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A segunda fase de formação dos reinos bárbaros

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A segunda onda das invasões germânicas se distingue da primeira por seus resultados duradouros, marcando profundamente a formação da futura Europa. Houve a conquista da Gália  pelos francos  e o domínio da Inglaterra pelos anglo-saxões, no século V. No século VI os lombardos conquistaram a península Itálica.

Os povos que chegavam nessa fase tinham sua região de origem bem mais próxima que os povos anteriores, podendo enviar reforços de contingentes para consolidar as conquistas. Além disso, migraram lentamente, o que gerou um povoamento seguro e concentrado. Não se associavam aos romanos, como os povos da primeira fase, mas confiscavam as terras e as distribuíam entre seus guerreiros.

À medida que os francos, lombardos e anglo-saxões tomavam as regiões da Europa, as antigas villae (latifúndios romanos) desapareciam, cedendo lugar a diversas formas de propriedade: pequenos proprietários arrendando terras, camponeses dependentes de aristocratas bárbaros, aldeias de camponeses que utilizavam terras comunais.

Nessa segunda etapa das invasões afirmou-se uma sólida aristocracia territorial e consolidaram-se as aldeias comunitárias de camponeses. Tanto a aristocracia territorial como as aldeias comunitárias são características do futuro sistema feudal. Outra importante característica dessa fase é que as leis romanas deixaram de prevalecer, sendo utilizado um sistema de leis baseado em antigos costumes bárbaros (direito consuetudinário). Esse fato ajudou a consolidar os novos reinos bárbaros.

    • O reino dos francos. Originários da Bélgica atual, os francos fixaram-se na Gália do Norte, onde se aliaram aos romanos. No entanto, a partir de 481, os romanos (funcionários, soldados, colonos, clérigos) abandonaram a região, deixando poucos sinais da sua presença. O rei franco Meroveu deu início a dinastia merovíngia.
    • Os reinos anglo-saxões. Os povos anglo-saxões desembarcaram nas ilhas Britânicas por volta de 450, juntamente com os daneses ou jutos (originários da Dinamarca). Os romanos já tinham abandonado a região havia 50 anos. Os camponeses que se estabeleceram ali inauguraram um novo sistema de propriedade individual nos lares camponeses e agricultura comunitária nos campos abertos. Os chefes e aristocratas anglo-saxões consolidavam o seu poder pessoal e, por volta do século VII, já havia uma aristocracia hereditária. Politicamente os anglo-saxões - e mais tarde os daneses - formaram sete reinos, que lutavam constantemente entre si, impedindo uma eventual unificação (a chamada heptarquia anglo-saxônica). A invasão dos normandos vindos da Normandia no século XI acelerou a implantação de um feudalismo típico na Inglaterra.

Os reinos bárbaros formados nessa segunda fase conseguiram estabelecer-se mais solidamente em território europeu, superando as heranças do velho Império Romano. Esses novos reinos bárbaros organizavam-se em bases culturais e sociais mais germânicas. Não conseguiram estabelecer um Estado  de características  fortes. A falta de um Estado organizado acentuou-se  quando os muçulmanos tomaram o Mediterrâneo, nos séculos IX e X, impedindo uma atividade comercial mais ativa. A partir daí, o isolamento rural dos povos europeus tornou-se cada vez maior. A Europa se feudaliza.

PEDRO, Antônio. História da civilização ocidental. ensino médio. volume único.

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1 Comentário:

Administrador disse...

Muito interessante esta matéria, parabéns pelo blog, está ótimo, gosto bastante de história, agora já sei onde ler matérias interessantes como esta, irei indicar o histoblog. Abraços

 

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