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A guerra do Peloponeso, século V a.C

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Temos um sistema político – que se chama democracia, pois se trata de um regime concebido, não para uma minoria, mas para – a maioria. Em virtude das leis – todas as pessoas são cidadãos iguais. Por outro lado, é conforme a consideração – que cada um é preferido para a gestão dos nossos negócios públicos, menos  por causa da sua classe  social do que pelo seu mérito. E nada importa a pobreza: se alguém pode prestar serviço à Cidade, não é disso impedido pela obscuridade da sua categoria. É como homens livres que administramos o Estado

discurso de Péricles, e, 430 a.C Tucídides. A guerra do Peloponeso. In: FREITAS, Gustavo de.

Trecho do livro Política, século IV a.C

Qual pode ser, pois a igualdade em que – pobres e ricos estarão de acordo, é que deve examinar-se à luz do que uns e outros definem como justo. Ambos os grupos dizem que deve prevalecer a opinião da maioria dos cidadãos. Concedamos, porém não inteiramente; sendo duas as partes que constituem a cidade: os ricos e os pobres, o que deve prevalecer é aquilo em que concordem uns e outros ou a maioria; no caso de opiniões contrárias, prevalecerá a dos mais numerosos e cuja propriedade é maior. Por exemplo, suponhamos que os ricos são  dez e os pobres vinte, que haja um choque entre o parecer de seis ricos de um lado com a de quinze pobres de outro, que os quatro ricos restantes se unam aos pobres e os cinco pobres restantes, aos ricos; neste caso deverá prevalecer a opinião do grupo cujas propriedades somadas alcancem a cifra mais alta.

ARISTÓTELES. Política. 1317a – 1329b. In PINSKY, Jaime 100 textos de história antiga.

Os significados da palavra democracia

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Originalmente, a palavra democracia significava ‘governo dos demos’. Demos era o nome dado pelos atenienses às dez divisões administrativas de sua cidade. Durante a existência da democracia em Atenas, algumas decisões políticas eram tomadas nos demos, e não na cidade como um todo – daí o sentido de “governo dos demos”. Até o surgimento da democracia, a vida política em Atenas envolvia principalmente os cidadãos que habitavam as regiões centrais da cidade, excluindo a maioria das montanhas e do litoral. A extensão da política a todos os demos que formavam a cidade deu à palavra democracia um segundo significado ‘governo de todos’. Essa ampliação da política a todos os cidadãos significou a transferência das decisões à maioria da população. Como a maioria da população ateniense era pobre, a palavra democracia passou a significar também ‘governo dos mais pobres’.

Democracia Moderna

No fim do século XVIII, novos governos surgidos nos Estados Unidos e na França também foram chamados de democracia, em homenagem aos gregos antigos. A democracia surgida no século XVIII e que existe até hoje no Brasil tem muito pouco a ver com a democracia antiga, apesar de as duas levarem o mesmo nome. Para diferenciar a democracia antiga da democracia inventada por norte-americanos e franceses, esta última recebe o nome de democracia moderna.

Ao contrário do que ocorre na democracia moderna, não existiam políticos profissionais na democracia antiga. Os representantes dos cidadãos não eram eleitos pela maioria dos votos (mas por sorteio) e não podiam ocupar cargos a vida toda – só podiam ser reeleitos uma vez. Apesar disso, havia cidadãos que se destacavam nas assembléias atenienses, fazendo mais propostas do que outros. Por exemplo, Péricles, no século V a.C., tinha grande influência sobre os demais cidadãos e a maior parte de suas propostas era aprovada.

Mas esses cidadãos atenienses de destaque não se comparam aos políticos atuais, pois podiam ter propostas rejeitadas a qualquer momento. Hoje, os políticos eleitos ficam no mínimo quatro anos no cargo e só podem ser retirados dele se cometerem algum crime. Se um político atual governa contrariando suas propostas de campanha, nada pode ser feito contra ele, que tem o direito de permanecer no cargo até o fim de seu mandato.

Arte Persa

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 Friso de tijolos esmaltados, Palácio de Dario I

Tapetes Persas cores vibrantes para compensar a vida monótona

Os tapetes eram fabricados por tribos nômades da Ásia central  e da Pérsia. Usava-se lã de carneiro, cabras e camelos. Eram usados como decoração nas paredes por ser considerados preciosos demais não eram usados no chão.

Tapetes que mostram a reprodução de figuras humanas

Na religião mulçumana não se faz a reprodução de figuras humanas, apenas os que antecedem o período de Maomé  fazem essa retratação, os mais modernos mostram o abstracionismo.

 

Relevo Persa  “Escitas com oferendas”

Religião Persa

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Zoroastro – Profeta da religião Persa

Os persas permitiam que os povos dominados cultuassem seus próprios deuses. Entretanto procuravam difundir por todo o Império a crença de Ahura Mazdah. O culto a Ahura Mazdah foi proclamado por um  reformador religioso chamado Zoroastro ou Zaratustra. Segundo o zoroastrismo: Ormuz, representa o bem, e Arimã é o representante do mal. O símbolo de Ormuz é o fogo e o de Arimã, uma serpente que representava as trevas, o mal, desde a criação do mundo. O bem era representado pelo fogo sagrado aceso em altares ao ar livre, pois os persas não construíam templos. Esse fogo era provavelmente produzido pela queima de petróleo, combustível líquido que até hoje existe em grande quantidade no subsolo da região.

O antigo Império persa passou por muitas transformações desde que seu território foi conquistado pelo rei macedônio Alexandre Magno e, 331 a.C. Em 642, a região foi anexada ao Império Islâmico. Em 1935, sob o governo do xá (rei) Reza Pahlevi, o nome do país foi mudado de Pérsia para Irã.

Em 1979, o xá foi deposto por uma revolução chefiada pelo aiatolá (líder religioso mulçumano) Ruhollah Khomeini. O país se tornou então uma República com o nome de República Islâmica do Irã. Até esse momento, a antiga Pérsia havia tido como forma de governo quase que exclusivamente  a monarquia. Isso vinha acontecendo desde a época de Ciro, o Grande. Sob o domínio do Império islâmico, a religião passou a ter um grande papel central na organização do Estado.

Com o xá, essa influência diminuiu. Entretanto, a revolução chefiada  por Khomeini inverteu novamente a situação. De fato, ela  transformou o Irã em um Estado no qual os poderes Executivos e Legislativo estão submetidos aos líderes religiosos.

 

Aiatolá Khomeini líder religioso mulçumano

A justiça na Pérsia

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No império persa, o principal juiz era o próprio imperador. Os crimes mais graves eram punidos com a mutilação, a cegueira e a morte. A pena era aplicada em casos de assassinato, estupro, aborto e traição.

Os revoltosos eram levados à capital do Império, onde lhes cortavam o nariz e as orelhas e os expunham à população local. Em seguida, eram conduzidos à capital da satrapia (província) em que se haviam revoltado e lá eram executados. A execução era feita por envenenamento, enforcamento, apedrejamento e por muitos outros meios.

à partir do governo de Cambises, foram nomeados juízes que podiam aplicar a lei em nome do Imperador. Um desses juízes, chamado Sesamnés, teria sido condenado à morte pelo próprio Cambises por aceitar suborno. Acredita-se que, depois de sua morte, arrancaram sua pele e com ela forraram a cadeira em que havia se sentado para proferir a sentença injusta em troca de suborno.

Persépolis

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Ruinas da cidade de Persépolis

Os persas cultivavam uma imagem de si próprios como guerreiros fortes mas refinados. O imperador usava o título de “rei dos reis”, como forma de exibir o domínio persa sobre os povos. Ciro tornou-se famoso por sua generosidade. Sua decisão de libertar os hebreus do cativeiro de Babilônia foi registrada e elogiada na Bíblia.

Durante o governo de Ciro, a capital do Império foi Pasárgada, mais tarde substituída sucessivamente por Susa e Persépolis. Nessas cidades foram construídos imponentes palácios inspirados principalmente na arquitetura mesopotâmica.

