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A Primeira República brasileira

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Com o descrédito das instituições imperiais, a proclamação da República parecia ser uma questão de tempo. A abolição havia criado um descontentamento entre os grandes proprietários escravistas, que antes eram o principal apoio da monarquia, Alguns até chegaram a converter-se ao republicanismo. O império perdia suas bases.

Em sincronia com o abolicionismo e ligado a ele, cresceu o movimento republicano, principalmente entre os militares. O Exército deu o golpe de misericórdia no moribundo Império.

A idéia republicana não era nova no Brasil. Apareceu nas discussões dos conspiradores da Inconfidência Mineira, na Revolta dos Alfaiates, na Bahia, e, em 1817, em Pernambuco. Depois da Independência, o republicanismo reapareceu nas revoluções pernambucanas de 1824 e 1848. A Farroupilha, no Rio Grande do Sul, foi o melhor exemplo de rebelião republicana durante o período regencial.

No entanto, foi somente na segunda metade do século XIX que o movimento republicano renasceu com forças suficientes para entrar em choque com o reinado de D. Pedro II.

As modificações sociais e econômicas do Império nessa época tiveram implicações diretas com a situação política. Os velhos partidos, Conservador e Liberal, ligados aos interesses dos cafeicultores do Rio de Janeiro, não queriam modificações no sistema político. Novos grupos, comprometidos com a cafeicultura mais dinâmica e moderna do Oeste Paulista, reclamavam modificações e entravam em choque com o poder constituído do Império.

As primeiras críticas ao Império vinham dos estudantes da Faculdade do Largo de São Francisco, em São Paulo. Vários nomes que se tornaram famosos apareciam entre os opositores do regime: Rui Barbosa, Castro Alves, Joaquim Nabuco. No Rio de Janeiro acontecia o mesmo com homens como Rangel Pestana, que através de seu jornal Opinião Liberal atacava violentamente as instituições imperiais.

Havia um outro grupo republicano, liderado por Prudente de Morais e Campos Sales, que representava os interesses dos cafeicultores de São Paulo.

O manifesto republicano

As propostas do republicanismo só tomaram forma e se organizaram mais sistematicamente quando o jornal A República, na edição de 3 de dezembro de 1870, publicou o Manifesto Republicano.

O documento propunha basicamente que o Brasil se transformasse numa república federativa para se adequar à realidade do resto da América e garantir uma relativa autonomia das províncias em relação ao governo central. Isso interessava particularmente aos cafeicultores de São Paulo, pois poderia garantir a liberdade de um relacionamento direto com o mercado externo. Propunha também que o ensino fosse livre do domínio da Igreja, que o Estado se separasse da Igreja e que o senado não fosse vitalício.

O manifesto Republicano foi obra dos chamados evolucionistas, liderados principalmente por Quintino Bocaiúva. Esse grupo tinha uma concepção muito particular da república. Queriam o fim da monarquia, mas sem violência e, se possível, com a ajuda do próprio imperador. Não queriam o terceiro reinado, mas achavam que o sucessor republicano de D. Pedro poderia até ser um membro da família real, desde que fosse aprovado pela nação. Dessa forma fica claro por que esse grupo era, com propriedade, chamado de evolucionista.

Havia outro grupo de republicanos que se opunha às propostas dos evolucionistas: era o dos revolucionários. Liderados por Silva Jardim, acreditavam que somente a ação revolucionária era capaz de derrubar o Império. Esse grupo estava ligado a setores urbanos de profissionais liberais e intelectuais.

No ano de 1873, um grupo de fazendeiros de café reuniu-se na cidade de Itu (São Paulo) e criou o Partido Republicano Paulista, a base principal dos políticos de São Paulo. As críticas desse grupo ao Império eram sempre moderadas.

Mas as ideias republicanas não eram privilégio de políticos. Os oficiais do Exército brasileiro discutiam o republicanismo, principalmente depois do conflito no Prata.

PEDRO, Antônio. História da civilização ocidental. ensino médio. volume único.

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