes quantidades de água. Depois de ter sido obrigado a confessar, o tribunal pronunciava solenemente a sentença."
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Isso também não procede. A Inquisição absolvia o réu quando havia a confissão, e as torturas só eram encaminhadas ao poder secular quando o réu era reincidente, além do que, a tortura da Inquisição eram a mais branda da era medieval. Estas atribuições à ela, certamente são equivocadas.
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Recomendo a leitura para o enriquecimento do conhecimento:
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CRISTIANI, Monsenhor. Breve História das Heresias. Trad.: José Aleixo Dellagnelo. São Paulo: Flamboyant, 1962.

DEVIVIER, W. J. Curso de Apologética Cristã. 3ª Ed. São Paulo: Melhoramentos, 1925.

FALBEL, Nachman. Heresias medievais. São Paulo: Perspectiva, 1996.

FAITANIN, Paulo. Inquisição: verdade e mito! AQUINATE, n°3, (2006).

FAITANIN, Paulo. Idade Média: a importância da filosofia e da teologia na configuração da cultura medieval. AQUINATE, n°3, (2006).

GONZAGA, João Bernardino. A Inquisição em seu mundo. São Paulo: Saraiva, 1993.

G & J TESTAS. A Inquisição. Trad.: de Alfredo N. e Maria Antônia N. São Paulo: Difusão Européia do Livro, 1968.

LE GOFF, Jacques. Los intelectuales de la Edad Media. Trad.: Alberto L. Bixio. Barcelona: Editorial Gedisa, 1996.

MLA citation. Blötzer, Joseph. “Inquisition” The Catholic Encyclopedia. Vol. 8. New York: Robert Appleton Company, 1910.

PORTEIL, R.P. Nicolas. A Inquisição Espanhola, uma questão candente. Revista Iesus Christus – Año XV, nº 95 – Septiembre/octubre de 2004.

PERNOUD, Régine. Luz sobre a Idade Média. Trad.: GONÇALVES, António Manuel de Almeida. Portugal: Publicações Europa-America, 1981.

PERNOUD, Régine. Those Terrible Middle Ages, debunking the myths. Trad.: Anne Englund Nash. San Francisco: Ignatius Press, 2000.

WALSH, W. Th. Personajes de la Inquisición. Madrid, 1948.

Junior Pereira disse...

Em tempo, vou continuar visitando o blog, e comentando nos textos.
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O Banner de vocês já está no meu blog, aguardo a confirmação da parceria.

Fiquem com Deus.

Anônimo disse...

Olá Junior,
Nossa equipe está realmente muito preocupada com o rumo desses debates, mas se não há debate, não há aprendizado nem mesmo entendimento dos fatos reais. Não temos os livros que foram indicados, vamos precisar de tempo para providenciar.
Você pode e deve continuar fazendo seus comentários, dando seu parecer e nos ajudando a entender as coisas.
Comentários relevantes como os seus são muito importante para nós.
Obrigado por seus comentários.
Sem mais,
Susi - Equipe HISTOBLOG

Junior Pereira disse...

Prezada Susi.

Como disse, apresentei fontes para os meus argumentos, o que é de se esperar como historiador.

Em suma, creio ser de suma importância um debate sobre o assunto, seria interessante alguns comentáriios no meu blog, muitos dos meus leitores se interessariam em debater sobre a Idade média tbm, já que o seu blog possui tantas postagens, seria algo muito bom para ambos os lados.

Uma coisa que vocês podem esperar de mim é coerência, não haverá de minha parte ofensas, ou julgamentos temeários.

Fiquei receioso à respeito da publicação não ter saído hoje, os comentários nada teem a ver em relação a parceria. Não há por que nós divergimos em algumas opiniões,- em muitas não-, que nós não possamos realizar a parceria.
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Sobre os livros, existem alguns disponíveis para baixar. Como muitos deles são usados na Graduação e na Pós em História Medieval, grande parte está disponível para donwload, se quiser eu passo alguns link's.

Fique com Deus!

Junior Pereira disse...

Olá.

Aprveitei para voltar aqui e citar algumas cosias sobre os Cátaros, os Albigenses e os Valdenses:

João Bernardino Gonzaga em “ A Inquisição em seu mundo”, retrata: “A Inquisição nunca foi um tribunal meramente eclesiástico; sempre teve a participação (e participação de vulto crescente) do poder régio, pois os assuntos religiosos eram, na Antiguidade e na Idade Média, assuntos de interesse do Estado; a repressão das heresias (especialmente dos cátaros, que pilhavam e saqueavam as fazendas) (Pág 9).
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Colocar que os Cátaros eram pessoas 'puras' e que não haviam motivações seculares para o seu julgamento, tbm não é algo que procede, segundo as fontes históricas.

Vc's possuem algum texto sobre Karl Marx? Adoro esse tema.

Até mais.

 

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