Pasárgada, cidade da antiga Pérsia e é atualmente um sítio arqueológico na província de Fars, no Irã, situado 87 km a nordeste de Persépolis.  É hoje um Patrimônio Mundial da Unesco (Organização das Nações Unidas para Educação, Ciências e Cultura). O sítio arqueológico tem uma extensão de 1,6 quilômetros, onde  encontra-se o monumento   Tall-e-Taktht  que acredita-se ser o mausoléu de Ciro, o mausoléu possui sete passagens largas levando à sepultura. Lá foram encontrados alguns ornamentos, uma cama dourada, uma mesa arrumada com copos, um caixão dourado e uma inscrição na tumba, mas o tempo destruiu parcialmente algumas partes dessa inscrição. Estrabão um historiador, filósofo e geógrafo grego autor de 17 livros contendo histórias e descrições de povos e locais  conhecidos na época traduziu a inscrição, que  dizia o seguinte:

”Forasteiro, sou Ciro, que deu aos Persas um Império, e fui Rei da Ásia. Não tenha rancor de mim por causa desse monumento”

Existe outra variação que diz:

”Ó forasteiro, quem quer que sejas, de onde quer que venhas, porque sei que virás, sou Ciro, que fundou o Império dos Persas. Não tenha rancor de mim por causa dessa pequena terra que cobre meu corpo”.

Na literatura brasileira Manuel Bandeira consagrou Pasárgada como um lugar ideal para se viver. em “Vou-me embora para Pasárgada”. veja texto abaixo...

 Vou-me embora para Pasárgada

Vou-me embora pra Pasárgada
Lá sou amigo do rei
Lá tenho a mulher que eu quero
Na cama que escolherei
Vou-me embora pra Pasárgada

Vou-me embora pra Pasárgada
Aqui eu não sou feliz
Lá a existência é uma aventura
De tal modo inconseqüente
Que Joana a Louca de Espanha
Rainha e falsa demente
Vem a ser contraparente
Da nora que nunca tive

E como farei ginástica
Andarei de bicicleta
Montarei em burro brabo
Subirei no pau-de-sebo
Tomarei banhos de mar!
E quando estiver cansado
Deito na beira do rio
Mando chamar a mãe-d’água
Pra me contar as histórias
Que no tempo de eu menino
Rosa vinha me contar
Vou-me embora pra Pasárgada

Em Pasárgada tem tudo
É outra civilização
Tem um processo seguro
De impedir a concepção
Tem telefone automático
Tem alcalóide à vontade
Tem prostitutas bonitas
Para a gente namorar

E quando eu estiver mais triste
Mas triste de não ter jeito
Quando de noite me der
Vontade de me matar
- Lá sou amigo do rei -
Terei a mulher que eu quero
Na cama que escolherei
Vou-me embora pra Pasárgada.

Manuel Bandeira

Os persas

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Monumento Shayad, em Teerã, foi inaugurado em outubro de 1971 para comemorar os 2500 anos de criação do Império Persa.

Medos e Persas

Os medos e os persas eram tribos nômades indo-européias originárias da Ásia central. Por volta de 2000 a.C., elas se estabeleceram no planalto iraniano, entre o mar Cáspio e o golfo Pérsico, região hoje ocupada pelo Irã. Os medos, no começo do século VII a.C, foram os primeiros a constituir um reino centralizado, sob a liderança de Déjoces.

Durante o reinado de Ciaxares (625-585 a.C), neto de Déjoces, os medos dominaram os persas e outros povos, ampliando as fronteiras do reino. Com o apoio dos babilônios, enfrentaram os assírios e destruíram sua capital, Nínive, em 612 a.C.

Em 550 a.C., o líder persa Ciro rebelou-se contra o domínio dos medos. Derrotou as tropas de Astíages, sucessor de Ciaxares, e deu início à dinastia Aquemênida – nome derivado de seu pai, Aquemenes. Em 539 a.C., data aproximada da fundação do império persa, as tropas de Ciro conquistaram a Mesopotâmia. Pouco tempo antes, elas haviam conquistado também a Ásia Menor. Para capital do império Ciro mandou construir Pasárgada.

Na Mesopotâmia, Ciro tratou com generosidade os povos escravizados pelos babilônios, permitindo que os hebreus submetidos ao cativeiro de Babilônia voltassem para a Palestina. Esse fato foi registrado na Bíblia pelo profeta Isaías, que não economizou elogios a Ciro.

A dinastia Aquemênida

Sob o governo de Cambises (529 a.C –522 a.C), sucessor de Ciro, os persas estenderam seus domínios até o Egito. Mênfis, a capital egípcia, foi tomada pelos persas e o faraó aprisionado e deportado.

Morto no Egito, Cambises foi substituído por Dario e seus generais. Comandados por Dario, os persas conquistaram a Trácia, a Macedônia e territórios na Índia. Também atacaram e submeteram Mileto e outras cidades fundadas pelos gregos na costa da Ásia Menor.

Em 490 a.C., as tropas de Dario tentaram tomar as cidades gregas da península Balcânica, mas foram derrotadas em Maratona. Sonhando com a conquista da Grécia, Dario começou a recrutar um enorme exército, mas morreu em 486 a.C., antes que esse exército estivesse pronto.

A administração do Império

Nem só de guerras se fez o reinado de Dario. Internamente, ele dividiu o império persa em vinte regiões administrativas, chamadas de satrapias. Para controla-las, ordenou a construção de uma rede de estradas. A principal delas era a Estrada Real, ligando a capital Susa (que substituiu Pasárgada nessa função) a Sardes, na Ásia Menor.

Dario criou um exército profissional permanente e construiu a cidade de Persépolis, destinada a substituir Susa como capital do Império. A elite militar era constituída pelos “dez mil imortais”. Eles eram chamados assim porque, ao morrer durante uma batalha, eram arrastados para trás pelos companheiros, criando no inimigo a impressão de que ninguém morria no exército persa.

O sucessor de Dario Xerxes (486 a.C – 465 a.C), venceu os gregos na batalha das Termópilas e suas tropas chegaram a tomar Atenas, uma das principais cidades da Grécia. Mas a derrota nas batalhas de Salamia e Platéia levou Xerxes a desistir de dominar a Grécia.

No século IV a.C, uma nova potência, a Macedônia, desafiou o império persa. Seu rei, Filipe II, dominou a Grécia em 339 a.C. Em 331 a.C, as tropas do filho de Filipe II, Alexandre Magno, conquistaram o império persa. Em 190 a.C., a região foi conquistada pelos romanos.

Os Persas - Cronologia

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  • 2000 a.C Tribos indo-européias (medos e persas) se instalam no planalto iraniano.
  •   680 a.C  As tribos medas são unificadas por  Déjoces.
  •   625 a.C  O rei medo, Ciaxares, impõe seu domínio aos persas.
  •   559 a.C  Ciro unifica as tribos persas.
  •   550 a.C  Os persas se rebelam contra os medos.
  •   539 a.C  Surge o Império persa sob a liderança de Ciro.
  •   490 a.C  Com a batalha de Maratona têm início as Guerras Greco-Pérsicas.
  •   331 a.C   Alexandre Magno, da Macedônia, conquista o Império persa.
  •   190 a.C   Os romanos conquistam a região da Pérsia.

Mais conhecimentos sobre os Hebreus e fenícios

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Antigo Testamento:- Também conhecido como Velho Testamento, é o conjunto de livros que formam a primeira parte da Bíblia. São as Escrituras, ou escritos sagrados do povo judeu, que relatam a vida do povo de Israel na Antiguidade ao longo de vários séculos. Foram escritos em hebraico ou aramaico, línguas faladas na região do atual Oriente Médio nos séculos XIII a.C a I a.C. O Antigo Testamento está dividido em 39 livros. Para os judeus, a parte mais importante é a Torá, os cinco primeiros livros: Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio. Os cristãos  chamam esse conjunto de Pentateuco, palavra grega que significa  “cinco livros”.

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Organização das Nações Unidas:- Instituição Internacional fundada após a Segunda Guerra Mundial (1945) para manter a paz e a segurança no mundo, estabelecer e estimular relações cordiais entre as nações, promover progresso social e melhores padrões de vida e fazer valer os direitos humanos. www.onu.brasil.org.br.

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Monte Sinai:- Monte localizado ao Sul da península do Sinai, no Egito, também conhecido como Jabal Musa ou Jebel Musa que significa “Monte de Moisés” em português. É um pico de mais de 2 mil metros de altura onde, segundo a Bíblia, Moisés teria recebido os dez mandamentos. Entre a base e o pico do monte existe uma  escadaria escavada na rocha com cerca de quatro mil degraus chamada de O caminho de Moisés. No século IV, a imperatriz Helena de Constantinopla mandou construir, na base  desse monte uma capela que mais tarde deu origem ao mosteiro ortodoxo de Santa Catarina, hoje Patrimônio da Humanidade.

