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Modernismo

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A expressão modernismo se refere a diversos movimentos da literatura, das artes plásticas, da arquitetura e da música surgidos na Europa a partir do fim do século XIX e que se estenderam até a década de 1930, aproximadamente.

Nessa época, poetas, escritores, músicos, pintores e escultores europeus procuravam novos caminhos para a expressão artística. Essa busca pelo novo deu origem a movimentos como o Expressionismo, o Cubismo, o Futurismo e o Dadaísmo.

Esses movimentos tiveram grande repercussão na Europa, mas no Brasil eram praticamente desconhecidos. Apenas os jovens da elite, que tinham condições de viajar ao exterior para estudar, acabaram entrando em contato com essas novidades. Foi o caso da pintora paulista Anita Malfatti, que estudou na Europa e nos Estados Unidos e recebeu influências do expressionismo alemão.

A mulher de cabelos verdes, óleo sobre tela de Anita Malfatti, 1915.

De volta ao Brasil, em 1917, Anita Malfatti expôs suas obras na cidade de São Paulo. Suas pinturas foram consideradas estranhas pelo público, acostumado com um tipo de arte que procurava retratar objetos e pessoas do modo mais fiel possível. As obras de Anita Malfatti não eram assim: uma de suas telas, por exemplo, representava uma mulher de cabelos verdes.

A inovação chocou muita gente. Em artigo publicado no jornal O Estado de São Paulo, o escritor Monteiro Lobato ridicularizou as obras de Malfatti, afirmando que a única diferença entre suas telas e pinturas feitas por loucos era que a deles constituíam uma arte sincera.

  • Expressionismo

Movimento artístico do fim do século XIX, propunha a distorção das formas naturais para expressar a visão e as emoções do artista.

  • Cubismo

Movimento artístico surgido em 1907. Seus integrantes sugeriam várias visões de um objeto em uma única imagem, decompondo-o em formas geométricas e representando-o de diferentes ângulos.

  • Futurismo

Movimento artístico e literário (1907-1914) surgido na Itália, retratou a velocidade do mundo moderno, destacando a era das máquinas.

  • Dadaísmo

Movimento surgido em 1916 entre artistas e intelectuais europeus  em repúdio à  Primeira Guerra Mundial e aos valores da civilização ocidental.

Em busca de novos caminhos

As críticas desfavoráveis a Anita Malfatti estimularam vários artistas a se unirem na busca de novos caminhos para a arte brasileira.

Mário Raul de Moraes Andrade 

Chamados de modernistas, esses pintores, escultores, poetas e músicos decidiram organizar um evento para expor seus trabalhos. Como quase todos eram filhos da elite paulista, não tiveram dificuldades em arrecadar dinheiro para custear o evento.

José Oswald de Souza Andrade

Nascia assim a Semana de Arte Moderna, uma série de conferências , recitais, concertos, exposições e leituras, realizada em fevereiro de 1922 no Teatro Municipal de São Paulo. Apresentaram-se na ocasião escritores como Mário de Andrade e Oswald de Andrade, músicos como Heitor Villa-Lobos e pintores como Anita Malfatti e Di Cavalcanti. Não faltou quem vaiasse os artistas para mostrar seu desgosto, mas isso não diminuiu o ânimo dos modernistas.

 Heitor Villa-Lobos

São Paulo começava a se projetar como um grande centro industrial. Os filhos das famílias mais poderosas (e seus amigos) queriam ser vistos como a elite intelectual do país. A Semana de Arte Moderna foi uma tentativa desses paulistas de se projetarem no panorama da criação cultural brasileira, ainda muito centrada no Rio de Janeiro, então capital do país.

Emiliano Di Cavalcanti 

 

Traços Modernos

As obras dos modernistas não foram bem recebidas pelo público paulistano, acostumado a um outro padrão de arte. Até o início do século XX, era comum que artistas brasileiros buscassem um retrato fiel da natureza em suas obras. Eram muito apreciadas as obras que imitavam cenas da realidade. Por exemplo, a pintura de uma paisagem considerada boa se fosse parecida com a paisagem do mundo real.

 Samba, óleo sobre tela de Di Cavalcanti

A chamada pintura histórica também era muito valorizada nesse momento. O público gostava de cenas grandiosas, que representavam os heróis nacionais e elogiavam seus atos. Nesse caso, não era a capacidade de imitar a realidade que definia uma boa obra, mas a habilidade de destacar e engrandecer o herói.

O público brasileiro também preferia o modelo de beleza europeu, ou seja, pessoas brancas, vestidas à moda européia, em geral representadas em cenas campestres em meio a uma bela paisagem.

CARDOSO, Oldimar. coleção: Tudo é história. ensino Fundamental.

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