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Heresias, Inquisição, Concílio de Trento

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Para lutar contra as heresias, os papas haviam criado, no século XIII, a Inquisição, conhecida oficialmente com Tribunal do Santo Ofício. Mas esta instituição encontrava-se em decadência. Era muito ativa na Espanha porque lá era claramente um instrumento do poder real. Devido aos progressos da Reforma, o cardeal italiano Caraffa teve a idéia de restaurar a Inquisição sob sua forma primitiva, isto é, coloca-la sob a autoridade da Santa Sé. Em 1542, o papa Paulo III criou uma congregação de seis cardeais encarregados de abrir processos contra todos aqueles que, sendo católicos, desviavam-se das doutrinas da Igreja. Os condenados seriam "relaxados ao braço secular", uma expressão que significava que os condenados seriam executados pela justiça comum. Quando o cardeal Caraffa tornou-se papa, sob  o nome de papa Paulo IV (1555-1559), a Inquisição tornou-se extremamente rigorosa, sobretudo na Itália.

Nessa época estabelecia-se um catálogo de livros proibidos aos católicos, por ordem do papa. Esse catálogo continha versões da Bíblia não autorizadas pela Igreja e obras que pudessem levar à heresia, ao ateísmo, ou contrariar a moral católica. O primeiro Índice dos Livros Proibidos (Index Librorum Probibitorum) foi publicado pelo papa Paulo IV em 1559. O papa Pio V (1566-1572) criou uma Congregação do Index em 1571, encarregada de estabelecer e revisar periodicamente a lista de obras proibidas. Esta congregação foi suprimida pelo papa Benedito XV em 1917, tendo suas atribuições transferidas para o Tribunal do Santo Ofício. O "Índice dos Livros Proibidos" foi extinto por ocasião do Concílio Vaticano II (1962-1965), sob o pontificado do papa João XXIII.

 Diario del Concilio de Trento de Angelo Massarelli (Trento, febrero de 1545 – septiembre de 1551)
ASV, Conc. Trid. 91, ff. 50v-51r

Devido às crises políticas e guerras do período, o Concílio de Trento abriu seus trabalhos em 1545, sofreu várias interrupções e só terminou em 1563. Foi convocado pelo papa Paulo III. Esperava-se inicialmente chegar a um acordo com as igrejas protestantes; entretanto, a divisão tinha chegado a uma situação sem retorno. As duas principais tarefas do concílio foram precisar os dogmas tradicionais do catolicismo, para se opor aos dogmas do protestantismo, e fazer uma reforma interna na própria Igreja Católica, para pôr fim aos abusos que deram motivo à Reforma.

Nas questões de dogma, o Concílio não fez qualquer concessão aos protestantes:

    • Mantinha a necessidade de fazer apelo, ao lado da Bíblia, à tradição fixada pelos papas e pelos concílios.
    • Considerava-se como a única Bíblia autêntica a Vulgata, ou seja, a sua tradução feita para o latim por São Jerônimo por volta do ano 400.
    • Na questão da salvação, todas as doutrinas protestantes eram rejeitadas.
    • Mantinham-se todos os sacramentos, a crença no purgatório, a invocação à Virgem aos santos, às imagens e às relíquias; confirmada a presença de Cristo na eucaristia.
    • Era confirmada a necessidade de obediência ao papa.

Em matéria de disciplina, o Concílio preocupou-se em eliminar os abusos mais graves, mas manteve as práticas que os protestantes reprovavam. Ficou estabelecido:

    • O uso do latim para ofícios religiosos e entre os sacerdotes;
    • O celibato clerical;
    • A proibição de acumular cargos eclesiásticos;
    • Os membros do clero deveriam ter uma vida exemplar;
    • estabeleciam-se idades mínimas para ser padre e bispo;
    • Deveriam ser criados seminários para a formação do clero;
    • A conveniência de cada paróquia manter ensino elementar para as crianças.

Em 1560, quando ocorriam as últimas reuniões do Concílio de Trento, o recuo da Igreja Católica foi marcante. Os estados escandinavos, Escócia e Inglaterra, eram protestantes. A Suíça, Alemanha e Países Baixos dividiam-se entre católicos e protestantes. A França estava mergulhada nas Guerras de Religião. A contra-reforma conseguiu manter a unidade do que restara da Igreja Católica em torno da autoridade do papa.

Continuava o conflito entre o papa e os estados, pois a doutrina da Igreja determinava a subordinação dos príncipes à autoridade do papa. Os que defendiam a autoridade papal foram chamados de "ultramontanos", e os que defendiam a autoridade do rei, chamados de "realistas".

    • Dogma: Cada um dos pontos fundamentais e indiscutíveis de uma doutrina religiosa.
    • Vulgata: Versão latina da Bíblia, feita no século IV sob a supervisão de São Jerônimo e oficializada pela Igreja Católica

fonte: apostilas ETAPA

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2 :

SOSVIP disse...

Excelente matéria Susi!!!
Foi uma época com certeza complicada para quem a presenciou. Não havia liberdade alguma quanto ao que podia se crer. Era uma verdadeira ditadura da fé! Ainda bem que vivemos sob um regime que nos dá liberdade de crenças e vivência!
Bom fim de ano pra você também Susi.
Felicidades!!!
Que 2010 seja um ano repleto de visitantes!!! hehe
(são as felicitações oficiais dos blogueiros!!!) hehe
Abração

Anônimo disse...

Olá,
Obrigado pelo comentário Sr. VIP
FELIZ NATAL E UM LINDO ANO AO SR. VIP, FAMÍLIA e ao SOS VIP.
QUE SEJA FEITA À VONTADE DOS BLOGUEIROS. VISITAS MIL A TODOS.
VALEU!

 

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