O corte das árvores e o seu transporte para os navios eram feitos pelos indígenas. Em troca, eles recebiam roupas coloridas, contas, espelhos, canivetes, facas, etc.
O pau-brasil só podia ser explorado com a autorização do rei de Portugal. Ou seja, a Coroa portuguesa detinha o monopólio sobre a comercialização do produto. Esse privilégio era dado pelo rei, que, em troca, ficava com boa parte dos lucros. Porém, sabemos que muitos traficantes também atuaram na exploração da madeira.
A extração do pau-brasil foi realizada em diversas partes do território. Quando o pau-brasil acabava num lugar, os comerciantes procuravam-no em outro e, assim, iam derrubando as florestas. Como essa atividade não exigia que os europeus se fixassem na América, nos primeiros trinta anos (1530) os portugueses não construíram povoados, apenas construções fortificadas em alguns pontos do litoral. Estas eram chamadas de feitorias e serviam para defesa e armazenamento do pau-brasil ou de outras mercadorias retiradas da terra, já que outros povos, principalmente os franceses, também exploravam o pau-brasil.
Até 1530, foram fundadas dez feitorias. Cabo Frio, Pernambuco, Igaraçu, Itamaracá, Bahia, São Vicente, Porto Seguro, Santo Aleixo, dos Marcos e Rio de Janeiro.
Ilustração: Indígenas cortando pau-brasil
Os franceses não concordavam com a posse do território da América somente por Portugal e Espanha e defendiam o direito de também extrair pau-brasil. Com a ajuda de alguns grupos indígenas, os franceses foram cortando e levando madeira. Diante disso, o rei de Portugal mandou vários navios com soldados para proteger a costa brasileira contra os ataques dos franceses. O que, de certo modo, acelerou o processo de ocupação e colonização das terras.
Nelson Piletti. Claudino Piletti. Thiago Tremonte. História e vida integrada. ensino fundamental.
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