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A literatura e a filosofia renascentista

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As idéias renascentistas se manifestaram também em obras literárias e filosofia.

Na Holanda, o filósofo Erasmo de Roterdã (1466-1536) publicou o Elogio da loucura, uma crítica à Igreja, que dava explicações sobrenaturais para os problemas sociais e da natureza.

Na França publicaram obras importantes, os filósofos François Rabelais e Michel de Montaigne (1533-1592), autor de Ensaios.

Na Inglaterra destacou-se o teatro de Willian Shakespeare (1564-1616), com peças como Romeu e Julieta, Macbeth, Hamlet e Otelo. Na Espanha, sobressaiu a literatura de Miguel de Cervantes (1547-1616), que escreveu Dom Quixote de la Mancha, obra que satiriza a figura decadente de um cavaleiro medieval. Em Portugal, a obra clássica do Renascimento é o poema épico Os Lusíadas, de Luís de Camões (1524-1580), que narra a viagem de Vasco da Gama às Índias, em 1498.

Luís de Camões é considerado o maior poeta da língua portuguesa. Sua obra prima, Os Lusíadas, é um poema que conta a viagem do grande navegador português Vasco da Gama às Índias. A obra é uma epopéia (grande poema épico) sobre os feitos grandiosos de um povo. Os Lusíadas, por exemplo, é uma espécie de declaração de amor a Portugal.

Luís Vaz de Camões
Por um lado, Camões possuía sólida formação intelectual, sendo capaz de ler tanto em latim quanto em grego. Por outro lado, levou vida agitada e cheia

de aventuras. Daí dizer-se que ele “segurava a pena numa mão e a espada na outra”.
Em luta contra os mouros em Ceuta, ele perdeu o olho direito.
Em Macau (colônia portuguesa na China), trabalhou para o governo português tomando conta dos bens dos mortos e desaparecidos. Em viagem à costa da China, naufragou próximo ao atual Vietnã, ocasião em que Dinaneme, uma jovem chinesa por quem o poeta havia se apaixonado, morreu afogada. Nadando, Camões conseguiu salvar os manuscritos de Os Lusíadas.
Para escrever Os Lusíadas, Camões inspirou-se tanto em suas experiências de viajante quanto em fontes históricas e literárias. Ele procurou mostrar que as navegações portuguesas não foram obra de um único homem (Vasco da Gama), mas o resultado do esforço coletivo empreendido pelo povo português.

Estátua de Luís de Camões em Vila de Constância – Portugal

fonte: BOULOS JUNIOR, Alfredo. coleção.História-Sociedade&Cidadania. p.150

Miguel de Cervantes: A principal obra deste grande escritor espanhol foi Dom Quixote. Seus dois principais personagens são Dom Quixote, um nobre sonhador que, aos 50 anos de idade, quer reviver as glórias dos cavaleiros medievais e recusa-se a usar dinheiro, e o seu escudeiro e acompanhante Sancho Pança, que só pensa em dormir, comer bem e desfrutar dos prazeres que a vida pode lhe oferecer. Sancho é mostrado pelo autor como uma pessoa com enorme senso prático.

Se por um lado Cervantes ironiza os ideais dos orgulhosos cavaleiros da Idade Média, representados no livro por Dom Quixote, por outro faz críticas ao modo de vida burguês por meio do comportamento e das palavras de Sancho Pança.

Thomas Morus: Este escritor e jurista inglês escreveu Utopia, palavra que em grego, quer dizer, “lugar imaginário”. Nesta obra, Morus critica os abusos, a violência e as injustiças de seu tempo, descrevendo uma ilha imaginária, habitada por uma sociedade ideal: justa e fraterna.

William Shakespeare. Foi um dos maiores autores de peças de teatro do mundo. Este artista inglês produziu tragédias, como Romeu e Julieta, Hamlet, Macbeth, comédias, como Sonho de uma noite de verão, e peças históricas, como Henrique VIII.

Romeu e Julieta é uma das peças mais famosas de Shakespeare. A história se passa na cidade italiana de Verona, durante a Idade Média, e conta o romance proibido de um jovem casal. Romeu Montéquio e Julieta Capuleto, cujas famílias são inimigas mortais.

 

O renascimento científico

No estudo e no conhecimento da natureza também surgiram novas teorias, como o heliocentrismo. Proposta por Nicolau Copérnico, essa teoria afirmava que o Sol ocupa o centro do Universo e a Terra gira ao seu redor.

