A Inglaterra
Para a crise que o mundo capitalista conheceu em fins dos anos 1970, depois de décadas de prosperidade, os conservadores tinham um remédio: a aplicação de medidas monetaristas e recessivas. Essa foi a política adotada por Margareth Thatcher, líder do Partido Conservador inglês, escolhida para o cargo de primeira-ministra da Inglaterra em maio de 1979. Thatcher começou seu governo desfazendo as conquistas dos governos trabalhistas anteriores. Isso significava uma menor intervenção do Estado na economia e no atendimento social.
Com um forte programa de privatização e diminuição de investimentos nos serviços públicos (saúde, escola, e pensões para desempregados), o governo esperava cortar gastos e diminuir o déficit público. O resultado foi desastroso em termos sociais. Pouco mais de um ano depois, a Inglaterra estava mergulhada numa recessão de grandes proporções: inflação de 20% e uma onda de greves se alastrando pelo país, que já contava com quase 3 milhões de trabalhadores desempregados. A popularidade do governo conservador despencou rapidamente.
Graças à guerra contra a Argentina em 1982, pela posse das Ilhas Malvinas, Margareth Thatcher recuperou sua popularidade. Em 1990, ela deixou o cargo, mas os conservadores continuaram no poder com John Major no seu lugar, mantendo basicamente, a mesma política de Thatcher por mais sete anos.
Com a vitória do Partido Trabalhista, em 1997, parecia que a política conservadora e neoliberal havia sofrido uma derrota. Mas as medidas tomadas pelo primeiro-ministro trabalhista Tony Blair significavam a manutenção de uma política conservadora, pois houve corte nos gastos sociais. E em relação à comunidade européia, a Inglaterra não aderiu ao euro, moeda comum adotada pelos europeus.
No plano da política externa, o alinhamento incondicional ao lado dos Estados Unidos na guerra do Iraque levou a um certo isolamento da Inglaterra em relação à França e à Alemanha, que se opuseram.
PEDRO, Antônio. História da civilização ocidental. ensino médio volume único
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