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As máquinas simplificando o trabalho humano

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A invenção de máquinas capazes de simplificar o trabalho humano foi um fator importantíssimo para o advento da Revolução Industrial.

Os teares manuais só permitiam ao artesão fazer um tecido da largura de seus braços. Em 1733, John Kay inventou a lançadeira volante, que consistia num aperfeiçoamento do antigo tear e possibilitava a produção de tecidos mais largos.

A primeira máquina de fiar foi inventada em 1764 por James Hargreaves. Chamada de spinning jenny, substituía a roca e produzia vários fios ao mesmo tempo. Porém, os fios eram finos e se partiam com facilidade.

 

Spinning jenny, fiandeira mecânica criada em 1764 por James Hargreaves.

Em 1768, Richard Arkwright desenvolveu a water frame, uma máquina de fiar que produzia oito fios ao mesmo tempo muito mais resistentes e grossos. Em compensação, os fios grossos serviam para produzir apenas tecidos de baixa qualidade. Em 1779, Samuel Crompton aperfeiçoou a spinning jenny e a water frame, criando uma máquina que produzia fios finos e resistentes. Crompton batizou sua criação de mule - mula em português. em referência à ideia da mistura de duas coisas.

A invenção das máquinas de fiar provocou um desequilíbrio na indústria têxtil. A produção de fios aumentou bastante, mas a de tecidos ainda continuava artesanal e lenta. Em 1860, a lançadeira volante de John Kay ainda não conseguia produzir tecidos tão rápido quanto era possível produzir fios. O equilíbrio na produção foi estabelecido apenas em 1785, com a invenção do tear mecânico por Edmund Cartwrigt. A máquina de Cartwrigt produzia o equivalente ao trabalho de duzentas pessoas. Em 1825, Richard Roberts conectou um vapor nesse tear, o que permitiu aumentar ainda mais a produção de tecidos.

Mule (mula) máquina de fiar hidráulica inventada por Samuel Crompton em 1779.

Os teares mecânicos promoveram a substituição das manufaturas pelas indústrias. Enquanto nas manufaturas o ritmo de trabalho era ditado por um funcionário que fiscalizava os empregados durante a produção, nas fábricas esse ritmo era controlado pela velocidade das próprias máquinas. Os operários das indústrias produziam mais do que os trabalhadores das manufaturas, mas recebiam salários menores, pois seu trabalho exigia uma especialização menor ainda.

Ilustração representa o interior de uma tecelagem de linho na Inglaterra de 1860

Enquanto os artesãos trabalhavam em sua própria casa e produziam um fio de cada vez, os donos das manufaturas contratavam pessoas para produzir vários fios ao mesmo tempo, dentro de uma fábrica.

Além de aumentar a produtividade, o surgimento das manufaturas também simplificou as tarefas realizadas pelos trabalhadores. Como executavam tarefas cada vez mais simples, esses trabalhadores sem especialização passaram a receber salários cada vez mais baixos.

Pagando menos aos trabalhadores, os proprietários das manufaturas podiam vender seus produtos por um preço mais baixo do que o dos artesãos. Como não conseguiam competir com as manufaturas, os artesãos ficavam sem trabalho e acabavam sendo rapidamente absorvidos por elas.

Ainda  existem artesãos, mas não como forma de produção de mercadorias, essa prática passou a ser um passatempo para as pessoas que vivem nas cidades, uma forma de subsistência para populações rurais que não foram absorvidas como trabalhadores pelas indústrias, ou ainda como a melhor forma para a elaboração de mercadorias que exigem grande habilidade manual, como os instrumentos musicais. Hoje em dia, os melhores violões não são produzidos nas fábricas, mas feitos à mão por artesãos chamados luthiers.

CARDOSO, Oldimar. coleção: Tudo é História. ensino fundamental.

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