Trecho de O príncipe, de Maquiavel, 1513 MAQUIAVEL.O príncipe.Apud: ARANHA, Maria Lucia de Arruda. Maquiavel – A lógica da força. São Paulo: Moderna, 1993 |
Trecho de Os seis Livros da República, de Jean Bodin, 1576 Nada havendo de maior sobre a terra, depois de Deus, que os príncipes soberanos, e sendo por Ele estabelecidos como seus representantes para governarem os outros homens, é necessário lembrar-se de sua qualidade, a fim de respeitar-lhes e reverenciar-lhes a majestade com toda a obediência, a fim de sentir e falar deles com toda a honra, pois quem despreza seu príncipe soberano despreza a Deus, de Quem ele é imagem na terra. BODIN, Jean. Les six livres de la Republique (Os seis livros da República). Paris: Fayard, 1986. Apud: CHEVALLIER, Jean-Jacques. As grandes obras políticas de Maquiavel a nossos dias. Rio de Janeiro: Agir, 1976.p. 60-1 |
Trecho de O Leviatã, de Thomas Hobbes, 1651 Tradução livre de HOBBES, Thomas. O Leviatã. Apud: ARTOLA, Miguel. Textos fundamentales para la História. Madrid: Revista de Occidente, 1973. p. 327-8 |
Uma monarquia não tão absoluta
Na realidade, as expressões “monarquia absoluta” e “absolutismo” são enganosas. Certamente, a soberania real não se divide: na pessoa do rei encontram-se reunidos o que chamamos hoje de poderes Executivo, Legislativo e Judiciário. Isto não implica a necessidade de transformar esse poder em algo despótico (autoritário). O soberano, auxiliado por seu Conselho, deve respeitar a lei natural, de origem divina, e as leis fundamentais do reino.
Na prática, o poder real encontra-se extremamente limitado pela Igreja, pela força dos privilégios, pela fraqueza e a lentidão dos meios de comunicação. A expressão “monarquia administrativa” parece, portanto mais apropriada do que “monarquia absoluta”.
Adaptado de PETITFILS, Jean-Christian. Uma monarquia não tão absoluta. História Viva. Edição Especial Temática n.2 – Revolução Francesa: o conflito político, social e econômico. São Paulo, 2004, p. 9-11.
O surgimento do Estado Maior
Com o absolutismo, chegaram ao fim os laços de suserania e vassalagem que marcaram o período medieval. Cada monarca criou seu exército nacional, pondo fim às tropas particulares. O direito feudal foi gradativamente substituído por um novo direito inspirado no antigo direito romano, e funcionários foram contratados para cuidar da administração pública. Nascia assim o Estado Moderno.
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