Mosteiro Ortodoxo de Santa Catarina .

Histórias da Bíblia - continuação

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Não há registros arqueológicos ou histórico da existência de Moisés ou dos fatos  descritos no Êxodo.

Êxodo:  Êxodo dá continuidade à narrativa iniciada em Gênesis Relata o início da escravidão do povo de Israel no Egito, sua posterior libertação e aliança com Deus no Monte Horebe na Península do Sinai, onde Deus entrega a Moisés as duas tábuas de pedra contendo os Dez Mandamentos Também narra o nascimento e a vida de Moisés.

Os Dez Mandamentos

  1. Amar a Deus sobre todas as coisas.
  2. Não tomar seu santo nome em vão.
  3. Guardar do Dia do Senhor e os das festas.
  4. Honrar pai e mãe.
  5. Não Matar.
  6. Não pecar contra a castidade.
  7. Não furtar.
  8. Não levantar falso testemunho
  9. Não desejar a mulher do próximo.
  10. Não cobiçar as coisas alheias.

 

Veja vídeo clip do desenho animado O príncipe do Egito que conta a história de Moisés e da fuga dos hebreus para a terra prometida. (The Prince of  Egypt)  Direção : Stephen Hickner, Simon Wells, Brenda Chapman, 1998.

Veja o  caso de Abraão, o patriarca dos judeus. Segundo a Bíblia, ele era  um comerciante nômade (sem residência fixa) que, por volta de 1850 a.C, emigrou de Ur, na Mesopotâmia, para Canaã na (Palestina). Na viagem, ele e seus filhos comerciavam em caravanas  de camelos. Mas não há registro de migrações de Ur em direção a Canaã que justifiquem o relato bíblico e, naquela época, os camelos ainda não haviam sido domesticados.

Então como surgiu o povo hebreu? Na verdade, hebreus e canaanitas são o mesmo povo. Por volta de 2000 a.C., os canaanistas viviam em povoados nas terras férteis dos vales, enquanto os hebreus eram nômades das montanhas. Segundo a Bíblia os hebreus conquistaram Canaã com a ajuda dos céus: na entrada de Jericó, o exército hebreu toca suas trombetas e as muralhas da cidade desabam, por milagre. Mas Jericó nem tinha muralhas nessa época. A chegada dos hebreus teria sido um longo e pacífico processo de infiltração.

Histórias da Bíblia

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De acordo com os textos deixados pelos hebreus, sua história era resultado da interferência de Javé. De acordo com o livro da Bíblia chamado Êxodo, os hebreus só puderam escapar do cativeiro no Egito sob a liderança do profeta Moisés porque Javé teria enviado sete pragas contra seus opressores. Mas a maioria dos historiadores rejeita essa versão dos acontecimentos.

Apesar dessas divergências, muitos fatos narrados no Antigo Testamento foram confirmados pela pesquisa histórica. Além disso, o texto Bíblico foi utilizado no século XX para justificar a criação de um Estado que reunisse os judeus dispersos pelo mundo desde que foram expulsos de seu território pelos romanos por volta de 100 d.C.

O Estado de Israel foi criado pela ONU (Organização das Nações Unidas) em 1948 criando tensões e enfrentamentos armados no Oriente Médio. Israel é o único Estado judeu em todo o mundo, faz fronteiro com o Líbano no norte, Síria e Jordânia ao leste e Egito no sudoeste.

A capital é Jerusalém, porém não é reconhecida pela comunidade internacional. A lei básica (1980) estabelece que “Jerusalém completa e unida é a capital de Israel”, apesar de as autoridades palestinas considerarem que Jerusalém é a futura capital da Palestina.  Apesar de Jerusalém ter sido proclamada a capital de Israel em 1950 a  sede da maioria das representações diplomáticas fica em Tel Aviv.

Além de ícone da existência nacional e do conteúdo religioso do povo judeu, é a sede de todos os símbolos de soberania de Israel, o presidente do Estado, o parlamento e a corte suprema . Para o Estado de Israel e para o povo judeu Jerusalém é a capital, o centro de suas decisões e de sua visão de si mesmos.

Fenícios – Mestres da Construção

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Os fenícios se notabilizaram por suas atividades comerciais, pela invenção do alfabeto e pela tecnologia de tingimento de tecidos. Além disso, deixaram o registro de sua cultura em construções portuárias urbanas.

 

histoblogsu ruinas008 Ruínas de construção do século VII a.C da antiga cidade fenícia de Tiro, ao sul da costa do atual Líbano.

histoblogsu ruinas008 (1) Ruínas fenícias do século XIV a.C localizadas na cidade mediterrânea de Sidon, no atual Líbano.

 

A cor Púrpura

Os fenícios eram grandes produtores de uma tintura de cor púrpura, retirada de alguns moluscos encontrados principalmente próximo à cidade de Tiro. Para produzir 30 gramas dessa tintura, era preciso usar milhares de moluscos, e por isso só pessoas muito ricas podiam comprá-la. Mas  uma vez tingido com ela, o tecido não desbotava.

Tiro e outras cidades fenícias vendiam finas vestimentas tingidas de púrpura – ou roxo-avermelhado – e difundiam a tecnologia de fabricação de tinturas por suas colônias em todo o Mediterrâneo.

Os arqueólogos encontram hoje pilhas enormes de conchas de moluscos próximas às ruinas fenícias. Essas pilhas ficam em locais separados de onde os fenícios viviam, pois o cheiro causado pelas criaturas marinhas em água quente e salgada durante o processo de extração da tintura era bem forte.

Depois das Guerras Púnicas, entre Roma e Cartago, o Estado romano, que venceu o conflito, acabou assumindo a produção da tintura e o imperador Nero decretou que apenas ele tinha o direito de usar roupas na cor púrpura.

 

A escrita dos fenícios

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Os fenícios eram um povo que vivia principalmente do comércio. Eram chamados de fenícios por causa da tinta cor de púrpura que comerciavam, eles precisavam de uma escrita simples e prática para fazer o controle de suas transações comerciais. Os sistemas disponíveis, a escrita cuneiforme e o hieroglífico, eram muito complicados para serem utilizados no dia-a-dia, precisavam de uma escrita mais dinâmica, fácil para que seus negócios fossem realizados com rapidez. Assim eles criaram uma escrita nova e original baseada em 22 caracteres (letra ou símbolo com que se escreve). Cada um desses caracteres representam um som diferente. Surgia assim o primeiro sistema fonético de escrita, que logo seria adaptado pelos gregos e, mais tarde, pelos romanos. Dessas adaptações surgiria o alfabeto moderno hoje utilizado por muitas línguas.

caracteres da escrita fenícia e ao lado alguns caracteres do alfabeto moderno.

Hebreus e Fenícios

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Os hebreus povo de origem semita organizado em tribos nômades que viviam supostamente na Mesopotâmia por volta de 1850 a.C Sua história é contada no Antigo Testamento, um conjunto de livros sagrados que ao lado do Novo Testamento compõe a Bíblia.

O Antigo Testamento mistura personagens que provavelmente existiram com outros personagens fantásticos e sobrenaturais.

De modo geral, os povos da Antiguidade acreditavam na existência de diversos deuses. Suas religiões, portanto, eram politeístas. O faraó Amenófis IV do Egito (1377 a.C – 1358 a.C) tentou instaurar o culto a um deus único, substituindo as divindades tradicionais por Aton, mas, após sua morte os egípcios voltaram ao politeísmo. Na antiguidade, apenas os hebreus adotaram de modo mais sistemático uma religião monoteísta, cultuando uma única divindade: Javé, ou Jeová.

Segundo o texto bíblico, o patriarca Abrão teria migrado com sua família da cidade de Ur, na Mesopotâmia, para a região conhecida na época como Terra de Canaã, ou Palestina. A migração teria sido ordenada por Javé, que teria escolhido Canaã com a terra prometida para os hebreus, descendentes de Abrão. Em Canaã, o nome do patriarca foi mudado por Javé para Abraão, que significa ‘pai de muitas nações’.

A terra prometida

Organizados em doze tribos, por volta de 1600 a.C, os hebreus enfrentaram na Palestina um longo período de seca e de fome. A solução foi migrar novamente, dessa vez para o Egito. Um documento egípcio confirma sua presença em 1220 a.C. Nesse momento, os hebreus haviam sido reduzidos à condição de escravos do faraó. Segundo o Antigo Testamento, por volta de 1200 a.C eles teriam fugido da escravidão no Egito e empreendido a volta a Canaã sob a liderança de Moisés.