Isso era absurdo para a maioria das pessoas, pois olhando para o céu tem-se a impressão de que o Sol é que se move ao redor da Terra. O heliocentrismo também era chocante para essa época porque contrariava a teoria de que a Terra era o centro do Universo, proposta pelo filósofo Claudio Ptolomeu no século II e aceita desde a Antiguidade.

 

  Representação dos sete planetas em torno do Sol de acordo com a visão de Nicolau Copérnico. A imagem integra a obra Harmonia macrocósmica, de Andreas Cellarius, publicada em Amsterdã, 1960.

As idéias de Copérnico foram combatidas pela Igreja por vários séculos. No século XVI, Giordano Bruno foi condenado à morte na fogueira por defender idéias semelhantes. No início do século XVII, as teorias de Copérnico foram testadas por Galileu Galilei. Observando o movimento dos planetas. Galileu confirmou algumas teorias de Copérnico e publicou livros relatando suas descobertas.

Galileu também foi perseguido por membros da Igreja que sentiam sua autoridade ameaçada por novas teorias. Ele negou publicamente suas idéias para não morrer na fogueira. Em 1979, mais de três séculos depois da perseguição de Galileu, o papa João Paulo II ordenou um reexame do processo contra Galileu e, em 1992, reconheceu o erro do vaticano na época.

Leonardo da Vinci

 inventor – A criatividade e a curiosidade  científica de Leonardo da Vinci pareciam não ter fim. Ele queria aprender o máximo possível sobre tudo: estudou anatomia humana e animal, física, botânica, geologia, matemática e pintura. Além disso, era inventor.

Seus cadernos incluem inúmeros esboços de seus estudos e projetos. Um deles era conhecer o corpo humano. Queria saber como  funcionava cada veia, quando envelhecia, porque morria. Apesar das proibições da Igreja, Leonardo dissecou vários cadáveres a fim de realizar seus estudos e teve de pagar multa para não ser preso por isso.

anatomia do crânio de Leonardo da Vinci 1510 Desenho de Leonardo da Vinci de 1510 retrata a anatomia do crânio

Em outros campos, Leonardo também foi surpreendente. Elaborou esboços de helicópteros, aviões pára-quedas, submarinos, tanques motorizados, metralhadoras e de vários outros tipos de máquinas. A maioria destes projetos só se tornaria realidade séculos mais tarde.

Além de suas criações para fins militares, o artista criou projetos voltados para uma vida de paz. Preocupou-se, como por exemplo, em tornar as cidades melhores. Para a cidade de Milão, por exemplo, ele projetou canais de esgoto, ruas somente para pedestres, pistas para veículos, praças arborizadas e casas mais confortáveis e bem mais ventiladas.

Andrea Vesalius: Na Europa, até meados do século XVI, o que se sabia de anatomia humana (veias, órgãos, músculos, ossos) era herança do médico grego Galeno, que viveu e trabalhou na Roma antiga. Galeno fez seus estudos com base na dissecção de animais, especialmente macacos, o que o levou a cometer erros inevitáveis. Tais erros sobreviveram milhares de anos até a publicação, em 1543, da obra De humani corporis fabrica, do médico Andreas Vesalius. Nascido na cidade de Bruxelas, Bélgica, em 1514, Vesalius formou-se em medicina e, aos 23 anos, já era professor na Universidade de Bolonha, Itália. Mais tarde, tornou-se médico particular de Filipe II, rei da Espanha.

estudo anatômico de Vesalius - histoblogsu Estudo anatômico da musculatura humana que Vesalius e artistas contratados por ele fizeram a partir de cadáveres dissecados. Andreas Vesalius - De Humani Corporis Fabrica – 1543.

Lançada originalmente em sete volumes ricamente ilustrados, a obra de Vesalius revolucionou a ciência médica: nunca ninguém havia feito uma descrição tão detalhada da anatomia humana. Uma de suas principais descobertas é a de que a anatomia não é idêntica em todas as pessoas, há pequenas diferenças de indivíduo para indivíduo.

A obra de Vesalius foi muito usada por estudantes, médicos, cientistas e também pelos pintores renascentistas para retratar o corpo humano com precisão. Vesalius faleceu em Veneza, em 1569, após ter adoecido durante a viagem de volta de uma peregrinação a Jerusalém. Sua obra se conserva atual em muitos pontos, apesar de todas as descobertas feitas desde então.

fonte:BOULOS JUNIOR, Alfredo.coleção História-Sociedade&Cidadania – sétimo ano-p.149-150-152-153.

 

 

 

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