O período entre guerras foi um período de crise mundial. Os Estados Unidos escaparam dela até 1929, quando entrou em uma profunda depressão econômica que duraria toda a década de 1930, agravando mais ainda a crise mundial do capitalismo. Em muitos países da Europa, a crise econômica e o crescimento das forças políticas de esquerda acabaram resultando no estabelecimento de regimes fascistas. A instauração do fascismo na Itália e do nazismo na Alemanha conteve, pela força, a ascensão das forças de esquerda e as agitações operárias. Em outros porém, a crise não levou à derrocada da democracia.
A recuperação da economia mundial se deu, principalmente, pelo incremento da indústria bélica. Foi a retomada da democracia. Foi a retomada da corrida armamentista que acabou levando as potências mundiais a uma nova guerra.
Alguns países da América Latina conheceram no período um rápido processo de industrialização, embora dependente do capital estrangeiro.
No caso específico do Brasil, essa crise mundial do capitalismo internacional, combinada com fatores internos, conduziu à queda da República oligárquica, levada a cabo pela Revolução de 1930. Isso deu início a um processo acelerado de modernização da sociedade brasileira. O Estado tornou-se mais complexo, multiplicou as suas instituições e os seus funcionários e deu início a uma política industrial para o país.
A instauração do fascismo na Itália e do nazismo na Alemanha atendeu às necessidades da burguesia, que precisava conter as agitações operárias a fim de levar avante o processo de concentração do capital. A ascensão dos regimes totalitários de direita será o principal fenômeno político do período entre guerras.
Os modelos políticos europeus, genericamente chamados de fascistas, tiveram adeptos na América Latina, particularmente no Brasil. Assim, com as cores locais, tivemos no período entre guerras embates políticos parecidos com os que ocorriam na Europa.
Ainda hoje a verdadeira natureza do Estado Novo que resultou do golpe desfechado pelo Presidente Vargas em 1937 divide analistas. Para muitos tratou-se de um Estado essencialmente fascista. Outros falam de um Estado autoritário, mas muito diferente dos regimes fascistas europeus. Um arremedo de fascismo brasileiro não teria chegado ao poder: era o representado pelos integralistas. Tanto essa direita como a esquerda brasileira tentaram chegar ao poder através de golpes, mas ambas as tentativas foram frustradas pela ação do Estado.
Tanto o Brasil como, de um modo geral, a América Latina acabaram se alinhando aos Estados Unidos na política mundial. Configurava-se, assim, um quadro político no qual a América Latina ficaria mais ainda situada na área de influência dos Estados Unidos.
PEDRO, Antônio. História da civilização ocidental. ensino médio. volume único.
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