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Revolução Russa - 1917: o ano vermelho

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Em fins de 1916, o Exército imperial russo tentou uma última e desesperada ofensiva contra os alemães, que redundou em total fracasso.

As oposições liberais burguesas passaram a criticar o czar, através da Duma, exigindo transformações no sistema público. Mas o czar recusou qualquer modificação.

A escassez de alimentos multiplicou as greves, principalmente em Petrogrado. Aos poucos, essas greves deixaram de ter aspecto reivindicatório e passaram a exigir o fim do governo. Os partidos políticos de esquerda, que se achavam mergulhados na clandestinidade, começaram a ressurgir. Todos exigiam a derrubada da monarquia. Mas a tomada imediata do poder pelos operários só era defendida pelos bolcheviques de Lenin. Trotski se aproximava, cada vez mais, do grupo de Lenin.

Em fevereiro de 1917, a situação era incontrolável. Operários do bairro industrial de Viborg iniciaram uma greve de forma expontânea, sem ligações com os partidos. Os soldados encarregados de reprimir a greve acabaram aliando-se aos operários grevistas. Soldados e operários retiraram as bandeiras do Império e substituíram-nas por bandeiras vermelhas.

Os membros da Duma (parlamento) temiam o avanço do movimento popular. Esse movimento transformou-se, com a participação dos operários, e ressurgiu o Soviete de Petrogrado. Da direção participaram alguns mencheviques, socialistas revolucionários, e bolcheviques, em menor número.

A Duma formou um governo provisório: a presidência coube ao príncipe liberal Lvov; o Ministério do Exterior, ao conservador liberal Miliukov; e, para atender alguns grupos mais à esquerda, Kerenski, do setor trabalhista, foi convidado também a participar do governo.

Os generais do czar tentaram conter o avanço da revolução. Mas os soldados só obedeciam às ordens dos sovietes. Ao czar Nicolai II só restou a abdicação. A monarquia terminava na Rússia no dia 27 de fevereiro de 1917.

O governo provisório

Havia dois poderes na Rússia, após a revolução de fevereiro: os sovietes e a Duma. A Duma, atendendo aos interesses da burguesia, pretendia manter a Rússia na guerra e estabelecer um regime parlamentar, de estilo ocidental burguês. Os sovietes queriam a saída imediata da guerra e reformas profundas que atendesse aos interesses dos operários, soldados e camponeses. Mas havia divergências quanto à forma de fazer essas transformações..

No início de abril, começaram a chegar os exilados políticos. Lenin assumiu a liderança do partido bolchevique e lançou as Teses de Abril, que propunham a transferência do poder aos sovietes, a instauração de uma República Socialista, a nacionalização dos bancos, a distribuição das terras aos camponeses e a saída imediata da guerra.

No dia 24 de outubro, iniciava-se a Revolução: os bolcheviques, liderados por Lenin e Trotski - comandante da Guarda Vermelha ( força militar formada de trabalhadores e soldados) -, ocuparam os prédios públicos da cidade de São Petersburgo. Nos dias que se seguiram, o Palácio de Inverno, sede do governo, foi tomado, e o governo da Rússia passou às mãos dos bolcheviques sob a liderança de Lenin, no cargo de presidente do Conselho de Comissários do Povo.

O governo de Lenin

O governo lenista, formado apenas por bolcheviques, adotou imediatamente várias medidas de grande repercussão social:

  • propôs a paz aos alemães: em 3 de março de 1918, a Rússia saía da guerra, assinando com a Alemanha o Tratado de Brest-Litovsk;
  • confiscou as terras da família real, dos nobres e da Igreja ortodoxa e distribuiu-as entre os camponeses;
  • estatizou a economia: indústrias, bancos e estradas de ferro passaram a ser dirigidos pelo governo russo.

Essas medidas bolcheviques provocaram a reação dos chamados russos brancos, entre os quais havia monarquistas, mencheviques e liberais. Formou-se então o Exército Branco, assim chamado por se opor ao Exército Vermelho, defensor da Revolução.

PEDRO, Antônio. História da civilização ocidental. ensino médio. volume único. BOULOS JUNIOR, Alfredo.coleção: História Sociedade & Cidadania. ensino fundamental.

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