No Império romano, a lei civil (…) fixava uma idade mínima para que o casamento fosse realizado: 12 anos para as meninas e 14 anos para os rapazes.
Os casamentos geralmente eram combinados pelas famílias e é curioso perceber a presença de intermediários, agentes matrimoniais que, mediante pagamento, conseguiam “bons partidos” às famílias interessadas e “bons dotes” à família do noivo.
A cerimônia nupcial era solene: o noivo acompanhado por músicos e cantores, buscava a noiva em sua casa e dirigiam-se juntos à igreja, com numerosos acompanhantes, sob uma chuva de rosas e violetas. Na igreja, após a cerimônia religiosa, os noivos eram coroados e trocavam-se as alianças. Em seguida, os noivos e convidados participavam do banquete na casa do noivo. (Homens e mulheres comiam separados para dar sorte.)
O marido era o chefe e protetor da família. (…) Era ele quem deveria manter a família. A mulher vivia principalmente no giniceu, cuidando dos afazeres domésticos e das crianças. Quando era rica, a mulher coordenava uma verdadeira corte de servidores livres, escravos (…). Raramente a mulher casada saía de sua casa; quando o fazia cobria a cabeça com um véu, por exemplo quando se dirigia à igreja ou aos banhos públicos (que tinham horários reservados às mulheres). As mulheres das camadas mais populares não viviam tão reclusas. Algumas trabalhavam fora e havia muitas atrizes, bailarinas, cantoras e flautistas. A mais famosa dessas “artistas” bizantinas foi Teodora, que se tornou imperatriz ao se casar com Justiniano.
Um grande acontecimento para a família bizantina era o nascimento de uma criança, ficando a casa repleta de parentes e amigos. Uma semana após seu nascimento, a criança era levada à igreja por seu padrinho para ser batizada. Era o padrinho quem escolhia o nome da criança, quase sempre o nome de um santo do qual era devoto. O padrinho era, também o tutor legal imediato da criança, na falta do pai.
(BELTRÃO, Claudia. O mundo bizantino. São Paulo. FTD,2000. p. 48-9)
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