De acordo com a Constituição de 1988, as mulheres não são obrigadas a prestar serviço militar, porém, o acesso delas às Forças Armadas não é proibido. Desde 1981 a Marinha admite em seus quadros a presença feminina. Na aeronáutica, esse acesso está permitido desde 1982. No exército, ele começou em 1989.
A primeira vez que uma mulher lutou no Exército brasileiro, contudo, foi em 1822. Na ocasião, diversos regimentos foram organizados para combater as tropas portuguesas contrárias à independência. No regimento da Cachoeira (Bahia), alistou-se o “soldado Medeiros”, codinome Maria Quitéria, mulher de 30 anos que fugira de casa vestindo a farda de um cunhado para lutar ao lado dos que se batiam pela emancipação.
Maria Quitéria, óleo de A. Failutti.
D. Pedro I a recebeu em audiência e lhe concedeu o soldo vitalício de Alferes de Linha e a condecoração de Cavaleiro da Ordem Imperial do Cruzeiro
Quando sua verdadeira identidade foi descoberta Maria Quitéria incorporou um saiote por cima da farda. Por seus atos de bravura, foi promovida a cadete. Após a Independência, chegou a ser recebida por Dom Pedro I, que a agraciou com uma insígnia imperial e lhe garantiu um soldo vitalício. Maria Quitéria morreu em Salvador em 1853, aos 61 anos, pobre e cega. Em 1996, um decreto presidencial a tornou um dos patronos do Exército brasileiro.
Gislaine e Reinaldo. História. Ensino Médio. volume único
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