Moisés teria morrido antes de seu povo alcançar a Terra de Canaã. Séculos mais tarde em 1010 a.C., um rei de nome Saul teria unificado doze tribos hebréias e fundado o reino de Israel. Seu sucessor foi Davi que fez de Jerusalém a capital do reino. Davi foi sucedido no trono por seu filho Salomão (966 a.C – 933 a.C), que mandou construir o templo de Jerusalém e deportaram (levar para fora) grande parte da população local, no episódio conhecido como “cativeiro de Babilônia”. No século I a.C., os romanos conquistaram a região e, em 70 a.C destruíram novamente o templo de Jerusalém, que fora reconstruído. No século seguinte, os hebreus foram expulsos de Jerusalém, pois se recusavam a adorar os deuses romanos. A partir de então, eles se dispersaram pelo mundo.

Comerciantes e navegadores

Os fenícios se fixaram na região onde hoje se encontra o Líbano por volta de 3000 a.C. Mais tarde, quando os gregos começaram a entrar em contato com outras sociedades deram a essa região o nome com o qual ela passaria à História. Phoíníke, Fenícia, que em grego antigo queria dizer terra da púrpura.

Ao contrário dos egípcios, os fenícios não constituíram um império territorial com governo único e centralizado. Sua forma de organização política foi cidade-Estado, sistema pelo qual cada cidade tinha seu próprio governo independente das outras. Dessa forma, quando se fala da Fenícia fala-se de um conjunto de cidades-Estado que abrigavam a população fenícia. As cidades fenícias mais importantes eram Sidon, Tiro, Ugarit e Biblos.

Entre 1580 a.C e 1085 a.C., a fenícia esteve sob domínio dos egípcios. Apesar disso, foi à partir de 1500 a.C que os fenícios se consolidaram como os principais marinheiros e comerciantes do Mediterrâneo. Seus mercadores centralizavam principalmente cedro, azeite e perfumes. Além disso, fundaram muitas colônias e feitorias no litoral do Mediterrâneo. As primeiras delas foram provavelmente instaladas na ilha de Chipre, no delta do rio Nilo e na Sicília, onde fundaram as cidades de Mócia. Panormo e Solos.

No norte da África, os fenícios estabeleceram-se em Útica no século XII a.C e construíram Cartago no século IX a.C. Na península ibérica, fundaram Gades (atual Cádiz) no século XII a.C. A partir de Cartago, os fenícios controlavam as ilhas de Malta e Ibiza.

O declínio das cidades fenícias

Por volta de 883 a.C., as cidades fenícias caíram sob o domínio dos assírios, que então governavam a Mesopotâmia. Com o fim do Império assírio, elas passaram para o domínio babilônico (573 a.C) e, mais tarde, para o do Império persa (539 a.C) – As cidades fenícias foram ainda conquistadas pelos macedônios em 322 a.C e pelos romanos em 64 a.C.

Hebreus e Fenícios - Cronologia

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  • 3000 a.C  Os fenícios se estabelecem na região ocupada pelo Líbano.
  • 1850 a.C  Segundo a Bíblia, Abrão e sua família, levando criados e gado, saem da Mesopotâmia e se dirigem para a região de Canaã, ou Palestina.
  • 1600 a.C  Os Hebreus migram de Canaã para o Egito, onde são escravizados.
  • 1500 a.C Os fenícios inventam o alfabeto e dão início à sua expansão comercial.
  • 1200 a.C  Os Hebreus fogem do Egito e voltam para a Palestina.
  • 1010 a.C  Os Hebreus unificam suas tribos e criam o reino de Israel.
  • 933  a.C  O reino de Israel se divide nos reinos: de Judá e de Israel.
  • 587  a.C  O reino de Judá é invadido pelos babilônios, que destroem o templo de Jerusalém. Muitos Hebreus são levados como escravos para a Babilônia.
  •    70 a.C  Os romanos conquistam a Palestina.
  • 100 d.C  Os Hebreus são expulsos da Palestina pelos romanos.

Arte em relevo

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Por volta de 2900 a.C, os reis sumérios e também pessoas comuns tinham o hábito de colocar imagens de si mesmos no interior dos templos. Dessa forma, eles se faziam representar diante dos deuses em atitude de oração permanente.

Gudea, Príncipe de Lagash

Os alto-relevos e as pinturas dessa época mostram sobretudo cenas que envolvem deuses, reis e sacerdotes.

Sob o império assírio (1200 a.C. – 612 a.C), os artistas passaram a representar cenas de guerra e de caça. A vida cotidiana também foi representada, como vemos na figura abaixo.

Relevo em pedra  vida cotidiana

 

 

Porta de Ishtar construída por Nabucodonosor - leia mais...

A guerra entre americanos e ingleses contra o Iraque que começou em 2003 provocou perdas irreparáveis para o acervo cultural daquele país.

Em 2003, forças dos Estados Unidos e da Inglaterra atacaram o Iraque, com o objetivo de derrubar o governo de Saddam Hussein. De acordo com os governos americano e inglês, a invasão se justificava porque Saddam estaria promovendo a produção de armas de destruição em massa. Mais tarde ficou provado que a acusação era falsa.

 Notícia veiculada em 14/04/2003 no Uol notícias. (link corrompido).

Dano à cultura iraquiana é irreparável, dizem especialistas

Especialistas em antiguidades, consternados com o fato de os Estados Unidos não terem cumprido a promessa de proteger as relíquias históricas de Bagdá durante a guerra, disseram na segunda-feira que o tesouro saqueado do principal museu do Iraque talvez nunca seja recuperado.

O museu de Bagdá tinha peças importantíssimas da antiga Mesopotâmia – O acervo do museu foi destruído ou saqueado nos dias que se seguiram ao colapso (situação anormal e grave) do regime de Saddam Hussein. – Entre os mais de 170 mil objetos há peças como um vaso de alabastro de Uruk que data de 3500 a.C. – O local também abrigava tabletes com escrita cuneiforme nunca decifrados. – Alguns itens roubados já estariam sendo vendidos no mercado de antiguidades de Paris. – As peças mais valiosas devem ser vendidas por milhões de dólares a colecionadores, mas há outras peças, como as de argila, que atingem valores mais baixos.

Organizações de arqueólogos dos Estados Unidos e a Unesco (Órgão da Organização das Nações Unidas – ONU – para a cultura) disseram que entregaram ao governo norte-americano, meses antes da guerra, informações sobre o patrimônio histórico e os sítios arqueológicos do Iraque. (UOL notícias).

O Homem que calculava

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Os mesopotâmicos eram pessoas de espírito prático e observador. Tinham um gosto particular pelo cálculo. Inventaram o sistema decimal e o sistema sexagesimal. A divisão do círculo em 360 graus, é uma de suas contribuições ainda hoje utilizadas. Muitos dos cálculos realizados por seus sábios ficaram registrados em tabuletas de argila, que nos permitem entender um pouco de seu raciocínio.

Sistema sexagesimal: é um sistema de numeração de base 60, criado pela antiga civilização suméria. Estes sistemas são utilizados nas medidas de ângulos e de coordenadas geográficas angulares e de tempo.

A medida angular de um grau, é dividida em 60  minutos de arco, e cada minuto de arco é dividida em 60 segundos de arco.

Nas medidas usuais de tempo, uma hora é dividida em 60 minutos e cada minuto em sessenta segundos. Na civilização suméria o minuto era dividido em 60 terceiros, uma antiga unidade de medida de tempo ou de amplitude angular. Hoje em dia os segundos são divididos pelo sistema decimal.

Um registro interessante de problemas envolvendo cálculos, encontra-se em uma tabuleta de argila datada de 1650 a.C a 1200 a.C. Descoberta em Sipar, essa tabuleta está hoje no Museu Britânico em Londres, Inglaterra, onde recebeu o nome de “BM 85196”.Nela consta o seguinte problema:

  • Problema 9: Uma vara de comprimento 0,5 GAR está encostada a uma parede 0,5 GAR de altura. O topo da vara está 0,1GAR abaixo do que deveria estar se estivesse perfeitamente de pé. A que distância da parede está a parte de baixo da vara?
  • GAR = unidade de medida mesopotâmica de comprimento que equivale a aproximadamente 5 metros.

