Em 1500, época da chegada dos portugueses ao território que viria a se chamar Brasil, a mata Atlântica tinha mais de 1 milhão de quilômetros quadrados, estendendo-se por aproximadamente dezessete dos atuais estados brasileiros. Hoje, restam apenas 10% dessa área de mata, a maior parte em serras.
Essa é uma das consequências negativas de pelo menos cinco séculos de exploração, que acabou com muitas espécies vegetais e animais. E tudo começou com a extração do pau-brasil feita pelos portugueses.
A Madeira
O nome pau-brasil pode ter vindo da lenda irlandesa da Hy Brazil, sobre uma ilha paradisíaca situada no oceano Atlântico. Além disso, o termo celta – empregado pelos irlandeses – para se referir a um corante mineral de estanho era breazail, que significa vermelhão. Desse modo, a árvore de madeira vermelha de nome Ibirapitanga foi batizada pelos portugueses de pau-brasil. Em língua tupi, ybirá significa pau e pitanga, vermelho.
Os europeus, desde a Idade Média, conheciam uma árvore semelhante, cuja madeira fornecia uma tintura muito utilizada para tingir tecidos, pintar manuscritos e ainda para trabalhos de marcenaria. Naquela época, essa madeira vinha da região, hoje conhecida como Malásia e também da Índia. Mas ela acabou sendo substituída pela madeira da América que era muito mais barata.
O pau-brasil, assim chamado pelos europeus, crescia em quase todo o litoral, na mata Atlântica. Era uma árvore grande: chegava a medir 1 metro de diâmetro na base e de 10 a 15 metros de altura. Sua exploração, feita com base no trabalho dos indígenas, constituiu a primeira atividade econômica da nova colônia portuguesa na América, o Brasil.
Nelson Piletti. Claudino Piletti. Thiago Tremonte. História e vida integrada. ensino fundamental.
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