Um dos momentos mais quentes da Guerra Fria foi o envolvimento dos Estados Unidos e da União Soviética na Guerra da Coréia.
Depois de ser libertada da ocupação japonesa, em 1945, a Coréia foi ocupada por norte-americanos e soviéticos. Três anos depois, foi dividida em dois países: a Coréia do Norte, na área de influência soviética, e a Coréia do Sul, área de influência norte-americana.
A situação na fronteira entre o Norte e o Sul era muito tensa, pois as duas Coréias exigiam a reunificação do país sob seu comando.
Em 1950, a Coréia do Norte desfechou um ataque surpresa contra a Coréia do Sul. Imediatamente os Estados Unidos, com o apoio da ONU, enviaram tropas para lutar ao lado dos sul-coreanos. Os chineses, que tinham adotado o comunismo no ano anterior, entraram no conflito em defesa da Coréia do Norte.
O conflito estendeu-se até 1953, quando foi assinado o Armistício de Panmunjon, que confirmou a divisão em dois países: Coréia do Norte e Coréia do Sul, capitalista.
A guerra da Coréia foi terrivelmente sangrenta: matou cerca de 4,5 milhões de pessoas, a grande maioria civis.
Guerras como a da Coréia e a corrida armamentista que se estendeu pelas décadas seguintes provocaram indignação em várias partes do mundo. Conscientes de que uma guerra nuclear levaria à destruição da Terra, milhares de pessoas no mundo todo se engajaram em movimentos pacifistas. No final da década de 1970, esses movimentos sociais colhiam seus primeiros frutos, pois começaram a ser assinados acordos que limitavam a fabricação de armas nucleares.
Mas o medo de uma guerra nuclear continua assustando a humanidade. No início do século XXI, dois países pobres, a Índia e o Paquistão, que possuem armamento atômico, fizeram ameaças um ao outro. E o conflito da Coréia continua a ameaçar: em 2003, o governo da Coréia do Norte anunciou a retomada de seu programa nuclear.
BOULOS JUNIOR, Alfredo. História Sociedade e Cidadania. ensino fundamental.
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