Para resolver o problema, os mesopotâmicos precisavam desenvolver um raciocínio parecido com o que chamamos hoje de teorema de Pitágoras. O grego Pitágoras viveu no século VI a.C, isso significa que os mesopotâmicos  já dominavam tais cálculos avançados pelo menos seis séculos antes dele.

As Sete maravilhas do Mundo Antigo

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A lista feita na antiguidade inclui:

  • As pirâmides do Egito 
  • Os jardins suspensos da Babilônia
  • A estátua de Zeus em Olímpia
  • O templo de Artemis em Éfeso
  • O mausoléu de Halicarnasso
  • O Colosso de Rodes
  • O Farol de Alexandria

Somente as Pirâmides do Egito ainda existem.

A epopéia de Gilgamesh

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Segundo a tradição suméria, por volta de 2500 a.C. a cidade de Uruk teria sido governada por um lendário rei chamado Gilgamesh. Sobre ele foram criadas muitas lendas, transmitidas oralmente e depois escritas na forma de poema.

Este poema, chamado hoje de epopéia de Gilgamesh, é o mais antigo texto literário conhecido. Foi encontrado em 1872 pelo arqueólogo inglês Georg Smith entre os restos da biblioteca de Nínive.

Gilgamesh teria sido o quinto rei da primeira dinastia que governou a cidade de Uruk após o dilúvio, tendo reinado por 126 anos. No poema ele é descrito como um ser 2/3 deus e 1/3 homem, pois sua mãe era uma deusa, Gilgamesh herdou de sua mãe a beleza, força e inquietude, e de seu pai a imortalidade. A tragédia do poema é o conflito entre os desejos do deus e o destino do homem.

Seu companheiro na epopéia é Enkidu, um ser criado entre os animais selvagens, que o auxilia em suas lutas contra monstros e deuses. A grande amizade entre Gilgamesh e Enkidu, que tem início com uma luta corpo a corpo em Uruk, é o elo que liga todos os episódios da história.

O texto abaixo faz parte do poema épico de Gilgameshi, o renomado rei de Uruk, na Mesopotâmia.

Esse poema é uma mistura de aventura, ensinamento moral e tragédia. Gilgameshi pode ser considerado o primeiro herói trágico da literatura mundial. Existem fortes evidências de que ele foi escrito a 4 mil anos atrás. A versão que chegou até nós é do século VIII a.C., da biblioteca de tabletes de argila de Assurbanipal, o grande rei assírio, descoberta em meados do séculos XIX.

Gilgameshi, o rei de Uruk

Oh! Gilgameshi, senhor de Kullab, grande seja a vossa glória. Este foi o homem que conheceu todas as coisas; foi ele o rei que conheceu os países do mundo.

Ele era sábio, viu os mistérios e conheceu as coisas secretas, transmitiu-nos a história dos dias antes do Dilúvio.

Ele fez uma longa viagem, ficou muito cansado, esgotou-se de tanto trabalhar e, quando voltou, descansou; e gravou numa pedra toda a história.

Quando os deuses criaram Gilgameshi, deram-lhe um corpo perfeito Shamash, o glorioso Sol, deu-lhe a beleza; Adad, deus de tempestade, deu-lhe a coragem; os grandes deuses fizeram tão perfeita a sua beleza, que superava todas as outras. Os deuses fizeram-no dois terços deus e um terço humano.

Em Uruk ele construiu os muros da cidade (…) e o templo da deusa Eanna (…)

Traduzido de SANDARS, N. K. The epic of Gilgamesh. An English version with an introduction. Harmondsworth, Middleessex, Penguin Books, 1968. p. 59

PEDRO, Antonio. História da Civilização Ocidental. ensino médio.

Veja uma pequena parte do “Código” de Hammurabi século XVIII a.C

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2 –    Se um awïlum acusou outro awïlum de ser feiticeiro mas não pôde provar, aquele que foi acusado irá ao rio e mergulhará. Se o rio o dominar, seu acusador tomará para si a sua casa. Se o rio purificar o acusado e ele sair ileso, aquele que o acusou será morto e o que mergulhou no rio tomará para si a casa de seu acusador

5 –   Se um juiz tomou uma decisão e depois alterou seu julgamento, ele pagará doze vezes a quantia reclamada nesse processo e perderá o direito de realizar novos julgamentos.

175 – Se um wardum do palácio ou o wardum de um muskênum casou com a filha de um awïlum, o dono do wardum não poderá escravizar os filhos nascidos desse casamento.

200 – Se um awïlum quebrou o dente de outro awïlum, o dente do agressor também deverá ser quebrado.

201 – Se um awïlum quebou o dente de um muskênum, pagará 1/3 de uma mina de prata (aproximadamente 166 gramas).

201 – Se durante uma briga um awïlum feriu outro, então o agressor deverá jurar “Eu não bati nele de propósito” e pagar o médico para o ferido.

229 – Se um pedreiro construiu uma casa para um awïlum e a casa caiu, matando seu dono, esse pedreiro deverá ser condenado à morte.

Adaptado para fins didáticos de BOUZON, Emanuel. O código de Hammurabi. Petrópolis:Vozes, 1986. p 47 – 51, 168, 182-4, 194.

 

O “Código” de Hammurabi

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Graças à escrita cuneiforme hoje temos um razoável conhecimento dos povos que habitaram a Mesopotâmia na Antiguidade. Uma das fontes mais interessantes desse período é conhecida como “Código” de Hammurabi, um conjunto de leis que estabelecia punições para os criminosos e procurava regulamentar as relações entre as pessoas segundo critérios de justiça. Sua autoria é atribuída ao soberano babilônico Hammurabi que governou entre 1792 a.C e 1750 a.C.

Hammurabi reuniu leis já existentes, às quais acrescentou outras , que ele próprio formulou. Muitas dessas leis seguiam o princípio do “olho por olho, dente por dente”, pelo qual o criminoso deveria receber uma pena equivalente ao crime cometido. Esse princípio era também conhecido por lei de talião.

O “Código” de Hammurabi foi gravado numa grande coluna de pedra polida de mais de 2 metros de altura. Esse tipo de suporte é conhecido como estela. Em sua parte superior, um alto-relevo representa Hammurabi no ato de receber as leis do deus Sol, Shamash. Logo abaixo, aparecem as leis gravadas em escrita cuneiforme e numeradas de 1 a 282. No começo do século XX, a Estela de Hammurabi foi levada para a França, onde se encontra até hoje no Museu do Louvre, em Paris.

Estela de Hammurabi, coluna de pedra polida onde se encontra gravado o “Código” de Hammurabi

As divisões sociais

As punições previstas no “Código” de Hammurabi não eram iguais para todas as pessoas. A sociedade mesopotâmica desse momento estava dividida em três grupos, tratados de modo diferente pela lei. Esses grupos eram formados pelos proprietários de terra, pelos funcionários do palácio e pelos escravos.

Os escravos eram chamados de wardum, e podiam ser comprados e vendidos. Os proprietários de terra eram conhecidos como awïlum. Já os empregados do Palácio de Hammurabi, os muskênum, podiam receber provisoriamente terras pertencentes ao rei para cultivar.

As pessoas podiam mudar de posição social ao longo da vida. Um wardum podia conquistar a liberdade, desde que isso fosse desejado por seu dono. Da mesma forma, um awïlum endividado poderia tornar-se escravo. Esse sistema, portanto era diferente da divisão social na Índia antiga, na qual as pessoas não podiam passar de uma casta para outra.

CARDOSO, Oldimar, coleção Tudo é História, ensino fundamental

Mesopotâmia na Antiguidade

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Babilônia foi uma das maiores cidades de uma região conhecida pelo nome de Mesopotâmia, que significa “terra entre rios”. Situada entre os rios Tigre e Eufrates, a Mesopotâmia era uma espécie de encruzilhada do Mundo Antigo para qual convergiram muitos povos.

As mais antigas cidades de que se tem notícias até agora surgiram na região hoje conhecida como Oriente Médio ou Oriente Próximo. Por volta de 4000 a.C havia ali pelo menos seis cidades importantes. Çatal Hüyuk, fundada em 10.000 a.C., no sul da atual Turquia. Mas a maior parte desses centros urbanos ficava na Mesopotâmia. Era o caso de Ur, construída por volta de 4000 a.C e citada no Antigo Testamento, que constitui a parte mais antiga da Bíblia.

