O debate sobre a existência da cidade de Tróia mantem-se vivo. Pesquisadores das mais diversas áreas contribuem para descobrir se a guerra descrita na Ilíada de Homero realmente existiu.
A história [da Ilíada] tem atraído a atenção de incontáveis especialistas, dos primeiros historiadores gregos, por volta do século V a.C., até os arqueólogos atuais. Para eles, é possível garantir que a guerra – que uniu povos de toda a região que viria a ser a Grécia contra habitantes da Ásia Menor – realmente aconteceu.
Esse é o caso de uma equipe de cientistas que conduziu escavações – para descobrir como era o relevo da região no provável período da guerra. O estudo publicado na revista especializada Geology, é no mínimo curioso. “Nada do que a nossa pesquisa encontrou contraria a Ilíada”, escreve John Kraft, geólogo da Universidade de Delaware, nos Estados Unidos, e principal autor do estudo. O trabalho de Kraft consistiu em fazer dezenas de perfurações na costa noroeste da Turquia, analisar as camadas geológicas do terreno e fazer um mapa de como a região seria por volta de 3250 anos atrás. O resultado, indica o cientista, está de acordo com a´Ilíada. Tróia estaria na beira de uma baía. Na outra extremidade, num estreito braço de terra, os gregos teriam montado acampamento. Muitas das guerras descritas teriam ocorrido na planície Escamândria, onde deságuam os rios Escamandro e Simoente. A baía, no entanto foi coberta ao longo dos séculos, principalmente pela ação de assoreamento na região, causado pelos sedimentos trazidos pelos rios que desaguavam no local. Os pesquisadores, que conduzem escavações desde 1977, fizeram buracos de 70 metros de profundidade e depararam com material que indicava que a região fora coberta por água salgada. Na conclusão, os cientistas são cautelosos. “Apesar de os resultados não poderem validar a lenda, nós não encontramos nada no registro estratigráfico (conjunto de camadas que formam o solo de uma região e revelam as transformações ocorridas em seu relevo) que negue os eventos da “Ilíada”.
A Guerra de TróiaPor volta do século VIII a.C., os gregos passaram a contar a história de uma guerra que teriam realizado contra a cidade de Tróia, chamada por Ilium. Por isso, o poema que trata do conflito entra gregos e troianos, a Guerra de Tróia, se chama Ilíada é uma epopéia escrita provavelmente por um poeta cego conhecido como Homero. Entretanto, não se tem certeza da existência de Homero. Para alguns autores, a Ilíada reúne poemas de diversos aedos, poetas itinerantes que percorriam as cidades gregas cantando as façanhas de heróis mitológicos.
A história que a Ilíada conta é muito mais antiga do que ela. Trata-se do cerco de dez anos que, no século XII a.C, os guerreiros de diversas cidades gregas teriam feito à cidade de Tróia.
Assim como a existência de Homero é incerta, não se sabe se a Guerra de Tróia ocorreu realmente. Entretanto, escavações realizadas por arqueólogos na região indicada por Homero para Tróia revelaram ruínas de nove cidades superpostas construídas em diferentes épocas. Uma delas foi destruída por um incêndio, tal como ocorreu com a Tróia do poema de Homero. Mas essa cidade existiu mil anos antes da data em que a Guerra de Tróia teria ocorrido.
Segundo Ilíada, o motivo da guerra foi o rapto de Helena, a bela esposa de Menelau, rei da cidade grega de Esparta, por Páris, um dos filhos do rei de Tróia. Menelau era irmão de Agamenon, rei de Micenas, que organizou um exército em toda Grécia para atacar Tróia. Durante o conflito narrado na Ilíada, os deuses se dividiram entre os que apoiavam os gregos e os que queriam a vitória dos troianos, utilizando seus poderes para ajuda-los.
Depois de dez anos de cerco, os gregos conseguiram finalmente entrar na cidade.
Os gregos já estavam exaustos com a guerra que vinha se arrastando durante os dez anos, foi quando Ulisses teve uma idéia engenhosa, que foi posta em prática imediatamente. Construíram um cavalo em madeira, todo oco e o abandonaram a poucos metros das portas de Tróia. Dentro desse cavalo estavam os guerreiros gregos prontos para atacar. Os troianos sem desconfiar de nada, levaram o cavalo para dentro dos muros da cidade e ficaram festejando até tarde o presente recebido. e madrugada quando os troianos estavam dormindo, os soldados gregos saíram de dentro do cavalo e abriram as portas de Tróia para seus companheiros. Tudo como Ulisses havia planejado. Graças a isso, conta a Ilíada, os gregos venceram os troianos e chegou ao fim a Guerra de Tróia.
Desse episódio nasceu a expressão “PRESENTE DE GREGO”, que é usada até hoje, quando ganhamos um presente que ao invés de agradar nos aborrece.
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