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Brasil República e seus símbolos

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O marechal Deodoro da Fonseca, depois de proclamar a República, assumiu a presidência de um Governo Provisório.

Manuel Deodoro da Fonseca (1827-1892). Primeiro Presidente eleito do Brasil (1891)

As primeiras medidas visavam eliminar órgãos imperiais: Deodoro, dissolveu as câmaras, aboliu o Conselho de Estado, transformou as províncias em estados e nomeou o primeiro ministério da República.

Somente em 1890 é que foram eleitos os deputados responsáveis por elaborar um novo texto constitucional para o país. A primeira Constituição da República ficou pronta em fevereiro do ano seguinte. Na ocasião, Deodoro da Fonseca foi escolhido (de forma indireta) presidente do Brasil. Ele derrotou o fazendeiro paulista Prudente de Moraes. O vice eleito, no entanto, veio da chapa de seu adversário, o marechal Floriano Peixoto.

Floriano Vieira Peixoto (1839-1895), segundo Presidente da República, governou entre 1891 e 1894. Assumiu o poder após a renúncia de Deodoro da Fonseca, era chamado de o "Marechal de Ferro"

O Encilhamento

Rui Barbosa acreditava que o desenvolvimento do país se faria se houvesse um surto industrial. A industrialização, segundo Rui Barbosa, só seria possível aumentando o meio circulante (dinheiro), para pagar os trabalhadores assalariados, incrementando assim o mercado consumidor.

Através de um decreto, em janeiro de 1890, Rui Barbosa pretendeu pôr em prática sua política econômica, que deveria resultar um surto industrial significativo. Em primeiro lugar, o lastro ouro dos velhos réis, antiga moeda do Império, foi abolido; novas notas de réis republicanos emitidas por bancos particulares começaram a circular. A moeda, conhecida por mil-réis, em vez de ter seu valor garantido por lastro ouro, era garantida por títulos da dívida pública.

O resultado imediato da política econômica de Rui Barbosa foi o aumento da inflação. e, em vez de incentivar a industrialização, sua política estimulou a especulação financeira, isto é, aplicava-se em ações de empresas fictícias, que eram vendidas na bolsa de valores. Não se investia em setores produtivos.

Essa política econômica ficou conhecida como Encilhamento (ato de selar cavalos), numa alusão às apostas que se faziam no Jóquei Clube. A inflação incontrolável aumentou os preços dos gêneros de primeira necessidade, atingindo, em cheio, a economia dos setores populares urbanos, provocando rebeliões e manifestações de protesto.

As propostas de industrialização forçada de Rui Barbosa não poderiam funcionar em um país de estrutura agrária e exportadora e sem mercados de grandes proporções.

A República e seus símbolos

Logo após a proclamação da República, o novo governo não tinha muito prestígio junto à população brasileira. Os militares, então, decidiram criar alguns símbolos para fazer com que a ideia de Estado republicano chegasse mais perto do povo.

Um exemplo são as praças em torno da igreja matriz, que até hoje existem em muitas cidades do Brasil. Com a República, o Estado foi separado da Igreja católica e passou a concorrer com ela. A pracinha ajardinada com coreto e chafariz, com suas estátuas de heróis nacionais, ajudou a criar um novo tipo de convivência entre as pessoas. Surgiu um espaço público onde os cidadãos podiam se reunir sem a influência direta da Igreja.

Bandeira Imperial do Brasil (1822-1889) 

Outro símbolo instituído na época foi a nova bandeira do Brasil. A primeira bandeira republicana imitava a dos Estados Unidos, substituindo as listras vermelhas e brancas por verdes e amarelas. Em lugar do retângulo azul da bandeira norte-americana, um retângulo negro prestava homenagem aos negros brasileiros.

Bandeira provisória da República do Brasil (de 15 a 19 de novembro de 1889)

Essa bandeira sugeria que a República brasileira seguiria o modelo federalista dos Estados Unidos. Hasteada em 15 de novembro na Câmara Municipal do Rio de Janeiro, vigorou por apenas quatro dias e acabou substituída pela bandeira que conhecemos  hoje.

A atual bandeira brasileira é quase igual à bandeira do Império. O verde e o amarelo foram mantidos, mas o brasão do imperador foi substituído por um círculo azul pontilhado de estrelas e cortado por uma faixa branca onde se lê "Ordem e Progresso".

Essa expressão foi retirada do lema "O amor por princípio, a ordem por base e o progresso por fim", elaborado pelo filósofo francês Auguste Comte para o movimento positivista. Os positivistas, contrários ao modelo federalista dos Estados Unidos, acreditavam que apenas uma ditadura seria capaz de promover o progresso da humanidade.

Bandeira Nacional brasileira, 1889.

 

A decisão de adotar uma bandeira parecida com a do Império, sugere que o governo republicano tinha muito a ver com o governo imperial. A expressão "Ordem e Progresso" indicava que no Brasil republicano até poderia haver progresso, mas sob a ordem do presidente - tão poderoso quanto um  imperador.

Assim como a bandeira, o hino nacional republicano também manteve características do hino do Império. Logo após a proclamação da República, ainda em novembro de 1889, o governo militar criou um concurso para escolher um novo hino para o Brasil, Mas em janeiro do ano seguinte, antes que o concurso fosse realizado, o governo mudou de ideia e resolveu manter como hino nacional a música de Francisco Manuel da Silva, que desde a década de 1840 contava com grande aceitação popular como hino do império. Sua letra, no entanto, é mais recente: foi composta em 1909, por Joaquim Osório Duque Estrada, e oficializada como Hino Nacional em 1922.

PEDRO, Antônio. História da civilização ocidental. ensino médio. volume único. CARDOSO, Oldimar. coleção: Tudo é História. ensino fundamental.

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