Essas cidades eram independentes umas das outras, ou seja, cada uma tinha seu próprio governo. Por isso são chamadas pelos historiadores de cidades-Estado. Em 2350 a.C., aproximadamente, o rei Sargão da cidade de Kish, venceu as cidades vizinhas e se impôs como governante de império acádico, nome derivado de Ágade, ou Acad, cidade especialmente construída por Sargão I para servir de sede de seu governo.

Sargão I apoiava-se em um exército permanente, formado por 5400 homens. Seu neto, Naram-Sin, foi provavelmente o primeiro soberano mesopotâmico a exigir que seus governados o tratassem como um deus, tal como era feito no Egito.

O Império acádico, também chamado de Primeiro Império mesopotâmico, se desintegrou por volta de 2100 a.C. Nos séculos seguintes outros impérios se formaram na região. Um deles foi o Império babilônico, surgido em 1800 a.C, aproximadamente. Entre os soberanos desse período, o que mais se destacou foi Hammurabi (1792a.C-1750a.C), responsável por um dos primeiros códigos de leis da História.

Com a decadência do Império babilônico, a partir de 1600 a.C a Mesopotâmia foi invadida por diversos povos, entre os quais os hititas, provenientes da Ásia Menor. Por volta de 1200 a.C., os hititas foram vencidos pelos assírios (1200a.C.–612a.C), que anexou a seu território outras regiões como a Fenícia.

A escrita Cuneiforme

Assim como no Império Egípcio a vida era muito diversificada e complexa, acontecia a mesma coisa nas cidades construídas pelos sumérios no sul da Mesopotâmia por volta de 4000 a.C. Cada uma delas tinha seu próprio governo, seus palácios e templos. Entre as pessoas que viviam nelas estavam os sacerdotes, funcionários que cobravam impostos, comerciantes, artesãos, pedreiros e também trabalhadores rurais.

Antes mesmo dos egípcios os sumérios precisavam criar formas de registrar e fazer o controle das atividades de todas essas pessoas. Às vezes o rei precisava enviar mensagens a seus funcionários em locais mais distantes, os funcionários por sua vez, precisavam registrar o nome das pessoas que pagavam ou que não pagavam os impostos, e assim por diante. Essas informações nem sempre podiam ser transmitidas oralmente. Foi assim que os sumérios inventaram uma forma de comunicação que não dependia da presença física da pessoa que precisava transmitir a informação. Essa forma de comunicação foi a escrita.

A escrita mesopotâmica foi chamada de cuneiforme porque era feita de sinais que tinham a forma de cunha. Além dos sumérios, seus inventores, a escrita cuneiforme foi utilizada por quase 3 mil anos por outros povos da região, como os acadianos, os babilônicos, os hititas e os assírios.

Inicialmente, os símbolos da escrita cuneiforme representavam idéias, e não sons, como em nossa escrita. Esses símbolos, chamados pictogramas, eram gravados em tabuletas de argila. Para que os pictogramas não fossem apagados, essas tabuletas eram cozidas ao sol ou em fornos.

tabuleta de argila com escrita cuneiforme, datada de 2.350 a.C

CARDOSO, Oldimar. coleção Tudo é História. ensino fundamental.

Mesopotâmia – Cronologia

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  • 8500 a.C  Os sumérios, povo originário da Ásia Menor, se fixam no extremo sul da Mesopotâmia. Mais tarde, outros povos ocupam o centro e o norte da região.
  • 4000 a.C   Surgem as primeiras cidades na Mesopotâmia.
  • 3500 a.C   Os sumérios criam a escrita cuneiforme.
  • 2350 a.C   Diversas cidades são unificadas sob a liderança de Sargão, rei de Kish. Tem início o Império Acádico.
  • 2100 a.C   O Império acádico entra em declínio.
  • 1800 a.C   Babilônia afirma-se como cidade mais importante da Mesopotâmia. Surge o Primeiro Império babilônico.
  • 1600 a.C   Desintegra-se o Império babilônico. Os hititas, povo originário da Ásia Menor, conquistam a Mesopotâmia.
  • 1200 a.C  Os assírios, povo que vivia no norte da Mesopotâmia vencem os hititas e estabelecem o Império assírio.
  • 612 a.C   Os Babilônicos derrotam os assírios, destroem sua capital, a cidade de NInive, e fundam o Segundo Império babilônico.
  • 539 a.C   Os persas conquistam a Mesopotâmia, pondo fim ao Império babilônico.  

A arte da Índia Antiga

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Nas obras de arte criadas na Antiguidade Indiana é comum a representação de deuses e mortais realizando diversas ações.

 

Templo de Khajuraho, um dos mias belos templos indianos

 

Pintura no estilo Rajasthan

Duas tradições antigas são representadas pelas artes gandhara e mathura, porém esta fase da arte indiana chegou ao apogeu um pouco mais tarde, na era Gupta que atingiu sua melhor expressão no século V  d.C.. A pintura (especialmente em Ajanta) e a escultura alcançaram novos patamares, estabelecendo-se também a grande era da construção de templos. Estes, aliás, continuaram a representar o principal foco do desenvolvimento artístico da Índia e no seu esplendor e beleza de decoração podem em muitos casos ser comparados às grandes catedrais românicas e góticas européias: os templos de Elephanta, Ellora e Khajuraho estão entre os mais notáveis.

 

Taj Mahal

O Taj Mahal é o monumento mais conhecido da Índia, construído na cidade de Agra faz parte do patrimônio histórico da humanidade, em 2007 foi anunciado como uma das Sete Novas Maravilhas do Mundo Moderno, construído todo em mármore branco pelo Imperador Shah Jahan em homenagem à sua esposa favorita que morreu após dar a luz ao seu décimo quarto filho. O monumento foi construído sobre seu túmulo junto ao rio Yamuna. Considerado um monumento ao amor contendo inscrições retiradas do Corão, encrustado com pedras semi preciosas e sua cúpula é costurada por fios de ouro, o Taj Mahal é considerado a mais bela construção na Índia.

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Os Três deuses mais poderosos do hinduísmo

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São três os deuses mais importantes do Hinduísmo, Shiva, Brahma e Vishnu eles formam a trindade da religião. a chamada Trimurti,

Brahma é o primeiro deus da trimurti, mas não recebe tanta importância quanto Shiva e Vishnu.

Brahma 

Considerado pelos Hindus a força criadora ativa do Universo.

Brahma o deus Criador do Universo no começo de cada ciclo de tempo.

O deus Vishnu

deus Vishnu, o preservador do Universo

Shiva

Destrói o Universo no começo de cada ciclo de tempo, porém não é apenas destruidor, é também preservador. É a divindade na qual todos os opostos se encontram e se reconciliam.

Shiva um dos mais poderosos deuses do hinduismo

Da invasão Persa ao império Gupta

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Em 521 a.C, forças do imperador Dario, da Persia, situada na região do atual Irã, invadiram e conquistaram todo o território do rio Indo. Dois séculos depois, entre 333 a.C e 326 a.C., o imperador Alexandre, da Macedônia, venceu os persas e anexou a região do Indo a seu Império. A reação dos antigos habitantes do vale do Indo ocorreu em 321 a.C., quando um guerreiro de nome Chandragupta Mauria unificou seu povo, expulsou os macedônios e fundou o Império mauria, cujo território ocupava quase toda a Índia atual. O período Gupta se destacou pela arte e literatura das ciências, matemática, esse período também é conhecido popularmente como "idade do ouro". O império mauria entrou em declínio após a morte do imperador Asoka, neto de Chandragupta, em 232 a.C. A partir de então, seu território se fragmentou em diversos reinos. Somente em 320 d.C, a região dos rios Indo e Ganges seria reunificada, agora sob o Império gupta.

A sociedade de castas

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Presente na cultura indiana há milhares de anos, o sistema de castas segue uma regra básica: todos são criados desiguais. A existência de castas na sociedade hindu originou-se de uma lenda na qual os quatro principais grupos, ou varnas, surgiram de um deus. De sua boca, vieram os brâmanes – sacerdotes e mestres. De seus braços, os xátrias – governantes e soldados. De suas coxas, os vaixás – mercadores e negociantes – e, de seus pés, os sudras – trabalhadores braçais. Cada varna, por sua vez, é formado por centenas de castas que passam de pai para filho.

Um quinto grupo consiste nas pessoas que são achuta, ou dalit, ou intocáveis. Não vieram desse deus. Eles são os excluídos. Pessoas consideradas impuras demais. Sofrem todo tipo de preconceito, principalmente nas áreas rurais, onde vive a maioria da população indiana. Os intocáveis são evitados, insultados, proibidos de frequentar templos e casas de castas superiores, obrigados a comer e beber em pratos e copos separados em lugares públicos e em casos extremos, são estuprados, queimados, linchados e baleados.

