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Nostradamus (Parte I)

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Não há registros da infância e adolescência  de Nostradamus.

Em 25 de outubro de 1529, um rapaz de 26 anos matricula-se na Faculdade de Medicina de Montpellier, na França. Os registros do estabelecimento de ensino conservam até hoje a data dessa matrícula, acompanhada da assinatura do estudante: Michel de Nostradame.

Trata-se de um dos raríssimos autógrafos daquele que viria a ser um mito que atendia pelo nome de Nostradamus. É provável que ele tenha recebido seu título de médico por volta de 1533 e merecido a fama de aluno assíduo e brilhante na universidade. Sabe-se, que seus mestres reconheciam nele habilidades originais.

Sua formação acadêmica, porém, data de antes desses registros. Michel de Nostradame matriculou-se pela primeira vez em Montpellier em 1521. Recebeu o diploma de “bacharel em medicina” em 1525 e ganhou imediatamente as estradas da Provença e do sudoeste, para combater a peste que assolava o sul da França. Durante três anos, visitou cidades e campos, correndo riscos, na tentativa de conter a terrível calamidade.

No relato documental Histoire et chronique de Provence (História e Crônica da Provença), Cesar, o filho de Nostradamus escreveu em 1614 que o pai retornou desse périplo “aureolado de hipocrática”. Teria ficado célebre por elaborar um vinagre de substâncias aromáticas com propriedades antissépticas e um misterioso “pó curativo contra o contágio”. Propenso a elogiar o pai, Cesar de Nostradame exagerou, sem dúvida, sua ciencia  e notoriedade. Nostradamus desenvolveu, efetivamente, tais remédios contra a peste, mas somente 20 anos depois da primeira fase de viagens e por ocasião de outra epidemia que devastou o vale do Rhône, a partir de 1546. Note-se, porém, que isso não diminuiu a competência nem a coragem do jovem bacharel durante a peste.

A partir de 1533, já médico em tempo integral, Nostradamus retornou às estradas da Provença, hábito muito praticado entre os doutores da época.

Nostradamus vivia de suas consultas, durante a peregrinação entre cidades e vilarejos, e, durante suas caminhadas colhia ervas medicinais que macerava à noite.

Era meio alquimista, como todos os da profissão, e também recorria à estranha farmacopéia da época. Usava pós oriundos das vísceras e tecidos animais, moeduras minerais e mesmo excrementos. O resultado era vendido em barracas de feira na forma de poções, unguentos e “drágeas”. A produção e a venda dos remédios também eram parte importante da renda de generalistas nômades, meio feiticeiros, meio boticários, que percorriam a França do século XVI, Consta que Nostradamus ganhava bem.

Nostradamus Nostradamus, gravura colorizada, séc. XIX, autor desconhecido, Biblioteca Nacional de Paris

Nostradamus, adquiriu de seu bisavô o conhecimento profundo da botânica, aprendeu as propriedades das plantas e a ciência do preparo de fórmulas farmacêuticas.

Um pouco charlatão como seus colegas boticários, Nostradamus tinha verdadeira paixão pela medicina e pela filosofia. Em 1536, fixou-se em Agen, onde chamou a atenção do humanista Jules César Scaligner. Médico e comentador de Hipócrates, esse foi um personagem do Renascimento dado às polêmicas envolvendo os saberes da Igreja. Patrocinou o casamento de Nostradamus com uma moça da região, cujo nome permanece desconhecido. Ela morreu em 1539, deixando um casal de filhos pequenos.

continua no próximo post…

fonte: revista História Viva. ano VI. nº 66. texto Jean-Louis de Degaudenzi.

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2 :

Letícia Marques disse...

Olá,
Gostei demais deste artigo sobre Nostradamus, quando vai ser publicado a segunda parte?
Parabéns pelo blog.

Susi disse...

Oi Letícia, o post será publicado ainda hoje, estou preparando a postagem, acredito que lá pelas 20 horas já esteja publicado.
Obrigado pelo comentário e volte mais tarde para ler o prox. post.
abs.

 

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