A maçonaria teve atuação intensa durante o período republicano no Brasil desde o começo, em 1889, mas sempre com seus integrantes trafegando em diferentes linhas políticas. Por isso, em alguns momentos, ela esteve presente nos mais altos postos de poder, com nove presidentes da República maçons, por exemplo, e em outros foi reprimida e até temporariamente proibida, como no caso da ditadura do Estado Novo (1937-1945), comandada por Getúlio Vargas.
Curiosamente, foi na era republicana que a organização deixou de ter atuação destacada na cena pública, rompendo uma tradição do Império. Aos poucos a fraternidade se transformou em uma agremiação voltada para a filantropia e a ajuda entre seus pares.Também ampliou o número de filiados e de lojas maçônicas em todo o país.
No apagar das luzes da monarquia, importantes líderes maçônicos eram republicanos, mas prevalecia a proximidade com o trono de D. Pedro II. Eles se alinhavam ao governo imperial, como João Alfredo de Oliveira, grão-mestre do Grande Oriente do Brasil (GOB) e chefe do gabinete ministerial que decretou a Lei Áurea (1888), abolindo a escravidão. A maior parte dos chamados “pedreiros livres” , porém, mantinha-se neutra em suas agremiações.
O próprio marechal Deodoro da Fonseca, a quem coube o gesto de proclamar a República, era maçom, e o primeiro ministro do Governo Provisório era todo composto de integrantes da maçonaria:
- Rui Barbosa Fazenda
- Quintino Bocaiuva Transportes
- Demétrio Ribeiro Agricultura
- Aristides Lobo Interior
- Benjamim Constant Guerra
- Campos Salles Justiça
- Eduardo Wandenkolk Marinha
fonte: revista História Viva. ano VI n° 71. por Marco Morel.
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