O estadista indiano Ghandi deu um nome a esse grupo de pessoas, Harijan “povo de deus”, esse grupo soma 160 milhões de pessoas. Apesar de a Constituição da Índia proibir a discriminação de castas e não reconhecer a condição de intocável, o hinduísmo, religião da maioria da população indiana governa a vida diária com seus rígidos códigos sociais.  Um pai ou uma mãe intocável geram filhos intocáveis marcados como impuros desde o momento em que começam a respirar.

Antes da constituição de 1950 eles eram obrigados a usar sinos para alertar sobre sua aproximação e carregavam baldes para não contaminar o chão ao cuspir. Se a sombra deles tocasse alguém de uma casta superior eles eram espancados.

Os intocáveis executam o “trabalho sujo” da sociedade – atividade que exige contato físico com sangue e excrementos humanos. Os intocáveis cremam os mortos, limpam latrinas, cortam cordões umbilicais, removem animais mortos da rua, curtem couro, varrem sarjetas. Esses trabalhos e a condição de intocável são transmitidos aos descendentes. Mesmo os numerosos intocáveis que exercem serviços “limpos”, principalmente trabalhos agrícolas mal remunerados em terras de grandes proprietários, são considerados impuros.

Sidarta Gautama - Buda

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Sentado na base do Templo Kotoku, o Grande Buda 
tem aproximadamente 12 metros de altura e 9 metros
de um joelho a outro 


Os contos de Jatakas relatam histórias sobre as centenas de vidas passadas de Sidart Gautama
o Buda. Denominado um bodhisattva, passou muito tempo praticanto a perfeição que o levou a
Iluminação. Reza a lenda que,  depois de completa-las saiu do paraíso de Tushita e renasceu como um príncipe no norte da Índia por volta de 560 a.C.
Filho do rei do povo Sakhya, habitava na região da fronteira entre a Índia e o Nepal. A vida de Sidarta Gautama era cercada de conforto. Casou-se, teve seu filho e vivia protegido do contato externo. Uma tarde fugindo do palácio viu 3 coisas que iriam mudar sua vida totalmente; viu um ancão que não conseguia andar sem o apoio de seu bastão, um homem que agonizava com dores terríveis e um cadáver envolto em linho branco. Essas três visões o puseram em contato com "as três marcas da impermanência" (velhice, doença e morte) e o deixaram muito abalado.
Voltando ao palácio ele teve uma quarta visão, um Shadu eremita errante (religioso que vive na solidão) que o impressionou por suas feições que irradiavam profunda dignidade e paz.
Depois dessas visões Sidarta Gautama decidiu renunciar à sua vida de conforto e comodidade e se dedicar à sua busca pela verdade.
Durante sete anos estudou com os filósofos da região, mas continuava insatisfeito. Em uma de suas viagens chegou a Bodh Gaya e permaneceu alí por 49 dias sentado à sombra de uma figueira em profunda meditação, transcendendo todos os estágios até chegar ao Nirvana.
Desde então foi chamado de Buda (o Iluminado). Segundo a tradição quandfo estava meditando recebeu uma iluminação divina  e descobriu que o caminho para chegar a verdade é o da meditação, da moderação e da não violência.
Seus ensinamentos, criados à partir dessa experiência são conhecidos como o "Caminho do Meio" ou "Dharma" (a lei). 
Desde que atingiu o Nirvana aos 35 anos até sua morte aos 8o anos, Buda viajou por toda Índia ensinando e fundando comunidades monásticas (monges).
Buda ensinou o Dharma a todos . Costumava recomendar a seus discípulos que ensinassem em suas próprias línguas. Foi assim que sua doutrina ficou conhecida em vários países.


inerente = superioridade.

O Sânscrito (Escrita)

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Verso em sâncrito do Rig-Veda com uma transcrição para uma escrita fonética e a tradução para o português

Hoje se conhece a Índia Antiga, graças ao Sânscrito. São muitos os textos registrados nessa língua, as obras em sânscrito são editadas e traduzidas em muitos países, há também muitos manuscritos ainda desconhecidos do público em geral, pois são obras arquivadas em bibliotecas apenas catalogadas ou mantidos por famílias que os transmitem geração após geração.
Foram compostas obras muito importantes nessa língua, na Índia o sânscrito possibilita a comreensão dos princípiosda origem. Trata-se de uma língua que serviu de ajuste para a divulgação de conhecimentos dos mais diversos tipos.
Considera-se o sânscrito como uma língua pertencente à família das línguas indo-europeus. A maioria dos idiomas europeus incluindo o português, o espanhol, o francês e o italiano pertencem a essas famílias que são de origem romana e estas originadas do latin vulgar.

A chegada dos Árias

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Uma das primeiras sociedades a se formar no vale do rio Indo, no atual Paquistão, surgiu por volta de 3000 a.C. Foi organizada por um povo conhecido como dravidiano, responsável pela construção de importantes cidades, como Mohenjo-Daro e Harapa. Por volta de 1500 a.C., o vale do Indo foi invadido por povos nômades indo-europeus vindos da região do atual Irã.
Os árias venceram os dravidianos, conquistaram seu território e assimilaram boa parte de sua cultura. Talvez por influência do povo conquistado, deixaram de ser nômades e passaram a viver de forma sedentária. 
Esse momento da história da Índia é narrado num conjunto de textos em forma de hinos conhecidos como Veda. Um desses textos conhecidos como  Rig-Veda, conta as lutas dos árias contra os dravidianos no vale do rio Indo, descrevendo as sociedades existentes nessa época.
Os árias assim como os dravidianos, acreditavam em muitos deuses e deusas. Ao conquistar o vale do Indo, suas crenças religiosas foram se misturando com as da sociedade dravidiana. Dessa mistura surgiu o Hinduísmo, religião politeísta (religião que adora vários deuses) segundo a qual a sociedade está dividida naturalmente em castas (ver box de informações). No século VI a.C.,dois guias espirituais rejeitaram essa divisão da sociedade em castas e criaram novas correntes de pensamento.
Um deles foi Sidarta Gautama, conhecido como Buda. Sidarta criou o budismo, sistema religioso que prega a não-violência, a meditação, a  moderação e a prática de virtudes como a bondade, a moralidade e a  paciência. Da Índia, o budismo se expandiu e hoje reúne muitos adeptos em todo mundo.
O outro foi Mahavira (540 a.C - 468 a.C). Também chamado de Jina Mahavira era contrário a violência, mas não reconhecia nenhuma divindade. Por isso, seu sistema filosófico, o jainismo, não pode ser considerado uma religião.

Os Vedas

Todos nós conhecemos ou já ouvimos falar da Biblia. A biblia é o livro sagrado dos cristãos. Uma parte dela chamada de Velho Testamento, foi escrita há mais de 3 mil anos.
Os árias também tinham o seu livro sagrado. Eram os Vedas, conjunto de hinos e preceitos religiosos (regras),  escritos entre os séculos XV a. C e V a.C em sânscrito, lingua falada pelos árias.

Índia Antiga

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  • 5000 a.C  Grupos humanos começam a cultivar produtos agrícolas no vale do rio Indo.
  • 3000 a.C  Tem início a formação da sociedade dravidiana ao longo do rio Indo.
  • 1800 a.C  A civilização dravidiana entra em declínio.
  • 1500 a.C  Grupos de Indo-europeus (os árias) migram da região do Irã atual para o vale do rio Indo e depois para o vale do rio Ganges.
  •  560  a.C  Nasce Sidarta Gautama, chamado Buda "O Iluminado", que funda uma nova religião: o budismo.
  •  521 a.C   Tropas do Imperador persa Dario conquistam a região do rio Indo.
  •  326 a.C   O imperador macedônio Alexandre anexa o vale do Indo a seu império.
  •  321  a.C   O guerreiro indiano Chandragupta Mauria derrota os macedônios e funda o Império mauria.
  • 231  a.C   tem início o declínio do Império mauria.
  • 184  a.C   Começa um processo de fragmentação do Império mauria em pequenos reinos.
  • 320  a.C   Surge na mesma região o império gupta.

