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O fortalecimento das monarquias na península Ibérica

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Espanha

O processo de unificação da Espanha esteve intimamente ligado à Reconquista, isto é, à guerra contra o domínio muçulmano na península. A luta exigia uma centralização do comando militar e a mobilização permanente de um exército, colocando nas mãos do rei um importante instrumento de poder. Embora a Reconquista significasse a expansão do feudalismo nos territórios retomados das mãos dos muçulmanos, ele era implantado em condições especiais que permitiram o fortalecimento de um poder mais centralizado.

Fernando de  Aragão e Isabel de Castela, os Reis Católicos.

 

Com o casamento de Fernando, rei de Aragão  com Isabel, rainha de Castela, em 1469, a luta contra os mouros se fortaleceu e, em 1492, estes foram definitivamente derrotados na península com a queda do seu último reduto, Granada.

Para manter o poder fortemente centralizado, os monarcas espanhóis utilizavam a religião: todos os não-cristãos, isto é,  os judeus e os muçulmanos que permaneceram na Espanha, deveriam se converter.

Foi a partir daí que o Estado espanhol se fortaleceu e reuniu condições para iniciar a expansão marítima e conquistar colônias.

Portugal

O reino de Portugal também se formou durante a Reconquista. Inicialmente um condado, o núcleo territorial do que mais tarde se chamou Portugal era parte do reino de Castela. No ano de 1139, D. Afonso Henriques, em clara rebeldia contra Castela, declarou-se independente. A luta contra os mouros prosseguiu sob a direção dos descendentes de D. Afonso até a conquista do Algarve, no ano de 1249.

Mas o fator mais importante para o fortalecimento da monarquia portuguesa foi sua aliança com os mercadores e com a nobreza do sul. Os comerciantes eram protegidos pela Coroa e, em alguns casos, chegaram a receber títulos de nobreza, formando, assim, uma nova casta de nobres. A monarquia portuguesa pôde, com tal aliança, promover os empreendimentos comerciais e marítimos que resultaram nos Grandes Descobrimentos. Um marco importante nesse processo foi a vitória de D. João de Avis, soberano colocado no trono por uma revolução apoiada pelos mercadores, pela nobreza do sul e pelo povo em geral (1383-1385), contra um exército castelhano que tentava restaurar o domínio de Castela sobre o antigo condado.

PEDRO, Antônio. História da civilização ocidental. ensino médio. volume único.

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