Durante quase trezentos anos, os cristãos foram perseguidos no Império romano. Apesar disso, seu número aumentava continuamente. Já não era mais possível ignora-los.
Em 312, as tropas do Imperador Constantino estavam na iminência de enfrentar as de outro general romano, Marco Aurélio Valério Mexentio, na batalha da Ponte Mílvia, não muito longe de Roma. Segundo o relato dos cristãos, na véspera da batalha o imperador teria visto uma cruz no céu ao lado da inscrição em latim In hoc signo vinces (Sob este signo vencerás).
Impressionado com a visão de um dos símbolos cristãos, o imperador ordenou que a cruz fosse pintada no escudo dos soldados. E venceu a batalha. a partir de então, sua atitude diante do cristianismo mudou inteiramente.
Assim, em 313 Constantino estabeleceu a liberdade religiosa no Império e proibiu as perseguições aos cristãos. Mas só se converteu oficialmente ao cristianismo no final da vida. Também não condenou o paganismo, que fora a religião oficial do Império até então.
Livre das perseguições, o cristianismo expandiu-se rapidamente. Em 380, por decisão do imperador Teodósio, a doutrina cristã tornou-se religião oficial do Império romano. Doze anos depois, em 392, Teodósio proibiu e passou a perseguir o paganismo.
Símbolos Cristãos
O primeiro símbolo cristão não foi a cruz, mas um peixe. A palavra grega ICHTHUS significa ‘peixe’. Suas letras formam a frase Iesus Christus Theos Uios Soter, que quer dizer “Jesus Cristo, filho de Deus Salvador”. O peixe tornou-se então símbolo dos primeiros cristãos. Para um cristão identificar outro, desenhava um arco no chão. Se a pessoa fosse cristã, desenhava o arco ao contrário, formando o desenho de um peixe.
Novo Testamento, século I d.C
A expressão “a Cesar o que é de Cesar” é hoje um ditado popular. De acordo com a bíblia, Jesus pronunciou tal frase quando um grupo de fariseus quis saber se ele incentivava os judeus a não pagar impostos.
Então mandaram alguns fariseus e partidários de Herodes, para apanhar Jesus em alguma palavra. Logo que chegaram, disseram-lhe: “Mestre, sabemos que és verdadeiro e não te deixas influenciar por ninguém. Tu não olhas a aparência das pessoas, mas ensinas segundo a verdade o caminho de Deus. Dize-nos: é permitido ou não pagar imposto a César? Devemos da-lo ou não?
Ele percebeu o fingimento e respondeu: “Por que me armai uma armadilha? Trazei a moeda do imposto para eu ver”. Trouxeram-lhe uma moeda. Ele perguntou: “De quem é esta figura e a inscrição? Responderam: “De Cesar”. Então, Jesus disse: Devolvei, pois, a César o que é de César e a Deus o que é de Deus”. E estavam extremamente admirados a respeito dele.
fonte: Marcos, 23, 13-17.In: Bíblia sagrada. São Paulo: Edições Loyola, 2001, p. 1338.
1 Comentário:
Curioso o caso do peixe... não sabia...
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