A China Atual

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bandeira da China

À partir de 1970 a China tem alcançado altos níveis de desenvolvimento econômico, tem acentuado suas relações econômicas e a retomada total da atividade industrial, com elevados investimentos nas indústria de grande porte e a abertura do comércio exterior gerando saldo positivos na balança comercial (termo econômico que representa as importações e exportações de bens entre países), desenvolvendo o turismo e investindo em novas tecnologias.
Em 1980 a China entrou em um período de intenso crescimento econômico, o governo chinês ofereceu incentivos para a instalação de indústrias estrangeiras.
Hoje a China é um dos países mais industrializados do Sul e pode se tornar uma das maiores potências econômica, política e militar do mundo.
A China e os vôos espaciais

Yang Liwei - primeiro astronauta chinês

Por volta das nove da manhã, hora local , o foguete Longa Marcha partiu. A bordo da nave Divina, o astronauta Yang Liwei vai dar 14 voltas ao redor da Terra em 21 horas.
O próximo objetivo dos chineses é explorar a Lua. Primeiro, com sondas não tripuladas, e depois, com astronautas. Isso será em 2011. Globo.com - G1 

A Grande Muralha da China

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A Grande Muralha da China vista via Satélite pelo Google Earth
 
 
A Muralha da China ou A Grande Muralha da China é uma estrutura de arquitetura militar construída durante a China Imperial. Essa estrutura passa a idéia de ser única, mas na realidade são diversas muralhas construídas ao longo do tempo. Ela começou a ser erguida por volta de 220 a.C por ordem do imperador Qin Shihuang. Embora a dinastia Qin não tenha deixado relatos sobre sua construção, estima-se que foi construída para defender o reino contra ataques das tribos nômades (que não tem habitação fixa) que atacavam o reino e roubavam tudo.
A construção da muralha prosseguiu por várias dinastias sempre visando a proteção do imperador. Ao longo dos séculos foi vigiada por exércitos com o objetivo de alertar ao primeiro sinal de invasão dos inimigos e também como primeira linha de defesa.
Nem mesmo com toda essa grandeza a muralha evitou a invasão de alguns povos inimigos do império.
No século XVI perdeu a função de defesa estratégica e foi abandonada.
No século XX, na década de 1980 Deng Xiaoping, sucessor de Mao Tse Tung,  (grande líder comunista e mandante da repressão de manifestações pró-democracia na praça da Paz Celestial em Pequim) priorizou a Grande Muralha como o símbolo da China, comandou a campanha de restauração de diversos trechos, que foi questionada, pois sem normas adequadas de restauração e falta de critérios técnicos fez com que houvesse um desabamento de uma torre de seiscentos e trinta metros, gerando assim várias críticas dos preservacionistas que estimam que cerca de dois terços do total do monumento esteja em ruínas.
Por não se tratar de uma estrutura  única, as características da Grande Muralha se diferenciam de acordo com a região. Em Beijing por exemplo ela é formada por blocos de pedra de calcário, enquanto que em outras regiões podem ser encontrados o granito, o tijolo, nas regiões mais ocidentais encontra-se parte da muralha construída em faxina (galhos de plantas enfeixados). Em geral os muros apresentam a largura de sete metros na base e seis no topo.
Além dos muros existem na muralha elementos como portas, torres de vigilância e fortes. Suas portas mais importantes são: Porta Shanhai, Porta Juyong, Porta Niángzi.
Acredita-se que os trabalhos de construção da muralha ocupou cerca de 1 milhão de homens (250 mil teriam morrido durante a construção).  O trecho que permanece até hoje, fazia parte da rota da Seda e foi construída pela dinastia Ming, a primeira utilizar tijolos com a ajuda de outra inovação chinesa, as olarias (fabrica de tijolos).
Atualmente sua extensão é de 6350 quilômetros que se estende por todo norte do país. Alguns de seus trechos estão listados como patrimônio histórico da humanidade.

 


Depois de um concurso informal em 2007 a Grande Muralha da China, foi considerada uma das Sete Novas Maravilhas do Mundo.

CARDOSO, Oldimar. coleção Tudo é História. ensino fundamental




Aprendendo mais sobre a China

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 Meridiano:- Na medicina chinesa, é cada uma das linhas hipotéticas que ligam os diferentes pontos do corpo, como canais de energia vital. O acupunturista introduz agulhas metálicas nesses pontos para equilibrar a energia que flui pelos meridianos. A acupuntura é praticada tanto em pessoas como em animais para tratar diferentes doenças ou provocar efeito anestésico


Kung Fu:- O nome kung Fu, que significa algo como “habilidade”, passou a ser utilizado no lugar de Wu Shu por causa de um problema de comunicação entre migrantes chineses e a população de países como os Estados Unidos, nos quais muitos deles passaram a viver a partir do século XIX.

Quando um chinês vencia a luta, provavelmente muitas pessoas perguntavam que técnica era aquela. Sem compreender bem a pergunta, os migrantes chineses respondiam que para lutar daquele jeito, com “habilidade” - “kung fu”, em chinês -, era preciso treinar muito. Sem entender bem a resposta, muitas pessoas entendiam que o nome daquela luta era KUNG FU.
Qigong ou Chikung:- Uma das divisões da medicina tradicional chinesa, consiste na coordenação de diferentes padrões de respiração, posturas e movimentos do corpo. Os exercícios do qigong são utilizados para preservar a saúde restaurar o equilíbrio emocional e fortalecer o sistema imunológico.
A China e o Japão:- Chineses e Japoneses possuem muitas características culturais em comum. Se ainda persistem as polêmicas sobre o possível antepassado comum entre os dois povos, não há dúvida sobre a influência cultural da China sobre o Japão. “Os japoneses compartilham com os chineses o costume do cultivo do arroz, o budismo, o confucionismo e outras tradições religiosas. Muito da cultura tradicional japonesa é derivada de modelos chineses, especialmente a pintura, a escultura e outras artes”.
 
Budismo:- Religião de origem indiana, criada por Sidarta Gautama, o Buda. Os budistas consideram que o sofrimento é a condição fundamental de toda existência e afirmam a possibilidade de supera-lo por um estado de felicidade integral, chamado nirvana. O budismo é uma religião que não declara a existência de qualquer deus. Atualmente, existem mais de 400 milhões de budistas em todo mundo.

Kung-fu-tzé ou Confúcio

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Kung-fu-tzé ou Confúcio


Pouco se sabe de fato sobre sua vida. O pensador chinês nasceu no antigo principado de (Lu) atual Qufu, descendente do clã  (aglomeração de famílias que tem ascendente comum) do Kong. Com a morte de seu pai Confúcio precisou trabalhar para ajudar no sustento da casa, mas sua educação foi muito boa.
Casou-se aos 19 anos, e ainda jovem entrou para a administração do principado, atingindo o cargo de ministro da justiça. Confúcio preocupou-se em elaborar um código moral de conduta que pudesse ser aplicado tanto na vida individual quanto na administração do Estado. Para ele o governo ideal deveria ser composto de um grupo selecionado de homens superiores caracterizados pela nobreza de sentimentos e não pela posse de bens. Algum tempo depois desiludiu-se da política e deixou o cargo e a cidade.
Confúcio começou a divulgar seus ensinamentos  aos 50 anos. Viajou muito, conversou  bastante com muitas pessoas, e nessas viagens atraiu muitos discípulos por sua sabedoria e elevação de seu caráter. Suas idéias atravessaram a China.
Durante suas viagens é preso por ser envolvido em lutas de senhores da guerra rivais. Viajou mais 10 anos por vários estados da China Imperial, servindo de conselheiro político, aos 69 anos retornou a terra natal, Lu, onde passou o resto de seus dias escrevendo e ensinando.
À partir da dinastia Han, diversos governantes passaram a se inspirar nas idéias de Confúcio, porém ele não deixou uma obra escrita, foi através de seus discípulos que sua obra ficou conhecida.
Durante a dinastia Han foram reunidos os clássicos de Confúcio.
"I King" ou "I Ching" , "O livro das Mutações", o "Ching King" , "O Cânone da História", o "Chi King", "O livros das canções" e o "Li King", "O livro dos rituais". 
O templo de Confúcio, na cidade de Qufu, atual província de Xantung, tornou-se através dos séculos local de veneração.
Sua filosofia exerce imensa influência sobre o pensamento e a mentalidade chinesa . Confúcio hoje é o mais influente filósofo chinês, seus adeptos estão espalhados por Taiwan, Japão, Singapura, Coréia do Sul, Malásia e República Popular da China. Estima-se mais de 400 milhões de seguidores.

 

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